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Elisa Figueiredo APG S5P2 - Pólipos intestinais Etiofisiopatologia -> processo de malignização - Pequenos tumores que se projetam da mucosa intestinal devido a hiperplasia ou proliferação de glândulas da camada mucosa, podendo apresentar-se sob a forma séssil ou pediculada - - - - - - - - - - Pólipos hiperplásicos ou inflamatórios: * Acometem retossigmoide e pessoas com mais de 50 anos * São projeções intraluminais não neoplásicas da mucosa constituídas por componentes estromais e epiteliais e células inflamatórias * Pseudopólipos inflamatórios: -> São ilhas de forma irregular de mucosa colônica intacta residual que são o resultado da ulceração e regeneração da mucosa que ocorre em resposta à inflamação localizada ou difusa -> Doença de Crohn e retocolite ulcerativa -> Podem ser pedunculados ou sésseis e geralmente são menores que 2 cm -> Muitas vezes filiformes e dispersos por todas as áreas envolvidas do cólon -> Camada mucosa e submucosa se descolam da muscular pelo processo inflamatório supurativo e necrosante -> Não sofrem transformação neoplásica, eles podem estar associados à displasia -> Os pseudopólipos inflamatórios não requerem excisão, a menos que causem sintomas -> por exemplo, sangramento, obstrução. O tratamento é direcionado para a causa subjacente da inflamação * Pólipos inflamatórios do tipo prolapso: -> Resultam da tração, distorção e torção da mucosa causada por trauma induzido pelo peristaltismo. Isso resulta em isquemia localizada e fibrose da lâmina própria -> Graus variados de hiperplasia fibromuscular da lâmina própria, extensão da mucosa muscular para a lâmina própria, alongamento da cripta, hiperplasia, distorção arquitetural e serrilhas -> Pacientes assintomáticos não requerem tratamento, a menos que os sintomas se desenvolvam. Em pacientes sintomáticos, realizamos polipectomia endoscópica Elisa Figueiredo - Pólipos hemartomatosos: * Resultado de defeitos de desenvolvimento, malformação * São compostos de elementos teciduais que normalmente são encontrados naquele local, mas que crescem em uma massa desorganizada * Isolados ou associados a síndromes hereditárias (síndrome de Peutz-Jeghers, síndrome de Cronkhite-Canada, Síndrome do tumor de hamartoma homólogo de fosfatase e tensina) * Pólipos juvenis * Manifestação clínica mais comum é sangramento nas fezes - Pólipos neoplásicos: * Proliferação de glândula: benignos (adenomas) e malignos (adenocarcinomas) * Benignos: adenoma tubular, viloso, tubuloviloso e adenoma/pólipo séssil serrilhado -> são constituídos por células epiteliais com diferentes graus de diferenciação com atipias variáveis -> Imagem acima mostra um adenoma tubular * Mais comuns no colon esquerdo, acomete 50-55 anos * Fatores que aumentam o risco de malignidade (adengam -> adenocarcinoma): tamanho > 2cm, multiplicidade, componente viloso, grau de displasia * Imagens acima mostram um adenoma viloso * Glândulas longas e que se estendem diretamente da superfície até o centro do pólipo * Revestido de epitélio displásico * Displasia baixo grau: diferenciação mantida, baixa pseudoestratificação, atipias nucleares discretas, poucas mitoses, nucléolos pouco evidentes Elisa Figueiredo * Displasia alto grau: perda da diferenciação, pseudoestrat i f icação, at ip ias nucleares acentuadas, mitoses, nucléolos evidentes * Síndrome da polipose familiar: doença genética autossômica dominante relacionada ao gene APC, possui muitos pólipos recobrindo a mucosa do cólon, tratamento é a colectomia total para evitar evolução para adenocarcinoma * Malignos (adenocarcinomas): -> neoplasia de alta prevalência -> acomete ambos os sexos -> idade 60-65 anos -> predomina no colo esquerdo e reto/sigmoide -> etiopatogênese: dieta, hábitos e fatores genéticos, DII, malignização de adenoma -> ausência de células caliciformes, arquitetura desorganizada, células neoplásicas, atipias nucleares e mitose, aspecto cribriforme nas glândulas - > c o m p l i c a ç õ e s : o b s t r u ç ã o i n t e s t i n a l , sangramento, perfuração intestinal, metástases -> pode apresentar várias formas: polipoide, ulceroinfiltrativa e anular-constritiva e difusa -> Polipoide é mais comum no cólon direito, suas manifestações clinicas são tardias pela ampla luz do ceco e podem ser diagnosticados pelas suas metástases -> Ulceroinfiltrativa é a mais comum, crescem na superfície e infiltra na parede, normalmente é estenosante e forma uma grande úlcera com fundo necrótico e bordas elevadas - > A n u l a r - c o n s t r i t i v a t e n d e a c r e s c e r acompanhando a circunferência do intestino e pode causar uma estenose por conta da desmoplasia provocada pelo tumor Manifestações clínicas - O câncer intestinal pode ser assintomático por muito tempo - No ceco e cólon direito podem causar dor, fagida, fraqueza e anemia ferropriva - No cólon esquerdo pode ocorrer obstrução intestinal, alteração do hábito intestinal, alteração das fezes, diarreia e perda de sangue Elisa Figueiredo Complicações - Quadros de obstrução intestinal, sangramento, perfuração e fístulas - Invasão do tumor na parece e das metástases -> fígado, linfonodos regionais, pulmões e ossos Diagnóstico - Colonoscopia -> identificar lesões precursoras e adenocarcinomas e biopsia - Exame radiológico chamado enema baritado (clister opaco) é injetado um contraste por via retal que irá mostrar as paredes intestinais no exame de raios-X - Pesquisa de sangue oculto nas fezes Tratamento - A imensa maioria dos pólipos é removida através da colonoscopia - Pode necessitar ressecção cirúrgica Processo de malignização Referências MACRAE, F. A. Visão geral dos pólipos do cólon. UpToDate, 2022. Disponível em: https:// www.uptodate.com/contents/overview-of-colon- polyps? search=epidemiologia%20de%20polipo%20intestin al&source=search_result&selectedTitle=2~150&us age_type=default&display_rank=2#H874888799. Acesso em: 3 set. 2022. https://www.sobed.org.br/geral/doencas-malignas/ intestino-delgado/adenocarcinoma-de-colon/ http://anatpat.unicamp.br/lamneo14.html https://www.sobed.org.br/geral/doencas-malignas/intestino-delgado/adenocarcinoma-de-colon/ https://www.sobed.org.br/geral/doencas-malignas/intestino-delgado/adenocarcinoma-de-colon/ http://anatpat.unicamp.br/lamneo14.html
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