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Resumo - Prova I Química Farmacêutica Resposta = sintomas anômalos Design = estruturas químicas Hits = fármacos Ligantes = fármacos NSAID = anti-inflamatório não esteroidal IC50 = concentração do composto requerida para 50% de inibição in vitro -------------------------------------------------------- ALVOS MOLECULARES E O PROCESSO DE INTERAÇÃO . Quanto mais eficientes forem as interações intermoleculares, maior será a efetividade da mesma em relação a doença a ser tratada . A estabilidade do complexo fármaco-alvo é proporcional a atividade Otimizar a atividade de estruturas químicas = otimizar a força e o número de interações ● otimizar as interações lig-macro . O processo de ligação entre um substrato e uma enzima, gerando a aderência do medicamento ao seu alvo, é governado pelas interações intermoleculares Química supramolecular = química além da molécula; estuda as interações intermoleculares covalentes; é direcionada nos modos de interação intermolecular e na estabilidade dos complexos formados ● conceito criado pelo friedrich Wohler ● quebra e produção de ligações covalentes . O reconhecimento molecular abrange um conjunto de fenômenos controlados por interações não covalentes específicas Conceito “chave-fechadura” = enzima possui uma região complementar a estrutura do substrato, em tamanho, forma e natureza química; modelo proposto por Emil Fischer; encaixe específico e complementar ● compara o encaixe de uma proteína com seu ligante como uma chave em relação a fechadura ● virtudes deste modelo: ideia de complementaridade e de especificidade do processo de interação ● falhas desse modelo: remete a um processo estático com a impossibilidade de uma estabilização no estado de transição Encaixe induzido = ligação do substrato induz uma mudança conformacional na enzima que resulta em um encaixe complementar, depois que o substrato é ligado; modelo proposto por Daniel Koshland Equilíbrio pré-existente = quando o estado nativo é um conjunto de conformações onde as mudanças conformacionais podem ocorrer antes da interação; o ligante interage com o alvo neste conjunto de conformações flutuantes ● O ligante interage em possibilidades diversas de estado conformacionais governados pela estabilidade dos mesmos ● O ligante interage com o alvo neste conjunto de conformações flutuantes . O aumento do número de ligações de hidrogênio e interações de Van der Waals de um fármaco com o seu alvo molecular produz a redução da entalpia . O aumento de grupos químicos polares em moléculas candidatas a fármacos aumenta a solubilidade e causa o aumento da entalpia . O aumento de grupos químicos apolares em moléculas candidatas a fármacos reduz sua solubilidade e causa o aumento da entalpia . O aumento da rigidez, tanto dos alvos moleculares como dos ligantes, após o evento de ligação produz a redução da entropia Raio de Van der Waals = ● distância máxima entre os núcleos: soma-se os raios das moléculas envolvidas ● distância mínima entre os núcleos: diminui-se os raios das moléculas envolvidas ● formação de uma ligação de hidrogênio: a distância entre os átomos não pode ser maior que a distância entre os núcleos das moléculas envolvidas - Interações de Van der Waals: ● dipolo-dipolo (keesom force) - interações entre moléculas polares, com ligações polarizadas e com dipolos magnéticos; a força das interações dependem da força dos dipolos ● dipolo-dipolo induzido (debye force) - também conhecida como polarização; a proximidade de um dipolo permanente pode induzir um dipolo em uma molécula apolar; a força irá depender do momento de dipolo elétrico da primeira e da polarizabilidade da segunda molécula ● forças ou dispersões de london - são interações provenientes da polarização transitória em moléculas que não possuem momento de dipolo; a força aumenta com a polarizabilidade das moléculas devido ao movimento de elétrons em uma molécula nas proximidades de outra molécula ocorre uma redistribuição com a formação de polos instantâneos (formação de dipolos instantâneos) Tipos de interação = -------------------------------------------------------- INTERAÇÕES INTERMOLECULARES Química farmacêutica multidisciplinar = envolve diversas áreas do conhecimento com o propósito de planejar, obter e desenvolver estruturas químicas capazes de tornarem-se alternativas terapêuticas para o combate de doenças Atuação dos fármacos = atuam sobre macromoléculas específicas (alvos moleculares) ● alvos moleculares: envolvidos diretamente com o desenvolvimento da doença a ser tratada Principais alvos moleculares = enzimas, receptores acoplados a proteínas G, ácidos nucleicos, canais iônicos e transportadores . Quanto mais eficientes forem as interações intermoleculares das moléculas propostas em relação ao alvo molecular maior será a efetividade da mesma em relação a doença a ser tratada . Interações intermoleculares produzem interações pontuais que conduzem moléculas com alta afinidade A estabilidade do complexo fármaco-alvo é proporcional a atividade = porque quanto maior for a estabilidade de um fármaco em relação ao seu alvo, maior será a força de interação intermolecular entre ambos, sendo assim, maior será a efetividade da molécula em relação ao seu efeito farmacológico Fatores que afetam o reconhecimento do fármaco pelo seu alvo molecular = ● complementaridade: as interações intermoleculares são realizadas mediante a complementaridade espacial e química das moléculas envolvidas na interação; teoria criada por Emil Fischer - Teoria de Daniel Koshland: enzima flexível; encaixe induzido; a ligação do substrato induz a uma mudança conformacional na enzima que resulta em um encaixe complementar depois que o substrato é ligado ● Termodinâmica: as interações intermoleculares são governadas termodinamicamente; o processo será favorável sempre que a energia livre de Gibbs for negativa - Representação parcial de reações exotérmicas: - Entalpia de ligação: aumento da afinidade X diminuição da afinidade; dessolvatação polar e dessolvatação apolar - Entropia de ligação: aumento da afinidade X diminuição da afinidade ● Fatores físico-químicos: lipofilicidade, padrão eletrônico de substituição das moléculas e volume molecular - parâmetros eletrônicos, hidrofóbicos e estéricos Interação de dispersão de London = é formada entre moléculas apolares e é estabelecida devido a formação de polos transientes produzidos pelas deformações das nuvens eletrônicas dos átomos envolvidos Interações dipolo-dipolo = é formada entre moléculas que apresentam polos formais (moléculas polares), sendo que, um polo será negativo e o outro será positivo Interação hidrofóbica = ocorrem devido a uma reorganização termodinamicamente favorecida do sistema, reduzindo o contato entre superfícies apolares e o ambiente aquoso; não são atrativas ou repulsivas; o efeito hidrofóbico não é uma força atrativa, tampouco repulsiva, entre moléculas apolares e a água; ocorre uma reorganização, termodinamicamente favorecida, que reduz a repulsão entre as moléculas de água e moléculas apolares e minimiza a ruptura da rede intermolecular; a menor superfície de contato é a forma mais favorecida em termos termodinâmicos - moléculas apolares tendem a se unir para reduzir a superfície de contato com a água Ligações covalentes = inibidores covalentes estão concentrados em indicações fatais, para as quais não existem terapias eficazes, de modo que os benefícios deste tipo de fármaco podem ser justificados em relação ao risco de imunotoxicidade - A ação inibidora covalente alvo-específico pode ser descrita pela equação: Parâmetros utilizados, atualmente, para caracterizar e otimizar as relações estrutura-atividade (SAR) = potência e seletividade ● podem ser otimizados alterando a estrutura do composto modular (ligação inicial ao alvo não covalente e a taxa com que o inibidor reage com o nucleófilo da proteína alvo após a ligação inicial) Atuações dos átomos de halogênios como receptores da densidade = os halogênios possuem um buraco sigma ao longodo eixo de ligações covalentes que é deficiente em elétrons, sendo parcialmente positivo. O buraco sigma acaba recebendo a densidade eletrônica de átomos com pares de elétrons livres, produzindo, então, a interação Interação do fármaco Flurbiprofeno com a enzima PGHS 1 = esse fármaco realiza uma ponte salina, formada por interação iônica, e uma ponte de hidrogênio, formada pela ligação de hidrogênio . Todas as interações intermoleculares formadas no reconhecimento molecular do antiviral Saquinavir, pelo sítio da protease do HIV-1, são ligações de hidrogênio Inibidores irreversíveis = são fármacos que agem pela inibição covalente do seu alvo molecular . A toxicidade de moléculas de fármacos é proporcional a sua reatividade, ou seja, quanto mais reativa for uma substância maior será a probabilidade de produzir reações com biomoléculas que possam geram eventos de toxicidade Toxicidade de moléculas que agem via inibição covalente (de seus alvos moleculares) = essas moléculas podem promover reações inespecíficas com macromoléculas diferentes do seu alvo molecular primário (gerando eventos de toxicidade) Geração da irreversibilidade do complexo fármaco-alvo através da inibição covalente = a geração da irreversibilidade ocorre por conta da alta energia que as ligações covalentes possuem, cerca de 100-200 kcal\mol . O propranolol apresenta grupamentos químicos que possibilitam a formação de interações hidrofóbicas e ligações de hidrogênio -------------------------------------------------------- FARMACÓFOROS . Grupos funcionais presentes na molécula, sendo essenciais para as ligações com o alvo, são entendidos por grupos farmacofóricos (em uma estrutura de um fármaco) . A definição dos grupos farmacofóricos pode definir a posição e a conformação relativa dos grupos Farmacóforo = define os grupamentos químicos importantes para a ligação com o alvo; define a posição relativa dos grupos químicos e a conformação ativa; necessário para o planejamento e otimização estrutural, além de ser necessário para a descoberta de novos fármacos Principais estágios: 1. identificar a doença 2. identificar o alvo da doença 3. estabelecer ensaios 4. obter uma molécula líder 5. relação estrutura atividade (SAR) 6. identificar o farmacóforo 7. planejamento - otimização das interações 8. planejamento - otimização das propriedades farmacocinéticas 9. testes de toxicidade 10. desenvolvimento químico e produção 11. patenteamento 12. ensaios clínicos Principais características de farmacóforos em 2D = auxiliam no planejamento e na otimização estrutural, além da determinação da conformação ativa da molécula ● define o esqueleto molecular mínimo que conecta os grupos químicos mais importantes ● demonstra as distância entre os grupos ● permite a simplificação molecular da estrutura química de moléculas complexas Principais características de farmacóforos em 3D = definem as posições relativas dos grupos químicos essenciais para a atividade . Conhecendo os grupos farmacofóricos podemos definir o esqueleto molecular mínimo para a atividade, obter as distâncias e conformações dos grupos essenciais para a atividade, simplificar a molécula retirando os grupo que não relacionados com a atividade e buscar moléculas com as mesmas características físico-químicas explicitadas pelos grupos farmacofóricos Ligações intermoleculares com o farmacóforo = define a posição relativa e avalia os tipos de interações requeridas para efetividade da interação com o alvo Tipos de ligações intermoleculares com farmacóforos = - aceptor de ligação de hidrogênio - doador de ligação de hidrogênio - interação de van der waals - interação hidrofóbica - interação iônica Principais características da conformação ativa = promove o encontro de moléculas com as mesmas características observadas no farmacóforo, proporciona o conhecimento dos tipos de interações que devem ser realizadas entre os candidatos a fármacos e os alvos moleculares ● determinar a conformação ativa permite produzir moléculas com a conformação ativa restrita ● é a conformação adotada pelo fármaco quando ele se liga ao alvo e produz o efeito farmacológico ● a identificação da conformação ativa é necessária para identificar o farmacóforo em 3d ● a análise conformacional identifica as possíveis conformações ativas e suas estabilidades ● promove a maior facilidade para comparar a efetividade da interação com moléculas rígidas Farmacóforo a partir do sítio de interação = Posições do farmacóforo = (farmacóforos para a dopamina) Regras de Lipinski e Veber = - Rule of five: regra dos cinco; criada por Christopher Lipinski; possível baixa absorção por via oral quando há mais que 5 doadores de ligações de hidrogênio, quando a massa molecular é maior que 500D, quando o LogP for maior que 5 e quando haver mais que 10 aceptores de ligações de hidrogênio - Regras de Veber: possível baixa absorção por via oral quando há um número de ligações rotacionais maiores que 10 e quando a área de superfície polar for maior que 140 Å -------------------------------------------------------- OTIMIZAÇÃO DAS INTERAÇÕES FÁRMACO-ALVO MOLECULAR . Otimizar as interações com o alvo molecular produz o aumento da atividade e a redução dos níveis de doses, além de proporcionar o aumento da seletividade e da redução dos efeitos colaterais Objetivo da otimização = otimizar as interações com o alvo molecular Razões da otimização aumentar a atividade e reduzir o nível de doses; aumentar a seletividade e reduzir os efeitos colaterais Estratégias usadas para otimização das interações com o alvo molecular = variar substituintes alquílicos; variação de anéis; simplificação molecular; extensão de cadeias laterais . A variação do tamanho e do volume do grupo alquílico pode introduzir a seletividade . Grupos alquílicos podem interagir com regiões hidrofóbicas do sítio de interação Objetivo da extensão de cadeias laterais em moléculas candidatas a fármacos = explorar novas regiões de interação e aumentar a estabilidade do complexo proteína-ligante ● exploração de novas regiões de interações para aumentar a eficiência da ação farmacológica - Inibidores ACE: - Antagonistas a partir de agonistas: . A extensão de cadeias laterais pode alterar a atividade de uma molécula. Por exemplo, um agonista pode originar um antagonista pelo uso dessa técnica Variação de anéis = pode ser utilizada para aumentar a estabilidade do complexo proteína-ligante e para produzir estruturas que estão fora da cobertura de patentes (me too) ● melhorar a interação dos grupos ligantes com as regiões de interação do alvo molecular ● realiza a troca de anéis aromáticos e heterocíclicos com outros sistemas, muitas vezes realizado para escapar de patentes já registradas; pode resultar em propriedades otimizadas . A troca bioisostérica é uma troca de grupos funcionais que retém a mesma atividade farmacológica sem manter necessariamente a mesma valência Simplificação molecular = conhecida como striptease molecular; moléculas livres a partir de fontes naturais são difíceis de sintetizar e a simplificação molecular pode ser de grande importância; simplificar a estrutura torna o processo mais rápido, fácil e barato; moléculas simplificadas podem ter ações farmacológicas aumentadas; são mais seletivas e menos tóxicas ● esse método retém o farmacóforo, remove grupos auxofóricos e pode aumentar o número de conformações possíveis ● esse método pode resultar em redução da afinidade, aumentar o número de conformações possíveis, reduzir a seletividade e incrementar efeitos colaterais Isósteros e bio-isósteros = realiza a troca de grupos funcionais com a mesma valência (isósteros); conduz para mudanças mais controladas em termos estéricos e eletrônicos; pode afetar a ligação e a estabilidade da molécula; são úteis para SAR; a troca de grupos funcionais retém a mesma atividade farmacológica; não possuem necessariamente a mesma valência Extensão e contração = é útil se há uma cadeia conectando dois grupos funcionais importantes; varia otamanho da cadeia para aumentar as interações Rigidificação molecular = pode levar ao aumento da afinidade da molécula pelo alvo molecular, esse aumento está relacionado ao aumento da entropia e a redução de efeitos colaterais ● a rigidificação molecular pode reduzir os efeitos colaterais de uma molécula candidata a fármaco, uma vez que várias conformações levam a possibilidade de interação com alvos diversos - Estratégias usadas na rigidificação: reduzir o número de conformações possíveis, aumentar a atividade e a seletividade - Desvantagem da rigidificação: moléculas mais complexas possuem uma síntese dificultada - Método de indução de anéis: as ligações são impedidas de entrar em rotação; testagem das estruturas rígidas posteriormente para a avaliação da manutenção da ação - Introdução de anéis: as ligações são fixadas e impedidas de entrarem em rotação -------------------------------------------------------- PRINCIPAIS PONTOS ABORDADOS NO PRÉ-PROVA . As interações interações iônicas são proporcionais a carga formada pelo grupo químico, ou seja, quanto maior a carga maior será a força da interação Interações Π-Π (Pi-Pi) = Interações entre sistemas que contém elétrons em orbitais; influenciam a estrutura tridimensional de diversas biomoléculas que contém sistemas aromáticos; atuam fortemente no reconhecimento molecular (em proteínas a forma paralela é a mais observada) Interações de London = Interações entre duas moléculas ou partes moleculares apolares com poros instantâneos Ligações de hidrogênio = Interação entre um átomo eletronegativo que contém um átomo de hidrogênio e um doador de densidade eletrônica - ácido-base: - doadores e aceptores: Interações por ligações de halogênios = Interações que utilizam o sigma-hole como aceptor de densidade eletrônica . A função do farmacêutico medicinal, na otimização das propriedades de uma molécula, é de aumentar o número e a força das interações intermoleculares com o alvo farmacológico Ridificação de estruturas químicas = estruturas mais rígidas apresentam uma maior seletividade, pois conseguem assumir um número menor de conformações e com isso podem acessar um número menor de possíveis parceiros de interação Farmacóforo de uma estrutura química candidata a fármaco = são grupos químicos responsáveis pelas interações intermoleculares com o alvo . O piroxican (Feldene) apresenta grupamentos químicos que possibilitam a formação de interações intermoleculares como interações hidrofóbicas e ligações de hidrogênio . As interações intermoleculares devem ser suficientemente fortes para que o neurotransmissor se ligue o tempo suficiente para ter um efeito, mas não muito forte, para que a ligação não se torne permanente Paracetamol = é um anti-inflamatório não esteroidal (NSAID); os grupos funcionais presentes na sua estrutura química possibilitam a formação de interações intermoleculares, como as ligações de hidrogênio e as interações Π-Π (Pi-Pi) . Quanto maior o número de IC menor será a afinidade pelo alvo molecular Parâmetros entálpicos = a energia de desolvatação polar e apolar é uma penalidade entálpica que contribui para uma baixa interação do ligante em relação ao alvo molecular PONTOS ABORDADOS PELO PROFESSOR . Toda a doença possui uma via bioquímica que instaura o processo patológico o qual se manifesta como sintomas anômalos (resposta). Esse processo é mediado por rotas de sinalização específica com o envolvimento de alvos (proteicos ou não) responsáveis diretos pela instauração da doença. Através do planejamento de estruturas químicas (design) podemos propor a síntese de estruturas que vão interagir com o alvo macromolecular e, assim, obter estruturas químicas candidatas a fármacos (hits). Quanto mais eficientes forem as interações intermoleculares das moléculas propostas em relação ao alvo molecular maior será a efetividade da mesma em relação à doença a ser tratada . Dentro do processo de reconhecimento molecular os requisitos termodinâmicos são de fundamental importância para o entendimento e modulação da interação de uma pequena molécula e seu alvo molecular. Especificamente, a entalpia de ligação se relaciona à variação de energia livre, principalmente pela diferença energética entre a energia de ligação com o alvo e a energia de dessolvatação polar e apolar das moléculas . O aumento da entropia de um sistema tende a reduzir a energia livre de Gibbs. No processo de interação haverá aumento de entropia com a liberação do maior número e com maior eficiência das moléculas de água presentes nas cavidades expostas ao solvente dos alvos moleculares. Além disso, a entropia reduz com a diminuição dos graus de liberdade conformacionais das moléculas envolvidas no evento de interação . Forças intermoleculares podem ser do tipo covalente ou não-covalente. Essas forças são responsáveis por manter a estabilidade do complexo ligante-alvo molecular e seu número e energia de formação estão diretamente relacionadas à atividade farmacológica das moléculas. As interações são, portanto, o centro da atividade farmacológica e entender suas energias e peculiaridades permite que possam ser moduladas no intuito de otimizar a ação de um composto . São variadas as estratégias para otimização das interações intermoleculares com o alvo molecular. As mais recorrentes são: variar substituintes alquílicos, variar substituintes acrílicos, extensão de cadeia lateral, contração, variação de anéis, variação isostérica, simplificação molecular e rigidificação molecular. Tais ações visam o aumento das interações e aprimoramento da atividade farmacológica das moléculas
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