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Ob�e��v�� �e �p���di����m ● Conhecer a fisioanatomia dos rins; ● Entender a fisiologia da regulação do volume; ● Estudar os diuréticos e seu mecanismo de ação; ● Estudar a fisiopatologia da insuficiência renal; ● Discutir o que a cor da urina pode indicar. → Fis��a����mi� ��� ri��:................................................................... Os rins se dividem em córtex externo e medula interna, suas camadas são formadas por um arranjo de tubos microscópicos chamados néfrons, 80% deles estão contidos no córtex, e os outros 20% mergulhados na medula. O sangue que entra nos rins chega pela artéria renal e segue para artérias menores até chegar nas arteríolas no córtex, o sangue flui a partir da arteríola aferente e vai para uma rede de capilares chamada de glomérulo, em seguida o sangue sai do glomérulo pela arteríola eferente e vai pra um conjunto de capilares peritubulares. Por fim, o sangue sai dos rins pela veia renal. O néfron inicia com a cápsula glomerular que tem seu epitélio fundido ao endotélio do glomérulo, e isso faz com que o líquido filtrado dos capilares passe diretamente para dentro do lúmen do túbulo proximal e a alça de henle, que vai em que vai em direção a medula e volta para o córtex, a alça tem o ramo descendente fino e ascendente fino e grosso. Em seguida, o líquido chega no túbulo distal que vai drená-lo e enviá-lo para o ducto coletor e lá ele é modificado e passa a se chamar urina, que vai fluir para o ureter e ser excretado. Sensores de Volume: os barorreceptores são mecanorreceptores que sentem um aumento ou diminuição na pressão arterial. Eles estão localizados principalmente no seio carotídeo e no arco da aorta detectando variações da pressão e transmitindo essa informação ao sistema nervoso central, que gera respostas do sistema nervoso autônomo, que vai gerar o reflexo barorreceptor para modular o funcionamento da circulação sanguínea. Quando há aumentos súbitos da pressão arterial os barorreceptores aumentam a frequência de disparos e sinalizam para o bulbo que irá produzir neurotransmissores responsáveis por diminuir a ação do SN simpático, causando bradicardia e reduzindo a pressão arterial. Quando a pressão arterial aumenta ocorre aumento da volemia que é alterada pela quantidade de sódio excretada, quanto maior a excreção de sódio maior a excreção de água e menor é a volemia e vice-versa. = Função dos rins: os rins mantêm o controle hídrico e eletrolítico do corpo, fazendo a regulação homeostática da água e íons no sangue através da ingestão dessas substâncias e sua excreção na urina. Os rins regulam a pressão sanguínea e o volume de líquido extracelular, porque ambos trabalham de forma integrada para manter um fluxo adequado de sangue no corpo. Os rins também regulam a osmolaridade do corpo integrando sua função ao comportamento, como a sede por exemplo é induzida pelo hipotálamo quando nosso corpo precisa repor a quantidade de água necessária para distribuição normal do sangue e íons pelo corpo. O equilíbrio iônico é mantido pelos rins que fazem a manutenção de íons no nosso corpo, mantendo um balanço adequado entre a ingestão e a perda urinária (o sódio é o principal íon envolvido na regulação do volume de líquido extracelular e da osmolaridade). Além disso, os rins também regulam o ph removendo H+ e conservando íons de bicarbonato para fazer o tampão no estômago, eles excretam resíduos do sangue com a urina, que tem sua cor amarelada devido a um metabólito chamado urobilinogênio. Os rins produzem hormônios, pois ele libera a renina que regula a produção dos hormônios envolvidos no controle de sódio e na homeostase da pressão sanguínea. Além de ter enzimas que convertem a vitamina D3 em um hormônio regulador do balanço de cálcio. …………………………………………………………………Função dos Rins……………………………………………………… Controle hídrico; Regulação da pressão sanguínea e volume de líquido; Equilíbrio iônico; Regulação de pH; Produção de hormônios e enzimas. → Reg���ção d� ���um�:........................................................................ Sistema renina-angiotensina-aldosterona: quando a pressão do sangue está baixa, as células justaglomerulares no túbulo distal da mácula densa sinalizam para as células granulares secretar a renina. Já a angiotensina II é estimulada pela concentração extracelular de potássio e a pressão sanguínea baixa, quem sinaliza a liberação de angiotensina é a aldosterona do córtex suprarrenal. Juntas, são componentes do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRA) que faz a manutenção da pressão do sangue. Esse sistema inicia quando as células granulares nas arteríolas aferentes do néfron secretam a renina, que converte uma proteína plasmática inativa angiotensinogênio em angiotensina I, que ao entrar em contato com a enzima conversora de angiotensina (ECA) é convertido em angiotensina II. A angiotensina II vai para a suprarrenal e estimula a síntese e liberação da aldosterona, que vai para o néfron distal e inicia reações intracelulares que promovem a reabsorção de Na+ no túbulo. A reabsorção do sódio não eleva diretamente a pressão do sangue, mas sua retenção aumenta a osmolaridade estimulando a sede, e quando bebemos líquido o volume do líquido extracelular (LEC) aumenta, aumentando também o volume de sangue e sua pressão. A ANG II pode aumentar a pressão sanguínea diretamente e indiretamente porque ela aumenta a secreção de vasopressina, que além de estimular a sede é um potente vasoconstritor e aumenta a estimulação simpática do coração e vasos. Peptídeos Natriuréticos: os peptídeos natriuréticos possuem quatro tipos: a) peptídeo atrial natriurético (ANP), b) peptídeo natriurético tipo B (BNP), c) peptídeo natriurético tipo C (CNP) d) peptídeo natriurético tipo D (DNP). O ANP e o BNP são produzidos nos átrios e ventrículos do coração e secretados quando há elevação da pressão arterial, eles agem aumentando a excreção renal de Na+ e água porque inibem a ação da bomba Na+/K+ ATPase, dos canais de sódio epiteliais e diminuem a secreção de renina e aldosterona. Eles também causam a vasodilatação sistêmica e renal aumentando a permeabilidade vascular. O CNP é produzido pelo coração e age promovendo o remodelamento vascular. Já o DNP não tem suas ações conhecidas e pode ser encontrado no veneno da serpente mamba verde. De forma geral, os peptídeos natriuréticos têm seus efeitos mediados por receptores de membrana, promovem a vasodilatação venosa e arterial, diminuindo a pressão sanguínea. Em alguns casos podem ser administrados sinteticamente e diminuir a extensão de infartos cardíacos. Vasopressina (ADH): é um hormônio secretado em casos de desidratação e queda da pressão arterial, promove a vasoconstrição de arteríolas e aumenta a pressão sanguínea do corpo. O ADH também atua no néfron favorecendo a abertura dos canais de água (aquaporinas) nas células do túbulo de conexão e túbulo coletor. É composta por nove aminoácidos, produzida pelo hipotálamo e secretado pela neuro hipófise, nos rins ela aumenta a permeabilidade das células dos túbulos distal e coletor à água, aumentando a reabsorção renal de água e permitindo que o organismo conserve a água e aumente a concentração da urina diminuindo sua excreção. Quando a osmolaridade está elevada, os osmorreceptores estimulam sua secreção, que também pode ocorrer quando o volume intravascular for diminuído. Sua deficiência é chamada de diabetes insipidus que causa diurese e poliúria e seu excesso é a hiponatremia. → Mec����mo �� �ção d�� ��uréti���:................................................ Os diuréticos atuam sobre a reabsorção de sódio ao longo de quatro segmentos do néfron, a saber: túbulo proximal, ramo ascendente espesso medular, túbulo contorcido distal e ducto coletor. O rim concentra e secreta esses fármacos no lúmen tubular. Acetazolamida: é um diurético inibidor da anidrase carbônica, age impedindo a reabsorção de Na+ ao inibir reversivelmente a anidrase carbônica II citoplasmática e a anidrase carbônica IV luminal, isso provoca um aumento do aporte de NaHCO3 nos segmentosdistais do néfron, o bicarbonato é excretado diminuindo o volume plasmático (diurese), a urina fica alcalina, já que a secreção tubular proximal de H+ é inibida junto às células secretoras de ácido no ducto coletor. Seu uso clínico é relacionado a restauração do equilíbrio acidobásico em pacientes com insuficiência cardíaca e alcalose metabólica que pode ser causada por diuréticos de alça. Manitol: é um diurético osmótico que não sofre reabsorção no néfron, ele gera uma forma osmótica que limita a reabsorção de água pelos segmentos do néfron permeáveis a água, agem melhor no túbulo proximal que é onde ocorre a maior parte da reabsorção isosmótica de água. Seu uso clínico é voltado para o tratamento rápido da pressão intracraniana aumentada, pois ele diminui o volume vascular sistêmico. Diuréticos de Alça: basicamente regulam a quantidade de eletrólitos no organismo, agem no ramo ascendente espesso da alça de henle, inibe reversivelmente a ação do cotransportador de Na+, K+ e Cl- (NKCC2) na membrana apical das células epiteliais do R.A.E. da alça, inibe a reabsorção de Na+ e também o transporte transcelular de NaCl, causa também a inibição da reabsorção de cátions como o Ca+ e o Mg+, que pode levar a um aumento da excreção urinária destes gerando hipocalcemia e/ou hipomagnesemia. Além disso, pode causar hipopotassemia alcalose metabólica porque aumenta a secreção de K+ e prótons. Ex: furosemida, bumetanida e torsemida. Diuréticos Tiazídicos: inibem a reabsorção de NaCl no túbulo contorcido distal, agem como antagonistas competitivos do cotransportador de Na+ e Cl- (NCC) na membrana luminal do túbulo contorcido distal. Promovem uma leve redução do volume intravascular por ter um leve efeito vasodilatador que reduz a pressão arterial sistêmica. Eles também promovem um aumento da reabsorção de cálcio no túbulo contorcido distal, por isso auxiliam no tratamento da osteoporose e reduzem a hipercalciúria. Pacientes com poliúria também podem os utilizar porque esses diuréticos podem reduzir o volume de líquido tubular que chega ao ducto coletor e diminuir o volume urinário. Ex: Hidroclorotiazida. Diuréticos poupadores de potássio: diferente de todos os outros eles aumentam a reabsorção de potássio no néfron, eles interrompem a reabsorção de Na+ das células principais do ducto coletor de duas formas: a espironolactona e eplerenona inibem a biossíntese de novos canais de Na+ nas células principais; a amilorida e o triantereno bloqueiam a atividade dos canais de Na+ na membrana luminal das células principais. Seu uso clínico está voltado ao tratamento da alcalose hipopotassêmica e ao excesso de mineralocorticóides (ex. aldosterona) que pode causar insuficiência cardíaca e hepática, também podem ser usados para reduzir o efeito dos tiazídicos. Ex: Espironolactona. → In�ufi��ên�i� R��al:....,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,........................................... Insuficiência renal aguda é a perda súbita da capacidade de seus rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue. Quando isso acontece, os resíduos podem chegar a níveis perigosos e afetar a composição química do seu sangue, que pode ficar fora de equilíbrio. É comum em pacientes que já estão no hospital com alguma outra condição, principalmente problemas cardíacos. Pode desenvolver-se rapidamente ao longo de algumas horas ou mais lentamente, durante alguns dias. Pessoas que estão gravemente doentes e necessitam de cuidados intensivos estão em maior risco de desenvolver insuficiência renal aguda. A insuficiência renal aguda pode ser fatal e requer tratamento intensivo. Essa doença pode provocar um desequilíbrio hídrico e eletrolítico no organismo, podendo desencadear diversas outras condições patológicas, além disso ela causa uma redução da excreção dos fármacos e pode causar um acúmulo de toxinas no corpo já que elas não serão excretadas pelo rim. Diagnóstico: a insuficiência renal aguda é mais frequentemente diagnosticada durante uma internação hospitalar por outra causa. Entre os exames que fazem o diagnóstico de insuficiência renal aguda estão: medições da produção de urina, exames de urina, exames de sangue, exames de imagem, como ultrassom e tomografia computadorizada, remoção de uma amostra de tecido de rim para o teste (biópsia). Tratamento: diuréticos podem ser usados para ajudar os rins a eliminar líquidos. Cálcio e insulina podem ser receitados para ajudar a evitar uma acumulação perigosa de potássio no sangue. Deverá ser feita uma restrição alimentar e de líquidos. O objetivo é reduzir a acumulação de toxinas que são normalmente eliminadas pelos rins. Uma dieta rica em carboidratos e pobre em proteínas, sal e potássio é geralmente recomendada. ,O qu� � �o� d� ��i�� �n�i��?,,........,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,, Transparente ou amarelo claro: transparente pode significar que bebeu muito líquido ou que seus rins perderam a capacidade de concentrar o xixi, como ocorre na doença renal crônica. Amarelo claro, por sua vez, é a cor da urina normal. Amarelo forte: a coloração amarela forte ou alaranjada pode ser apenas porque está faltando líquidos no organismo, mas em casos de infecção da urina há uma grande quantidade de leucócitos na urina que a deixam mais forte e frequentemente mal cheirosa devido à presença especialmente de bactérias mortas. Podem existir outros sintomas associados como dor ou ardor para urinar, a pessoa acometida pode fazer xixi diversas vezes em pequenas quantidades e mediante esforço, dor na região inferior da barriga, enfim, características de cistite (infecção na bexiga) ou uretrite (infecção na uretra). Vermelho e Marrom: a urina de cor avermelhada ou alaranjada é geralmente sinal de perda de sangue pela urina. Este sangue pode estar vindo dos glomérulos ou das vias urinárias. Por exemplo, pedras que são levadas pelos canais urinários podem machucar os rins e causar sangramento, geralmente acompanhado de dor na região lombar de forte intensidade. Pode ser também causado por tumores, nefrites, tuberculose etc. O marrom aparece geralmente quando o fígado está doente e o paciente pode produzir excesso de bilirrubinas, que podem ser eliminadas pelos rins e colorir a urina de cor acastanhada ou mesmo marrom. Azul e Verde: algumas bactérias não tão habituais na urina, geralmente infecções adquiridas em ambiente hospitalar ou na presença de entupimentos da via urinária, são capazes de produzir um pigmento azul ou verde. São as pseudomonas, conhecidas como bacilos piociânicos (ciano=azul). Outras cores: Alguns corantes naturais como o da beterraba, amora e mirtilo podem colorir a urina, sem qualquer significado de doença. O mesmo em relação aos corantes artificiais que podem tornar a urina de cores diferentes estão contidos principalmente em remédios.