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Aula 12 Incontinência Anal

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Queixa de qualquer perda involuntária de 
fezes ou flatos. Caracterizada pela incapacidade de se 
manter um controle fisiológico do conteúdo 
intestinal em tempo e local adequados. 
 Incontinência fecal: perda involuntária de 
fezes sólidas ou líquidas e inclui a incontinência 
passiva (soiling) sem sensação ou aviso, e a 
incontinência durante o coito com penetração 
vaginal. 
 Incontinência a flatos: perda involuntária de 
gases. 
 Urgência fecal ou retal: desejo súbito e 
urgente de defecar, difícil de ser adiado. 
 Incontinência de urgência fecal ou a gases: 
perda involuntária de fezes ou gases associada ao 
sintoma de urgência. 
 Defecação: processo coordenado de 
armazenamento e expulsão de fezes que depende do 
adequado peristaltismo intestinal, esfíncter anal 
interno e externo, MAP, e da pressão intra-
abdominal. 
 
 Incontinência Anal Sensorial: consiste na 
passagem de fezes sem a percepção do paciente, 
geralmente secundária ao prolapso retal e aos 
distúrbios neuropáticos. 
 Incontinência Anal Motora: os pacientes têm 
consciência da necessidade de evacuar, mas são 
incapazes de controlar a defecação. 
 
 Idade - Alterações anatômicas e fisiológicas 
associadas ao envelhecimento: 
o Baixa sensibilidade reto-anal; 
o Alterações no músculo puborretal e 
esfíncter externo; 
o Baixa complacência retal; 
o Degeneração do esfíncter anal interno. 
 Outros fatores de risco: sexo (feminino), 
limitações físicas, partos traumáticos, IU, prolapso 
dos órgãos pélvicos e hipoestrogenismo. 
 
INTESTINO GROSSO: 
 Formado por: cólon ascendente, cólon 
transverso, cólon descendente, cólon sigmoide e 
reto. 
 Reto: 2/3 reto e 1/3 canal anal. 
o Esfíncter anal interno: localizado entre o 
reto e o canal anal. 
o Esfíncter anal externo: localizado entre o 
canal anal e o ânus. 
o Ânus: porção final do reto. 
 
RETO: 
 Função: armazenamento das fezes; 
 Propriedade de complacência: capacidade de 
se estender para armazenar as fezes; 
 Possui receptores de estiramento que ficam 
na porção externa e captam o aumento do volume do 
reto de acordo com o enchimento do conteúdo fecal. 
o Função: avisar ao SNC que a 
complacência já chegou ao seu limite. 
 Reflexo retoanal inibitório: distensão retal 
progressiva, resulta no relaxamento do EAI e a 
contração simultânea do EAE. 
CANAL ANAL: 
 Receptores de sensibilidade: responsáveis por 
avisar que temos o desejo de evacuar. 
 Reflexo de amostragem: faz com que sejamos 
capazes de distinguir o conteúdo do canal anal – fezes 
X gases, sólido X líquido. 
ESFÍNCTER INTERNO: 
 Musculatura lisa: controle involuntário. 
 Inervação autônoma. 
o SNA simpático: L5; 
o SNA parassimpático: S1 – S3. 
 Função: responsável pelo fechamento do 
canal anal em repouso. 
ESFÍNCTER EXTERNO: 
 Músculo estriado: controle voluntário. 
 Inervação somática: 
o Nervo pudendo: S1 – S4. 
 Função: responsável pela manutenção da 
continência quando o conteúdo fecal encontra-se no 
canal anal. 
 
 Enchimento retal; 
 Distensão e inibição reflexa do EAI; 
 Conteúdo retal entra em contato com epitélio 
inervado do canal anal => informação sensorial => 
percepção e discriminação entre fezes e gases no 
canal anal; 
 Fezes ficam armazenadas no reto até a 
resolução de defecar ou até a complacência máxima; 
 EAI relaxa => contração do cólon e do reto 
=> EAE e puborretal relaxam; 
 Sinais aferentes: aumento da profundidade da 
respiração, fechamento da glote e contração do 
abdômen. 
 
 Suas fibras formam um anel ao redor da 
transição entre o reto e o ânus, que no repouso, 
mantém uma angulação aguda (90º - 115º) entre essas 
estruturas. 
 Inervação: nervo pudendo. 
 Ângulo retoanal. 
 Ativação: contração durante aumento da PIA 
e estiramento retal. 
 
 Função esfincteriana normal; 
 Integridade neurológica; 
 Sensação retal e anal preservada; 
 Volume e consistência das fezes; 
 Tempo de trânsito colônico normal; 
 Capacidade de armazenamento retal. 
 
 Mudança na consistência das fezes: 
o Abuso de laxantes; 
o Doenças inflamatórias do intestino; 
o Síndrome do intestino irritável. 
 Redução da complacência retal: 
o Retirada cirúrgica em casos de tumores. 
 Alterações da sensibilidade anal: 
o Neuropatias periféricas como DM. 
 Comprometimento do controle neurológico 
central: 
o AVE; 
o Demências. 
 Anormalidades no mecanismo esfincteriano: 
o Lesões obstétricas; 
o Iatrogenia cirúrgica; 
o Desordem neurológica desmielinizante; 
o Doenças inflamatórias. 
 Alterações cognitivas; 
 Imobilidade. 
 
HDA: 
 História: 
o Início dos sintomas; 
o Circunstâncias das perdas; 
o Frequência das evacuações e das perdas; 
o Urgência: tempo de aviso; 
o Quantidade perdida; 
o Uso de proteção; 
o Consistência das fezes; 
o Incontinência: líquidos/sólidos/gases. 
o Sintomas anais: hemorroidas, pruridos; 
o Hábitos alimentares; 
o Uso de enemas/supositórios. 
 História obstétrica/ginecológica/urológica; 
 Avaliação dos demais sistemas + avaliação 
cognitiva + avaliação musculoesquelética; 
 Cirurgias prévias; 
 Medicamentos (enfatizar laxativos); 
 Atividade física; 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
 Qualidade de vida: 
o Fecal Incontinence Quality of Life Scale 
(FIQLS); 
o Índice de Incontinência ou Escala de 
Wexner; 
o Fecal Incontinence Severity Index (FISI); 
o Diário semanal de funcionamento 
intestinal: horário, consistência, urgência 
para defecar, perda de fezes, consistência 
das fezes perdidas. 
EXAME FÍSICO: 
 Inspeção: 
o Liberações, fibroses; 
o Cicatrizes, hemorroidas; 
o Prolapso, hipotrofia; 
o Coloração, simetria. 
 Palpação: 
o Sensibilidade; 
o Pontos de tensão/dor: EVA; 
o Controle e coordenação dos MAP; 
o PERFECT (força, resistência, potência); 
o Identificação de áreas hipertônicas e 
hipotônicas. 
 
OBJETIVOS: 
 Melhorar o hábito intestinal; 
 Minimizar as incapacidades funcionais; 
 Informar os fatores capazes de provocar ou 
agravar a incontinência e as possibilidades 
terapêuticas; 
 Aumentar a capacidade funcional do AP, 
através da melhora da coordenação, força e 
Endurance muscular e da sensibilidade anorretal. 
TREINAMENTO PARA OS MAP: 
 Os exercícios propostos para IU também são 
indicados para a abordagem de pacientes com IA; 
 Conscientização/Aprendizado Motor (erros 
comuns): 
o Contração da musculatura abdominal, 
adutores de quadril e glúteos; 
o Parar de respirar; 
o Inspiração profunda elevando o corpo; 
o Forçar para fora. 
 Palpação anal: 
o Fundamental para feedback entre 
fisioterapeuta e paciente sobre a presença 
e qualidade da contração muscular; 
o Usar compressão de dedos da paciente. 
 Cinesioterapia com palpação digital – 
Parâmetros: 
o Tipo de exercício – Grau de tensão das 
contrações: 
 Contrações máximas: Fibras tipo 2. 
Comando: aperte o ânus como se 
fosse prender o xixi com o máximo 
de força usando apenas os músculos 
do períneo. 
 Contrações submáximas: Fibras tipo 
1. Comando: aperte o ânus como se 
fosse prender o xixi com 70% da 
força usando apenas os músculos do 
períneo. 
o Duração: a fadiga do EAE pode ser a 
principal causa pela IA (aumento 
progressivo do tempo de sustentação das 
contrações); 
 
o Repetições; 
o Períodos de repouso; 
o Progressão associada a resistência pela 
gravidade; 
o Frequência diária e semanal. 
o 1 sessão mensal com fisioterapia + 
programa domiciliar = EFETIVO. 
 Terapia Manual: técnicas de manipulação, 
mobilização: 
o Avaliar tecidos (elasticidade, pontos de 
dor e tensão); 
o Dessensibilização, inibição de trigger 
points, quebra de fibroses, liberação de 
aderências; 
o Feedback na reabilitação muscular e no 
ganho de consciência corporal. 
 Biofeedbacks – Efeitos: 
o Conscientização; 
o Evitar contração de músculos sinergistas; 
o Melhorar e treinar a contração; 
o Melhorar a sensação anorretal 
(manométrico); 
o Motivação; 
o Documentar progresso; 
 
o Fatores associados aos resultados mais 
significativos: 
 Treinamento com percepção da 
sensaçãoretal; 
 Inibição de músculos que aumentam 
a PIA; 
 Melhores resultados após 4 sessões, 
treinamento domiciliar e experiência 
do terapeuta (inferências). 
 Eletroestimulação: 
o Indicação: 
 Propriocepção: contração dos MAP; 
 Inibição da urgência. 
o Parâmetros: 
 Eletrodos: anal, vaginal, cutâneo; 
 Frequência: 
 Para inibição de urgência: 4Hz; 
 Para propriocepção: 50Hz. 
 Tempo: 15 a 30 minutos ou séries e 
repetições; 
 Mínimo de 3x/semana.

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