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Histamina e anti-histaminico

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Anna Beatriz Carvalho Araújo Farmacologia 
UNICAP – MED XV 
Histamínicos e Anti-histamínicos 
Histamina: 
• É um mensageiro químico gerado principalmente nos 
mastócitos (lembrando que os mastócitos são células inatas 
- imunológicas); 
• Medeia uma ampla quantidade de respostas celulares. 
• Não tem aplicação clínica, mas há fármacos que interferem 
na sua ação. 
• Formada a partir do aminoácido – histidina. 
• A histamina é uma substância de ação parácrina de origem 
de amina. 
• No cérebro, a histamina atua como um neurotransmissor. 
• Presentes nos mastócitos, basófilos, neurônio 
histaminérgico, células enterocromafins gástricas, dentre 
outras células – células que produzem e liberam histamina. 
• Nos mastócitos, a histamina é armazenada em grânulos. 
• A histamina possui 2 papeis: fisiológico e inflamatório ( de 
origem alérgica). 
o Fisiológico: 
▪ SNC --- regulação de alguns processos. 
▪ Produção de HCl --- esta histamina é 
continuamente produzida. 
o Inflamatório: 
▪ Histamina que só é produzida nas 
respostas alérgicas. 
▪ Produzida por mastócitos e basófilos – 
células que liberam histamina somente 
quando há um estímulo alérgico 
provocando inflamação. 
Lembrando!!! O processo inflamatório pode ser desencadeado por 
diferentes causas. 
− Infecção (principal): além de destruir o invasor, a 
inflamação tem o intuito de retirar o tecido danificado e 
substituí-lo. 
− Traumas; 
− Agentes físicos (calor, frio, ...) 
− Agentes químicos (substâncias causticas, ...) 
− Alergias. 
o Alergias são um erro imunológico. 
o É esperado e benéfico que qualquer pessoa 
responda, com inflamação no seu 
pulmão/pele/olho, a uma bactéria como a 
Staphylococcus aureus. 
o No entanto, não é esperado e nem benéfico que 
seja desencadeada uma resposta inflamatória 
quando você entra em contato com 
amendoim/substância química do 
shampoo/perfume ... 
o Algumas pessoas nascem com predisposição 
genética a responder com inflamação contra 
algumas coisas que, naturalmente, não se 
deveria responder – alergia. 
o As vezes você até tem predisposição, mas para 
desencadear precisa ter havido múltiplos 
contatos com determinado agente/substância. 
o Normalmente, na resposta alérgica, você tem um 
primeiro contato, logo de cara, quando entra um 
invasor, algumas células fazem fagocitose 
daquela substância, principalmente macrófagos; 
essas células processam o antígeno e 
expõem/apresentam como antígeno, através das 
moléculas apresentadoras (moléculas do 
complexo com maior histocompatibilidade) tem 
os tipos, a depender se é bactéria, vírus, etc. 
o O macrófago cai lá, fagocitam, apresentam aos 
linfócitos B → Os linfócitos B se diferenciam em 
plasmócitos, para produzir anticorpos, e passam 
a produzir imunoglobulinas. 
o A imunoglobulina produzida na reação alérgica é 
a IgE. 
o No primeiro contato com a substância que você 
tem alergia, não terá resposta alérgica, mas irá 
produzir as IgE. Com isso, no segundo contato 
com essa substância, você terá a reação 
alérgica. 
o As IgE produzidas no primeiro contato ficam 
acopladas nas paredes dos mastócitos → a 
partir do segundo contato, essa substância se 
liga IgE na parede do mastócito, e isso 
desencadeia um a resposta intracelular para que 
haja desgranulação do mastócito ou do basófilo e 
liberação de histamina. 
o A histamina é liberada por desgranulação, por 
rompimento mastocitário (quando se falar em 
mastócito, considere também os basófilos), 
quando, a partir de um segundo contato essa 
substância se liga na imunoglobulina IgE da 
parede do mastócito. 
o A alergia é um tipo de reação de 
hipersensibilidade. 
IMPORTANTE!! A inflamação da alergia não ocorre por 
ação das prostaglandinas, mas sim, por ação, 
principalmente, das Histaminas. 
Lembre!!! As células enterocromafins gástricas → por ação da 
gastrina e da Ach liberam histamina, para que esta histamina atue nas 
células parietais, estimulando a produção de HCl. 
Liberação da Histamina: 
• Desgranulação/degranulação mastocitária na resposta 
alérgica – hipersensibilidade mediada por IgE 
Anna Beatriz Carvalho Araújo Farmacologia 
UNICAP – MED XV 
o É liberada quando a substância contra a qual você 
possui alergia se liga ao IgE (que está agregada na 
parede do mastócito) e desencadeia uma 
resposta intracelular para que o mastócito se 
desgranule e libere a histamina. 
• Por ação da acetilcolina (Ach) e gastrina nos receptores das 
células enterocromafins gástricas – Histamina fisiológica. 
Receptores de Histamina – principais localização. 
 A histamina é liberada em resposta a certos estímulos 
exerce seus efeitos ligando-se a vários tipos de receptores específicos 
(H1, H2, H3 e H4). 
• H1: são importantes na produção de contração da 
musculatura lisa e no aumento da permeabilidade dos 
capilares. 
o Vasos sanguíneos: musculo liso (vasodilatação) e 
endotélio (afasta o endotélio para que haja diapedese 
– aumento da permeabilidade vascular – nas alergias 
isso irá causar edema no tecido). 
o Sistema nervoso central: indução do vômito, indução 
da vigília e da saciedade. Ou seja, a histamina ativa os 
centros desses três pontos. 
o Musculatura lisa brônquica: broncoconstricção. 
ps: nem toda vasodilatação vai ter permeabilidade do vaso 
aumentada. 
As substâncias inflamatórias vasodilatam e aumentam a 
permeabilidade – histamina, prostaglandina ... 
• H2: 
o Células parietais gástricas. 
o Células cardíacas 
Lembre!! Antagonistas dos receptores H2 da histamina – 
grupo farmacológico. 
• H3: 
o Sistema Nervoso Central: neurônios histaminérgicos – 
não se sabe exatamente o papel. 
• H4: 
o Células do sistema imunológico: eosinófilos, 
neutrófilos, linfócitos. 
o Células da medula óssea: promover a diferenciação de 
precursores leucocitários --- estímulo da formação 
de células inflamatórias. 
Ps: Como a histamina é uma substância pró-inflamatória, está claro 
que ela vai realizar vasodilatação. Todas as substâncias pró-
inflamatórias provocam vasodilatação. 
Principais ações: 
• Sistema cardiovascular: 
o Vasodilatação: queda da pressão arterial (via 
óxido nítrico -substância produzida pelas células 
endoteliais que atua nas células musculares) – H1. 
o Aumento da permeabilidade vascular capilar por 
separação das células endoteliais – H1. 
 *Com isso, fica claro que a histamina provoca edema 
e rubor (vermelhidão). 
• Sistema Respiratório: 
o Broncoconstricção – H1. 
• Sistema digestório: 
o Estimulação da secreção de ácido clorídrico (HCl) 
pelas células parietais gástricas – H2. 
• Sistema imunológico: 
o Quimiotaxia de neutrófilos e eosinófilos – atração 
de células para o lugar da inflamação. 
Lembrando!! Quimiotaxia é a chamada, a atração de 
células para resposta inflamatória 
• Sistema nervoso: 
o Indução do vômito, da vigília e da saciedade. 
Ps: a histamina também provoca prurido por estimulação de 
terminações nervosas sensitivas ! portanto, a histamina exerce seus 
principais efeitos no processo alérgico (vasodilatação e 
broncoconstricção) através da estimulação de receptores H1. 
Anti-histamínicos: 
• Antagonista dos receptores 
• Anti-H1 → 1ª geração e 2ª geração → antialérgicos → 
inibidores dos receptores H1 da histamina. 
• Anti-H2 → antiulcerosos 
Se ligue!! Existe um inibidor da ação da histamina que é chamado de 
antagonista fisiológico da histamina. 
 Quem seria esse antagonista das funções da histamina? 
Adrenalina. 
Função da histamina Função da adrenalina 
Vasodilatação – H1 Vasoconstrição – Alfa 1 
Broncoconstricção – H1 Broncodilatação– Beta 2 
 
Ps: Reação Anafilática/Anafilaxia: reação alérgica muito grave, na qual 
é caracterizada pelo angioedema (edema intenso; é logo percebido na 
região palpebral; quando ele acontece em estruturas muito apertadas, 
pode provocar quadros graves; quando acontece na glote, essa região 
fica tão edemaciada que não consegue abrir, fazendo com que a 
pessoas não consiga respirar – o edema de glote nada mais é do que 
uma vasodilatação local.) 
IMPORTANTE!! Em reações açergicas graves, como na citada ainda, não 
deve ser administrado o antagonista de H1, por causa do tempo de ação 
desse fármaco. Esse fármaco costuma agir em alguns minutos ou até 
Anna Beatriz Carvalho Araújo Farmacologia 
UNICAP – MED XV 
horas. No caso de uma alergia grave, o paciente corre risco de morte, 
por isso tem que fazer uso de algo que haja mais rapidamente, para 
que consiga estabilizar o paciente. 
 - Por isso é que administra a Adrenalina, pois ela não vai 
precisar competir com a histamina, ela atua em outro local e consegue 
fazer o efeito oposto aos da histamina, de forma mais rápida. 
 - não se faz necessário administrar diurético, juntamente 
com a adrenalina, como o intuito de desfazer o edema. 
Anti-histamínicos que atuam nos receptores H1: 
Indicações 
• Tratamento das alergias, principalmente rinite, dermatite 
alérgica (urticária) e conjuntivite alérgica. 
• Tratamento do prurido – ex: Hidroxizina/dexclofeniramina. 
• Tratamento da cinetose (enjoo de viagem) – dimenidrinato 
(dramin) – o enjoo ocorre como resposta da alteração do 
labirinto, a qual manda mensagem para o SNC. 
Na asma, não se utiliza um anti-histamínico, pois ela possui vários 
mediadores inflamatórios, ou seja, não adiantará apenas inibir a 
histamina. Nessa asma brônquica precisa-se utilizar um anti-
inflamatório que aja em várias vertentes, incluído várias etapas 
da resposta inflamatória – No caso de Asma Grave, a droga de 
escolha são os glicocorticoides (em dose imunossupressora, via 
inalatória- local). 
Principais anti-histamínicos 
• Dexclorfeniramina = Polaramine (1ª geração). 
• Dimenidrinato = Dramin 
• Prometazina = Fenergan 
• Meclizina = Meclin 
• Loratadina = Desalex 
• Fexofenadina = Allegra 
• Dentre outros ... 
Diferenças entre anti-H1 de 1ª e 2ª geração 
• 1ª geração – são lipofílicos e apresentam baixo peso 
molecular: 
o Provocam sonolência, pois atravessam a barreira 
hematoencefálica ( a histamina no SNC estimula a 
vigília, quando se bloqueia isso, provoca 
sonolência). Essa travessia pode provocar o 
ganho de peso por aumento do apetite, já que a 
histamina estimula a saciedade e quando inibida, 
causará um aumento do apetite. 
o Possuem efeitos anticolinérgicos adversos, 
podendo provocar boca e olhos secos, retenção 
urinária, taquicardia e dilatação da pupila – esses 
também bloqueiam os receptores de Ach 
periféricos. 
• 2ª geração – são lipofóbicos e apresentam alto peso 
molecular: 
o Não provocam sonolência, pois não atravessam a 
barreira hematoencefálica. 
o Não possuem efeitos anticolinérgicos – foi 
corrigida na molécula a ação bloqueadora de 
receptores colinérgicos. 
Se liga!! Quando quiser usar um anti-histamínico H1 para a inibição do 
vômito, deve ser usado a 1ª geração, pois essa atravessa a barreira 
hematoencefálica e consegue agir na histamina que atua no SNC. 
Se liga!! Em um criança que apresenta sensação prurido, da alergia, 
sente uma irritação muito grande, e com isso pode ser utilizado o da 1ª 
geração, por causa do efeito de sonolência, sendo benéfico para 
acalmar a criança.

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