Buscar

Resistência à Compressão 18.04.14

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS (UEA)
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA (EST)
COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA DO CIMENTO À COMPRESSÃO
Manaus – AM
2014
JULIANA BARBOSA DE CARVALHO
LARISSA MENDES OLIVEIRA
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA DO CIMENTO À COMPRESSÃO
Trabalho solicitado para obtenção de nota parcial referente à disciplina Materiais de Construção Civil I, ministrada pela Prof. Drᵃ. Valdete Santos.
Manaus – AM
2014
Resumo 
	O presente relatório consiste na apresentação do ensaio de determinação da resistência do cimento Portland à compressão, normatizado pela Norma Brasileira (NBR) 7215 de 1996, realizado no Laboratório de Materiais de Construção, na Escola Superior de Tecnologia (EST), unidade da Universidade Estadual do Amazonas (UEA). O experimento foi realizado de maneira adaptada às condições do laboratório, com o objetivo de testar o cimento Portland pozolânico classe 32 da marca Itaú, marca esta relativamente nova na produção deste tipo de cimento. O ensaio foi realizado duas vezes, a fim de se ter a prova e a contra prova dos resultados. Após o cálculo das resistências individuais de cada corpo de prova, obteve-se, para a tensão máxima de ruptura, uma média de 0,01 MegaPascal (MPa) para quatro dias de idade, 0,07MPa para sete dias de idade, 0,08MPa para oito dias de idade e 0,1MPa para dez dias de idade. Para a resistência média, obteve-se no primeiro ensaio, 0,01MPa e no segundo ensaio, 0,09MPa. Já para desvio relativo máximo, para o primeiro ensaio, obteve-se 1 para o primeiro corpo de prova, 0 para o segundo corpo de prova, 0,4 para o terceiro corpo de prova e 1 para o quarto corpo de prova e, no segundo ensaio, obteve-se 5 para o quinto corpo de prova, 2 para o sexto corpo de prova, 2 para o sétimo corpo de prova e 11 para o oitavo corpo de prova. Concluiu-se, assim, que os resultados obtidos em ambos os ensaios realizados, mostraram-se muito discrepantes em relação ao esperado para este tipo de cimento, previsto na NBR 5736 de 1991, que diz que para 3 dias de idade, deve alcançar uma resistência de, pelo menos, 10MPa e para 7 dias de idade, 20MPa.
Palavras-chave: resistência, compressão, individual, média, desvio.
Lista de Figuras
Figura 1: Cimento Itaú CP IV – 32..................................................................................20
Figura 2: Pesagem do cimento.........................................................................................20
Figura 3: Pesagem da areia..............................................................................................20
Figura 4: Quantidade de água utilizada...........................................................................21
Figura 5: Mistura manual da argamassa..........................................................................21
Figura 6: Moldes cilíndricos com desmoldante...............................................................21
Figura 7: Desenformando os corpos de prova.................................................................21
Figura 8: Corpos de prova em cura.................................................................................22
Figura 9: Capeamento manual.........................................................................................22
Figura 10: Corpo de prova 1............................................................................................22
Figura 11: Rompimento do corpo de prova 2..................................................................23
Figura 12: Rompimento do corpo de prova 3..................................................................23
Figura 13: Rompimento do corpo de prova 4..................................................................24
Figura 14: Rompimento do corpo de prova 5..................................................................24
Figura 15: Rompimento do corpo de prova 6..................................................................25
Figura 16: Rompimento do corpo de prova 7..................................................................25
Figura 17: Rompimento do corpo de prova 8..................................................................26
Lista de Siglas
UEA: Universidade do Estado do Amazonas;
EST: Escola Superior de Tecnologia;
NBR: Norma Brasileira;
MPa: MegaPascal;
Kgf: Quilograma-força
Cm: Centímetros
Mm: Milímetros;
Ml: Mililitros;
Kg: Quilogramas;
G: Gramas;
H: horas
S: segundos
CP: Cimento Portland.
Sumário
Introdução........................................................................................................................7
2. Objetivos Gerais..........................................................................................................9
3. Materiais.......................................................................................................................9
4. Metodologia de Ensaio..............................................................................................10
	4.1 Primeiro Ensaio..............................................................................................10
	4.2 Segundo Ensaio..............................................................................................10
5. Revisão de Literatura................................................................................................12
	5.1 Cimento: Definição e Propriedades...............................................................12
	5.2 Materiais Pozolânicos....................................................................................12
	5.3 Normas Técnicas............................................................................................12
	5.4 Aceitação e Rejeição......................................................................................13
	5.5 Cimento Itaú CP IV-32..................................................................................14
6. Resultados...................................................................................................................15
	6.1 Cálculo das Resistências Individuais.............................................................15
	6.2 Cálculo das Resistências Médias...................................................................16
	6.3 Cálculo do Desvio Relativo Máximo.............................................................17
7. Conclusão...................................................................................................................18
Referências Bibliográficas............................................................................................19
Apêndice.........................................................................................................................20
Introdução
	Uma das grandes exigências requeridas para um projeto é a resistência à compressão. Nesses casos, o projetista deve especificar um material que possua boa resistência à compressão, que não se deforme facilmente e que assegure boa precisão dimensional quando for solicitado por esforços de compressão.
	Compressão é um esforço axial que tende a provocar um encurtamento ou até rompimento do corpo submetido a este esforço. Em ensaios de compressão são produzidos corpos de prova com dimensões padronizadas que são submetidos a uma força axial distribuída de modo uniforme em toda a seção transversal do corpo de prova. Este tipo de compressão é o mais indicado para avaliar as características de materiais frágeis, como o caso do cimento.
	A resistência mecânica dos cimentos é determinada pela ruptura à compressão de corpos de prova compostos por argamassa. A forma do corpo de prova, suas dimensões, o traço da argamassa, sua consistência e o tipo de areia empregado são definidos nas especificações correspondentes encontradas nas normas técnicas definidas, no Brasil, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e constituem características que variam de um país para ooutro. Quase todos adotam cubos de arestas de 5 a 7 centímetros (cm), predominando esta última dimensão. Apenas no Brasil e no Uruguai empregam-se corpos de prova de forma cilíndrica. No Brasil, o corpo de prova é um cilindro de 10 cm de altura por 5 cm de diâmetro.
	A argamassa é constituída pela mistura de cimento e areia normal nas proporções 1:3 em peso, de materiais secos. A água a ser adicionada será determinada para se conseguir a consistência normal. Os corpos de prova são conservados em câmara úmida por 24 horas e, a seguir, imersos em água saturada de cal até a data de rompimento. Este processo é geralmente nas idades de 1, 3, 7 e 28 dias. 
	O ensaio por este apresentado foi realizado de maneira adaptada às condições do laboratório e, assim, fez-se duas vezes o ensaio, moldando-se, ao total, oito corpos de prova, sendo quatro destes no dia sete de março (primeiro ensaio) e mais quatro no dia dezoito de março (segundo ensaio).
Para o cimento Portland pozolânico de classe 32, a Norma Brasileira (NBR) especifica que aos 3 dias de idade, obtenha-se uma resistência mínima de 10 MegaPascal (MPa) e aos 7 dias, 20 MPa.
	A necessidade de realização de ensaios técnicos é manter uma padronização e qualidade dos materiais. Verifica-se a capacidade real de resistência de uma determinada quantidade de aglomerante e, assim, determina-se o melhor material a ser utilizado na obra em conjunto com a disponibilidade do mesmo.
	Para a realização deste ensaio, produção e execução do mesmo, foram utilizadas as dependências do Laboratório de Materiais de Construção da Escola Superior de Tecnologia (EST), unidade da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
2. Objetivos Gerais
Determinar as resistências iniciais à compressão de cada corpo de prova;
Determinar as resistências médias à compressão de cada ensaio;
Determinar os desvios relativos máximos de cada ensaio;
Aprender, juntamente com a parte prática, sobre a metodologia de realização de um ensaio padronizado de resistência à compressão;
Compreender os resultados obtidos no ensaio para se encontrar as propriedades do cimento ensaiado;
Comparar os dados obtidos com as informações que vêm na embalagem do cimento para que se possa confirmar sua eficácia nas aplicações sugeridas.
3. Materiais
Cimento Portland pozolânico classe 32, marca Itaú;
Areia fina;
Água;
1 béquer;
1 peneira com abertura de 2,0 milímetros (mm);
1 peneira com abertura de 4,8 mm;
1 recipiente metálico retangular;
4 moldes cilíndricos de dimensões 5 mm x 10 mm;
Desmoldante;
Escova com fios de nylon;
1 soquete;
Balança digital (0,001 quilogramas (Kg));
Cronômetro;
Tanque com água;
Espátula;
Luvas;
Máscaras.
4. Metodologia de Ensaio
	4.1 Primeiro Ensaio
	No dia seis de março de 2014, quando o ensaio teve início às 16:15 horas (h), pesou-se 400 gramas (g) do cimento Portland pozolânico, de classe 32, da marca Itaú; peneirou-se 1200 g de areia fina na peneira de abertura 2,0 mm; mediu-se 192 mililitros (ml) de água no béquer. Misturou-se manualmente o cimento e a água por 30 segundos (s) e, em seguida, adicionou-se à mistura a areia fina peneirada e misturou-se tudo por mais 60 s.
	Aplicou-se em cada molde cilíndrico, com a ajuda da escova com fios de nylon, o desmoldante apropriado, da marca Desmol e iniciou-se o processo de moldagem dos corpos de prova. Em cada corpo de prova fez-se o seguinte procedimento: colocou-se quatro camadas da argamassa anteriormente feita, dando, a cada camada, 30 golpes com o soquete. Ao fim da quarta camada, fez-se o nivelamento de cada corpo de prova com o auxílio da espátula. A moldagem dos corpos de prova ocorreu às 16:30 h e os mesmos ficaram descansando no laboratório por um período de 24 horas. No dia seguinte, às 16:45 h, fez-se a retirada dos corpos de prova dos moldes e colocou-se os mesmos de molho no tanque de água do laboratório.
	No dia dez de março de 2014, quando os corpos de prova estavam com 3 dias de idade, às 15:30 h foi feito o capeamento de dois destes e às 17:30 h os mesmos foram rompidos na máquina de operação manual.
	No dia treze de março de 2014, quando os dois corpos de prova restantes estavam com 7 dias de idade, às 15:00 h foi feito o capeamento e no dia quatorze de março de 2014, às 17:40 h estes foram rompidos, aos 8 dias de idade, também na máquina de operação manual.
4.2 Segundo Ensaio
	No dia dezoito de março de 2014, quando o ensaio teve início às 15:15 h, pesou-se 400 g do cimento Portland pozolânico, de classe 32, da marca Itaú; peneirou-se 1200 g de areia fina na peneira de abertura 4,8 mm; mediu-se 192 ml de água no béquer. Misturou-se manualmente o cimento e a água por 30 s e, em seguida, adicionou-se à mistura a areia fina peneirada e misturou-se tudo por mais 60 s.
	Aplicou-se em cada molde cilíndrico, com a ajuda da escova com fios de nylon, o desmoldante apropriado, da marca Desmol e iniciou-se o processo de moldagem dos corpos de prova. Em cada corpo de prova fez-se o seguinte procedimento: colocou-se quatro camadas da argamassa anteriormente feita, dando, a cada camada, 30 golpes com o soquete. Ao fim da quarta camada, fez-se o nivelamento de cada corpo de prova com o auxílio da espátula. A moldagem dos corpos de prova ocorreu às 15:30 h e os mesmos ficaram descansando no laboratório por um período de 24 horas. No dia seguinte, às 16:00 h, fez-se a retirada dos corpos de prova dos moldes e colocou-se os mesmos de molho no tanque de água do laboratório.
	No dia vinte e cinco de março de 2014, quando os corpos de prova estavam com 7 dias de idade, às 10:00 h foi feito o capeamento de dois destes e às 17:55 h os mesmos foram rompidos na máquina de operação manual.
	No dia vinte e sete de março de 2014, quando os dois corpos de prova restantes estavam com 9 dias de idade, às 16:20 h foi feito o capeamento e no dia vinte e oito de março de 2014, às 18:46h estes foram rompidos, aos 10 dias de idade, também na máquina de operação manual.
	Anotou-se os valores obtidos em ambos os ensaios para posteriormente calcular a resistência individual dos corpos de prova, a resistência média de cada ensaio e o desvio relativo máximo de cada corpo de prova, a serem apresentados no item 6. Resultados deste relatório.
5. Revisão de Literatura
	5.1 Cimento: Definição e Propriedades
	De acordo com a Norma Brasileira NBR 5736 de 1991, referente ao cimento Portland pozolânico, o cimento é um aglomerante hidráulico, obtido pela mistura homogênea de clínquer Portland e materiais pozolânicos, moídos em conjunto ou em separado. Durante a moagem é permitido adicionar uma ou mais formas de sulfato de cálcio e materiais carbonáticos no teor de materiais pozolânicos secos, que deve estar compreendido entre 15% e 50% da massa total de aglomerante.
	O clínquer Portland é constituído em sua maior parte de silicatos de cálcio com propriedades hidráulicas e os cimentos pozolânicos são designados pela sigla CP IV.
	O cimento é de suma importância para a construção civil, tendo em vista que é um dos produtos mais utilizados no mundo, presente em todo tipo de construção, da mais simples moradia até a mais complexa obra de infraestrutura, do início ao acabamento final. É o componente básico do concreto, sendo este o mais consumido no planeta depois da água.
	5.2 Materiais Pozolânicos
	Ainda dentro da mesma NBR da seção anterior, vemos que materiais pozolânicos são materiais silicosos ou silicoaluminosos que por si só possuem pouca ou nenhuma atividade aglomerante, mas que, quando finalmente divididos e na presença de água, reagem com o hidróxido de cálcio, à temperatura ambiente, para formar compostos com propriedades cimentícias.
	Existem as pozolanas naturais que são os materiais de origem vulcânica, geralmente ácidos, ou também de origem sedimentar, e há as pozolanas artificiais, provenientes de tratamento térmico ou subprodutos industriais com atividades pozolânicas.
	5.3 Normas Técnicas
	No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) prepara e divulganormas técnicas que são usadas no mercado como padrão de referência.
	As NBRs nas quais este ensaio se embasa são:
NBR 5736 de 1991 que normatiza, entre outros aspectos, as exigências físicas e mecânicas do cimento Portland pozolânico com o qual estamos trabalhando;
NBR 7215 de 1996 que normatiza o ensaio para determinação da resistência à compressão do cimento Portland.
A Tabela 1 apresenta os limites estabelecidos de exigências físicas e mecânicas para os diferentes tipos de cimento. As exigências físico-mecânicas garantem o desempenho mecânico e reológico quanto à aplicação em pastas, argamassas e concretos.
Tabela 1: Exigências físicas e mecânicas dos cimentos.
Fonte: ABNT NBR 5736 (1991).
5.4 Aceitação e Rejeição
Um lote de cimento é automaticamente aceito quando atende as exigências da NBR 5736. Independentemente das exigências que a norma faz, não devem ser aceitos os cimentos entregues em sacos rasgados, molhados ou avariados durante o transporte. Do mesmo modo, não devem ser aceitos cimentos transportados a granel ou em contêineres, quando houver sinais evidentes de contaminação. O cimento armazenado a granel ou em contêineres por mais de seis meses, ou armazenado em sacos por mais de três meses, deve ser reensaiado, podendo ser rejeitado se não satisfizer qualquer exigência da NBR acima citada.
Em resumo, basta que um cimento não atenda a pelo menos uma das especificações prescritas na norma em questão, inclusive os resultados esperados por cada ensaio, para que seja rejeitado.
5.5 Cimento Itaú CP IV 32
O cimento utilizado para determinação da resistência à compressão neste ensaio foi o Itaú CP IV de classe 32 que, sendo um cimento Portland pozolânico, tem baixo calor de hidratação, o que o torna bastante recomendável na concretagem de grandes volumes e sob temperaturas elevadas, assim como para argamassas e concretos utilizados na construção de obras especiais, como edifícios, pontes, rodovias e concreto em regiões litorâneas (VOTORANTIN, 2014).
Protege a obra dos agentes agressivos do meio ambiente. Além disso, o alto teor de pozolana (entre 15% e 50%) proporciona estabilidade no uso com agregados reativos e em ambientes de ataque ácido, em especial ataque por sulfatos.
6. Resultados
Define-se a resistência à compressão do material a 3, 7 e 28 dias de cura como sendo a relação entre a carga de ruptura e a área transversal de um corpo de prova, conforme apresentada pela equação (6.1)
τ = (F/S) = (4F) / (π x D²)	 			(6.1)
onde:
τ: tensão máxima de ruptura (MPa);
F: força de compressão aplicada no corpo de prova (N), observada na máquina de rompimento;
S: área de seção transversal do corpo de prova (mm²) (Área da base do cilindro);
D: diâmetro da seção (mm).
	Os corpos de prova têm dimensões de 5 cm x 10 cm, ou seja, 50 mm x 10 mm. Desta forma temos que:
D = 50 mm²;
S = (π x D²) / 4 = (π x 50²) / 4 = 1963,495 mm²
	6.1 Cálculo das Resistências Individuais
Primeiro corpo de prova: Não foi possível o engastamento do mesmo na máquina de compressão. Este se desfez antes da compressão ser iniciada.
Segundo corpo de prova: Rompeu-se com 200 Kgf (= 20 MPa). Aplicando-se a equação (6.1), temos τ = 0,010 MPa.
Terceiro corpo de prova: Rompeu-se com 130 Kgf (= 13 MPa). Aplicando-se a equação (6.1), temos τ = 0,006 MPa.
Quarto corpo de prova: Rompeu-se com 240 Kgf (= 24 MPa). Aplicando-se a equação (6.1), temos τ = 0,012 MPa.
Quinto corpo de prova: Rompeu-se com 1080 Kgf (= 108 MPa). Aplicando-se a equação (6.1), temos τ = 0,055 MPa.
Sexto corpo de prova: Rompeu-se com 1640 Kgf (= 164 MPa). Aplicando-se a equação (6.1), temos τ = 0,083 MPa.
Sétimo corpo de prova: Rompeu-se com 160 Kgf (= 16 MPa). Aplicando-se a equação (6.1), temos τ = 0,081 MPa.
Oitavo corpo de prova: Rompeu-se com 2300 Kgf (= 230 MPa). Aplicando-se a equação (6.1), temos τ = 0,117 MPa.
Todos os oito corpos de prova não alcançaram o mínimo estabelecido pela norma referente a este ensaio. Deveriam ter ultrapassado para 3 dias, pelo menos 10 MPa e para 7 dias, 20 MPa.
6.2 Cálculo das Resistências Médias
A resistência média é a média das resistências individuais dos quatro corpos de prova na mesma data. Arredonda-se o resultado ao décimo mais próximo.
Para os corpos de prova do dia 06 de março:
Rm₁ = (R₁ + R₂ + R₃ + R₄) / 4
Rm₁ = (0 + 0,010 + 0,006 + 0,012) / 4
Rm₁ = 0,007 MPa ≈ 0,01 MPa
Para os corpos de prova do dia 18 de março:
Rm₂ = (R₅ + R₆ + R₇ + R₈) / 4
Rm₂ = (0,055 + 0,083 + 0,081 + 0,117) / 4
Rm₂ = 0,084 MPa ≈ 0,1 MPa
onde:
Rm₁: Resistência média para o primeiro ensaio;
Rm₂: Resistência média para o segundo ensaio;
R₁, R₂, R₃, R₄, R₅, R₆, R₇, R₈: Resistências individuais para cada corpo de prova.
	6.3 Cálculo do Desvio Relativo Máximo
	O desvio relativo máximo é a diferença entre a Resistência Média e a Resistência Inicial, em valor absoluto, dividida pela Resistência Média. Temos então:
Δm₁ = (Rm₁ - R₁) / Rm₁ = |(0,007 - 0)| / 0,007 = 1	
Δm₂ = (Rm₁ - R₂) / Rm₁ = |(0,007 – 0,010)| / 0,007 = 0,428 ≈ 0,43
Δm₃ = (Rm₁ - R₃) / Rm₁ = |(0,007 – 0,006)| / 0,007 = 0,142 ≈ 0,14
Δm₄ = (Rm₁ - R₄) / Rm₁ = |(0,007 – 0,012)| / 0,007 = 0,714 ≈ 0,71
Δm₅ = (Rm₂ - R₅) / Rm₂ = |(0,084 – 0,055)| / 0,084 = 0,345 ≈ 0,35
Δm₆ = (Rm₂ - R₆) / Rm₂ = |(0,084 – 0,083)| / 0,084 = 0,011 ≈ 0,1
Δm₇ = (Rm₂ - R₇) / Rm₂ = |(0,084 – 0,081)| / 0,084 = 0,035 ≈ 0,04
Δm₈ = (Rm₂ - R₈) / Rm₂ = |(0,084 – 0,117)| / 0,084 = 0,392 ≈ 0,40
7. Conclusão
	A produção dos corpos de prova em si não foi satisfatória, visto que os conceitos apresentados em sala de aula e na NBR correspondente a este ensaio diferiram em relação aos resultados encontrados no fim de ambos os experimentos.
	O ensaio, além de nos familiarizar com os equipamentos, nos motiva a adquirir conhecimentos práticos e essenciais para um futuro engenheiro.
	A partir dos dados obtidos no ensaio, concluiu-se que os valores não foram satisfatórios como o esperado para o cimento utilizado, o CP IV 32, mesmo utilizando a relação água / cimento igual a 0,48, a resistência mínima normatizada para as idades em questão (3 e 7 dias) não foi atingida (esperava-se uma resistência mínima de 10 MPa para três dias e de 20 MPa para 7 dias de idade), reprovando-se, assim, este cimento para uso nas condições climáticas da cidade de Manaus.
	Vale ressaltar algumas observações quanto aos procedimentos durante a realização dos ensaios, que influenciaram no resultado final dos mesmos, sendo estas:
O ensaio foi realizado de maneira adaptada às condições do laboratório, causando variações nos resultados;
A argamassa nos dois ensaios foi misturada manualmente, e não no misturador mecânico;
A areia utilizada em ambos os ensaios não é areia normal brasileira, como prevê a NBR, mas sim, areia fina;
O capeamento dos corpos de prova não foi feito com mistura de enxofre, mas sim, com argamassa.
Ainda assim, avaliou-se que os resultados encontrados são muito discrepantes em relação ao esperado, em ambos os ensaios, obtendo-se apenas 0,1% da resistência esperada para 3 dias de idade e 0,2% para 7 dias.
Referências Bibliográficas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6736 – Cimento Portland Pozolânico, 1991.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7536 – Cimento Portland – Determinação da Resistência à Compressão, 1996.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724 – Informação e documentação – Trabalhos Acadêmicos – Apresentação, 2011.
VOTORANTIM. Cimento Portland Pozolânico 32. Disponível em: http://www.mapadaobra.com.br/produtos/cimento/linha/Itau. Acesso em: 27 mar. 2014.
CIMENTO.ORG. Cimento Portland Pozolânico. Disponível em: http://cimento.org/v2/wp/?p=643. Acesso em: 22 mar. 2014.
Apêndice
Figura 1: Cimento Itaú CP IV-32
Autora: Juliana Carvalho
		
	Figura 2: Pesagem do cimento (400g) Figura 3: Pesagem da areia (1200g)
	Autora: Juliana Carvalho				Autora: Juliana Carvalho
 Figura 4: Quantidade de águautilizada, Figura 5: Mistura manual da argamassa;
relação água/cimento = 0,48 (192ml) Autora: Larissa Mendes
 Autora: Larissa Mendes 
 Figura 6: Moldes cilíndricos com desmoldante. Figura 7: Desenformando os corpos de prova.
	Autora: Juliana Carvalho Autora: Larissa Mendes
 
Figura 8: Corpos-de-prova em cura. Figura 9: Capeamento manual. 
Autora: Juliana Carvalho Autora: Larissa Mendes
Figura 10: Corpo-de-prova 1 – quebra antes do engaste na máquina.
Autora: Larissa Mendes
Figura 11: Rompimento do corpo-de-prova 2.
Autora: Juliana Carvalho
Figura 12: Rompimento do corpo-de-prova 3.
Autora: Juliana Carvalho
Figura 13: Rompimento do corpo-de-prova 4.
Autora: Larissa Mendes
Figura 14: Rompimento do corpo-de-prova 5.
Autora: Juliana Carvalho
Figura 15: Rompimento do corpo-de-prova 6.
Autora: Juliana Carvalho
Figura 16: Rompimento do corpo-de-prova 7.
Autora: Larissa Mendes.
Figura 17: Rompimento do corpo-de-prova 8.
Autora: Larissa Mendes.

Outros materiais