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1. No texto “O Serviço Social e a Tradição Marxista”, Netto destaca denominadores comuns entre o Serviço Social e a Tradição Marxista. Quais são esses denominadores? Comente sobre eles. De acordo com Netto, os denominadores comuns ao Serviço Social e a Tradição Marxista “são os quadros macroscópicos, inclusivos e abrangentes da sociedade burguesa”, ou seja, ambos têm a existência condicionada à existência da sociedade burguesa. Tanto a tradição como o Serviço Social, procuram analisar as relações sociais neste modelo de sociedade, e buscam uma superação delas tendo como seu objeto de estudo e de luta, a denominada questão social. 2. No mesmo texto, Netto também aponta divergências entre o Serviço Social e a Tradição Marxista. Essa aproximação ao marxismo apresentou, pelo menos, três características, citadas por Netto (1989, p. 97): “Em primeiro lugar, tratou-se de uma aproximação que se realizou sob exigências teóricas muito reduzidas – as requisições que a comandavam foram de natureza sobretudo ideo-política, donde um cariz fortemente instrumental nessa interlocução. Em segundo lugar, e decorrentemente, a referência à tradição marxista era muito seletiva e vinha determinada menos pela relevância da sua contribuição crítico-analítica do que pela sua vinculação a determinadas perspectivas prático-políticas e organizacional-partidárias. Enfim, a aproximação não se deu às fontes marxianas e/ou aos ‘clássicos’ da tradição marxista, mas especialmente a divulgadores e pela via de manuais de qualidade e níveis discutíveis”. Comente esta citação do autor, explorando as ideias centrais do trecho supracitado. No trecho, Netto explica como se deu a aproximação do Serviço Social à Tradição Marxista, criticando a falta de uma aproximação genuína através de uma análise crítica da obra, o que deveria ser o objetivo principal da aproximação, e evidenciando a forma como a obra marxista foi abordada através de interesses e necessidades ideo-políticas e político- partidárias de uma categoria que entendia que havia necessidade de uma superação ao tradicionalismo na profissão e um foco na defesa da classe trabalhadora. A crítica à essa aproximação se concebe no sentido da não recorrência a obra original como referência, mas sim de percepções deturpadas de terceiros, o que num primeiro momento contribuiu para compreensões equivocadas acerca da Tradição Marxista, que no futuro viria a fundamentar o arcabouço teórico da profissão. 3. O Serviço Social precisou superar alguns desafios durante o período pandêmico de COVID-19. Comente a respeito destes desafios, limites e possibilidades de intervenção profissional nesse contexto. Todos os desafios advindos da Pandemia da Covid-19 que afetaram a categoria das/os assistentes sociais são ainda uma realidade, devido a continuidade do cenário pandêmico. Em um primeiro momento houve a interrupção na prestação de grande parte dos serviços de forma presencial, retomando aos poucos, de acordo com as flexibilizações indicadas pela OMS ou pelo governo. Esse período de pausa afetou em grande parte a população usuária que ficou sem acesso aos serviços. Após, esse desafio cedeu espaço ao desafio e aos limites do trabalho remoto, que afetou tanto os usuários, como as/os próprias/os assistentes sociais, que muitas vezes não tiveram preparo para tal forma de trabalho ou tão menos capacitação de seus contratantes para tal, chegando a usar seus próprios instrumentos pessoais como instrumentos de trabalho, tendo como exemplo as/os professoras/es desta universidade. As possibilidades de intervenção ficaram restringidas, mas a categoria profissional seguiu trabalhando fortemente no combate a pandemia e procurando alternativas para continuar com seu papel nesse momento inédito.
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