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Profa. Dra. Valéria Garcia UNIDADE I Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo (Urbanismo I) Definições contemporâneas de urbanismo, urbanização, cidade, metrópole, metropolização e desmetropolização. As intervenções urbanas das décadas de 1970 a 2022. Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo (THAU-URB I) Pequim – China (Beijing City) Kentaro Iemoto, Tóquio, Japão. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Beijing_City_(4214640799).jpg Estudo da produção recente, nacional e internacional. Repertório do urbanismo contemporâneo como expressão de um determinado contexto histórico, político, social, econômico e cultural. Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo (THAU-URB I) Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ambrogio_Lorenzetti_- _Effects_of_Good_Government_in_the_city_-_Google_Art_Project.jpg Alegoria do bom e do mau Governo (Parte) Efeitos do bom governo (1338-1339) Ambrogio Lorenzetti (1290–1348) Afresco: 296 x 1398 cm Palazzo Pubblico - Sala dos Nove Siena – Itália Cidade, espaço social complexo. Pode ser definida como agrupamento de pessoas que não produzem seus meios de subsistência alimentar. A existência da cidade pressupõe divisão técnica, social e espacial da produção e implica em trocas de natureza diversa entre aqueles que produzem os bens de subsistência e os que produzem bens manufaturados (artesãos), bens simbólicos (religiosos, artistas etc.), o poder e a proteção. Cidade Fonte: ASCHER, F. Os novos princípios do Urbanismo. São Paulo: Romano Guerra, 2010. Pólis significa cidade-estado. Na Grécia Antiga, a pólis era um pequeno território localizado geograficamente no ponto mais alto da região e cujas características eram equivalentes a uma cidade. Cidade: Pólis, Civitas ou Urbis? Aula: Profa. Valéria Garcia Realizada a partir de maquete da cidade de Priene Fonte: https://historyofarchitecture.weebly.com/civic-urban-planning.html Cidade: designação que tem origem em civitas, significava originalmente “condição de cidadão”. Civitas deriva de cives, que pode ser traduzido como “homem que vive na cidade” ou “cidadão”. Civil, civilização e outras palavras dessa família também tem cives como sua origem. Cidade: Pólis, Civitas ou Urbis? Aula: Profa. Valéria Garcia Realizada sobre iconografia que mostra modelo de organização das cidades romanas. Fonte: adaptado de: https://www.world-rt.com/images/barcino.jpg Cardus N/S Templo Fórum Muralha Decumanus L/O Porta Caminhos Aqueduto Cidade: Pólis, Civitas ou Urbis? Sua origem vem de orbis, pois muitas cidades foram erigidas a partir de um projeto circular ou orbis. O urbis ou urbes por excelência foi, para eles, a cidade de Roma. Aula: Profa. Valéria Garcia Fonte: Benévolo (1993). Ritual de Fundação Ritual simbólico envolvia a definição e a manutenção das fronteiras entre o divino e o humano. Cidade: distribuição de uma sociedade em determinado espaço ou território. Urbano: reprodução da vida em todas as suas dimensões: Produção da cidade como espaço construído (urbanização); Espaço social da cidade como ambiente de trocas e trabalho; Espaço social da cidade como ambiente das relações humanas; Organização e hierarquização simbólica: Poder, religião e cultura. Urbano Fonte: LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001. Urbanidade e vida urbana Urbanidade: conjunto de relações que acontecem no espaço urbano, tanto no plano material como social (Manuel de Solà-Morales). Vida urbana: conceito que se refere à vida humana em uma cidade grande. City Life (Vida Urbana) (1934). Parte: Detalhe 1. Victor Arnautoff (1896-1979) Mural: 304 x 1097 cm Coit Tower, São Francisco, Estados Unidos Fonte: https://americangallery20th.wordpress.com/ 2017/09/20/victor-arnautoff-1896-1979/ Processo de transferência de pessoas do meio rural para o meio urbano, principalmente para as cidades. Concentração cada vez mais densa de população, em aglomerações de caráter urbano que designamos como cidade. Crescimento acelerado responde ao processo de industrialização que remonta a meados do século XIX. Urbanização Vista noturna do planeta Terra realizada pelo satélite Verner Suomi. NASA Earth Observatory. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_earth_at_night.jpg Processos de urbanização devem ser compreendidos por meio de perspectiva multidisciplinar. Inserido no contexto de uma sociedade em processo de constante crescimento demográfico. Responde a uma forte pressão de civilização e urbanidade, enfrentando suas demandas e problemas. Urbanização: crescimento da população mundial População mundial, 2001 Fonte: adaptado de: U.S. Bureau of the Census. Explosão Demográfica 2050 9 Bilhões 300 Milhões Mil milhões 10 8 6 4 2 0 0 500 1000 1500 1750 1800 1850 1900 1950 1975 1997 2000 2015 2050 800 000 000 2 500 000 000 6 080 000 000 Regime demográfico primitivo 9 300 000 000 Revolução demográfica Explosão demográfica Evolução estimada Urbanização: crescimento urbano na virada do milênio Distribuição geográfica por meio de 4 categorias: Cidades que reduziram sua população. 50 cidades que recuperam população em sua mancha urbana na década de 1990. 72 cidades que apresentam intenso adensamento em sua mancha urbana. 72 cidades que mostram saturação e adensamento somente em sua área urbana. Expansão e Adensamento. Uma análise global sobre o crescimento urbano recente. (Angel; Lamson-Hall; Blei; Shingade; Kumar, 2021). Fonte: https://marroninstitute.nyu.edu/papers/densify-and-expand-a-global-analysis-of- recent-urban-growth Metrópole mundial: referência não só em seu país, mas no mundo todo: Nova Iorque, São Paulo. Metrópole nacional: influência em todo território nacional: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador. Metrópole regional: maior que 1 milhão de habitantes. Atua sobre diversas cidades menores: Campinas, Goiânia. Capital regional: polo de referência para centros regionais menores: Florianópolis, Cuiabá. Centro regional: influência sobre cidades menores: Região Metropolitana de Ribeirão Preto. Urbanização: hierarquia urbana Sítio urbano: localização do espaço da cidade e sua relação com a geomorfologia local. Conurbação: situação em que duas ou mais cidades, inicialmente separadas, crescem horizontalmente e se fundem fisicamente, conservando, cada uma delas, sua autonomia. Área metropolitana: área estabelecida entre uma cidade central e as cidades periféricas pela interligação física, política, econômica e social. Megalópole: união de várias áreas metropolitanas: Nova Iorque + Virgínia. Tóquio + Yokohama + Nagoya. Osaka + Kobe. São Paulo + Campinas. Conceitos de urbanização Conceitos de urbanização: conurbação Estudos sobre conurbação surgem nos primeiros anos do século XX, quando o processo de urbanização das cidades começou a se intensificar. Com o crescimento das cidades, os municípios próximos começaram a se encontrar, fazendo com que suas fronteiras fossem mescladas e seus núcleos urbanos fossem integrados. O processo de conurbação é um dos responsáveis pela formação das regiões metropolitanas. Patrick Geddes (1854-1932) Conurbação Megalópole Região metropolitana Patrick Geddes em 1886 Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Patrick_Geddes_(1886).jpg Conceitos de urbanização: metrópole Metrópole: cidade principal de uma região, normalmente conurbada com outras. Costuma ser de grande porte e concentra atividades econômicas e sociais de uma região. Etimologicamente, a palavra metrópole é composta por dois elementos em grego: metro, (metér, metrós) que significa “mãe” e polis, que é “cidade”. Metrópole é, portanto, a cidade mãe. A formação das metrópoles modernas: processo dereorganização das funções urbanas tendo em vista a emergência do modo de produção industrial. Prevê a concentração estratégica de capital, divisão social e funcional da cidade e expansão permanente do tecido urbano (crescimento ilimitado). Conceitos de urbanização: metrópole Macrometrópole paulista: conurbação: Grande São Paulo, Campinas e Baixada Santista. Imagem do satélite Landsat em que se vê a região metropolitana da Grande São Paulo, de Campinas e da Baixada Santista. Processo de Conurbação: Grande São Paulo Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:SaoPaulo-Landsat-2.jpg O processo de metropolização moderno impõe demandas do sistema econômico, o que gera necessidade de renovação e adaptação das cidades. Como consequências do processo de metropolização, temos a dispersão dos habitantes em distantes territórios urbanos, que recebem a denominação de periferia e o surgimento de setores fabris, precursores dos distritos industriais. Segundo Meyer (2001), a maioria das metrópoles mundiais está em países em desenvolvimento, o que demostra a formação da megacidade pobre. Conceitos de urbanização: metrópole Fonte: MEYER, Regina. O espaço da vida coletiva. In: Viva o centro. O Centro da Metrópole: reflexões e propostas para a cidade democrática do século XXI. São Paulo: Terceiro Nome/ Viva o Centro/ Imprensa Oficial do Estado, 2001. Região urbana pluripolarizada por diferentes metrópoles conurbadas ou em processo de conurbação. Trata-se de aglomerações que apresentam intenso desenvolvimento urbano. O conjunto da megalópole mostra uma integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias. É servida por meios de transporte rápidos que viabilizam esses fluxos. Conceitos de urbanização: megalópole Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Megal%C3%B3pole_Rio-SP.jpg A criação do termo é um neologismo do precursor do planejamento urbano, Patrick Geddes. O ajuntamento urbano, que cobre parte do nordeste dos Estados Unidos interligando várias regiões metropolitanas desde Boston até Washington DC, foi denominado de Bos-Wash. Conceitos de urbanização: megalópole NASA Earth Observatory/NOAA NGDC Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Northeast_megalopolis_at_night.jpg Desindustrialização e reprimarização: transformação na distribuição do sistema produtivo implica na reorganização da acumulação do capital pelo território nacional. Passa-se da regionalização metropolitana à metropolização regional. A nova dinâmica urbana fortalece a expansão das cidades médias, vinculadas aos setores agrícola, pecuário e extrativo mineral exportador. Desmetropolização: metropolização regional Fonte: Leopoldo (2020). Regiões Metropolitanas Estruturais Regiões Metropolitanas Transitivas Regiões Metropolitanas Formais Primeira Globalização: Idade Média e Renascimento. Expansão ultramarina e grandes descobrimentos. Incremento de trocas comerciais. Segunda Globalização: Iluminismo e Modernismo. Revolução Industrial e emergência da sociedade industrial. Grandes fluxos migratórios. Expansão planetária e trocas comerciais. Urbanização: escalas, conexões e mercados Expansão Ultramarina Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ commons/5/55/Age_of_Discovery_explorations_in_ English.png Locomotiva. Revolução Industrial. Fonte: https://upload.wikimedia.org/ wikipedia/commons/0/0b/FS_640121. png?20110506195900 Terceira Globalização: Período Contemporâneo Era Pós-Industrial e pós-urbana; Desenvolvimento das tecnologias e dos meios de comunicação (transportes e telecomunicações); Declínio do papel integrador do Estado; Terceirização de serviços e da ação sobre a própria organização urbana; Cultura urbana que empurra limites. Urbanização: escalas, conexões e mercados Terceira Globalização Fonte: https://static.significados.com.br/foto/tipos-de- globalizacao-f2-fb.jpg A condição urbana generalizada está na origem de um sistema urbano globalizado. Privilegia redes e fluxos, contribuindo para distinguir os lugares entre si, para hierarquizá-los e, sobretudo, fragmentá-los. A globalização urbana não é acompanhada do fim dos territórios, mas da reconfiguração territorial que favorece os fluxos sobre os lugares e a privatização em detrimento da vida pública. Cidades globais Qual o papel das grandes corporações na reconfiguração dos espaços urbanos? Saskia Sassen (1949) Saskia Sassen Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f5/Saski a_Sassen-rebulica2016a.JPG/400px-Saskia_Sassen- rebulica2016a.JPG?20160507190540 Economia de arquipélago. Globalização dos territórios está na origem de um processo de marginalização e exclusão. Longe de se confundir com um amontoado anárquico, a cidade global constitui um território circunscrito e protegido. Rompe com os sistemas de organização hierárquica que correspondem à organização da cidade industrial. Cidades globais Cidades globais Fonte: https://commons.wikimedia.org/ wiki/File:GaWC_World_Cities.png Mudanças na organização da produção, nos sistemas de transporte e de comunicações deixaram áreas obsoletas, pátios ferroviários, áreas portuárias, armazéns, edifícios industriais, que demandam reciclagem ou reconstrução (ZANETTI, 2005). Cidade contemporânea: obsolescência funcional e requalificação Fonte: adaptado de: Google Earth: MACBA e Plaça dels Àngels GRAN VIA DE LES CORTS CATALANES PLAÇA DE CASTELLA PLAÇA DE TERENCI MOIX LA RAMBLA MACBA Museu de Arte Contemporânea de Barcelona PLAÇA DELS ÀNGELS A prática urbanística passou pela revisão de seus fundamentos nos anos 1980 e 1990. A experiência da reestruturação e da renovação da cidade de Barcelona se apresenta como modelo de práticas de planejamento urbano atento à crítica às intervenções monofuncionais e aberta à incorporação de novas centralidades articuladas ao tecido urbano preexistente. Cidade contemporânea: obsolescência funcional e requalificação Leitura gráfica de uso e fluxo na Praça dels Ángels. Fonte: adaptado de: Lira (2011) . Ronda de Sant Antoni Zonas de permanência / Habitantes Zonas de circulação / Territoriantes Ramblas Acesso estacionamento Elemento visual Banco Janelas vizinhas Janelas vizinhas Restaurantes Acesso estacionamento Banco Gentrificação advém da tradução da definição inglesa gentrification e deriva do inglês gentry que significa “de origem nobre”. Reestruturação de bairros e áreas em processo de obsolescência, causando a substituição de pequenas lojas e antigas residências. Por isso, gentrificação tem sido interpretada como a revitalização dos espaços urbanos ou a aparente substituição de paisagens de caráter popular por construções típicas de áreas nobres. Cidade contemporânea: gentrificação INEP - 2017 - ENADE - Arquitetura e Urbanismo Fonte: http://www.justrenttoown.com. Acesso em: 4 jul. 2017. Compreender o significado e as possibilidades do que se denomina “espaço público” é demanda obrigatória ao arquiteto urbanista em seu processo de formação acadêmica. Com o adensamento populacional das cidades contemporâneas, o acesso a espaços públicos torna-se uma questão essencial. A arborização nos centros urbanos proporciona relaxamento e diminui os níveis de estresse. A qualidade de vida de uma cidade depende da existência coletiva expressa nos espaços públicos dispostos democraticamente pela cidade; seja o parque, a praça, a praia ou a rua. Cidade contemporânea: espaços públicos São Paulo: Parque Trianon, MASP, Vão livre do MASP, Avenida Nove de Julho. Fonte: https://commons.wikimedia.org/ wiki/File:Parque_Trianon_Masp.jpg A expressão megalópole tem o objetivo de assinalar uma área hierarquicamente superior às metrópoles. Leia as alternativas a seguir e assinale a afirmação verdadeira: Interatividade a) Uma megalópole é definida comouma extensa região urbanizada, formada por várias metrópoles e regiões metropolitanas conurbadas, formando uma urbanização semicontínua interligada por cidades de médio e pequeno porte. O conjunto da megalópole apresenta uma forte integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias. b) A maior megalópole do mundo contemporâneo é chamada de Complexo Metropolitano do Sudeste. Trata-se de uma megalópole formada por duas metrópoles globais (São Paulo e Rio de Janeiro), duas metrópoles regionais (Campinas e Baixada Santista) e cidades médias, como São José dos Campos, Volta Redonda e outras. c) Os conceitos de megalópole e megacidade são sinônimos e atentam para fatores demográficos resultantes dos processos de conurbação de áreas metropolitanas próximas. d) O termo foi idealizado pelo estudioso das cidades, Lewis Mumford, que se dedicou a compreender os ajuntamentos urbanos que interligam as regiões metropolitanas. e) A fusão entre as regiões metropolitanas de Goiânia e do Distrito Federal apresenta o processo de conurbação denominado como megalópole em formação. Interatividade a) Uma megalópole é definida como uma extensa região urbanizada, formada por várias metrópoles e regiões metropolitanas conurbadas, formando uma urbanização semicontínua interligada por cidades de médio e pequeno porte. O conjunto da megalópole apresenta uma forte integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias. b) A maior megalópole do mundo contemporâneo é chamada de Complexo Metropolitano do Sudeste. Trata-se de uma megalópole formada por duas metrópoles globais (São Paulo e Rio de Janeiro), duas metrópoles regionais (Campinas e Baixada Santista) e cidades médias, como São José dos Campos, Volta Redonda e outras. c) Os conceitos de megalópole e megacidade são sinônimos e atentam para fatores demográficos resultantes dos processos de conurbação de áreas metropolitanas próximas. d) O termo foi idealizado pelo estudioso das cidades, Lewis Mumford, que se dedicou a compreender os ajuntamentos urbanos que interligam as regiões metropolitanas. e) A fusão entre as regiões metropolitanas de Goiânia e do Distrito Federal apresenta o processo de conurbação denominado como megalópole em formação. Resposta Comentário: O termo megalópole, apresentado pelo planejador urbano Patrick Geddes, tem objetivo de circunscrever o processo de conexão/conurbação de várias regiões metropolitanas. Um dos primeiros exemplos de uma megalópole surgiu na costa nordeste dos EUA, de Boston a Washington – a megalópole Bos-Wash. Resposta Estuda os assentamentos humanos e os fenômenos ligados à urbanização. Propõe intervenções no tecido urbano. Atuação multidisciplinar. Participa na formulação de políticas públicas. Urbanismo Maquete urbana. Centro de Planejamento Urbano de Shanghai Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Shanghai_Urban_Planning_Museum_(1393144768).jpg O urbanismo: ciência que nasceu no final do século XIX. Engloba a ação de projetar e ordenar espaços construídos. Estuda a organização e a intervenção no espaço urbano, como prática das transformações necessárias para enfrentar as condições de habitação e salubridade em que viviam os habitantes de grandes cidades europeias, na época da Revolução Industrial. Urbanismo Iron Bridge sobre o Rio Severn Fonte: https://upload.wikimedia.org/ wikipedia/commons/0/02/Ironbridge_e.JPG Produção de barras de aço Fonte: https://upload.wikimedia.org/ wikipedia/commons/f/f0/1890heyenbrock.jpg Várias versões para o surgimento do termo urbanismo. Segundo a escola francesa: surgiu por volta de 1910, na França, no Bulletin de la Societé Geographique. Alfred Agache (arquiteto e urbanista francês): advoga ser o criador do termo. Conceitua urbanismo como: Origem do termo: urbanismo (Agache) Cidade do Rio de Janeiro. Remodelação, extensão e embelezamento. Alfred Agache, 1926-1930. Fonte: http://planourbano.rio.rj.gov.br/ Alfred Agache Fonte: Agache (1930). Definição de urbanismo Fonte: Agache (1930). O Urbanismo é uma Sciencia e uma Arte, e sobretudo uma Philosophia social. Entende-se por Urbanismo o conjunto de regras aplicadas ao melhoramento da edificação, do arruamento, da circulação e do descongestionamento das artérias publicas. E a remodelação, a extensão e o embellezamento de uma cidade levados a efeito mediante um estudo methodico da geographia humana e da topographia urbana sem descurar as soluções financeiras. O QUE É O URBANISMO O Plano Agache: a primeira proposta de intervenção urbanística na cidade do Rio de Janeiro com preocupações genuinamente modernas. O projeto foi concluído em 1930, introduziu no cenário nacional algumas questões típicas da cidade industrial, tais como o planejamento do transporte de massas e do abastecimento de águas, a habitação operária e o crescimento das favelas. Levantamento histórico e componentes antropogeográficos. Origem do termo: urbanismo (Agache) Cidade do Rio de Janeiro. Remodelação, extensão e embelezamento. Alfred Agache, 1926-1930. Fonte: http://planourbano.rio.rj.gov.br/ O termo urbanismo teria sido criado em 1867, quando Ildefons Cerdá escreve A Teoria Geral da Urbanização. Cunhou o neologismo urbanização, enfatizando a ação sobre a urbe para designar os diferentes tipos de assentamentos humanos. Engenheiro responsável pelo Plan de Ensanche, Barcelona. Origem do termo: urbanismo (Cerdá) Retrato de Ildefons Cerdá (1815- 1876) Fonte: https://commons.wikimedia.org/ wiki/File:Barcelona_plano.jpg Plano de Barcelona: Plan de Ensanche Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ensanche_- _eixample_-_Barcelona.jpg#/media/File:Barcelona_plano.jpg 1859: expansão da cidade motiva elaboração de concurso. 1860: aprovação do projeto de Cerdá. Origem do termo: urbanismo (Cerdá) Vista aérea da cidade de Barcelona Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/ vista-aerea-do-distrito-de-eixample-barcelona-espanha_1583870.htm Fundamentos teóricos do projeto: Cidade: movimento e repouso. Rua: infraestrutura, transporte, ventilação e iluminação. Distribuição, organização das quadras pelo sistema geométrico da malha viária. Lógica ortogonal: funcionalidade do sistema de transporte. Plano deve possibilitar a extensão ilimitada da cidade. União entre a cidade antiga e a nova zona de extensão. Origem do termo: urbanismo (Cerdá) Plano de Barcelona: Largura da rua, gabarito favorece iluminação e ventilação. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eixemple07-fr.svg 133,3 m 1 3 3 ,3 m 1 6 m 2 0 m 14 m 20 m 20 m 1. Cidade industrial (1850-1921) 2. Cidade moderna (1922-1960) 3. Cidade pós-moderna (1961-1991) 4. Cidade contemporânea (1992-hoje) Cronologia do desenvolvimento urbano Exemplo de projeto urbano moderno Interior do Espaço Lucio Costa, com a maquete de Brasília e ao fundo as cópias dos croquis e do Relatório do Plano Piloto. Obra de Michelya1409 Fonte: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=93620399 Condensa e potencializa em seu tecido urbano todos os ingredientes que produzem o antivital, o insalubre, as mazelas e as precariedades sanitárias que resultam do adensamento populacional em torno dos polos produtores da indústria. Agentes geradores do antivital: mina, carvão e ferrovia. 1. Cidade industrial (1850-1922) Gustave Doré (1876) A rua transforma-se em sala de estar e loja Fonte: Ottoni (1996). Gustave Doré (1876) Cidade Industrial Inglesa Fonte: Ottoni (1996). Espaços de moradia: condições precárias de higiene favorecem a disseminação de doenças. Grã-Bretanha (1875-1890): lei de habitação para a classe trabalhadora. Padrão mínimo exigido gera um sistema de assentamento chamado by Law nos bairros operários: padrão uniforme de organização mecânica. 1. Cidade industrial (1850-1922) Filade casas realizadas por empreendedores imobiliários na década de 1860 Fonte: Benévolo (1993). Bairro operário: Houses by Law. Desenvolvimento suburbano em estrita geometria pelas normas Fonte: Ottoni (1996). Esgoto da cidade de Londres: obra de engenharia do século XIX. O trabalho começou em 1859 e levou 20 anos para ser concluído. A ideia de ruas retas, amplas e pavimentadas interessou as autoridades que viram nessa configuração a solução para os problemas urbanos. A uniformidade da tipologia e a rigidez na organização espacial mostraram-se inadequadas ao ambiente residencial, no entanto, sua resposta aos princípios básicos que estabeleciam a necessidade de ventilação e iluminação prevaleceu. 1. Cidade industrial (1850-1922): projetos viários e de saneamento Instalações da cidade na metade do século XIX: obras de construção de esgoto em Fleet Street, Londres (1845) Fonte: Benévolo (1993). Edificações salubres: ventilação e iluminação adequadas. Lote: demarcação da propriedade e implantação de serviços urbanos de água e esgoto. Rua: calçamento e pavimentação. Quadra: delimitação entre áreas públicas e privadas. Cidade industrial (1850-1922): matéria-prima para reflexão urbanística Fonte: SORIA y MATA, Arturo. Tratados de urbanismo y sociedad. Madrid: Clan Libros, 2004. 2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam Edificações de alta densidade dispersas em áreas verdes de forma a proporcionar ambiente ventilados e iluminados. Distanciamento entre pedestres e sistema viário de fluxo intenso. Desmantelamento de quadras e lotes a favor da valorização de espaços de uso comum e ambientes de lazer e descanso. Fonte: LE CORBUSIER. Precisões sobre um Estado presente na Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2004. 2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam “Só ingressaremos de verdade no urbanismo moderno após esta decisão prévia. A rua - corredor, nascida na época do cavalo ou do carro de boi, era margeada por casas térreas, às vezes providas de um andar”. “As ruas-corredores fazem a cidade- corredores. A cidade inteira é feita de corredores. Que aspecto! Que estética!” (LE CORBUSIER, 2004). Fonte: LE CORBUSIER. Precisões sobre um Estado presente na Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2004. É preciso matar a “rua-corredor” 2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam “Poderíamos e podemos eliminar todos os corredores? Eliminar tudo aquilo que margeia as ruas, reduzindo os pátios a zero, empilhando em altura o cubo das construções [...]. Eliminar os pátios e redistribuí-los em espaços livres à direita e à esquerda [...]” (LE CORBUSIER, 2004). [174] [175] Fonte: LE CORBUSIER. Precisões sobre um Estado presente na Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2004. [178] Corbusier e Gropius sentiram a necessidade de um fórum internacional de debates que os fortalecesse pela união. De 1928 a 1956, o congresso se reuniu por dez vezes, tratando de temas como o habitat mínimo, o edifício racional, a cidade funcional, a habitação coletiva e o núcleo da cidade. Seu mais conhecido produto foi a Carta de Atenas, produzida no Ciam IV, de 1933. 2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam Walter Gropius. Arquiteto alemão precursor do Ciam e diretor da Bauhaus Fonte: https://commons.wikimedia.org/ wiki/File:Der_Architekt_Walter_Gropius,_Begr %C3%BCnder_des_Staatlichen_Bauhauses_ Weimar,_um_1919.jpg Le Corbusier. Arquiteto francês precursor do Ciam Fonte: https://commons.wikimedia. org/wiki/File:Le_Corbusier_(1964)_ Stedelijk_Museum_Sikkensprijzen _916-9288_(cropped).jpg Ciam – Congresso Internacional de Arquitetura Moderna: Marco inicial do período “acadêmico” do Movimento Moderno. Sucede o período das vanguardas. Iniciativa de Hélène de Mandrot – mecenas da Arquitetura Moderna. Primeira reunião em 1928 acontece no castelo de Mandrot em La Sarraz, Suíça. 2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam Primeiro Congresso realizado em La Sarraz Fonte: https://commons. wikimedia.org/wiki/File:CIAM_192 8_-_La_Sarraz.png Ciam – Congresso Internacional de Arquitetura Moderna: 1928: La Sarraz, Suíça (Fundação). 1929: Frankfurt, Alemanha (Habitação Mínima). 1930: Bruxelas, Bélgica (Reorganização do lote). 1933: Atenas, Grécia (Lógica da cidade moderna) Carta de Atenas. 1937: Paris, França (Moradia e recreação). 1947: Bridgwater, Inglaterra (Podem nossas cidades sobreviver?). 1949: Bérgamo, Itália (Sobre cultura arquitetônica). 1951: Hoddesdon, Inglaterra (O coração da cidade). 1953: Aix-en-Provence, França (Carta de Habitação). 1956: Dubrovnik, Iugoslávia (Team X). 2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam Carta de Atenas produzida ao final do Congresso de 1933: Primeira parte: cidade – conjunto econômico, social e político. Segunda parte: crítica à precariedade habitacional, insuficiência dos espaços de lazer, pela disposição não funcional dos setores de trabalho e condição desatualizada das redes viárias. Terceira parte: proposições técnicas para cada elemento discutido na formulação crítica. 2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam Mapa Síntese Carta de Atenas. Fonte: autoria própria. Habitar Circular Trabalhar Recrear Devem ser pensadas em conjunto com a preservação da beleza plásticas e histórica dos tecidos urbanos. Chandigarh (Le Corbusier) e Brasília (Lúcio Costa), Únicas cidades inteiramente projetadas de acordo com os princípios da Carta de Atenas. Brasília projetou mundialmente a arquitetura brasileira, apresentada como a última palavra em urbanismo. Etapa final de construção se deu um ano depois do último congresso de Ciam. 2. Cidade moderna (1922-1960): Brasília Brasília, 1957-1960 Chandigarh, 1952-1959 Carta de Atenas aplicada: Brasília e Chandigard. Fonte: autoria própria. 2. Cidade moderna (1922-1960): Brasília Os fundamentos defendidos no texto de Le Corbusier que completa a Carta de Atenas de 1933 estão presentes no projeto de Lúcio Costa. Organização funcional: 1. Separação das áreas residenciais, de lazer e de trabalho. 2. Setorização das áreas. 3. Planejamento do uso do solo. Organização funcional dos edifícios residenciais no Plano Piloto Fonte: autoria própria. SETORIZAÇÃO Via W3 Escola Parque SQS 308 Igreja SQS 307 C o m é rc io L o c a l SQS 107SQS 108 C o m é rc io L o c a l C o m é rc io L o c a l Eixo W Cinema Residencial Educacional Comercial Igreja Lazer e Cultura Saúde, segurança C lu b e d a V iz in h a n ç a 2. Cidade moderna (1922-1960): Brasília O projeto do Plano Piloto em muito acompanha a proposta da Cidade radiante apresentada por Le Corbusier. Os edifícios denominados de Unités deveriam acompanhar o gabarito de 50 m de altura e funcionariam como vilas verticais. Lúcio Costa (2018) discorda e defende a organização das Superquadras do Plano Piloto. Fonte: adaptado de: COSTA, L. Lucio Costa. Registro de uma vivência. São Paulo: SESC, Editora 34, 2018. “Creio que houve sabedoria nessa concepção: todos os prédios soltos do chão sobre pilotis, no gabarito médio das cidades europeias tradicionais – antes do elevador-, harmoniosas, humanas, tudo relacionado com a vida cotidiana; as crianças brincando à vontade ao alcance do chamado das mães.” 2. Cidade moderna (1922-1960): Brasília – unidade de vizinhança As superquadras de Lúcio seguem as prescrições de Clarence Perry para as Unidades de Vizinhança. O conceito tem objetivo de recuperar a vida social e as relações de vizinhança perdidas com as transformações urbanas. Área residencial organizada em torno de escolas e servida de comércio, serviços e benfeitorias públicas. Equipamentos de uso coletivo são localizados nos limites da área residencial. Clarence Perry: Unidade de Vizinhança Fonte: autoria própria. A qualidade de vida de uma cidade émedida pela dimensão da existência coletiva expressa nos espaços públicos dispostos democraticamente pela cidade; seja o parque, a praça, a praia ou mesmo a rua. Portanto, compreender o significado e as possibilidades do que se denomina “espaço público” é demanda obrigatória ao arquiteto urbanista em seu processo de formação acadêmica. Entre os prédios de uma cidade, há uma rede de espaços que cria e fortalece conexões em diferentes níveis de influência. Em um texto, eles seriam as entrelinhas: o sentido implícito entre o concreto. Os espaços públicos, que preenchem com vida os hiatos urbanos, estão diretamente associados à construção do que chamamos de cidade e influenciam as relações que se criam dentro delas (PACHECO; CACCIA; AZEREDO, 2017). Interatividade Assinale a alternativa que não diz respeito ao pensamento urbanístico associado ao espaço público: a) Circunscreve locais associados ao lazer e ao descanso, abertos à conversa corriqueira e à livre circulação e, sobretudo, à possibilidade do encontro com o outro. b) Ambientes de uso comum e de posse de todos, que podem ser acessados livremente por qualquer cidadão, sem custo. Por essa concepção democrática, é um local que permite a expressão da diversidade, encontros entre cidadãos e manifestações cívicas. c) Espaços simbólicos, formados a partir de centralidades muito definidas e fortalecidos pelo uso cotidiano, tais como a Praça da Igreja Matriz em cidades pequenas e médias. d) Shopping centers, denominados como centros de compras privados, inseridos em áreas abertas ou encerradas em edifícios de uso aberto ao público consumidor. e) À medida que as cidades se tornam adensadas, o acesso a espaços públicos verdes torna-se uma demanda essencial. A arborização nos centros urbanos proporciona relaxamento e regula os níveis de estresse, elevando a qualidade de vida. Interatividade Assinale a alternativa que não diz respeito ao pensamento urbanístico associado ao espaço público: a) Circunscreve locais associados ao lazer e ao descanso, abertos à conversa corriqueira e à livre circulação e, sobretudo, à possibilidade do encontro com o outro. b) Ambientes de uso comum e de posse de todos, que podem ser acessados livremente por qualquer cidadão, sem custo. Por essa concepção democrática, é um local que permite a expressão da diversidade, encontros entre cidadãos e manifestações cívicas. c) Espaços simbólicos, formados a partir de centralidades muito definidas e fortalecidos pelo uso cotidiano, tais como a Praça da Igreja Matriz em cidades pequenas e médias. d) Shopping centers, denominados como centros de compras privados, inseridos em áreas abertas ou encerradas em edifícios de uso aberto ao público consumidor. e) À medida que as cidades se tornam adensadas, o acesso a espaços públicos verdes torna-se uma demanda essencial. A arborização nos centros urbanos proporciona relaxamento e regula os níveis de estresse, elevando a qualidade de vida. Resposta Comentário: Em meio às rápidas transformações das cidades contemporâneas, os espaços públicos têm papel relevante como ambientes de trocas, convivências e encontros. O espaço público deve refletir a diversidade e estimular a convivência entre as pessoas. A sociedade de consumo está degradando as cidades e seus espaços de encontro, nota-se a configuração de cidades sem praças, sem calçadas largas para os pedestres, tampouco transporte público para todos os habitantes. Atualmente, esse processo se evidencia com a perda das interfaces de encontro dos cidadãos, dando prioridade às vias de circulação e à mobilidade individual. Portanto, deve-se defender a importância do espaço público, entendido como lugares de propriedade pública ou de uso público, acessíveis e agradáveis para todos de forma gratuita e sem intenção de lucro, o que inclui ruas, espaços abertos e instalações públicas. Resposta AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão, Remodelação, Embelezamento. Rio de Janeiro: Prefeitura Distrito Federal, 1930. ANGEL, S.; LAMSON-HALL, P.; BLEI, A.; SHINGADE, S. KUMAR, S. Densify and Expand: A Global Analysis of Recent Urban Growth. Sustainability 2021, 13, 3835. https://doi.org/10.3390/su13073835. ASCHER, F. 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