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FACULDADE EUCLIDES DA CUNHA-FAEC Credenciada pela Portaria Ministerial n.1485, DOU nº 253 de 20/12/2016 LICENCIATURA EM PEDAGOGIA LUCAS SOUZA DA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS: MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID 19 Euclides da Cunha – Bahia 2021.2 LUCAS SOUZA DA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO NO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID – 19 Relatório de Mediação Pedagógica desenvolvido no Componente Curricular Prática de Ensino – Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental – Anos Iniciais (Mediação Remota) e apresentado ao Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, da Faculdade Euclides da Cunha – FAEC, como requisito parcial avaliativo. Orientador: Prof. Me. José Orestes Lopes de Souza Moura Euclides da Cunha – Bahia 2021.2 Dedico esse trabalho a Deus, pois sem ele nada seria possível. E também dedico aos meus familiares e amigos. AGRADECIMENTOS Inicialmente agradecer a Deus, por ter permitido trilhar esse caminho e por não ter me deixado desanimar durante a caminhada acadêmica. A instituição de ensino Faculdade Euclides da Cunha (FAEC) que é um espaço acolhedor, onde privilegia o conhecimento e está alicerçado na dedicação e respeito. A diretora da Faculdade Euclides da Cunha (FAEC) Professora Mestra Rosimeire Ferreira dos Anjos, pela sua capacidade de liderança, resiliênncia e dedicação. Aos professores, pela paciência, pelas correções e pelos ensinamentos que possibilitaram desenvolver o meu melhor durante o processo de formação profissional ao longo da licenciatura. A Coordenadora do curso de Pedagogia Professora Mestra Gabriela Barbosa pela sua empatia, paciência, amizade, confiança e sua incansável dedicação. Ao Orientador de Estágio Professor Mestre José Orestes Lopes de Souza Moura por compartilhar sua experiência, por sua amizade e pelo suporte dado com suas correções e incentivos durante todo processo de Estágio. Sou grato aos meus familiares por me incentivar e por lutar junto comigo todos os dias pelo meu sonho. Agradeço também aos meus amigos por entenderem os momentos de ausência e por me apoiar quando necessário. Também agradeço aos meus amigos e colegas da faculdade, principalmente ao meu grupo “Veteranos” que compartilharam dos inúmeros desafios que enfrentamos, sempre com espírito colaborativo, com muita paciência e com muitas risadas. “Ensinarás a voar, mas não voarão o teu voo. Ensinarás a sonhar, mas não sonharão o teu sonho. Ensinarás a viver, mas não viverão a tua vida. Ensinarás a cantar, mas não cantarão a tua canção. Ensinarás a pensar, mas não pensarão como tu. Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem, estará a semente do caminho ensinado e aprendido.” (Santa Teresa de Calcutá) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 7 2. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO ................................................................................... 9 3. OBJETIVO GERAL................................................................................................................ 11 3.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS ................................................................................................ 11 4. ETAPAS DO ESTÁGIO......................................................................................................... 12 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: A EDUCAÇÃO E O CAMPO DO ESTÁGIO ................................................................................... 14 6. ATIVIDADES DE REGÊNCIA .............................................................................................. 21 6.1 ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE AULA ........................................................................... 21 7. REGÊNCIA: AS VÍDEOS AULAS COMO POSSIBILIDADE: MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID – 19 ................................................................................ 31 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................. 33 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 34 APÊNDICES .................................................................................................................................. 35 7 1. INTRODUÇÃO O curso de Licenciatura em Pedagogia ofertado pela Faculdade Euclides da Cunha (FAEC) proporciona oportunidades únicas de construção de conhecimento crítico e fundamentado na teoria da educação e ainda possibilita compartilhamento de experiências e conhecimentos. Deste modo, entende-se que a formação do docente deve passar pelo caminho da pesquisa e extensão, reflexão-ação, base teórica e prática, assim sendo, a disciplina obrigatória de Estágio no Ensino Fundamental – Ano Iniciais favorece a conexão da teoria com a prática docente. Atualmente nos deparamos com a maior pandemia da história recente da humanidade causada pelo cientificamente conhecido como SARS-CoV-2 a que refere-se a uma infecção respiratória aguda grave e de distribuição global que dispõe alta transmissibilidade por meio de gotículas respiratória e contato com objetos com superfícies contaminadas. Essa situação excepcional e emergencial ocasionada pela COVID-19 que até o atual momento matou mais de cinco milhões de pessoas no mundo acionou transtornos de natureza complexa e de varias dimensões afetando padrões políticos, econômicos, educacionais e sociais, atingindo diretamente o modo de vida de bilhões de pessoas no mundo. Deste modo, se fez necessário suspender as aulas no município de Euclides da Cunha, fazendo com que o componente de Estágio no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, da Faculdade Euclides da Cunha (FAEC) fosse adaptado de modo que essa atividade acontecesse de forma remota, adaptação essa que foi aprovada pelos órgãos competentes da Instituição que está localizada na Rua José Lima Santos, 148, Centro, Município Euclides da Cunha, CEP 48500-000, Bahia, que mediante essa situação pandêmica se tornou a unidade concedente para que não existisse prejuízo no andamento do curso de Licenciatura em Pedagogia. O Estágio do Ensino Fundamental – Anos Iniciais trás como objetivo desenvolver os conhecimentos e competências proporcionados pelo alinhamento entre a teoria e a prática alicerçada na resiliência necessária para vivenciar as experiências oportunizadas pelas ações pedagógicas mediante a situação atual da educação remota em decorrência da pandemia causada pela COVID-19 que transcendem as salas físicas e que desafiam o graduando para além da compreensão dos fenômenos presente na educação, em conhecimentos, 8 habilidades e competências docente, na produção de um produto de qualidade que possa ser ofertado para os agentes da educação. Nesta perspectiva, os apontamentos no tocante a preparação para excução do Estágio no Ensino Fundamental – Anos Iniciais tem início com as leituras e direcionamentos teóricos, fundamentados nos documentos oficiais e pensadores da educação, até a conclusão com a produção de vídeos aulas realizadas pelos graduandos seguindo o norte ofertado pelas observações e orientações que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trás, além das considerações e reflexões que foram construidas durante o processo academico.9 2. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO O componente curricular de Estágio no Ensino Fundamental – Anos Iniciais é uma etapa que vai além da obrigatoriedade, na verdade, sua contrbuição é imensurável para a formação do licenciando em Pedagogia, visto que é uma experiência que da o privilégio ao graduando de articular a teoria e a prática e ainda permite experienciar as etapas no tocante a docência, para que isso seja possível, se faz necessário que os graduandos tenham contato com os espaços educacionais para que através da experiência direta com o chão da sala de aula possam desenvolver sua habilidades e possam adquirir o saber docente. A razão básica do Estágio supracitado esta intrinsecamente ligada entre o ensino, a pesquisa e extensão da mesma concpeção que são inseparáveis as fases que constitui todo o processo educacional. Contudo, o surto pandemico causado pelo agente patogênico respiratório conhecido como novo Coronavírus (SARS-Cov- 2), que tem alta transmissibilidade tanto pelo ar como pela contaminação cruzada via contato com superfíceis que contenham esse patógeno, esta conjuntura ocasionou transtonos de natureza complexa e de várias dimensões afetando padrões políticos, econômicos, sociais e educacionais. Dessa forma, no tocante a educação, todos os agentes envolvidos no processo educacional (Alunos, Professores, Diretores, Coordenadores) foram obrigados a ressignificar-se em pouco tempo todos os sua rotina educacional com o objetivo de preservar sua vida e de fazer com que a educação continuasse seu persurso com o minimo de prejuizo possível. Todas essas ações modificaram a forma que se apresenta a educação, dado que o ensino passou a ser ofertado de forma remota com aulas síncronas e assíncronas. A Faculdade Euclides da Cunha (FAEC) não ficou alheia a essa situação ocasionada pela pandemia da COVID – 19, as aulas começaram a ser ofertadas síncronicamente através da plataforma digital: Google Meet1. No tocante a construção do arcabouço teórico para atuação no componente curricular de estágio, as aulas foram ministradas pelo Professor Orientador José Orestes Lopes de Souza Moura alicerçadas nas leituras e estudos que norteiam as práticas docentes colaborando com direcionamentos pedagógicos para atuação do graduando no tocante ao Estágio no Ensino fundamental nos Anos iniciais. No que se refere a 1 Google meet é uma plataforma de videoconferências do Google. 10 atuação do discente no desenvolvimento do estágio, o orientador do componente curricular possibilitou e incentivou a atuação independente, proativa e autônoma durante o processo de aquisição da teoria para a execução no produto final que são as vídeos aulas e o presente relatório. Durante o semestre 2021.2 muitos foram os desafios e as incertezas causada pandemia ocasionada em decorrência do novo coronavírus, para preservação da saúde a Organização Mundial da Saúde (OMS) orientou toda população a manter o distanciamento social, ocasionando assim um sentimento de solidão e dúvida acerca da capacidade do estudante de desenvolver um trabalho digno da sua formação, além de que, o fechamento das escolas priva o licenciando de experienciar todos os aspectos sociais e contribuições que existem dentro da instituição escolar, mas, além dos problemas, a pandemia serviu como via para incentivar o graduando a ser criativo e buscar soluções inovadoras para desenvolvimento das atividades acadêmicas. Contudo, ainda com todos as particularidades atípicas provocadas pelas incertezas e dificuldades motivas pela pandemia, o Componente Curricular de Estágio do Ensino Fundamental nos Anos Iniciais aconteceu da melhor forma possível, sem grandes prejuízos para os licenciandos, respeitando as especificidades que cada discente carrega e ainda contou com o apoio colaborativo de todos colegas e profissionais da instituição concendente, à Faculdade Euclides da Cunha – FAEC. 11 3. OBJETIVO GERAL Desenvolver os conhecimentos e competências proporcionados pelo alinhamento entre a teoria e a prática do Estágio no Ensino Fundamental – Anos Iniciais. 3.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS Empregar os saberes adquiridos durante os diferentes componentes curriculares presente ao longo do caminho da formação docente. Vivenciar as experiências oportunizadas pelas ações pedagógicas mediante a situação atual da educação remota em decorrência da pandemia causada pela COVID-19. Experimentar as diferentes etapas no tocante ao campo de atuação docente desde a elaboração de planos de aula à execução através das vídeos aulas. 12 4. ETAPAS DO ESTÁGIO O Estágio no Ensino Fundamental – Anos Iniciais realizado pelos licenciandos em Pedagogia da Faculdade Euclides da Cunha no ano de 2021 foi engendrado de modo que respeitasse as especificidades impostas pelo momento pandemico, seguindo as orientações de preservação da vida orientadas pela Organização Mundial de Saúde, que nortearam o distanciamento físico. Destarte foi possível a realização da proposta do componente curricular obrigatório na etapa do Ensino Fundamental nos Anos iniciais que contém a carga horária de 120 horas. As orientações para estagiar foi alicerçada nos direcionamentos dos órgãos competentes da Instituição Concedente, Faculdade Euclides da Cunha – FAEC. As instruções encaminharam os graduandos a serem proativos e autônomos no tocante as realizações de estudos relacionados às práticas docentes, da mesma forma que fomentou a pesquisa acerca das aplicações metodológicas necessárias para gravação das vídeos aulas e ainda contou com a leitura para construção do arcabouço teórico que foi porposto pelo Orientador do componente curricular. Nesta perspectiva, o estágio no Ensino Fundamental foi engendrado de forma acessível, baseada nos primórdios do respeito à autonomia dos estudantes e do compromisso com a construção de um produto de qualidade que possa ser ofertada a comunidade de forma que possa contribuir para formação de cidadãos comprometidos, críticos e conscientes, ideias essas alicerçadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação no artigo 22, o qual diz que: “A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (BRASIL, 1996). A configuração que a educação foi obrigada a seguir devido pandemia impactou diretamente os direcionamentos para execução do estágio curricular e também as estruturas didáticas e pedagógicas, contudo, o estágio tem inicio com as leituras propostas pelo Professor Orientador José Orestes Lopes de Souza Moura presente na ementa do curso como conteúdo programático, direcionando reflexões sobre a educação com as aulas expositivas e relatos de experiências para colocar em prática a leitura de mundo e utilizar os conhecimentos prévios que os graduandos carregam consigo, visto que: Ler o mundo significava mais do que 13 decifrá – lo; implica o reconhecimento da possibilidade de alterá – lo.” (FREIRE; RIBEIRO; TEIXEIRA, 2011, p. 23). No que se refere às gravações das aulas, foi desenvolvidas partindo de um planejamento de aula iluminados pelo objeto de conhecimento, pelas habilidades, unidade temática e competência geal presente na Base Nacional Comum Curricular, onde norteia que “Parte do trabalho do educador é refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar o conjunto das práticas e interações, garantindo a pluralidade de situações que promovam o desenvolvimento pleno das crianças.” (BNCC, 2019, p.39). As produções das vídeos aulas aconteceram em etapas, advindo com a organização do material para ser utilizado nas aulas, a criação de um cenário e de um roteiro que cumpra com as metas dasaulas e que seja capaz de alcançar os objetivos préviamente estabelecidos. No que se refere ao relatório de estágio, foi requisitado a todos estudantes, com a finalidade de incentivá-los a fazer reflexões acerca da caminhada acadêmica, da formação docente e que mesmo com as adequações devidas em decorrência da pandemia causada pela COVID-19. As situações supracitadas possibilitaram uma reflexão acerca da realidade educacional brasileira durante o contexto remoto e as dificuldades que os estudantes estão enfrentando em um país com tanta desigualdade social e com poucas ações para sanar tais dificuldades. Referente as adversidades descobertas no percurso de execução do estágio, boa parte foi encontrada devido ao fato de que poucos graduandos possuíam habilidades tecnologicas para gravação e edição das vídeos aulas, além de que o afastamento social impossibilitou o contato direto com os alunos impossibilitando o desenvolvimento pleno das habilidades que o componente curricular viabiliza. Já que “se produz na interação dos cursos de formação com o campo social, no qual se desenvolvem as práticas educativas" (ALMEIDA; PIMENTA, 2014, p. 09). 14 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: A EDUCAÇÃO E O CAMPO DO ESTÁGIO O Estágio no Ensino Fundamental – Anos Iniciais é uma peça primordial na formação do licenciando em Pedagogia devido a sua natureza de extensão no campo de atuação docente observando a relação existe no campo educacional entre as instituições formadoras e a conjuntura de atuação do futuro Professor. Segundo Almeida e Pimenta (2014) o estágio “envolve estudos, análise, problematização, reflexão e proposição de soluções para o ensinar e o aprender e compreende a reflexão sobre as práticas pedagógicas, o trabalho docente e as práticas institucionais, situadas em contextos sociais, históricos e culturais” (ALMEIDA; PIMENTA, 2014, p. 29). Durante o curso de Licenciatura em Pedagogia o discente tem acesso a uma formação que contempla várias atividades com disciplinas de Teoria e Metodologias de Ensino, sendo orientado por professores capacitados, que contemplam discussões sobre atuação docente, papel da coordenação pedagógica e de gestão nas instituições escolares. Destaca-se, de forma similar, os pontos de práticas pedagógicas, cujo alguns princípios se alicerçam na relação professor – aluno que se posicionam sobre a mobilização dos saberes previamente alcaçados de ambas as partes ainda na mobilização e utilização desses saberes em situações de ensino e aprendizagem e no respeito que englobam os agentes educacionais e na abertura para um diálogo que seja capaz de fazer com que o ponto de vista seja compreendido, como destaca Paulo Freire: Testemunhar a abertura aos outros, a disponibilidade curiosa à vida, a seus desafios, são saberes necessários à prática educativa. Viver a abertura respeitosa aos outros e, de quando em vez, de acordo com o momento, tomar a própria prática de abertura ao outro como objeto da reflexão crítica deveria fazer parte da aventura docente. A razão ética da abertura, seu fundamento político, sua referência pedagógica; a boniteza que há nela como viabilidade do diálogo. (FREIRE, 1996, p. 153). Essa abertura para o diálogo respeitoso destacado pelo educador Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia é capaz de promover um questionamento crítico acerca da realidade presente no contexto social em que os indivíduos estão inseridos, observando os saberes adquiridos nas práticas do dia a 15 dia e ainda relacioná-los com os saberes obtidos durante a caminhada acadêmica, o que sustenta a leitura da realidade, visto que: Educar é promover a capacidade de ler a realidade e de agir sobre ela, promovendo a transformação social. Para isso, a educação, numa perspectiva emancipadora e libertadora, não pode se dar alheia ao contexto do educando, nem o conhecimento pode ser construído ignorando o saber dos alunos. Daí a importância da Leitura do Mundo (ANTUNES; PADILHA, 2010, p. 49). A atuação no Estágio possibilita ponderações que servirão de alicerce para construção do saber docente, claro que, observando os objetivos traçados pelos componentes curriculares. Uma conduta crítica/reflexiva possibilitará a construção de conhecimentos fundamentais para prática docente absorvendo os estudos teóricos. O que Alarcão (2005, p.41) salienta: “A noção de professor reflexivo baseia-se na consciência da capacidade de pensamento e reflexão que caracteriza o ser humano como criativo e não como mero reprodutor de ideias e práticas que lhe são exteriores”. As ações formativas presentes no Estágio proporciona reflexões e problematizações que fomentam as práticas didáticas pedagógicas no processo de ensino e aprendizagem contidas nas ações colaborativas dos envolvidos no processo educacional. Essas ações norteiam a concepção formativa de extenção prática de aplicações dos conhecimentos teóricos, tanto na execução do estágio como no sobrepujamento da dicotomia presente nas relações com a possibilidade de coordenar o estágio com a pesquisa que se torna eixo na formação docente. Analisando que sem pesquisa não exise prática. Como diz Freire: “Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.” (FREIRE, 1996, p.32). Para se tornar professor é exigido uma formação inicial que se mantenha de forma continuada. Na suma é um processo que se contempla de ressifignação, reflexão como ja foi supramencionado e ainda uma ininterrupta construção de conhecimento e uma espécie de metamorfose tanto nos quesitos profissionais como também no pessoal. “Os docentes principiantes necessitam ter um conjunto de ideias e habilidades críticas, assim como a capacidade de refletir, avaliar e aprender 16 sobre seu ensino, de tal forma que melhorem continuamente como docentes.” (VAILLANT; MARCELO, 2012, p. 127). Um dos aspectos presentes no componente curricular de Estágio é a relação presente entre o curso de licenciatura e a educação básica, possibilitando uma experiência que viabilizará uma compreensão sobre as duas esferas. Destarte, durante a realização do estágio, todos envolvidos “se colocam atentos aos nexos e às relações que se estabelecem e a partir dos quais poderão realizar as articulações pedagógicas e perceber as possibilidades de se realizar pesquisas entre eles, tendo os problemas da escola como fenômenos a serem analisados, compreendidos e mesmo superados” (PIMENTA; LIMA, 2011, p. 29). O curso de licenciatura em Pedagogia contém vias que possibilita a análise sobre as práticas educacionais, a reflexão-ação, desta maneira, o pedagogo em formação tem acesso ao viés teórico e prático, que envolve o ensino, a pesquisa e a extensão. O exercicio da prática nos mais diversos ambientes escolares (que além do ambiente físico que é a escola, existe o ambiente virtual, que ficou com maior evidencia devido a necessidade imposta pela pandemia) possibilitam uma análise acerca da realidade educacional e ainda a proposição das atividades elucidades pelas discussões teóricas. O advento da reflexão/ação no caminho profissional potencializa a produção de cunho responsável sobre a construção da idenditade docente, que por não ser enrijecida e estar em contínua reconstrução e ressignificação baseada nos saberes cientifícos e pedagógicos. Essa melhoria “é uma reconstrução que tem uma dimensão espaçotemporal, atravessa a vida profissional desde a fase da opção pela profissão até à reforma, passando pelo tempo concreto da formação inicial e pelos diferentes espaços onde a profissão se desenrola” (MOITA, 2000, p. 115-116). A construção profissional na verdade é processo lapidação das aprendizagens e a absorvição das características dos orientadores que colaboram com a caminhada e impactamdiretamente no modo de ser, de viver, de pensar e agir sobre os indivíduos. O que par Moita é o processo de construção da identidade profissional própria não é estranho à função social da profissão, ao estatuto da profissão e do profissional, à cultura do grupo de pertença profissional e ao contexto sociopolítico em que se desenrola”. (MOITA, 2000, p.116). A reflexão sobre a 17 identidade e a vida profissional encaminha para uma dimensão de autoescuta de si mesmo, como se estivesse contando para si próprio suas experiências e as aprendizagens que construiu ao longo da vida, através do conhecimento de si” (SOUZA, 2006, p. 47). No tocante ao campo de atuação do Estágio que é o Ensino Fundamental, nos seus anos iniciais, a Lei de Diretrizes e Base (LDB) sancionada em 1996, em seu artigo 21, na lei 9394/96, trás que a educação está dividida em duas etapas: Educação Básica e Educação Superior. A educação básica se divide em três etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Quanto ao Ensino Fundamental, segundo a constituição de 1988 onde direciona o Estado a assumir as responsabilidades educacionais, no intuito de garantir os direitos individuais e coletivos da população, assumindo o papel de responsável pelos princípios democráticos. De modo que assegurasse o ensino gratuito a todos os públicos, colocando como obrigatório o Ensino Fundamental e ainda definindo a creche e a pré-escola como um direito a todas as famílias e um dever do Estado. A Lei de Diretrizes e Base trás em seu artigo 32 que: O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 2017). Destarte, revela-se duas vertentes acerca dessa etapa da educação básica, de um lado existe a concepção de crianças e da infância, visto que mesmo que os estudantes tenham avançado a etapa da educação infantil, ainda são crianças e Charlot (2000) elucida que as crianças são sujeitos socias e históricos, ainda acrescento que eles são ativos e gostam de envolver-se nas atividades. Desconsiderar esse potencial participador dos alunos no que diz respeito a construção do conhecimento redireciona o professor a atuação da Pedagogia 18 Tradicional, visto que, considera a criança uma folha em branco, um banco vazio e o trata como desconhecedor do saber. Como desta a Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira, a criança deve ser inserida no Ensino Fundamental nos Anos iniciais com 06 anos de idade, corroborando com a ideia trazida por Charlote que foi referido acima Kramer elucida que a criança enquanto sujeito histórico, que vive a infância e se coloca como ser desbravador do mundo: Reconhecemos o que é específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Esse modo de ver as crianças favorece entendê-las e, também, ver o mundo a partir do seu ponto de vista. A infância, mais que estágio, é categoria da história: existe uma história humana porque o homem tem infância. (KRAMER, 2007, p.15). A educação deve respeitar cada etapa da vida, da mesma forma que não podemos esperar que uma arvore de frutos fora do seu tempo, não podemos esperar que as crianças desenvolvam habilidades fora da sua construção, precisasse entender cada estágio do crescimento, não pode tratar a criança como um adulto em miniatura. O filosofo Rousseau destaca: A natureza quer que a criança seja criança antes de serem homens. Se quisermos perverter essa ordem, produziremos frutos temporãos, que não estarão maduros e nem terão sabor, e não tardarão em se corromper, teremos jovens doutores e crianças velhas. (ROUSSEAU, 2014, p 91-92). Na citação acima, Rousseau deixa claro que aceleração do processo de desenvolvimento da criança vai ter como resultado, homens que não terão entendimento sobre si e que serão facilmente corrompidos e infelizes. À visto disso, o docente tem que incrementar na sua práxis pedagógica a ludicidade e as ocasiões que permitam as crianças brincarem, à luz que é por essa manifestação divertida que a criança produz cultura e constrói sua identidade. Nos jogos e brincadeiras os alunos significam cenas do cotidiano, solucionam conflitos, ressignificam coisas, criam histórias e ainda desenvolvem as habilidades e a construção do conhecimento. Referente a atuação docente, deve problematizar situações e potencializar a reflexão sobre as ações e a brincadeira, assim, os professores e os 19 alunos fundamentam o conhecimento através da interação, tornando a criança um ser ativo e que está em incessante aprendizagem. Cabe aqui ressaltar que, que cada criança tem sua específicidade, são níveis de interação diferente, realidades distintas e isso faz necessário que as aulas contenham estímulos diferenciados para que todos os alunos consigam ter uma participação efetiva e autônoma no seu processo de construção de conhecimento. Ao observar a atuação no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, Pietrobom (2019, p.15) destaca que: A prática pedagógica nos Anos Iniciais requer do professor um olhar diferenciado em relação aos seus alunos, pois estes são crianças. E como crianças requerem espaço para a brincadeira e a ludicidade. Nesse caso, propostas como jogos, brincadeiras cantadas, músicas infantis, livros de boa qualidade, são elementos que podem promover o desenvolvimento das mesmas em vários aspectos, e pode auxiliar, de forma interdisciplinar no desenvolvimento dos conteúdos e componentes curriculares. (PIETROBON, 2019, p. 15). Com tudo, o momento atual de incertezas e dificuldades impostas pela pandemia levou o estágio na direção de adaptação para a realidade de fechamento das escolas e suspensão das aulas presenciais. Todos os aspectos de ludicidade, brincadeiras, jogos, atuação reflexiva, aulas que potencialize as habilidades dos estudantes, aulas que sejam colaborativas entre professor-aluno-família, todas essas questão fomentaram a prática pedagógica nos anos de 2020 e 2021. E mesmo com o momento pandêmico o Estágio no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, não pode ficar alheio ao seu objetivo e ao seu papel na formação do Licenciando em Pedagogia, seu papel continua o mesmo, ele Consiste na orientação da prática pedagógica e seus princípios norteadores voltados à educação do escolar na faixa etária entre seis e dez anos, distinguindo em seus conteúdos a atenção às necessidades da infância. O direito à ludicidade, ao afeto e à vivência saudável, assim como o conhecimento, são conteúdos fundamentais para o desenvolvimento e a aprendizagem (ZYCH et al., 2016, p. 153). Por conseguinte, é indispensável que o licenciando tenha sua formação baseada na teoria, reflexão e ação, para problematizar a realidade escolar e de 20 trabalho docente, ainda com o acréscimo da realidade incerta durante o momento atual e no pós pandemia, onde a reflexão sobre a indispensabilidade do estágio feita por Sandra Pietrobon se encaixa perfeitamente. É necessário que o acadêmico, enquanto professor que está em formação, entenda as especificidades do estágio como um meio para encontrar soluçõespara a superação de dificuldades relacionadas ao ensino-aprendizagem, sendo que o estágio curricular é um momento de se refletir sobre as teorias e aliar à prática, de modo que ambas constituam-se reciprocamente. Não se pode pensar numa prática esvaziada de fundamentos teóricos, assim como não se pode pensar em uma teoria que não tenha nascido da prática, há que se considerar esse movimento dialético, de idas e vindas, sendo que nesse caminho novos saberes são elaborados pelos professores, mas como algo próprio de cada um, como algo que lhes pertence e faz parte do cotidiano (PIETROBON, 2009, p. 32. grífo meu). De todo modo, o graduando deve observar que a atuação no estágio não pode ocorrer sem o devido respaldo teórico, baseada simplesmente no senso comum somente para cumprir com a obrigatoriedade do curso de Licenciatura em Pedagogia, na verdade, o componente curricular deve ser desenvolvido com críticidade e reflexão para que as experiências vividas façam diferença na sua atuação como professor. A parte de absorvição da teoria, da pesquisa e extensão e da prática prontamente dita, vai causar impactos diretos na sua carreira profissional e vai aparecer de forma interligada na sua práxis pedagógica. Assumindo essa perspectiva é indispensável conceber o processo de formação e atuação como vertente de novas aprendizagens e aquisição de experiência para todos os públicos envolvidos, professores, orientadores, estagiários e ainda para todas as crianças. 21 6. ATIVIDADES DE REGÊNCIA 6.1 ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE AULA 01. Identificação Faculdade Euclides da Cunha – FAEC Professor Orientador de Estágio: José Orestes Moura Estagiário: Lucas Souza da Silva Componente Curricular: Ciências Série/Ano: 3° Plano de aula n° 01 02. Unidade Temática Vida e evolução 03. Competência Geral Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 04. Habilidades (EF03CI06) Comparar alguns animais e organizar grupos com base em características externas comuns (presença de penas, pelos, escamas, bico, garras, antenas, patas etc.). 05. Objeto de Conhecimento Características e desenvolvimento dos animais 06. Conteúdos Os Animais 07. Prática didática pedagógica – Procedimentos Metodológicos A aula terá inicio com uma mensagem de acolhida para incentivar a participação e receber a atenção por parte do aluno. Dando sequência será apresentado de forma expositiva o conteúdo da aula de hoje e com questionamentos os alunos serão direcionados a observar as caracteristicas dos animais. 08. Recursos Celular Fone de ouvido 22 Lápis Material encontrado na internet 09. Avaliação A avaliação será processual em cada etapa do vídeo, analisando a desenvoltura e a capacidade de dar orientação aos estudantes que estão acompanhando a aula. 10. Referências YAMAMOTO, Ana Carolina de Almeida. Buriti mais: ciências – Ensino Fundamental – anos iniciais, 3° ano. 1° ed. São Paulo: Moderna 2017 23 01. Identificação Faculdade Euclides da Cunha – FAEC Professor Orientador de Estágio: José Orestes Moura Estagiário: Lucas Souza da Silva Componente Curricular: Geografia Série/Ano: 3° Plano de aula n° 02 02. Unidade Temática Conexões e escalas 03. Competência Geral Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. 04. Habilidades (EF03GE04) Explicar como os processos naturais e históricos atuam na produção e na mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus lugares de vivência, comparando-os a outros lugares. 05. Objeto de Conhecimento Paisagens naturais e antrópicas em transformação 06. Conteúdos Paisagens 07. Prática didática pedagógica – Procedimentos Metodológicos A aula terá inicio com uma mensagem para acolher os alunos e conseguir chamar sua atenção, dando sequência a aula será expositiva, mostrando imagens de diversos tipos de paisagens e direcionando os alunos para observar as características de cada foto. 08. Recursos Celular Fone de ouvido Imagens da internet 24 09. Avaliação A avaliação ocorrerá de forma processual observando a capacidade de orientação e exposição do tema da aula do dia. 10. Referências JOMAA, Lina Youssef. Buriti mais: geografia – Ensino Fundamental – anos iniciais, 3° ano. 1° ed. São Paulo: Moderna 2017 25 01. Identificação Faculdade Euclides da Cunha – FAEC Professor Orientador de Estágio: José Orestes Moura Estagiário: Lucas Souza da Silva Componente Curricular: Arte Série/Ano: 3 Plano de aula n° 03 02. Unidade Temática Artes visuais 03. Competência Geral Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades. 04. Habilidades (EF15AR02) Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.). 05. Objeto de Conhecimento Elementos da linguagem 06. Conteúdos Observando a Arte 07. Prática didática pedagógica – Procedimentos Metodológicos A aula terá inicio com uma mensagem para acolher os alunos e conseguir chamar sua atenção, dando sequência a aula será expositiva, mostrando imagens de diversos tipos de artes e direcionando os alunos para observar as características de cada foto sua linha, forma, cor, espaço, movimento. 08. Recursos 26 Celular Fone de ouvido Imagens retiradas da internet 09. Avaliação A avaliação ocorrerá de forma processual observando a capacidade de orientação e exposição do tema da aula do dia. 10. Referências 27 01. Identificação Faculdade Euclides da Cunha – FAEC Professor Orientador de Estágio: José Orestes Moura Estagiário: Lucas Souza da Silva Componente Curricular: Educação Física Série/Ano: 3 Plano de aula n° 04 02. Unidade Temática Brincadeiras e Jogos 03. Competência Geral Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo. 04. Habilidades (EF35EF01) Experimentar e fruir brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo, incluindo aqueles de matriz indígena e africana, e recriá-los, valorizando a importância desse patrimônio histórico cultural. 05. Objeto de Conhecimento Brincadeiras e jogos populares do Brasil e do mundo 06. Conteúdos Brincadeiras tradicionais 07. Prática didática pedagógica – Procedimentos Metodológicos A aula terá inicio com uma mensagem para acolher os alunos e conseguir chamar sua atenção, dando sequência a aula será expositiva, mostrando imagens de jogos e brincadeiras tradicionais e direcionando os alunos para observar as características desses jogos e utilizar seus conhecimentos prévios. 08. Recursos Celular Fone de ouvido Imagens retiradas da internet 28 09. Avaliação A avaliação ocorrerá de forma processual observando a capacidade de orientação e exposição do tema da aula do dia. 10. Referências 29 01. Identificação Faculdade Euclides da Cunha – FAEC Professor Orientador de Estágio: José Orestes Moura Estagiário: Lucas Souza da Silva Componente Curricular: Ensino Religioso Série/Ano: 3 Plano de aula n° 05 02. Unidade Temática Identidades e alteridades 03. Competência Geral Compreender, valorizar e respeitaras manifestações religiosas e filosofias de vida, suas experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios. 04. Habilidades (EF03ER01) Identificar e respeitar os diferentes espaços e territórios religiosos de diferentes tradições e movimentos religiosos. (EF03ER05) Reconhecer as indumentárias (roupas, acessórios, símbolos, pinturas corporais) utilizadas em diferentes manifestações e tradições religiosas. 05. Objeto de Conhecimento Espaços e territórios religiosos 06. Conteúdos Espaços religiosos 07. Prática didática pedagógica – Procedimentos Metodológicos A aula terá inicio com uma mensagem para acolher os alunos e conseguir chamar sua atenção, dando sequência a aula será expositiva, mostrando imagens espaços religiosos e seus fiéis e direcionando os alunos para observar as características indumentárias. 08. Recursos Celular 30 Fone de ouvido Imagens retiradas da internet 09. Avaliação A avaliação ocorrerá de forma processual observando a capacidade de orientação e exposição do tema da aula do dia. 10. Referências 31 7. REGÊNCIA: AS VÍDEOS AULAS COMO POSSIBILIDADE: MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID – 19 Na passagem entre a primeira e segunda década do século XXI, o mundo foi surpreendido pela propagação de um novo vírus letal e potencialmente pandêmico. O novo coronavírus, cientificamente chamado de SARS-CoV-2 ou COVID-19 foi disseminado em um curto período de tempo pelos diversos continente habitados, ocasionando um cenário de medo, insegurança. Diante dessa situação emergencial houve a necessidade de medidas de isolamento social para reduzir a contaminação, o que resultou na suspensão das aulas presenciais. Desde o início devido a essa situação totalmente excepcional todos ficaram atônitos com a nova realidade e ainda tendo que se adaptar a um contexto que não foi presenciado pela geração atual. Com essa situação atípica o Conselho Nacional de Educação (CNE) públicou o parecer n° 5 no ano de 2020 que foi aprovado no dia 28 de abril do mesmo ano onde reorganizou a educação em seu caledário escolar anual de forma que possibilitasse os agentes educacionais a atuação para o cumprimento de carga horária mínima e que essas práticas preservasse a qualidade de vida e as orientações da Organização Mundial da Saúde. Para oferta das aulas, alguns mecanismos foram inseridos no processo educacional, as aulas síncronas com ferramentas digitais de reunião em tempo real e as aulas assíncronas com as chamadas vídeos aulas. O fato de adaptação a situação de ensino remoto resultou na redaptação das práxis pedagógicas onde observando abismo social que foi potencializado pela pandemia da COVID – 19, o Ministério da Educação orienta Para pensar em soluções eficientes, evitar aumento das desigualdades, da evasão e da repetência, o Conselho recomenda que as atividades sejam ofertadas, desde a educação infantil, para que as famílias e os estudantes não percam o contato com a escola e não tenham retrocessos no seu desenvolvimento. "Estamos fazendo todos os esforços no sentido de dar boas soluções ou mitigações às aflições que estão na ponta, das aflições das redes de ensino dos estados e dos municípios", disse a secretária de Educação Básica, Ilona Becskeházy (Portal MEC, 2020). Essa introdução de vídeos aulas como possibilidade nesta condição pandêmica se apresenta como desafio diário na realidade dos professores e alunos. Longe do espaço físico da sala de aula, esses recursos digitais ganharam 32 visibilidade e evidenciaram pontos positivos e negativos de sua aplicação na educação. A comunicação de forma assíncrona, pelas vídeos aulas permite o acompanhamento dos alunos de forma mais autonoma, com a flexibilização do horário e até do local. As vídeos aulas possibilitam uma flexibilidade que permitem a imposição de um ritmo ensino e de construção da aprendizagem. Outro ponto primordial é a acessibilidade, que na verdade se apresenta como uma dicotomia. De um lado se apresenta como uma vertente de acesso ao mesmo conteúdo por diversos alunos que tenham acesso a internet. De outro lado, existe a exclusão dos alunos que não detém do poder aquisitivo para compra de materias que possibilitem o acesso das vídeos aulas. Além desses pontos, a necessidade do distancimento social e do isolamento, colocam as aulas assíncronas como um ambiente de aprendizagem solitário, individualista e sem o contato social, impossibilita trabalhos em grupo e a comunicação em tempo real. A efetividade das vídeos aulas conta com a capacidade de manter uma rotina de estudo por parte dos alunos, de um acompanhemento e participação colaborativa dos pais e responsáveis e de uma exposição clara por parte dos professores. Observando todos esses pontos presentes na educação remota executadas com as vídeos aulas, o entendimento por parte dos agentes educacionais (Gestores, Coordenadores, Professores, Alunos, Pais) é de que essa forma de ensinar estabelece mesmo que minimamente um vínculo que é fundamental entre os alunos e a escola o qual serve como vertente para diminuição das lacunas criadas pela obrigatoriedade da paralisação das aulas presenciais. É evidente que a falta do contato social é prejudicial para a aprendizagem, deste modo, todos envolvidos na aula deves adaptar-se e muitas vezes se reinventar nesta situação adversa. O professor deve planejar suas aulas adptando suas orientações a realidade do ciberespaço. Os alunos devem reaprender uma nova forma de contato com o conhecimento e apartir daí desenvolver suas habilidades. A família deve assumir o papel mediador e se colocar como ponte para que os alunos tenham contato com as vídeos aulas. 33 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS A suspensão das atividades presenciais e a adoção do modelo de Ensino Remoto consistiram no envolvimento dos mais diversos sentimentos de incertezas e potencialização das dificuldades além da necessidade de adaptações das práticas educacionais, a ressifignicação das práticas de ensino e dos pensamentos acerca da forma que a educação brasileira se apresenta adiante da alta demanda acerca das habilidades inovadoras dos envolvidos no processo educacional. O Estágio no Ensino Fundamental – Anos Iniciais da Faculdade Euclides da Cunha (FAEC) não ficou isento a essa situação causada pelo momento pandêmico. As experiências adquiridas durante o estágio evidenciam problemas causados pela situação de Ensino Remoto e ainda abrem-se caminhos para construção da indentidade como formando no ensino superior. Esse caminho percorrido durante o ano de 2021 se coloca com dificil avaliação, visto que, as dificuldades e os momentos árduos vividos neste ano, provoca indagações sobre o futuro da educação no pós pandemia e como a vivência desse momento histórico poderia possibilitar a reinvenção da educação para subjugar todas essas lacunas criadas durante a pandemia da COVID-19. A necessidade de conhecer o papel docente que o componente curricular de estágio possibilita, não é algo simples para o licenciando, porque o sentimento de insegurança ao ter contato com um espaço de atuação novo, como é o Ensino Fundamental, demonstra a responsábilidade que vai além do ensinar a ler e escrever, mas se direciona para a colaboração de construção de valores e do compartilhamento de experiências com seus alunos. Apesar desse sentimento de insegurança ter o contato com o mundo educacional mesmo que de forma virtual movimenta o espírito de esperança na colaboração formativa que o professor assume para mudança do mundo. Contudo, o Estágio no Ensino Fundamental – Anos Iniciais oportunizou momentos reflexivos no que refere-se a construção docente, alicerçando nos conhecimentos préviamente construídos em conjunto com os componentes curriculares da grade da Licenciatura plena em Pedagogia e as expências forada instituição somado à prática do estágio no contexto atual. Concluí-se que os objetivos préviamente traçados foram alcançados durante o desenvolvimento do estágio supracitado e as experiências adquiridas foram de grande valia. 34 REFERÊNCIAS ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2005 ANTUNES, A.; PADILHA, P. R. Educação cidadã, educação integral: fundamentos e práticas. São Paulo: Paulo Freire, 2010. ALMEIDA, M. I. de; PIMENTA, S. G. Estágio Supervisionado na formação docente: Educação Básica e Educação de Jovens e Adultos. São Paulo: Cortez, 2014. BRASIL. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso 29 dez 2021. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Resolução nº. 4, de 13 de julho de 2010. Brasília: MEC, 2010. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2018. Disponível em:< http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 29. dez 2021. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. FREIRE; RIBEIRO; TEIXEIRA; Paulo; Darcy; Anisio. Rebeldes Brasileiro – Educadores que desafiam dogmas. Editora Caros Amigos. 2011 KRAMER, S. A infância e sua singularidade. In: BRASIL. Ensino fundamental de nove anos: passo a passo do processo de implantação. Ministério da Educação e Cultura, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ensino-fundamental-de-nove- anos Acesso em: 29 dez 2021. LDB : Lei de diretrizes e bases da educação nacional. – Brasília : Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017. MOITA, Maria da Conceição. Percursos de formação e de trans-formação. In. NÓVOA, Antònio. Vidas de professores (Org.). 2 ed. Porto: Porto Editora, 2000. PIETROBON, S. R. G. (org.). Estágio supervisionado curricular na graduação: experiências e perspectivas. Curitiba: CRV, 2009. ZYCH, A. C. et al. Prática do estágio curricular supervisionado no curso de Pedagogia. In: BUHRER, É. A. C.; TIUMAN, P. E. B. (orgs.). Formação docente: mais do que um estágio, um processo de transformação. Curitiba: CRV, 2016. ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da Educação. 4. ed. São Paulo: Martins fontes, 2014. SOUZA, Eliseu Clementino de. O conhecimento de si: estágio e narrativas de formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A; Salvador: UNEB, 2006. PIMENTA, S. G; LIMA, M. do S. L. Estágio e docência. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011. (Coleção docência em formação – Série saberes pedagógicos). VAILLANT, D.; MARCELO, C. Ensinando a ensinar: as quatro etapas de uma aprendizagem. Curitiba: UTFPR, 2012 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ http://portal.mec.gov.br/ensino-fundamental-de-nove-anos http://portal.mec.gov.br/ensino-fundamental-de-nove-anos 35 APÊNDICES Aula de Geografia sobre paisagens Aula de Geografia sobre paisagens Aula de Ciências sobre Animais Aula de Ciências sobre Animais 1. INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 3. OBJETIVO GERAL 3.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS 4. ETAPAS DO ESTÁGIO 5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS: A EDUCAÇÃO E O CAMPO DO ESTÁGIO 6. ATIVIDADES DE REGÊNCIA 6.1 ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE AULA 7. REGÊNCIA: AS VÍDEOS AULAS COMO POSSIBILIDADE: MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA EM TEMPOS DE PANDEMIA COVID – 19 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICES
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