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FISIOLOGIA CAMILA SANTIAGO FISIOLOGIA | MEDICINA FISIOLOGIA 08: PÂNCREAS ENDÓCRINO Pâncreas: a maior porção → pâncreas exócrino: secreta enzimas de NAHCO3 através de ductos até o duodeno Ilhotas de Langerhans: aglomerado de células dispersas no tecido exócrino; não são conectadas aos ductos; liberam hormônios (insulina, glucagon e somatostatina) diretamente na corrente sanguínea (pâncreas endócrino) Principais hormônios pancreáticos: Insulina: produzida pelas células beta Glucagon: produzido pelas células alfa Somatosta tina: produzida pelas células D ou delta Polipeptídeo pancreático: produzido pelas células F Insulina Síntese: Hormônio proteico, logo: RER como pré-pró-hormônios e clivados em pró-hormônios menores → armazenamento em vesículas secretoras produzidas pelo Golgi onde é clivada para produzir hormônios a tivos → vesículas no citoplasma até a secreção → secreção hormonal e de fragmentos inativos Pré-pró-insulina → pró insulina → insulina Secreção: pode ser secretada por diversos estímulos, mas, em geral, ocorre por estimulação humoral (por elevadas concentrações de glicose no sangue) As células betas podem ser estimuladas a secretar insulina pelo aumento da concentração de glicose no plasma, pelo aumento da concentração de aminoácidos no plasma, por hormônios (gastrina, secretina, CCK e peptídeo inibidor gástrico) e por estimulação parassimpática (acetilcolina) A inibição das células beta pancreáticas pode ser feita pelo glucagon, somatostatina, neurônios simpáticos e adrenalina circulante Mecanismo de ação: Receptor da insulina: duas unidades alfa e duas beta Início do mecanismo de sinalização da insulina: 1. Ligação da insulina com a subunidade alfa na região extracelular 2. Mudança conformacional do receptor e auto fosforilação na subunidade beta 3. Fosforilação dos substratos a partir da porção intracelular A ativação do receptor de insulina ativa a fisfatidilinositol-3-quinase, que acelera a translocação das vesículas contendo GLUT4 para a membrana celular Principais ações da insulina: Ação rápida (segundos): aumento da captação de glicose, aminoácidos e potássio em células sensíveis à insulina Ação intermediária (minutos): ativação de enzimas glicolíticas e de glicogênio sintase; inibição de enzimas para gliconeogênese, estimulação da síntese proteica e inibição de degradação proteica Ação tardia (horas): aumento na expressão de enzimas lipogênicas Efeitos da insulina: • No metabolismo de carboidratos Elevação da captação de glicose Elevação na glicólise Elevação da síntese de glicogênio Redução no catabolismo do glicogênio FISIOLOGIA CAMILA SANTIAGO FISIOLOGIA | MEDICINA Redução na gliconeogênese • No metabolismo de gorduras: Aumento na utilização de glicose → poupa gorduras Inibe a ação da lipase hormônio-sensível (que provoca hidrólise dos triglicerídeos armazenados nas células adiposas) Estimula a síntese de ácidos graxos no fígado na vigência de excesso de carboidratos porque induz a transcrição de genes envolvidos na produção de enzimas que participam da síntese de lipídeos – acetil CoA carboxilase (ACC) e ácido graxo sintetase (FAS) • No metabolismo de proteínas: Estimulação da captação de aminoácidos pelas células Estimulação da síntese de proteínas pelos ribossomos Inibição do catabolismo de proteínas Redução na taxa de gliconeogênese pelo fígado (reduzindo a utilização de aa nesse processo) Glucagon O glucagon humano é um hormônio polipeptídico, composto por 29 aminoácidos dispostos em cadeia única O principal papel fisiológico do glucagon é estimular a produção de metabólitos energéticos pelo fígado, além de aumentar a concentração de glicose e corpos cetônicos no sangue Ações do glucagon: No fígado: estimula a glicogenólise, cetogênese e gliconeogênese Tecido adiposo: estimula lipólise Músculos: estimula a glicogenólise e diminui a glicólise A ação do glucagon no fígado é responsável por cerca de 75% da produção de glicose no jejum Resumo: Estado alimentado: insulina > glucagon → glicólise, síntese de glicogênio, síntese de gordura e síntese proteica Estado de jejum: glucagon > insulina → glicogenólise, gliconeogênese, lipólise e proteólise
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