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Hipopitaminoses e suas fontes

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HIPOVITAMINOSES
· As vitaminas são classificadas por suas características físicas, sendo ao todo treze elementos.
· São convertidas nas formas ativas por diferentes processos químicos no organismo.
· Suas funções são bioquímicas, hormonais e reguladoras do metabolismo, atuando como coenzimas, ou seja, catalisadores de reações.
De acordo com suas características físicas:
1. LIPOSSOLÚVEIS → A, D, E e K
· Absorvidas com lipídios, além de bile e suco pancreático.
· Alteração na absorção intestinal, como diarreia crônica, doença celíaca, afecções pancreáticas, ingestão de óleos minerais ou parafinas líquidas, reduzem a biodisponibilidade no organismo.
2. HIDROSSOLÚVEIS → B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9, B12 e C
· Distúrbios no metabolismo da água e eletrólitos, ressecção de alça intestinal, diarreia aguda ou crônica, alterações urinárias, podem comprometer a biodisponibilidade deste grupo de vitaminas.
OBS.: A deficiência destes micronutrientes pode decorrer por déficit na ingestão ou por alimentação inadequada, mas também devido ao aumento da necessidade, por doenças agudas ou crônicas, ou por condições fisiológicas, como lactação e gestação. 
VITAMINA A/RETINOL
· Principais fontes alimentares: fígado, leite e derivados, ovos, batata-doce, cenoura, verduras, frutas ricas em carotenoides (caqui, manga, laranja, acerola, damasco seco, mamão).
· 70 a 90% do retinol é ingerido.
· Importante em reações bioquímicas responsáveis pela acuidade visual na regulação do metabolismo celular, embriogênese e resposta imune.
· Excesso: anorexia, irritabilidade, insônia, cefaleia, aumento da pressão no liquor, erupções cutâneas, unhas frágeis, cabelos ásperos, edema, gengivite.
· A toxicidade crônica apresenta-se com alterações hepáticas, alterações ósseas e na pele.
· Sarampo grave pode causar deficiência.
· Deficiência de vitamina A: 
· “Cegueira Noturna” – conjuntivite, fotofobia, pigmentação marrom da conjuntiva, queratinização da conjuntiva que pode causar degeneração, ulceração e perfuração , resulta em maior suscetibilidade a infecções respiratórias, diarreia, anemias carenciais, além de hiperqueratose folicular.
VITAMINA B1 / TIAMINA
· Principais fontes alimentares: carne de porco, presunto cozido, carne de orgãos, carne de vaca, castanhas, grãos integrais.
· Age na transmissão de impulsos nervosos e como coenzima e é importante no metabolismo das gorduras, do etanol, dos carboidratos
· Deficiência da vitamina B1: anorexia, mal-estar geral, constipação intestinal, fraqueza nos membros, fadiga, plenitude pós-prandial, irritabilidade, parestesias, edema, déficit de memória. 
· Resulta de má nutrição, alcoolismo e câncer.
· A deficiência prolongada causa Beri-Beri:
· Beri-Beri Úmido: insuficiência cardíaca, anormalidades metabólicas e pouca neuropatia.
· Beri-Beri Seco: neuropatia periférica simétrica dos sistemas motor e sensitivo com reflexos diminuídos, mais acentuadamente as pernas e os pacientes têm dificuldade para se levantar de uma posição agachada.
· Deficiência Crônica: 
· Os pacientes alcoolistas com deficiência crônica de tiamina também podem apresentar manifestações referidas ao Sistema Nervoso Central (SNC), conhecidas como Encefalopatia de Wernicke, que consiste em nistagmo horizontal, oftalmoplegia, (decorrente da fraqueza de um ou mais músculos extraoculares), ataxia cerebelar e, quando há perda de memória adicional e psicose confabulatória, a síndrome é conhecida como Síndrome de Wernicke-Korsakoff. – Deterioração Mental.
· Em casos de suspeita de Wernicke, dar tiamina antes da glicose. 
VITAMINA B2 / RIBOFLAVINA
· Principais fontes alimentares: leite e derivados, pães, ovos,cereais, vísceras (fígado, rim), peixe, frutas, vegetais, levedura. Pode ser sintetizada por bactérias da microbiota do intestino grosso.
· Atua no metabolismo energético, principalmente nas reações oxidantes, sendo essencial para a formação de eritrócitos, neoglicogênese e regulação das enzimas tireoidianas.
· Deficiência de Vitamina B2:
· Lesões no canto da boca (estomatite angular) e nos lábios (queilose), descamação e inflamação da língua, deixando-a vermelha, seca e atrófica (glossite), e alteração da vascularização da córnea. 
· Decorre de alimentação inadequada ou aumento das necessidades deste micronutriente, como ocorre na gravidez, na lactação, em infecções crônicas, no hipertireoidismo e, principalmente, no diabetes melito. 
· Devido a sua baixa solubilidade, a vitamina B2 não tem toxicidade.
VITAMINA B3 / ÁC. NICOTÍNICO / NIACINA
· Principais fontes alimentares: feijão, carne, peixe, leite e derivados, ovos, cogumelos.
· Atua na respiração celular mitocondrial e no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.
· Usada para tratar hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia e/ou níveis baixos de colesterol de lipoproteína de alta densidade.
· Deficiência de Vitamina B3: Pelagra
· 3“d”: dermatite, diarreia e demência.
· As lesões cutâneas (dermatite) são simétricas, com pele seca, áspera e descamativa, nas áreas corporais expostas à luz solar (pelle + agro, pele áspera).
· A toxicidade de vitamina B3 manifesta-se por rubor, náuseas, vômitos, arritmias, hiperbilirrubinemia e elevação das transaminases.
VITAMINA B5 / ÁCIDO PANTOTÊNICO
· Principais fontes alimentares: frango, fígado, ovo, amendoim, semente de girassol, cogumelos, lentilha. Pode ser sintetizado pela microbiota intestinal.
· Papel no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras, principalmente dos ácidos graxos e esteroides.
· Deficiência de Vitamina B5:
· Apenas demonstrada em experimentos desnutrição grave e manifesta-se por anorexia, irritabilidade, dormência e formigamento nas mãos e pés, insônia, astenia, hipotensão postural, cefaleia. 
· Não há relato de toxicidade.
VITAMINA B6 / PIRIDOXINA
· Principais fontes alimentares: carne, fígado, leite, frutas, cereais, castanha-do-pará e sintetizada pela microbiota do intestino grosso.
· Importante no metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas, também exerce atividade de coenzima, nas reações de transaminação, glicogenólise, biossíntese de serotoninas, norepinefrina e histamina. É um precursor do grupo heme.
· Deficiência de Vitamina B6: 
· Depressão, convulsões, insônia, neuropatia periférica, anemia microcítica, eritema pruriginoso de face e couro cabeludo, lesões descamativas nos cotovelos, braços e pescoço, semelhantes às da pelagra; glossite e estomatite, anorexia e perda de peso. 
· Não há toxicidade.
VITAMINA B7 / BIOTINA
· Principais fontes alimentares: carne, fígado, ovo, grãos, cereais, leveduras, nozes, amêndoas, avelã, ovo, arroz integral e sintetizado microbiota intestinal.
· Destaca-se na queratinização de pele, unhas, pelos e cabelos, além de expressão gênica, gliconeogênese e síntese de ácidos graxos
· Deficiência de Vitamina B7:
· Dermatite esfoliativa, alopecia, conjuntivite, ataxia, hipotonia, cetoacidose, alterações mentais (depressão, alucinações), parestesias, anorexia e náuseas. Pode haver retardo no desenvolvimento em lactentes e crianças.
· A deficiência pode ser ocasionada por erros inatos do metabolismo, gestantes, cirurgias digestivas, desnutrição proteico-calórica, uso prolongado de anticonvulsivantes, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, uso de nutrição parenteral por tempo prolongado.
VITAMINA B9 / FOLATOS
· Principais fontes alimentares: folhosos verde-escuros, fígado, gema, tofu, grãos, abacate, microbiota do intestino grosso.
· Participa do metabolismo dos grupos de carbono, formação de ácido nucleicos (RNA e DNA) e hematopoese
· Importante na gravidez para desenvolvimento do tubo neural do feto, na amamentação e no tratamento de anemias, para renovação da medula óssea.
· Deficiência de vitamina B9:
· Anorexia, náuseas e vômito, diarreia, ulcerações orais, alopecia, anemia megaloblástica e hiper-homocisteinemia (risco cardiovascular e de Alzheimer).
· Na gestação, a deficiência de folato pode estar associada a abortos espontâneos, sangramentos e pré-eclâmpsia.
· A deficiência pode ser crítica em etilistas crônicos, em pacientes com doençacelíaca, neoplasias malignas e em hemodiálise.
· O ácido fólico, por si só, não apresenta toxicidade.
VITAMINA B12 / CIANOCOBALAMINA
· Principais fontes alimentares: carne, fígado, peixe, ovos, leite e derivados.
· É essencial na eritropoiese, síntese de ácidos nucleicos (RNA e DNA), nas funções do sistema nervoso e no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas.
· Deficiência de Vitamina B12:
· Anemia perniciosa e anemia macrocítica da gravidez, que se manifestam por glossite, estomatite e faringite.
· Quando a deficiência é de vitamina B12 e não de ácido fólico, ocorrem lesões dos nervos sensoriais com dor intensa nas extremidades, parestesias, ataxia e exaltação dos reflexos, por degeneração da mielina.
· A absorção depende de um fator intrínseco no suco gástrico, em falta em cirurgia gástrica e doenças autoimunes.
· Insuficiência pancreática e contaminação pelo vírus HIV também podem causar deficiência.
VITAMINA C / ÁCIDO ASCÓRBICO
· Principais fontes alimentares: frutas cítricas, batata, vegetais, tomate.
· Antioxidante, manutenção da normalidade do colágeno, tecido conjuntivo intercelular, ossos e dentes; e na absorção e no metabolismo do ferro.
· Está associado à redução do desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
· A vitamina C é quase totalmente absorvida quando são administradas menos de 100 mg em dose única; no entanto, apenas 50% ou menos são absorvidos com doses > 1g.
· As necessidades de vitamina C estão aumentadas na gestação e lactação, nas doenças inflamatórias, após cirurgias e em pacientes com queimadura grave.
· Dose maior que 2g causa dor abdominal, diarreia e náusea; uso em excesso aumenta prevalência de litíase renal.
· Deficiência de vitamina C: Escorbuto
· Além da fadiga generalizada, os sintomas do escorbuto refletem principalmente a formação prejudicada de tecido conectivo normal e incluem sangramento cutâneo (petéquias, equimoses, hemorragias perifoliculares); gengivas inflamadas e hemorrágicas; e manifestações de sangramento no interior das articulações, cavidade peritoneal, pericárdio e glândulas suprarrenais. 
· Nas crianças, a deficiência de vitamina C pode prejudicar o crescimento dos ossos
VITAMINA D / CALCIFEROL
· Principais fontes alimentares: fígado e óleos de peixe, destaque para salmão, sardinha, arenque e bacalhau,cogumelos e em pequenas quantidades em ovos, leite e manteiga..
· Hormônio esteroide, apresenta-se sob duas formas bioequivalentes, o ergocalciferol (vitamina D2) e o colecalciferol (vitamina D3).
· Absorção do cálcio e fósforo pelo intestino e modular o sistema imune.
· O colecalciferol é produzido primariamente na pele, pela exposição à radiação ultravioleta (UVB). A síntese de vitamina D na pele corresponde a 80 a 90% do aporte necessário ao indivíduo, os demais 10 a 20% são de origem alimentar.
· Deficiência de Vitamina D:
· Causa raquitismo, osteomalacia, osteoporose.
· Relacionada com idade avançada, pouca exposição à luz solar, obesidade, síndrome da má absorção, doença inflamatória intestinal ou deficiência de metabolização renal.
· A deficiência de vitamina D está associada a maior risco de câncer de cólon, mama, próstata e ovários, além de diabetes melito, hipertensão arterial e obesidade.
· Deve-se ter atenção na suplementação de vitamina D, pois é uma das vitaminas que mais se acumula no organismo e apresenta metabolismo lento, podendo causar toxicidade, manifestada por perda de apetite, náuseas, sede, diarreia e estupor, tremores, cefaleia, hipercalcemia, litíase urinária.
VITAMINA K
· Principais fontes alimentares: folhosos, principalmente os verde-escuros, como espinafre, brócolis e couve-de-bruxelas, mas também couve-flor, óleos e gorduras, leite, ovo, metabolismo hepático e bactérias intestinais.
· Relacionada a fatores da coagulação sanguínea e formação óssea
· Absorvida no intestino delgado e não é facilmente estocável pelo organismo.
· Deficiência de Vitamina K:
· Ocasionada por fístula biliar e icterícia obstrutiva (sem bile, sem absorção), nutrição parenteral total, doenças hepáticas e gastrintestinais, câncer, alcoolismo, alterações na absorção intestinal, cirurgias de grande porte, uso irracional de antibióticos
· A deficiência de vitamina K reduz a formação de protrombina pelo fígado, resultando, consequentemente, em sangramento por alteração na cascata de coagulação do sangue.
· Não há evidência de toxicidade de vitamina K.
VITAMINA E / ALFATOCOFEROL
· Principais fontes alimentares: fígado, ovo, óleos vegetais, cereais integrais, frutas, vegetais, nozes, semente de abóbora, castanha-do-pará, cenoura.
· Antioxidante, protege os ácidos graxos da membrana celular, desativa radicais livres e participa do processo de turnover celular.
· Atua na regulação da agregação plaquetária e na ativação da proteína quinase C.
· Relacionado com a melhora da resposta imunológica e cicatrização, atua como fator estabilizador dos hepatócitos na esteatose hepática não alcóolica.
· Deficiência de Vitamina E:
· Alterações do sistema nervoso central e inclui diminuição dos reflexos tendinosos, ataxia cerebelar, disartria e retardo mental.
· Em prematuros a deficiência de vitamina E culmina em anemia hemolítica.
· Toxicidade é rara se fígado normal, mas pode aumentar agregação plaquetária e interferir na Vitamina K.
Sem vitamina C
O escorbuto pega você
E o raquitismo acontece porque?
Falta vitamina D
Quando há cegueira noturna
falta vitamina A
Quando há uma hemorragia
falta vitamina K
Sem vitamina E
o rato não vai ter nenê
E o beri-beri acontece porque
falta vitamina B1!

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