Buscar

AULA 05 - HABEAS CORPUS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

PRÁTICA SIMULADA V
Aluna: Larissa de Souza Barbosa. 
Matricula: 2018041236896
AULA 05 - HABEAS CORPUS
MM. DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
      		  NOME DO ADVOGADO, nacionalidade xxx, Estado Civil xxx, Advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº xxx, endereço eletrônico xxx, endereço profissional na Rua xxx, Cidade: xxx, Estado: xxx CEP: xxx, vem à presença de vossa excelência, com fulcro no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal e nos artigos 647 e 648 do CPP, para impetrar o presente
HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM MEDIDA LIMINAR
pelo procedimento especial, em favor de MATILDE, nacionalidade, estado civil profissão, portadora da cédula de identidade nº xxx, inscrita no CPF sob o nº xxx, com endereço eletrônico xxx, residente e domiciliado na Rua: xxx, Cidade:xxx, Estado:xxx, CEP: xxx, apontando como autoridade coatora o EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 10ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I - DOS FATOS
 	A paciente é genitora dos menores Jane e Gilson Pires, para os quais tem a obrigação de pagar pensão alimentícia no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), divido igualmente.
 	Nobre Julgadores, o que ocorre é que a paciente vem enfrentando dificuldades para retornar ao mercado de trabalho há aproximadamente um ano, o que a prejudica na prestação dos alimentos.
 	A falta da atividade laborativa resultou na impossibilidade de pagamento do valor de pensão estipulado, ou seja, a paciente não tem mais condições de arcar com os alimentos, logo, a mesma poderá ser presa injustamente e deixará de pagar, inclusive, os alimentos que sempre honrou.
Não bastante, mesmo a paciente justificando a falta de pagamento em razão do desemprego, a autoridade coatora determinou a prisão.
II - DA LIMINAR
Como já é sabido, a concessão de medida liminar fundamenta-se na presença de dois elementos justificantes, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora.
O fumus boni iuris resta claramente demonstrado quando da limitação imposta por lei processual, notadamente quanto ao débito alimentar de três meses e principalmente pelo fato da paciente ter justificado, de modo verídico, a impossibilidade de adimplir sua obrigação alimentar em face de doença e de estar afastada do mercado de trabalho há mais de 1 ano.
De outro giro, o periculum in mora consiste na possibilidade do decreto prisional ser executado, o que causará grave violação de direito, visto que o mesmo não guarda fundamento que o sustente. Ainda poderá agravar os problemas de saúde suportados pela paciente.
III - DOS FUNDAMENTOS
 		Consoante dispõe a Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso LXVIII, “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofre ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”.
		Portanto, diante dos fatos expostos acima, não resta dúvida a necessidade medida que ora se requisita.
 		O que ocorre é que a paciente foi apresentada como parte Ré num processo de execução de alimentos que busca o pagamento dos últimos 5 meses.
Contudo, o art. 911 do CPC leciona:
Art. 911. Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo.
 	Logo, como relatado acima , a paciente não apresenta condições de adimplir o débito por motivos alheios à sua vontade, não tendo fundamento a edição do decreto prisional, notadamente em seus artigos 528, §§ 2º ao 7º.
 		Assim, o direito da paciente foi violado vez que o § 7º do art. 528, combinado com o art. 911 e corroborado pela súmula 309 do STJ são claros em lecionar que a prisão civil é justificada pelo débito dos 3 últimos meses anteriores ao ajuizamento da ação, o que invalida o pedido feito na inicial que ora se ataca.
 		Vejamos o que discorre a SÚMULA 309 : 
O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo.
 		Nesse sentido já são os precedentes sobre o tema:
Habeas corpus. Prisão civil. Execução de Alimentos. Acordo de parcelamento descumprida. Natureza alimentar do debito não alterada. Último mandado de prisão não executao. Admissibilidade da coerção imposta. Ordem denegada, mas convertida excepcionalmente a prisão em regime domiciliar, conforme orientação do E. STJ, diante do atual quadro de enfrentamento da pandemia do vírus Covid-19. (TjSP: Habes Corpus Cível 2039195-60.2020.8.26.0000; Relator (a): Augusto Rezende; Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito Privado: Foro de Caieiras – 1ª Vara; Data do Julgamento: 05/10/2011; Data de Registro: 08/04/2020,#55677205)
 
 		Assim, por estes fundamentos, o decreto prisional não deve ser executado, vez que incorrerá em grave violação do direito da paciente e requer-se, dede logo, que seja concedido o presente pedido de habeas corpus para a manutenção da justiça.
IV - DOS PEDIDOS
 		Ante o exposto, requer-se:
1. a concessão da medida liminar para sustar o decreto prisional, determinando-se o recolhimento do mesmo;
2. a notificação da autoridade coatora para que preste informações;
3. a intimação do Ministério Público;
4. a concessão de Habeas Corpus preventivo com posterior expedição de alvará de salvo conduto em favor da paciente;
5. a juntada dos documentos que anexa-se à esta peça processual.
V - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC.
VI – DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil), artigo 291, do CPC/2015.
Termos que,
Pede Deferimento.
(Local e Data)
Advogado
OAB/UF

Outros materiais