Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Khilver Doanne Sousa Soares Puberdade Precoce Hormônios Sexuais Masculinos Fatores Hormonais que Estimulam a Espermatogênese: A testosterona, secretada pelas células de Leydig, localizadas no interstício do testículo, é essencial para o crescimento e a divisão das células germinativas testiculares, que se constituem no primeiro estágio da formação do esperma; O hormônio luteinizante, secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Leydig a secretar testosterona; O hormônio folículo-estimulante, também secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Sertoli; sem essa estimulação, a conversão das espermátides em espermatozoides (o processo de espermiogênese) não ocorre; Os estrogênios, formados a partir da testosterona pelas células de Sertoli, quando são estimuladas pelo hormônio folículo-estimulante, são também provavelmente essenciais para a espermiogênese; O hormônio do crescimento (assim como a maioria dos outros hormônios do organismo) é necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos Secreção, Metabolismo e Química dos Hormônios Sexuais Masculinos Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos, chamados, coletivamente, androgênios, incluindo a testosterona, di- hidrotestosterona e androstenediona. Obs.: a testosterona é mais abundante do que os outros, às vezes considerada como o hormônio testicular mais importante, embora a maioria da testosterona seja, por fim, convertida, nos tecidos-alvo, no hormônio mais ativo, a di-hidrotestosterona. A testosterona é formada pelas células intersticiais de Leydig, situadas no interstício entre os túbulos seminíferos, e constituem, aproximadamente, 20% da massa dos testículos adultos. Secreção de Androgênios em Outros Locais do Corpo. O termo “androgênio” significa qualquer hormônio esteroide que tenha efeitos masculinizantes, incluindo a testosterona; também inclui os hormônios sexuais masculinos produzidos em outros locais do corpo além dos testículos. Por exemplo, as glândulas adrenais secretam, pelo menos, cinco androgênios, embora a atividade masculinizante total desses androgênios seja normalmente tão baixa (< 5% do total no homem adulto), que, mesmo na mulher, eles não geram características masculinas significativas, exceto a indução do crescimento de pelos pubianos e das axilas. Química dos Androgênios. Todos os androgênios são compostos esteroides. Nos testículos e nas adrenais, os androgênios podem ser sintetizados do colesterol ou diretamente da acetil coenzima A. Fonte: GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Após a secreção pelos testículos, aproximadamente 97% da testosterona liga-se fracamente à albumina plasmática ou liga-se, mais fortemente, a uma betaglobulina, chamada globulina ligada ao hormônio sexual, e, assim, circula no sangue, de 30 minutos a várias horas. Então, a testosterona é transferida para os 2 Khilver Doanne Sousa Soares tecidos ou é degradada, formando produtos inativos que são, subsequentemente, excretados. Após a puberdade, quantidades crescentes de secreção de testosterona fazem com que o pênis, o saco escrotal e os testículos aumentem de tamanho, em aproximadamente oito vezes antes dos 20 anos de idade. Hormônios Gonadotrópicos: Hormônio Luteinizante e Hormônio Foliculoestimulante. Os dois hormônios gonadotrópicos, LH e FSH, são secretados pelas mesmas células da hipófise anterior, chamadas gonadotropos. Na ausência de secreção de GnRH pelo hipotálamo, os gonadotropos da hipófise quase não secretam LH ou FSH. O LH e o FSH são glicoproteínas. Eles exercem seus efeitos nos tecidos alvo dos testículos, principalmente por ativar o sistema de segundo mensageiro do monofosfato de adenosina cíclico que, por sua vez, ativa sistemas enzimáticos específicos nas respectivas células-alvo. A testosterona é secretada pelas células intersticiais de Leydig nos testículos, mas apenas quando estas são estimuladas pelo LH proveniente da hipófise anterior. A testosterona secretada pelos testículos em resposta ao LH tem o efeito recíproco de inibir a secreção de LH pela hipófise anterior. Fonte: GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Regulação por feedback do eixo hipotálamo- hipófise-testículo nos homens. Efeitos estimulatórios são representados pelo sinal mais e efeitos inibitórios por feedback negativo são representados pelo sinal menos. FSH, hormônio foliculoestimulante; GnRH, hormônio liberador de gonadotropina; LH, hormônio luteinizante; SNC, sistema nervoso central. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Assim, sempre que a secreção de testosterona fica muito elevada, esse efeito automático de feedback negativo, operando por meio do hipotálamo e da hipófise anterior, reduz a secreção de testosterona para os níveis de funcionamento desejados. Ao contrário, pequenas quantidades de testosterona induzem o hipotálamo a secretar grande quantidade de GnRH, com o correspondente aumento da secreção de LH e FSH pela hipófise anterior e o consequente aumento da secreção testicular de testosterona. Feminino Sistema Hormonal Feminino. O sistema hormonal feminino, assim como o masculino, consiste em três hierarquias de hormônio, a saber: 3 Khilver Doanne Sousa Soares 1. O hormônio de liberação hipotalâmica, chamado hormônio liberador de gonadotropina (GnRH); 2. Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio foliculoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), ambos secretados em resposta à liberação de GnRH do hipotálamo; 3. Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, que são secretados pelos ovários, em resposta aos dois hormônios sexuais femininos da hipófise anterior. Fonte: GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Concentrações plasmáticas aproximadas de gonadotropinas e hormônios ovarianos durante o ciclo sexual feminino normal. FSH, hormônio foliculoestimulante; LH, hormônio luteinizante. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Esses diversos hormônios são secretados com intensidades drasticamente distintas, durante as diferentes partes do ciclo sexual feminino mensal. Obs.: quantidade de GnRH liberada pelo hipotálamo aumenta e diminui de modo bem menos drástico durante o ciclo sexual mensal. Esse hormônio é secretado em pulsos curtos, em média uma vez a cada 90 minutos, como ocorre nos homens. Durante cada mês do ciclo sexual feminino, ocorre aumento e diminuição cíclicos, tanto de FSH quanto de LH. Resumo. A cada 28 dias, mais ou menos, hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior fazem com que cerca de 8 a 12 novos folículos comecem a crescer nos ovários. Um desses folículos finalmente “amadurece” e ovula no 14o dia do ciclo. Durante o crescimento dos folículos, é secretado, principalmente, estrogênio. Depois da ovulação, as células secretoras dos folículos residuais se desenvolvem em corpo lúteo que secreta grande quantidade dos principais hormônios femininos, estrogênio e progesterona. Depois de outras duas semanas, o corpo lúteo degenera, quando, então, os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, diminuem bastante, iniciando a menstruação. Um novo ciclo ovariano, então, se segue. Funções dos Hormônios Ovarianos — Estradiol e Progesterona. Os dois tipos de hormônios sexuais ovarianos são os estrogênios e as progestinas. Sem dúvida, o mais importante dos estrogênios é o hormônio estradiol, e a mais importante das progestinas é a progesterona. Os estrogênios promovem, essencialmente, a proliferação e o crescimento de células específicas no corpo, responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características sexuais secundárias da mulher. As progestinas atuam, basicamente, preparando o útero para a gravidez e as mamas para a lactação. Estrogênios. Na mulher não grávida normal, os estrogênios são secretadosem quantidades significativas apenas pelos ovários, embora quantidades mínimas também sejam secretadas pelos córtices adrenais. Obs.: durante a gravidez, uma quantidade enorme de estrogênios também é secretada pela placenta. Apenas três estrogênios estão presentes, em quantidades significativas, no plasma feminino: b- estradiol, estrona e estriol. 4 Khilver Doanne Sousa Soares Fonte: GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Síntese dos principais hormônios femininos. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Sem dúvida, a progestina mais importante é a progesterona. Na mulher não grávida, geralmente a progesterona é secretada em quantidades significativas, apenas durante a segunda metade de cada ciclo ovariano, pelo corpo lúteo. Nas fórmulas químicas de estrogênios e progestinas todos são esteroides sintetizados nos ovários, principalmente do colesterol derivado do sangue, mas também, de certa forma, da acetil coenzima A. Durante a síntese, basicamente progesterona e androgênios (testosterona e androstenediona) são sintetizados primeiro; em seguida, durante a fase folicular do ciclo ovariano, antes que esses dois hormônios iniciais possam deixar os ovários, quase todos os androgênios e grande parte da progesterona são convertidos em estrogênios pela enzima aromatase, nas células da granulosa. Durante a fase lútea do ciclo, muito mais progesterona é formada do que pode ser totalmente convertida, o que responde pela grande secreção de progesterona no sangue circulante nesse momento. Além disso, cerca de 1/15 a mais de testosterona é secretado no plasma da mulher pelos ovários, do que é secretado no plasma masculino pelos testículos. Funções dos Estrogênios — seus Efeitos nas Características Sexuais Femininas Primárias e Secundárias. 5 Khilver Doanne Sousa Soares Durante a infância, os estrogênios são secretados apenas em quantidades mínimas, mas, na puberdade, a quantidade secretada na mulher sob a influência dos hormônios gonadotrópicos hipofisários aumenta em 20 vezes ou mais. Nessa época, os órgãos sexuais femininos se alteram dos de criança para os de adulto. Os ovários, as trompas de Falópio, o útero e a vagina aumentam de tamanho várias vezes. Além do mais, a genitália externa aumenta, com depósito de gordura no monte pubiano e nos grandes lábios, além de aumento dos pequenos lábios Efeito dos Estrogênios nas Mamas. As mamas primordiais de homens e mulheres são exatamente iguais. De fato, sob a influência de hormônios apropriados, a mama masculina, durante as primeiras 2 décadas de vida, pode se desenvolver o suficiente para produzir leite, da mesma maneira que as mamas femininas. Os estrogênios causam (1) desenvolvimento dos tecidos estromais das mamas; (2) crescimento de um vasto sistema de ductos; e (3) depósito de gordura nas mamas. Os lóbulos e alvéolos das mamas se desenvolvem até certo ponto sob a influência apenas dos estrogênios, mas é a progesterona e a prolactina que determinam o crescimento e a função final dessas estruturas. Progesterona Promove o Desenvolvimento das Mamas. A progesterona promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas, fazendo com que as células alveolares proliferem, aumentem e adquiram natureza secretora. Entretanto, a progesterona não faz com que os alvéolos secretem leite A progesterona também faz com que as mamas inchem. Parte desse inchaço deve-se ao desenvolvimento secretor nos lóbulos e alvéolos, mas, em parte, resulta também do aumento de líquido no tecido. Puberdade e Menarca Puberdade significa o início da fase adulta, e menarca significa o primeiro ciclo de menstruação. O período da puberdade é causado por aumento gradual na secreção dos hormônios gonadotrópicos pela hipófise, começando em torno dos 8 anos de idade e normalmente culminando no início da puberdade e da menstruação, entre 11 e 16 anos de idade, nas meninas (em média, aos 13 anos). Na mulher, assim como nos homens, a hipófise infantil e os ovários são capazes de funcionar completamente, se estimulados apropriadamente. Entretanto, assim como também é verdadeiro para os homens e por motivos ainda não entendidos, o hipotálamo não secreto quantidades significativas de GnRH durante a infância. Experimentos revelaram que o hipotálamo é capaz de secretar esse hormônio, mas o sinal apropriado de alguma outra área do cérebro para desencadear a secreção está ausente. Portanto, acredita-se, hoje, que o início da puberdade se dê por algum processo de amadurecimento que ocorre em alguma outra parte do cérebro, talvez em algum ponto do sistema límbico. Fonte: GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Intensidade da secreção total de hormônios gonadotrópicos durante toda a vida sexual da mulher e do homem, mostrando aumento especialmente súbito dos hormônios gonadotrópicos na menopausa da mulher. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Puberdade Precoce Caracteriza-se por início do desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários antes de oito anos em meninas e 6 Khilver Doanne Sousa Soares antes de nove anos em meninos, associado a um perfil hormonal pós-puberal, com aumento dos níveis séricos de GnRH, FSH, LH e esteroides sexuais. Pode ser classificado em: A. Puberdade precoce dependente de gonadotrofina ou central (PPC), causada por maturação precoce do eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal (ocorrem maturação das mamas e aparecimento dos pelos pubianos nas meninas e aumento dos testículos e aparecimento dos pelos pubianos nos meninos). Pode ser idiopática ou neurogênica, podendo estar associada a hamartoma neuronal hipotalâmico, tumores de células germinativas, gliomas, hidrocefalia interna, neurotuberculose, sequela de traumatismos cranioencefálicos e radiação do sistema nervoso central; B. Puberdade precoce independente de gonadotrofina ou periférica, causada por excesso de hormônios sexuais (estrógenos e andrógenos) produzidos pelas gônadas ou pelas suprarrenais, pelo uso de medicamentos (esteroides sexuais) ou por síntese ectópica de gonadotrofina por outros tumores, caracterizada por virilização nas meninas e feminilização nos meninos; C. Puberdade precoce incompleta, em que há maturação isolada das mamas em meninas (telarca prematura) e alterações mediadas por hormônios sexuais em meninos, como pelos pubianos ou axilares e acne. A incidência estimada da PPDG é de 1:5.000-1:10.0006. A ocorrência de puberdade precoce é mais frequente no sexo feminino (10 F:1 M), principalmente a forma idiopática, caracterizada por ausência de lesões orgânicas no sistema nervoso central (SNC) O tempo de aparecimento e o ritmo de evolução dos caracteres sexuais secundários, o uso de medicamentos que contenham esteroides, relatos de traumas, infecções do SNC e história familiar são informações úteis. A puberdade precoce central, “verdadeira” ou GnRH dependente caracteriza-se por alterações hormonais semelhantes às observadas na época da puberdade normal, isto é, aumento na liberação pulsátil de LH e na resposta das gonadotrofinas ao GnRH, bem como secreção aumentada de esteroides gonadais. Por conseguinte, a puberdade precoce GnRH- dependente constitui uma ativação prematura desse gerador de pulsos de GnRH em decorrência de uma variedade de lesões, podendo ser também idiopática. Em meninos com puberdade precoce central GnRH-dependente, os hamartomas hipotalâmicos são responsáveis por 38% dos casos, enquanto outras lesões do SNC respondem por 31%, a presença de doença familiar, por 23%, e a doença idiopática, por menos de 8%. Em meninas: os hamartomas hipotalâmicos são responsáveis por apenas 15% dos casos, outras lesões do SNC respondem por 14%, a síndrome de McCune-Albright (displasia fibrose poliostótica), por 6%, enquanto 65% dos casos são idiopáticos. Classificação. Denomina-se puberdade precoce dependente de gonadotrofinas (PPDG),também chamada puberdade precoce verdadeira ou central, o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários decorrente da ativação prematura do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal. Em contrapartida, a puberdade precoce independente de gonadotrofinas (PPIG) ou pseudopuberdade precoce se deve a uma produção autônoma dos esteroides sexuais. O diagnóstico diferencial entre PPDG e PPIG tem implicação direta na opção terapêutica, devendo constituir o primeiro passo ante o quadro clínico de precocidade sexual. 7 Khilver Doanne Sousa Soares Do ponto de vista clínico, a PPDG mimetiza o desenvolvimento puberal fisiológico, porém em idade cronológica inadequada. Obs.: nessa forma de precocidade sexual, os caracteres sexuais secundários são concordantes com o sexo do paciente (padrão isossexual). Em contrapartida, a PPIG pode levar ao padrão isossexual ou heterossexual (feminização de meninos ou virilização de meninas). Em ambas as formas de puberdade precoce, iso ou heterossexual, as concentrações elevadas dos esteroides sexuais determinam aceleração da velocidade de crescimento e da maturação esquelética, culminando com a fusão prematura das epífises ósseas e comprometimento da estatura final. Telarca Precoce Isolada A telarca precoce isolada representa o aumento unilateral ou bilateral das mamas, sem outros sinais de secreção estrogênica ou androgênica. Trata-se de uma condição clínica benigna, geralmente autolimitada, que ocorre desde o nascimento e antes dos 3 anos de idade, podendo regredir espontaneamente ou permanecer até o desenvolvimento puberal na idade normal. Pubarca Precoce Isolada. A pubarca precoce isolada consiste no aparecimento isolado dos pelos pubianos antes dos 8 anos nas meninas e dos 9,5 anos nos meninos Menarca precoce isolada. A menarca precoce isolada é caracterizada por sangramento vaginal isolado, pode ocorrer antes dos 8 anos, sem outros sinais puberais presentes e sem anormalidades dos genitais. _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ _____________________________________________________ REFERÊNCIAS MARTINS, Mílton de Arruda. et. al. Clínica Médica, 1. ed. São Paulo: Manole, 2009. FILHO, Geraldo Brasileiro. Bogliolo Patologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Guyton, Arthur C.; Hall, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
Compartilhar