Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 SISTEMA NEUROLÓGICO- BMF4 FERNANDA MARCATO ANATOMIA DO TRONCO ENCEFÁLICO Composto por mesencéfalo, ponte e bulbo. Temos nessa região uma mistura de substância branca com substância cinzenta que se chama formação reticular. BULBO Limites: Sulcos: *o sulco lateral anterior pode ser chamado de sulco pré-olivar. Em azul, estão as pirâmides, em amarelo as olivas e em rosa a decussação das pirâmides (o encontro delas). Nas pirâmides temos fibras descendentes que ligam áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula. Decussação das pirâmides: fibras que cruzam obliquamente o plano mediano e se encontram na fissura mediana anterior. Olivas: formadas por uma grande massa de substância cinzenta, se ligam ao cerebelo pelas fibras olivo-cerebelares, estão envolvidas na aprendizagem motora e os núcleos olivares originam as fibras olivo-cerebelares. Na região do sulco lateral anterior, emerge o XII par de nervos cranianos (hipoglosso). Do sulco lateral posterior emergem as radículas que formarão os X e IX par de nervos cranianos (glossofaríngeo e vago, respectivamente) e os filamentos responsáveis oelo XI par, que se juntara com a raiz espinal. Sintomas em caso de compressão da área: disfagia, alterações de fonação, alterações no movimento da língua e parada cardio-respiratória. Sulcos posteriores: Outros elementos do bulbo (vista posterior): Fascículo grácil e fascículo cuneiforme: fibras ascendentes provenientes da medula; Tubérculo do núcleo grácil e tubérculo do núcleo cuneiforme: eminências que aparecem 2 SISTEMA NEUROLÓGICO- BMF4 FERNANDA MARCATO na região cranial dos fascículos, juntos dos núcleos grácil e cuneiforme. Dos fascículos vem os núcleos grácil e cuneiforme, que são núcleos sensitivos que recebem axônios dos fascículos e dão origem as fibras da decussação sensitiva e formam o lemnisco medial. Envolvidos com propriocepção consciente (localização espacial do corpo), com o tato epicrítico (fino) e com a sensibilidade vibratória. Outros elementos do bulbo aberto: NÚCLEOS BULBARES E SUAS FUNÇÕES Núcleo do Nervo Hipoglosso: núcleo motor relacionado a musculatura da língua. i. Lesões causam paralisia da língua. Núcleo do Trato Espinal do Trigêmeo: núcleo relacionado com a sensibilidade somáticas gerais da cabeça e do pavilhão e conduto auditivo. ii. Lesões causam alteração da sensibilidade térmica e dolorosa. Núcleo do Trato Solitário: núcleo relacionado com a sensibilidade geral e especial, principalmente com a gustação. Núcleo Salivatório Inferior: núcleo motor relacionada à inervação da glândula parótida. Núcleo Ambíguo: núcleo motor relacionado à inervação da musculatura da faringe e laringe. iii. Lesões causam disfagia e disfonia. Núcleo Dorsal do Vago: núcleo motor relacionado a vísceras torácicas e abdominais. Nn. Vestibulares: núcleo sensitivo relacionado a informação sensitiva da posição e movimentos da cabeça. iv. Lesões causam tonturas e alterações no equilíbrio. Núcleo Olivar Inferior: relacionado com aprendizagem motora. Centro Vasomotor: Controla a pressão arterial e todas as funções cardíacas. Centro Respiratório: Controla o ritmo respiratório. Centro do Vômito: Responsável por detectar Estímulos diretos do nervo vago (“vômito periférico”) e toxinas (“vômito central”). Pressão intracraniana elevada, estímulos vestibulares ou enjoos podem provocar, através dessa área do tronco encefálico, forte contração antiperistáltica do trato gastrointestinal. Além dos já supracitados núcleos grácil e cuneiforme, que estão relacionados a propriocepção, tato epicrítico e sensibilidade vibratória. PONTE Está localizada entre o bulbo e o mesencéfalo, os limites superior e inferior são, respectivamente, o sulco pontinho superior (ou fossa interpendicular), e o sulco bulbo-pontino. O sulco basilar abriga a artéria basilar. 3 SISTEMA NEUROLÓGICO- BMF4 FERNANDA MARCATO Algumas fibras convergem para formar o pedúnculo cerebelar médio (ou braço da ponte, como na imagem). Nervos: No limite entre a ponte e o pendunculo cerebelar médio, surge o V par de nervos (o trigêmeo). Os VI, VII e VIII par de nervos (abducente, facial e vestíbulo coclear, respectivamente) surgem do sulco bulbo pontinho. Mais especificamente: VI da margem entre o bulbo e a ponte, VIII emerge próximo ao lóbulo floculo-nodular do cerebelo e medialmente ao VII. Outros elementos da ponte: NÚCLEOS PONTINOS E SUAS FUNÇÕES Núcleo do Nervo Vestíbulo-coclear: Núcleo sensitivo composto por uma parte coclear relacionada a audição e parte vestibular relacionada a posição e movimento da cabeça. i. Lesões causam alteração tontura e alterações no equilíbrio. Núcleo do Nervo Abducente: núcleo motor relacionado com inervação do músculo lateral do olho. ii. Lesões impedem movimento lateral do olho. Núcleo do Nervo Facial: núcleo motor relacionado a inervação dos músculos da mímica facial. iii. Lesões causam paralisia dos músculos da face. Núcleo do Nervo Trigêmeo: núcleo sensitivo principal e do trato mesencefálico que causa sensibilidade geral da cabeça e núcleo motor, que controla a musculatura da mastigação. iv. Lesões causam alteração na sensibilidade da face e motricidade relacionada aos músculos da mastigação. Núcleo Salivatório Superior: núcleo motor relacionado à inervação das glândulas sublingual e submandibular. Núcleo Lacrimal: núcleo motor relacionado a inervação da glândula lacrimal. Nn. locus ceruleus: núcleo com neurônios ricos em noradrenalina; Núcleo da rafe: núcleo com neurônios ricos em serotonina. IV VENTRÍCULO O quarto ventrículo situa-se entre a ponte e o cerebelo, e a sua parte caudal está localizada na medula oblonga. Ele também se comunica com o espaço subaracnóide através de três aberturas: o forame de Magendie na linha média e os dois forames de Luschka laterais. O forame de Magendie está localizado no teto caudal do ventrículo e os forames de Luschka estão localizados nas extremidades dos recessos laterais do quarto ventrículo e abrem- se no espaço subaracnóide nos ângulos pontino-cerebelares. Por meio dessas aberturas, o liquor que enche a cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnóideo e caso entupa o ducto, isso causa hidrocefalia. Os ventrículos laterais comunicam-se com o terceiro ventrículo através dos forames de Monro enquanto a relação entre o terceiro e o quarto ventrículos faz-se por meio do aqueduto cerebral de Sylvius (aqueduto mesencefálico ou cerebral). 4 SISTEMA NEUROLÓGICO- BMF4 FERNANDA MARCATO TETO DO IV VENTRÍCULO A metade cranial do teto é constituído por uma fina lâmina de substância branca, o véu medular, que se estende entre os dois pedúnculos cerebelares da ponte. Já a metade caudal é constituída pela tela corioide, formada pelo epitélio ependimario e pela pia mater. ASSOALHO DO IV VENTRÍCULO O assoalho do IV ventrículo tem forma losanguica e limita-se inferolateralmente pelos pendunculos cerebelares inferiores e pelos tubérculos cuneiforme e grácil. Na porção superolateral limita-se pelos pendunculos cerebelares superiores. O assoalho é percorrido em toda sua extensão pelo sulco mediano, e de cada lado dele há uma eminência medial, limitada pelo sulco limitante. Bem no meio do assoalho a eminência dilata-separa formar o colículo facial. Na parte caudal da eminencia, observa-se uma área triangular, o trígono do hipoglosso e na porção caudal desse trígono o trígono do vago. Lateralmente ao sulco limitante temos a área vestibular, e abaixo dessa área temos finas cordas de fibras nervosas formando as estrias medulares. No locus ceruleus estão os neurônios mais ricos em noradrenalina. MESENCÉFALO Fica entre a ponte e o diencéfalo, é atravessado por um estreito canal chamado arqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. Anteriormente apresenta dois feixes volumosos de cor branca, feitos de fibras nervosas: os pedunculos cerebrais. Entre eles fica o espaço interpenducular, que é atravessada por pequenos orificios onde passam vasos, sendo a substancia perfurada posterior. Arqueduto do mesencéfalo: O aqueduto do mesencéfalo é um estreito canal que atravessa o mesencéfalo, por onde circula o líquido cerebrospinal, estabelecendo a comunicação entre o terceiro e o quarto ventrículo; A tela corioide forma o plexo corioide, que é o responsável pela produção do líquido que se acumula na cavidade e sai para as meninges pelas aberturas laterais e pela abertura mediana que já citamos. 5 SISTEMA NEUROLÓGICO- BMF4 FERNANDA MARCATO Teto do mesencéfalo: O teto do mesencéfalo apresenta quatro eminências arredondadas que são os coliculos superiores (são camadas alternadas de substância branca e cinzenta e possuem reflexos que regulam o movimento dos olhos) e os inferiores. A cada coliculo inferior (substância cinzenta e possui fibras auditivas que sobem pelo lemnisco lateral), emerge o nervo toclear. Os coliculos se ligam, por meio dos seus respectivos braços, a corpos geniculados do diencéfalo. i. O coliculo superior se liga ao corpo geniculado lateral por meio do braço do coliculo superior e faz parte da via óptica. ii. O coliculo inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do coliculo inferior e faz parte da audição. Os colículos superiores estão separados dos inferiores pelo sulco transverso. Outro sulco separa os do lado esquerdo dos do lado direito: o sulco ântero-porterior, que forma uma cruz com o anterior. Na extremidade superior do sulco ântero-posterior encontra-se a glândula pineal. Temos no mesencéfalo uma substancia negra, que basicamente são neurônios com neuromelanina, que são neurônios dopaminérgicos e fazem conexões com o musculo estriado. A substância cinzenta do mesencéfalo tem papel importante no comportamento defensivo. NÚCLEOS DO MESENCÉFALO E SUA FUNÇÃO Núcleo do Nervo Oculomotor: Núcleo motor relacionado com inervação dos mm. reto superior, reto inferior, reto medial e levantador da pálpebra e dos mm. ciliar e esfíncter da pupila. i. Lesão causam paralisia dos músculos inervados por este nervo, diplopia, ptose palpebral e dilatação da pupila. Núcleo do Nervo troclear: núcleo motor relacionado com inervação do músculo oblíquo inferior. ii. Lesão causa paralisia do músculo inervado por este. Núcleo rubro: núcleo responsável por controlar a motricidade somática (motricidade voluntária da musculatura distal dos membros). iii. Lesão causa tremores e movimentos anormais. Area tegmentar Ventral: neurônios ricos em dopamina. Núcleo da rafe: núcleo com neurônios ricos em serotonina. Os dois últimos pertencem a uma área chamada formação reticular, que é uma rede nervosa complexa, formada por núcleos (núcleos reticulares), por suas conexões e pelas vias reticulares ascendentes e descendentes (rede de fibras nervosas). É intermediária entre as substâncias branca e cinzenta e ocupa a parte central do tronco encefálico. Estende-se desde os níveis altos da medula, até parte do diencéfalo. anatomia do tronco encefálico bulbo núcleos bulbares e suas funções ponte núcleos pontinos e suas funções iv ventrículo teto do iv ventrículo assoalho do iv ventrículo mesencéfalo núcleos do mesencéfalo e sua função
Compartilhar