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O Capital Vol. 1 - Karl Marx | Fichamento

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Karl Marx: O Capital 1
⚒
Karl Marx: O Capital
Cap. 1 - seção 4: O caráter fetichista da 
mercadoria e seu segredo
"Uma mercadoria aparenta ser, à primeira vista, uma coisa óbvia, 
trivial. Sua análise resulta em que ela é uma coisa muito intricada, plena 
de sutilezas metafísicas e melindres teológicos."
O homem por meio de sua atividade altera as formas das matérias naturais de um modo 
que lhe é útil
mesa = madeira (mesmo conteúdo em formas diferentes)
O caráter místico da mercadoria não resulta de seu valor de uso
Teoria do valor parecida com a teoria de Ricardo
O trabalho dos homens adquire também uma forma social
A mercadoria é um bem transacionado no mercado e produzido por pessoas, isso a torna 
hipercomplexa para discutir
Se uma cadeira custa o mesmo que uma mesa, não estamos falando e diferenciado 
cadeiras e mesas, mas toda a produção e trabalhadores envolvidos nos respectivos 
processos
O fetichismo da mercadoria
"O caráter misterioso da forma-mercadoria consiste, portanto, 
simplesmente no fato de que ela reflete aos homens os caracteres 
sociais de seu próprio trabalho como caracteres objetivos dos próprios 
produtos do trabalho, como propriedades sociais que são naturais a 
essas coisas e, por isso, reflete também a relação social dos produtores 
com o trabalho total como uma relação social entre os objetos."
Karl Marx: O Capital 2
A relação entre as coisas é apenas aparente, posto que essa é uma relação entre homens
Na religião: os produtos do cérebro humano têm vida própria, figuras autônomas, que 
mantém relações entre si e com os homens
Marx nota que a mercadoria (manufatura) quando finalizada, não mantinha o seu valor 
real de venda, que segundo ele era determinado pela quantidade de trabalho 
materializado no artigo, mas sim, que esta, por sua vez adquiria uma valoração de venda 
irreal e infundada, como se não fosse fruto do trabalho humano e nem pudesse ser 
mensurado, o que ele queria denunciar com isto é que a mercadoria parecia perder sua 
relação com o trabalho e ganhava vida própria.
Valor de uso e valor de troca
Cadeiras servem para sentar e mesas para comer, isso é valor de uso
Elas são precificadas na sociedade, sendo atribuídos a elas valores de troca
Para o produtor de um produto, a utilidade dos mesmos reside sobre o valor de troca 
apenas, afinal, ninguém que produz carros precisa de 200 carros, mas do valor de troca 
($$$) atribuído a esses carros que lhe rendem dinheiro
De Crusoé para a Idade Média
Como o processo produtivo depende das estruturas sociais fixas, essas estruturas já 
determinam a econommia da sociedade da idade média
Tudo nesse momento é determinado pela estrutura social que é fixa
É com o capitalismo que as relações de produção compra e venda ficam mais ocultas e 
escondem relações sociais por trás
Reificação
"Para uma sociedade de produtores de mercadorias, cuja relação social 
geral de produção consiste em se relacionar com seus produtos como 
mercadorias, ou seja, como valores, e, nessa forma reificada [sachlich], 
confrontar mutuamente seus trabalhos privados como trabalho humano 
igual, o cristianismo, com seu culto do homem abstrato, é a forma de 
religião mais apropriada"
Karl Marx: O Capital 3
O porquê da ciência econômica
A economia não se prestou a explicar porque o trabalho se mede com um valor e porque 
a medida do trabalho por sua duração, pela grandeza do valor do produto de trabalho
Fórmulas "clássicas" (capitalistas) que não deixam lugar a dúvidas de que pertencem a 
uma formação social em que o processo de produção domina os homens, e ainda não o 
homem o processo de produção, são considerar por sua consciência burguesa uma 
nessecidade natural tão evidente quanto o próprio trabalho produtivo
A miséria da filosofia
Para os economistas há duas espécies de instituição: artificiais e naturais
As instituições feudalistas são artificiais e as burguesas são naturais
"Houve história, mas agora não há mais"
Se a história se dá na dialética materialista, a partir do momento que se atinge uma 
organização social final, a história acaba
Os economistas são enganados pelo fetichismo
Questionamentos sobre o aumento de preços em crise
Máscaras na pandemia sobem e o economista explica como um simples efeito de oferta e 
demanda sem questionar o que ocorre ( e se ou pq é injusto)
Cap 4. A transformação do dinheiro em capital
O capital
A circulação de mercadorias é o ponto de partida do capital. Produção 
de mercadorias e circulação desenvolvida de mercadorias – o comércio 
– formam os pressupostos históricos a partir dos quais o capital emerge.
Se abstrairmos do conteúdo material da circulação das mercadorias, isto 
é, da troca dos diversos valores de uso, e considerarmos apenas as 
formas econômicas que esse processo engendra, encontraremos, como 
seu produto final, o dinheiro.
Karl Marx: O Capital 4
Historicamente, o capital, em seu confronto com a propriedade 
fundiária, assume invariavelmente a forma do dinheiro, da riqueza 
monetária, dos capitais comercial e usurário.
O capital é representado pelo dinheiro (são quase a mesma coisa)
Contraria Stuart Mill, que dizia que o lucro existia sem troca e não precisa do comércio. 
Já Marx diz que o lucro não existe sem o comércio
A mais valia surge quando as coisas adquirem valor de troca
O capital e o dinheiro
Inicialmente, o dinheiro como dinheiro e o dinheiro como capital se 
distinguem apenas por sua diferente forma de circulação. A forma 
imediata da circulação de mercadorias é M-D-M, conversão de 
mercadoria em dinheiro e reconversão de dinheiro emmercadoria, 
vender para comprar.
mercadoria - dinheiro - mercadoria
produzo x, vendo por d e uso o d da venda para ter y
Mas ao lado dessa forma encontramos uma segunda, especificamente 
diferente: a forma D-MD, conversão de dinheiro em mercadoria e 
reconversão de mercadoria em dinheiro, comprar para vender. O 
dinheiro que circula deste último modo transforma-se, torna-se capital 
e, segundo sua determinação, já é capital.
sem crescimento econômico não existe capitalismo, porque o capitalismo consiste em 
investir d numa certa produção que produza excedente (mais valia) é ter d + d' (lucro)
O acúmulo do capital
Na circulação simples de mercadorias, os dois extremos têm a mesma 
forma econômica. Ambos são mercadorias. Eles são, também, 
mercadorias de mesma grandeza de valor. Porém, são valores de uso 
Karl Marx: O Capital 5
qualitativamente diferentes, por exemplo cereal e roupas. A troca de 
produtos, a variação das matérias nas quais o trabalho social se 
apresenta é o que constitui, aqui, o conteúdo do movimento. 
Diferentemente do que ocorre na circulação D-M-D. À primeira vista, 
ela parece desprovida de conteúdo, por ser tautológica, mas ambos os 
extremos têm a mesma forma econômica. Ambos são dinheiro, 
portanto, não-valores de uso qualitativamente distintos, uma vez que o 
dinheiro é justamente a figura transformada das mercadorias, na qual 
estão apagados seus valores de uso específicos.
A forma completa desse processo é, portanto, D-M-D’, onde D’ = D + 
ΔD, isto é, à quantia de dinheiro inicialmente adiantada mais um 
incremento. Esse incremento, ou excedente sobre o valor original, 
chamo de mais-valor (surplus value). O valor originalmente adiantado 
não se limita, assim, a conservar-se na circulação, mas nela modifica 
sua grandeza de valor, acrescenta a essa grandeza um mais-valor ou se 
valoriza. E esse movimento o transforma em capital.
Ganhos de troca 
podem gerar excedentes
intenção investigativa de 'onde sai a mais valia'
Mas se no que diz respeito ao valor de uso tanto o comprador quanto o 
vendedor podem igualmente ganhar, o mesmo não ocorre quando se 
trata do valor de troca. Nesse caso, diz-se, antes: “Onde há igualdade, 
não há lucro”
Por trás das tentativas de apresentar a circulação de mercadorias como 
fonte do mais-valor esconde-se, na maioria das vezes, um quiproquó, 
uma confusão de valor de uso com valor de troca.
Mais-valia no comércio
Karl Marx:O Capital 6
Mantenhamo-nos, portanto, nos limites da troca de mercadorias, em que 
vendedores são compradores, e compradores, vendedores. Talvez nossa 
dificuldade provenha do fato de termos tratado os atores apenas como 
categorias personificadas, e não individualmente.
Hic Rhodus
A tranformação do dinheiro em capital tem de ser desenvolvida com 
base nas leis imanentes ao intercâmbio de mercadorias de modo que a 
troca de equivalentes sirva de ponto de partida.
Nosso possuidor de dinheiro, que ainda é apenas um capitalista em 
estado larval, tem de comprar as mercadorias pelo seu valor, vendê-las 
pelo seu valor e, no entanto, no final do processo, retirar da circulação 
mais valor do que ele nela lançara inicialmente.
Hic Rhodus, hic salta!
Hic salta
Para poder extrair valor do consumo de uma mercadoria, nosso 
possuidor de dinheiro teria de ter a sorte de descobrir no mercado,no 
interior da esfera da circulação, uma mercadoria cujo próprio valor de 
uso possuísse a característica peculiar de ser fonte de valor, cujo próprio 
consumo fosse, portanto, objetivação de trabalho e, por conseguinte, 
criação de valor. E o possuidor de dinheiro encontra no mercado uma 
tal mercadoria específica: a capacidade de trabalho, ou força de 
trabalho.
A acumulação de capital depende da mais valia que depende da exploração do trabalho
O mercado de trabalho
a força de trabalho como mercadoria só pode aparecer no mercado à medida que e 
porque ela é oferecida à venda
Karl Marx: O Capital 7
o trabalhador e o capitalista entram em relação um com o outro como pessoas 
juridicamente iguais (não há barganha)
O papel da expropriação dos meios de produção
o possuidor de dinheiro precisa encontrar o trabalhador livre do mercado de mercadorias, 
livre do duplo sentido de que ele dispõe, como pessoa livre, de sua força de trabalho 
como sua mercadoria, e de que ele, por outro lado, não tem outras mercadorias pra 
vender
O valor do trabalho
é uma teoria simples/simplista: o trabalho é como qualquer outra mercadoria, e seu valor 
é determinado pelo tempo de trabalho necessário à produção
para sua manutenção, o indivíduo vivo precisa de certa soma de meios de subsistência
Capítulo 8 (Mais valia)
Mais valia absoluta
Partimos do pressuposto de que a força de trabalho seja comprada e 
vendida pelo seu valor. Seu valor, como o de qualquer outra 
mercadoria, é determinado pelo tempo de trabalho necessário à sua 
produção.
Marx não assume que o trabalho é pago num nível de subsistênciasimplesmente 
suficiente devido a barganha, mas que ele é pago simplesmente pelo que vale
No livro o trabalho é por vezes tomado como uniforme
Karl Marx: O Capital 8
A jornada de trabalho para o capitalista
O capitalista comprou a força de trabalho pelo seu valor de 1 dia. A ele 
pertence seu valor de uso durante uma jornada de trabalho
O tempo durante o qual o trabalhador trabalha é o tempo durante o qual 
o capitalista consome a força de trabalho que comprou. Se o trabalhador 
consome seu tempo disponível para si, então rouba ao capitalista.
se o trabalhador é uma mercadoria, o empregador quer retirar o maior valor de uso 
possível dessa mercadoria, logo o trabalhador deve vender e dedicar-se integralmente ao 
ofício no tempo que foi acordado entre ele e o patrão
A jornada de trabalho para o trabalhador
O consumo da mercadoria não pertence ao vendedor que a aliena, mas 
ao comprador que a adquire
a dificuldade para o trabalhador é a de que ele precisa reproduzir sua existência sem 
considerar seu desgaste natural na qualidade de vida (idade por exemplo), precisando ser 
capaz de no dia seguinte trabalhar com o mesmo nível de força, saúde e disposição
se a duração do trabalho é 30 anos, mas o trabalhador trabalha duramente apenas por 10 
anos, está se pagando apenas por 1/3 do necessário
A disputa pelo tamanho da jornada
Karl Marx: O Capital 9
(...) a natureza do próprio intercâmbio de mercadorias não resulta 
nenhum limite à jornada de trabalho, portanto, nenhuma limitação 
ao mais-trabalho. O capitalista afirma seu direito como comprador, 
quando procura prolongar o mais possível a jornada de trabalho e 
transformar onde for possível uma jornada de trabalho em duas.
Entre direitos iguais, decide a força.
a regulamentação da jornada de trabalho é uma luta ao redor de seus limites, portanto 
uma luta de classes entre capitalistas e trabalhadores
⚒ Pode se aumentar ao máximo a jornada de trabalho sem aumentar o salário, posto 
que todo aumento de jornada que perpassa o valor do trabalho só aumenta a mais-
valia
O mais trabalho
O capital não inventou o mais-trabalho.
(...) se numa formação sócioeconômica predomina não o valor de troca, 
mas o valor de uso do produto, o mais-trabalho é limitado por um 
círculo mais estreito ou mais amplo de necessidades, ao passo que não 
se origina nenhuma necessidade ilimitada por mais-trabalho do próprio 
caráter da produção.
no mundo antigo ocorreram apenas exceções no sobretrabalho (caso da escravidão)
a escravidão enquanto para produção para o senhor de escravo é menos horrorosa que se 
fosse para gerar rendimentos aos senhor, tratando-se, sim, agora, de uma mais-valia
Capitalismo do século XIX
contexto que motivou a concepção do marxismo
no século XIX eram excessivas as explorações da jornada de trabalho, extremamente 
longa
Marx usa exemplos de relatórios fiscais da época para demonstrar que havia exploração
Karl Marx: O Capital 10
o século XIX seria, em tese, o mais difícil para se viver na história da humanidade
trabalho infantil análogo à escravidão como motivador maior para a contestação do que 
ocorria na época
jornadas de trabalho grotescas causam dano físico ao ser humano, pessoas morriam 
rapidamente e essa exploração dependeria de uma superpopulação constante ("exército 
de reserva")
a falta de trabalhadores geraria necessidade de aumento de salário (o que não é preferível 
pelos capitalistas)
a lei fabril buscou reduzir a jornada de trabalho, mas estatutos dos séculos XIV eo XVII 
apenas tentaram prolongá-la até o momento humanamente insustentável no século XIX
custou séculos para que o trabalhador "livre" consentisse voluntariamente (socialmente 
coagido) em vender todo seu tempo ativo de sua vida pelo preço de seus meios de 
subsistência habituais
A preguiça do trabalhador
o trabalhador teria de trabalhar cada vez mais e o capitalista o força a trabalhar mais dias 
(geralmente 6) pelo mesmo salário que ganham em menos dias
trabalhar menos, em tese, não impactaria drasticamente na produtividade bruta
A necessidade da economia
se lhes roubam a liberdade de cançar crianças de qualquer idade, por 10 
horas diariamente, isso paralisaria suas fábricas
A liberdade do trabalhador revista
É preciso reconhecer que nosso trabalhador sai do processo de 
produção diferente do que nele entrou. No mercado ele, como possuidor 
da mercadoria “força de trabalho”, se defrontou com outros possuidores 
de mercadorias, possuidor de mercadoria diante de possuidores de 
mercadorias.
Cap. 10 - A mais-valia relativa
Karl Marx: O Capital 11
A parte da jornada de trabalho que apenas produz um equivalente do 
valor da força de trabalho pago pelo capital foi até agora por nós 
considerada uma grandeza constante, o que ela realmente é sob 
condições de produção dadas, em dado grau de desenvolvimento 
econômico da sociedade
O capitalista tenta ao máximo aumenta a produção de mais-valia, prolongando o mais-
trabalho.
O prolongamento desse mais-trabalho corresponde à redução do trabalho necessário
O que muda aqui não é a duração da jornada de trabalho em si (c-c'), mas a mudança na 
proporção entre trabalho necessário e mais-trabalho
O valor da força de trabalho, isto é, o tempo de trabalho exigido para 
produzi-la, determina o tempo de trabalho necessário para reprodução 
de seu valor.
Tecnologia
para gerar mais-valia relativa, é necessário aumentar a força produtiva de trabalho, 
inserindo tecnologia e meios de tornar a produção mais eficiente
com mais força,o trabalhador produz muito mais no mesmo período de tempo, mas não 
tem a jornada total alterada, ou seja, aumenta-se a mais-valia relativa
A mais-valia absoluta e relativa
Karl Marx: O Capital 12
não é qualquer avanço tecnológico na produção que aumenta a mais-valia relativa, é a 
inserção de tecnologia na produção de meios de subsistência
com o aumento da produção, o valor da mercadoria cai pelo aumento da quantidade, mas 
a mais-valia é a mesma
O paradoxo de Quesnay
Uma vez que a mais-valia relativa cresce na razão direta do 
desenvolvimento da força produtiva do trabalho, enquanto o valor das 
mercadorias cai na razão inversa desse mesmo desenvolvimento, sendo, 
portanto, o mesmo processo idêntico que barateia as mercadorias e 
eleva a mais-valia contida nelas, fica solucionado o mistério de que o 
capitalista, para quem importa apenas a produção de valor de 
troca, tenta constantemente reduzir o valor de troca das 
mercadorias, uma contradição com que um dos fundadores da 
Economia Política, Quesnay, atormentava seus adversários e à qual eles 
lhe ficaram devendo a resposta.
Por que os empresários buscam constantemente modernizar sua produção para produzir 
mais se isso barateia o produtos sendo seu desejo lucrar o máximo possível
respota de marx: o capitalista está interessado em aumentar a produtividade para 
diminuir o salário do trabalhador (serve para roupas, comida... bens de subsistência); 
MAS não é um bom argumento para bens não essenciais 
Cap 11 - Cooperação
O princípio do capitalismo
A produção capitalista começa, como vimos, de fato apenas onde um 
mesmo capital individual ocupa simultaneamente um número maior de 
trabalhadores, onde o processo de trabalho, portanto, amplia sua 
extensão e fornece produtos numa escala quantitativa maior que antes
Karl Marx: O Capital 13
na gênese do capitalismo, a manufatura pouco se distinguia da indústria artesanal das 
corporações, visto que esta era apenas aquela mais ampliada e com mais funcionários 
Ganhos de escala
A produção de uma oficina para 20 pessoas não custa 10x mais que a produção de uma 
oficina para 2. Os custos fixos diminuem e a escala de produção aumenta (geralmente, o 
custo marginal por trabalhador adicional começa baixo)
A cooperação (dentro da fábrica, na produção)
A forma de trabalho em que muitos trabalham planejadamente lado a 
lado e conjuntamente, no mesmo processo de produção ou em 
processos de produção diferentes, mas conexos, chama-se cooperação.
Do mesmo jeito que 100 soldados atacando um inimigo ao mesmo e de forma 
coordenada tem um poder de combate do que 100 indo individualmente, o mesmo 
acontece no trabalho produtivo
100 pessoas juntas levantam uma carga com facilidade
A cooperação dos indivíduos tem um poder maior do que a soma das partes
A soma do poder produtivo é maior que a soma do poder individual
O capitalista se apropria do valor da cooperação
Se os trabalhadores não podem cooperar diretamente sem estar juntos, 
sendo, portanto, sua aglomeração em determinado local condição de 
sua cooperação, os trabalhadores assalariados não podem cooperar, sem 
que o mesmo capitalista os empregue simultaneamente e, portanto, 
compre ao mesmo tempo suas forças de trabalho
Marx reconhece firmementes que o capitalismo permite uma produção exorbitante em 
termos quantitativos
Proprietário de sua força de trabalho é o trabalhador, enquanto 
como vendedor da mesma mercadeja com o capitalista, e ele só pode 
vender o que possui, sua força de trabalho individual isolada.
Karl Marx: O Capital 14
O capitalista portanto paga o valor das 100 forças de trabalho 
independentes, mas 
não paga a força combinada dos 100.
O capitalista paga a cada trabalhador um salário que representa seu trabalho individual, 
mas o que vale de fato é o trabalho cooperativo produzido, o qual é muito mais 
expressivo do que o individual. O capitalista basicamente paga o trabalho, que é grande 
por ser coletivo, de modo individual. Há exploração aqui.
A necessidade de direção
(...) o comando do capital sobre o trabalho parecia originalmente ser 
apenas consequência formal do fato de o trabalhador trabalhar, em vez 
de para si, para o capitalista e, portanto, sob o capitalista
Com a cooperação de muitos trabalhadores assalariados, o comando do 
capital converte-se numa exigência para a execução do próprio 
processo de trabalho, numa verdadeira condição da produção. As 
ordens do capitalista no campo de produção tornam-se agora tão 
indispensáveis quanto as ordens do general no campo de batalha.
Quando há muitas pessoas trabalhando, é essencial ter alguém coordenando a cooperação
dos trabalhadores para aumentar a produtividade organizando a linha de produção e os 
outros trabalhadores
A cooperação se torna parte do capital
Como cooperadores, como membros de um organismo que trabalha, 
eles não são mais do que um modo específico de existência do 
capital.
Cap. 23 - A Lei Geral Da Acumulação 
Capitalista (sec. 1-2)
Karl Marx: O Capital 15
efeitos da acumulação de capital sobre o destino da classe trabalhadora
A composição do capital
A composição do capital tem de ser compreendida em duplo sentido. 
Da perspectiva do valor, ela é determinada pela proporção em que se 
reparte em capital constante ou valor dos meios de produção e 
capital variável ou valor da força de trabalho, soma global dos 
salários. 
Da perspectiva da matéria, como ela funciona no processo de produção, 
cada capital se reparte em meios de produção e força de trabalho viva; 
essa composição é determinada pela proporção entre, por um lado, a 
massa dos meios de produção utilizados e, por outro lado, o montante 
de trabalho exigido para seu emprego.
1ª: composição valor
2ª: composição técnica
O efeito do capital no trabalho
Suponhamos que, além de mantidas constantes as demais 
circunstâncias, a composição do capital permaneça inalterada, ou seja, 
que determinada massa de meios de produção ou de capital constante 
requeira sempre a mesma massa de força de trabalho para ser posta em 
movimento, então cresce evidentemente a demanda de trabalho e o 
fundo de subsistência dos trabalhadores proporcionalmente ao capital, e 
tanto mais rapidamente quanto mais rapidamente cresce o capital.
Quanto mais cresce o capital, maior será o salário (argumento neoclássico)
À primeira vista isso parece ser positivo, mas Marx argumenta que essa ideia smithiana 
de fato não acontece
Mandeville
Karl Marx: O Capital 16
Assim como os trabalhadores498 devem ser preservados de morrer de 
fome, também não deveriam receber nada que valha a pena ser poupado 
(...) é do interesse de todas as nações ricas que a maior parte dos pobres 
nunca esteja inativa e, ainda assim, continuamente gaste o que ganha.
é do interesse dos mais ricos existirem muitos pobres
isso ocorre por meio da perpetuação de um povo igualmente ignorante (sem acesso à 
educação) e pobre, já que tanto o esclarecimento quanto o aumento das riquezas pessoais 
estimulam desejos e geram pessoas insatisfeitas com o que têm
para o desenvolvimento do capitalismo é sempre necessário que o trabalhador esteja 
disposto a vender sua força de trabalho
segundo Marx, Mandeville não entende que o próprio mecanismo do processo de 
acumulação multiplica, com o capital, a massa dos "pobres laboriosos" (assalariados)
Exploração
Sob as condições de acumulação até agora supostas, favoráveis aos 
trabalhadores, sua relação de dependência do capital reveste-se 
de formas suportáveis ou, como diz Eden, “cômodas e liberais”. Ao 
invés de tornar-se mais intensiva com o crescimento do capital, torna-se 
apenas mais extensiva, isto é, a esfera de exploração e de dominação do 
capital apenas se expande com suas próprias dimensões e o número de 
seus subordinados.
(situação cômoda e liberal) do mesmo jeito que o escravo por vezes tinha condições 
levemente confortáveis de vida não deixava de ser escravo, tampouco o assalariado que 
mesmo hipoteticamente ganhando bem não quebraria por si só a exploração do 
proletariado,a mais valia ainda existiria
a teoria de justiça distributiva é a teoria da exploração, e Marx pontua que ao contrário 
do consequencialismo/utilitarismo, o capitalismo é injusto em si independentemente 
dos resultados
Ciclos econômicos (de crescimento e crise)
Karl Marx: O Capital 17
A lei da produção capitalista, que subjaz à pretensa “lei natural da 
população”, redunda simplesmente nisso: a relação entre capital, 
acumulação e taxa de salário não é nada mais que a relação entre o 
trabalho não-pago, transformado em capital, e o trabalho adicional 
necessário à movimentação do capital adicional.
A alteração na composição do capital
citando smith, Marx retoma que apenas o crescimento contínuo da acumulação e a 
velocidade desse crescimento acarretam em elevação salarial
Uma vez dados os fundamentos gerais do sistema capitalista, no 
transcurso da acumulação surge sempre um ponto em que o 
desenvolvimento da produtividade do trabalho social se torna a mais 
poderosa alavanca da acumulação
A centralização do capital
o capitalista vencedor se apropria do capital do perdedor, sendo um concentração de de 
capitais já constituindos, suprimindo a autonomia individual dos perdedores
diferente da concentração usual de renda na qual se gera muito capital pelos mecanismos 
de exploração, aqui não só se gera como se toma capital
quanto maior a escala da produção, menor o seu custo médio
o pequeno capital em relação às grandes empresas que monopolizam a venda só tem seu 
lugar em mercados de nicho (ex: cerveja artesanal x ambev)
os capitais maiores tendem a destruir os menores (Amazon x pequenos e-commerces, 
Walmart x pequenos mercados...)
por mais que o mercado de início possa ter diferentes agentes competindo "livremente", 
a própria concorrência gera vencedores e perdedores com o tempo, sendo esses 
vencedores os que centralizam o capital e detentores de um monopólio ou de uma fatia 
muito grande das vendas (e logo muito mais lucro)
Centralização e demanda por trabalho
a centralização de capital não é só a concentração indiscriminada de ações de uma 
pessoa, é a junção dos pequenos capitais de uma infinidade de pessoas
Karl Marx: O Capital 18
a união de capital pela emissão e compra de ações é uma parte essencial da centralização 
do capital

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