Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 - TUMORES DO INTESTINO DELGADO - o Neoplasias do intestino delgado são raras – 1-6% dos tumores do TGI o 60% dos tumores do intestino delgado são benignos, os mais frequentes são: * Leiomiomas * Adenoma * Lipoma o As neoplasias malignas mais comuns são: * Linfomas * Tumor carcinoide * Adenocarcinomas * Tumores estromais 1. TUMORES BENIGNOS DO INTESTINO DELGADO: 1.1 ADENOMAS – 25% * Únicos ou múltiplos * Pediculados ou sesseis * Maior frequência no duodeno e íleo * Lesões múltiplas → polipose familial (PAF) 1.2 LEIOMIOMAS – 20% * Predominam no jejuno * nódulos pequenos que crescem para a luz ou em direção ao peritônio 1.3 LIPOMAS – 15% * Mais comuns no íleo distal * Normalmente pequenos e intramurais * Volumosos → ulcerar → hemorragias * Obs:. Podem levar a intursuscepção quando crescem muito e até a infarto intestinal 2. TUMORES MALIGNOS DO INTESTINO DELGADO São incomuns devido a: * Trânsito intestinal rápido * Escassez de bactérias * Presença de IgA secretora * Resistência da mucosa a agentes cancerígenos * Os mais frequentes são os linfomas, principalmente MALT, que serão discutidos no final do resumo 2.1 ADENOCARCINOMA * Mais comum no duodeno – ampola de Vater * Indivíduos > 50 anos * Tipos polipoide e ulcerativo → predominam no duodeno * Tipos estenosantes e anulares → íleo Prognostico ruim – assintomáticos por longo tempo Metástase para linfonodos regionais, fígado e pulmões Clínica: pode haver presença de sangue oculto nas fezes, hemorragia profusa e obstrução intestinal 2.1.1 ADENOCARCINOMA DE AMPOLA DE VATER - Pode se originar de: ✓ Mucosa duodenal ✓ Porção distal do colédoco ✓ Cabeça do pâncreas ✓ Da própria papila Maior incidência no SM ~70 anos Manifestações clínicas precoces (melhor prognostico). A lesão geralmente é exofítica e pode levar a: ✓ Icterícia intermitente – dificuldade de drenagem da bile ✓ Colangites – inflamação das vias biliares ✓ Pancreatite aguda ✓ Pode haver elevação das enzimas hepáticas associadas a sintomas inespecíficos (anorexia, dor em andar superior do abdome, obstrução duodenal, etc.) - TUMORES DO INTESTINO GROSSO - PÓLIPOS o Massas de tecido que se projetam para a luz intestinal o Podem ser classificados quanto a: Base de implantação: ✓ sésseis (base ampla) ✓ pediculadas quanto ao número ✓ isolados (esporádicos) ✓ múltiplos → sd. hereditárias origem ✓ neoplásica ✓ não neoplásica 2 Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 TIPOS DE PÓLIPOS 1. PÓLIPOS HIPERPLÁSICOS 2. PÓLIPOS HAMARTOMATOSOS Isolados (esporádicos) Associados a síndromes hereditárias → risco de malignização 2.1 PÓLIPO JUVENIL 2.1.1 Sd. polipose juvenil 2.1.2 Sd. Cowden 2.1.3 Sd. Cronkhite Canada 2.2 PÓLIPO DE PEUTZ-JEGHERS 3. PÓLIPOS INFLAMATÓRIOS (PSEUDOPÓLIPOS) 4. PÓLIPOS NEOPLÁSICOS (ADENOMAS) 4.1 – adenoma tubular 4.2 – adenoma viloso 4.3 – adenoma tubuloviloso 4.4 – adenoma/ pólipo séssil serrilhado 4.5 – Sd. da polipose adenomatosa familial (PAF) PÓLIPOS HIPERPLÁSICOS o 6ª-7ª década de vida → redução do “turnover” das células epiteliais das criptas intestinais o Retossigmóide o Sésseis / múltiplos e sem potencial de malignização o Criptas bem definidas, alongadas ou ramificadas com borda interna de aspecto serrilhado revestida por células caliciformes e absortivas com maturação preservada PÓLIPOS HAMARTOMATOSOS o Constituídos por tecidos próprios do local, com maturação preservada, mas em quantidade aumentada e estrutura desorganizada, formando pólipos o Podem ser isolados ou associados a síndromes o Podem apresentar mutações em oncogenes e genes supressores de tumor → risco de malignização o Identificação é importante: Pólipo isolado? Ou vários pólipos? Identificação de síndromes hereditárias de polipose → maior relação com malignização 1. PÓLIPO JUVENIL o Origem principalmente no reto o Crianças < 5 anos o Pode ocorrer em jovens ou adultos o Lesões normalmente solitárias (esporádicas) → malformação (pólipo de retenção) o Tumoração pardo-avermelhada o 1-3 cm o Pediculada → pode sofrer torção, infarto, autoamputação o Histologia: glândulas com dilatação cística, revestidas por epitélio mucossecretor. Estroma apresenta infiltrado inflamatório o OBS: quando múltiplos → sd. polipose juvenil 1.1 SÍNDROME DA POLIPOSE JUVENIL Desenvolvimento de múltiplos pólipos juvenis no TGI Sintomas costumam aparecer antes dos 20 anos 1:100.000 indivíduos Herança autossômica dominante Diagnostico tardio – confusão com pólipos juvenis isolados Risco de desenvolvimento de adenoma/ adenocarcinoma 1.2 SÍNDROME DE COWDEN Manifesta-se na adolescência e em adultos jovens Pólipos juvenis hamartomatosos em todo o TGI + outros tipos de pólipo como: ✓ Lipomas, pólipo inflamatório, ganglioneuromas e adenomas 3 Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 Herança autossômica dominante Mutação PTEN (gene supressor de tumor) * Aumento do risco de desenvolvimento de outros canceres. Ex: mama, tireóide, cólon, etc. Tríade clássica: ✓ Tricolemomas múltiplos ✓ Fibromas orais ✓ Ceratose acral benigna 1.3 SÍNDROME DE CRONKHITE CANADA Indivíduos ~50 anos Síndrome não hereditária – muito rara! 400 casos registrados no mundo – 75% no Japão Pólipos juvenis + anormalidades ectodérmicas Ex: alopecia, distrofia ungueal, hiperpigmentação da face e pálpebras, diarreia e perda de peso 2. SINDROME DE PEUTZ-JEGHERS o Herança autossômica dominante Familiar “de novo” o Múltiplos pólipos no TGI + pigmentação cutaneomucosa (especialmente lábios) o Pólipos padrão peutz jeghers Pediculados Volumosos Lobulados Mucosa (órgão acometido) + feixes de musculo liso na lâmina própria o Lesões mucocutâneas – 95% dos casos boca, períneo, nariz, dedos das mãos e dos pés → Podem ser o primeiro achado clinico o pólipos podem ser encontrados em todo TGI → frequentes no intestino delgado e cólon – o OBS: podem também ser encontrados em vias respiratórias e bexiga o OUTRAS CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: Sangramento gastrointestinal Anemia Dor abdominal – secundaria a obstrução, infarto ou intussuscepção OBS:. Risco de câncer colorretal e risco aumentado para o desenvolvimento de outros canceres: ✓ Mama, pâncreas, útero, ovários, TGI PÓLIPOS INFLAMATÓRIOS o Lesões nodulares de 0,2 – 1,5 cm associadas a inflamações do cólon com ulceras de reparo o Lesões constituídas por áreas de mucosa preservada adjacente a mucosa com ulceras (que se projetam na luz intestinal) o Comuns em pacientes com doença inflamatória intestinal (RCU e DC) e em pacientes com prolapso retal o OBS: pólipos linfoides- variante de pólipo inflamatório – hiperplasia linfoide associada a mucosa colônica PÓLIPOS NEOPLÁSICOS (ADENOMAS) o Únicos ou múltiplos, tamanho e aspecto variado o Prevalência aumenta com a idade, tanto no SF quanto SM o A maior parte acomete retrossigmoide (70%) / 20% sigmoide e 10% porção proximal do cólon o Tem potencial de transformação maligna para adenocarcinoma o Quanto ao tipo podem ser: Tubular Viloso Túbulo-viloso Séssil/ serrilhado 1. ADENOMA TUBULAR o Tipo mais comum – 75% dos pólipos neoplásicos o Solitário ou múltiplo (sd. PAF) o Lesão é mais comum no cólon e reto (90%) – também pode correr em estomago e intestino delgado o Glândulas tubulares revestidas por epitélio colunar alto, pseudoestratificado com diferentes graus de displasia 2. ADENOMA VILOSO o 10% dos póliposneoplásicos https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64183bb21e.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64198d38a6.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641b858a5a.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641aab7ec2.png?gid=39 4 Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 o Pior prognostico → maior risco de transformação maligna o Indivíduos > 60 anos o 25 cm distais do intestino grosso o Lesão única, grande, presença de projeções papilífera, base de implantação séssil e ampla o Micro: epitélio colunar pseudoestratificado com diferentes graus de displasia o Manifestação: sangramento retal, presença de muco nas fezes 3. ADENOMA TUBULOVILOSO o 15-20% dos pólipos neoplásicos o Cólon e reto o Tumoração séssil ou pediculada contendo estruturas tubulares e vilosas o Risco de transformação maligna proporcional a quantidade do componente viloso na lesão 4. ADENOMA/ PÓLIPO SÉSSIL/ SERRILHADO o Lesão séssil (“plana”) o Localizada em colo proximal o Aspecto serrilhado em toda extensão das glândulas o Lesão precursora do câncer de cólon associado a instabilidade microssatélite SÍNDROME DA POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAL (PAF) o Herança genética autossômica dominante o Mutação no gene APC o Doença se caracteriza por numerosos pólipos (adenomas) variando de dezenas a milhares o Pólipos recobrem a mucosa do cólon o Compreende as formas clássica, atenuada, sd. Gardner e sd. de Turcot dependendo da mutação associada: * Forma atenuada 50-100 pólipos adenomatosos Defeito no gene MYH Localização no cólon proximal Risco de transformação maligna é menor - ~50% * Forma clássica mais de 100 pólipos adenomatosos localizados no cólon descendente e sigmoide manifesta-se por volta dos 20 anos podem compreender também reto, ceco, intestino delgado e estomago risco de desenvolver câncer de cólon = 100% nos indivíduos não tratados!! tratamento profilático – colectomia total OBS: aumento do risco para outros canceres – cerebral, tireoide, hepático, pancreático Manifestações clínicas ✓ Dor abdominal ✓ Sangramento retal ✓ Anemia - TUMORES MALIGNOS DO INTESTINO GROSSO – o 95% das neoplasias malignas de intestino grosso - adenocarcinomas o As demais neoplasias compreendem: Linfomas Tumor carcinoide Tumores mesenquimais 1. CARCINOGÊNESE COLÔNICA o O carcinoma colorretal inclui os tipos: (1) Esporádico – não hereditário → maior parte dos casos → paciente sem história familiar (2) Hereditário – que inclui: 2.1 polipose familial do cólon (PAF) 2.2 carcinoma hereditário sem polipose o Fatores ambientais principalmente hábitos alimentares e estilo de vida constituem os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de cólon o A função de genes supressores de tumor e ativação de oncogenes estão relacionadas o O câncer de cólon pode se desenvolver por duas vias: ✓ APC – beta- catenina ✓ Instabilidade microssatélite https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e644f1aadcf.png?gid=42 5 Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 ADENOCARCINOMA o O cólon é uma das sedes mais frequentes de neoplasias malignas do organismo (70%) o O adenocarcinoma colônico é o terceiro tipo de câncer mais frequente na Europa o O pico de incidência é entre 60-79 anos o Alimentação é o principal fator ambiental envolvido na carcinogênese colônica o Altas taxas de câncer de cólon associam-se a: 1. Dieta pobre em vegetais e rica em gorduras, carnes vermelhas e carboidratos refinados ✓ Menor teor de fibras → redução do bolo fecal → aumento do tempo de transito intestinal e alteração da microbiota → maior tempo de contato do bolo fecal com a mucosa do cólon 2. Alta ingestão de carnes vermelhas → maior taxa de colesterol ✓ Aumento do colesterol → aumento da síntese e excreção de ácidos biliares → convertidos em agentes cancerígenos pelas bactérias 3. Carência de vitaminas A, C e E ✓ Aumento de radicais livres 4. Obesidade e sedentarismo o O carcinoma de cólon é mais frequente no reto/ sigmoide (70%) seguindo-se ceco e cólon ascendente, transverso e descendente o Lesão apresenta várias formas macroscópicas: Polipoides (vegetantes) Ulcero-infiltrativas Anular-constritiva Difusa a. LESÕES POLIPOIDES (VEGETANTES) ✓ Comuns no cólon D ✓ Raras no cólon E ✓ Crescem em direção a luz como massas com aspecto fungóide (“em couve-flor”) ✓ Geralmente alcançam grandes dimensões ✓ No ceco a luz intestinal é ampla e o conteúdo fecal predominantemente liquido → manifestações clinicas tardias → prognóstico ruim (a pesar do crescimento lento do tumor) b. ULCERO-INFILTRATIVO ✓ É o tipo mais comum ✓ Cresce em superfície e em profundidade e infiltra-se na parede ✓ Com frequência é estenosante ✓ Lesão forma ulcera de fundo necrótico com bordas elevadas, duras e irregulares c. ANULAR CONSTRICTIVA ✓ Reto e sigmoide ✓ Rara no cólon D ✓ Inicio como pequena lesão elevada ou massa polipoide na mucosa, tende a crescer acompanhando a circunferência do intestino ✓ Cresce pouco em direção a luz mas infiltra- se na parede e tende a ulcerar ✓ Estenose → reação desmoplasica do estroma ✓ “anel de guardanapo” – dilatação do segmento proximal → estase fecal e ulceras na mucosa ✓ Manifestações clínicas mais precoces, diagnóstico mais precoce o EVOLUÇÃO/ PROGNÓSTICO Câncer de cólon e reto se desenvolve insidiosamente, podendo permanecer assintomático por longo tempo No ceco e no cólon D – SILENCIOSO – obstrução intestinal progressiva, alterações no hábito intestinal, fezes em fita, associados a VIA APC-ß -CATENINA VIA DA INSTABILIDADE MICROSSATÉLITE (IMS) Ativada na sequencia adenoma → carcinoma 80% dos carcinomas esporádicos do cólon Mutações precoces no gene APC (supressor de tumor) Em condições normais o APC se liga a beta-catenina levando a degradação desta A perda de função da proteína APC faz com que a beta- catenina fique livre e ative fatores de transcrição e induz proliferação celular Outras mutações associadas a via APC: ✓ Ativação do oncogene K-RAS Favorece a proliferação celular e diminui a apoptose ✓ SMAD2 SMAD 4 Participam da via de sinalização de TGF-beta – inibidora da proliferação celular ✓ Mutações TP53 – 70% dos canceres de cólon → levam a instabilidade genômica Alterações nos genes de reparo do DNA ✓ sem reparo do DNA, erros de replicação não são corrigidos → resultando em acumulo de mutações no genoma microssatélites são pequenas sequencias repetitivas de nucleotídeos (3 a 5 pares de base) altamente polimórficas no genoma e sujeitas a mutações → marcador de defeito nos genes de reparo do DNA microssatélites podem se situar na região promotora ou codificadora de vários genes como aqueles envolvidos na proliferação celular ou apoptose carcinomas com instabilidade microssatélite: ✓ sd. de Lynch ✓ câncer de cólon hereditário não associado a polipose (HNPCC) 6 Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 diarreia e a perda de sangue nas fezes (oculto ou evidente) Os principais fatores de prognostico são profundidade de invasão do tumor e metástases Locais mais frequentes de metástases: 1. Linfonodos regionais 2. Fígado – maior frequência (recebe a drenagem venosa do cólon) 3. Pulmões 4. Ossos Fatores prognósticos, tríade TMN (tumor / metástases / nódulos linfáticos) → exame anatomopatológico seguido de estadiamento - TUMORES DO CANAL ANAL – o Canal anal – corresponde a porção terminal do cólon – limitada pelo anel anorretal (superiormente) e ânus (inferiormente)o HISTOLOGIA: ✓ Porção superior – epitélio glandular do reto ✓ Região de transição – epitélio de transição ✓ Região inferior – epitélio estratificado pavimentoso o Os tumores do canal anal incluem: 1. Carcinoma de células escamosas CCE (relacionado a infecção pelo HPV) 2. Carcinoma basaloide 3. Adenocarcinoma – derivado da mucosa retal CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS (CCE) o Mais comum – 75% o Acomete idosos – 60-70 anos o Pequena preponderância em mulheres o Em imunossuprimidos (infectados pelo HIV) – aparecimento em idade mais jovem o GR: homossexuais masculinos o FR: sexo anal sem proteção o A doença tem relação com infecção por HPV o Macroscopicamente – apresenta-se como pequena ulcera ou fissura que se infiltra na parede da região o Micro: CCE com diferentes graus de diferenciação o IMPORTANTE: estádio do tumor e acometimento linfonodal LINFOMAS o O TGI é o local mais frequente de linfomas extranodais o Mais da metade ocorrem no estomago o 20-30% no intestino delgado o 5-20% no cólon o FR: imunodeficiências o linfomas de células B são mais frequentes que linfomas de células T - lesões agressivas predominam sobre lesões indolentes o Duas entidades ocorrem somente no TGI: Doença imunoproliferativa do intestino delgado (DIPIP) Linfoma de células T enteropático 1. LINFOMAS DE CÉLULAS B DO TIPO MALT INTESTINAL: A maioria dos linfomas B intestinais é do tipo MALT Idosos Quadro clínico: Melena e quadro de obstrução intestinal Pode estar associado a história prévia de doença inflamatória intestinal Macro: Geralmente são lesões únicas, que podem estar presentes em qualquer segmento do IG e o acometimento de linfonodos regionais é comum, diferentemente, das disseminações além da cavidade abdominal, que são raras Micro: ✓ Baixo grau: Presença de folículos linfoides evidentes, rodeados por infiltrado neoplásico de células semelhantes a centrócitos, frequentemente, com diferenciação plasmocitárias. OBS: Os linfomas MALT podem sofrer transformação para linfomas de alto grau, que são os mais comuns, mas com frequência encontra-se um componente de baixo grau subjacente Figura 22.74 Linfoma MALT intestinal 2. LINFOMA FOLICULAR DUODENAL: Linfoma de células B bem diferenciado e indolente, que quando diagnosticado só fica em acompanhamento anual 3. DOENÇA IMUNOPROLIFERATIVA DO ID: 4. LINFOMA DE CÉLULAS DO MANTO: Tipo agressivo de linfoma de células B - Raro Idosos - SM Quadro clínico: Dor abdominal e melena Macro: Múltiplas lesões polipoides na mucosa (polipose linfomatosa), com predominância no segmento íleo-cecal Micro: Nódulos linfoides associados a um infiltrado neoplásico que desloca e oblitera as glândulas, não sendo observado lesões linfoepiteliais. Imunohistoquímica: CD5+ Metástases: Fígado, baço, MO e linfonodos periféricos 5. LINFOMA DE BURKITT: Crianças e adultos jovens Endêmico ou esporádico 7 Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 Endêmico – pode acometer o TGI mas a apresentação primária nesta sede é incomum Esporádico – apresenta-se como linfoma intestinal, na região ileocecal → dor abdominal, intussuscepção e sintomas obstrutivos 6. LINFOMA DE CÉLULAS T ENTEROPÁTICO Linfoma de alto grau Indivíduos idosos – SM “História de má absorção intestinal desde a infância” Origina-se de linfócitos intra-epiteliais da mucosa do intestino delgado Constitui complicação da doença celíaca Mais frequente no jejuno Caracteriza-se por ulceras circunferenciais A mucosa jejunal não acometida apresenta atrofia e linfocitose intraepitelial Lesão se dissemina para: ✓ Fígado, MO, baço e linfonodos mesentéricos Mal prognóstico – sobrevida de 5 anos (20%) 7. TUMORES NEUROENDÓCRINOS: São mais comuns no estômago e IG (reto), tendo melhor prognóstico que quando acometem ceco e apêndice Podem ser classificados de 3 formas: ✓ NET 1: Tumor neuroendócrino bem diferenciado ✓ NET 2: Tumor neuroendócrino moderadamente diferenciado ✓ NEC 3: Carcinoma neuroendócrino https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64183bb21e.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64183bb21e.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64183bb21e.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64183bb21e.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64198d38a6.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64198d38a6.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64198d38a6.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e64198d38a6.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641aab7ec2.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641aab7ec2.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641aab7ec2.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641aab7ec2.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641b858a5a.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641b858a5a.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641b858a5a.png?gid=39 https://www.igastroped.com.br/wp-content/uploads/2017/04/img_58e641b858a5a.png?gid=39
Compartilhar