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Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão em Santa Catarina

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EXCELENTÍSSIMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
 PARTIDO PROGRESSISTA, COM REPRESENTAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL, pessoa jurídica de Direito Privado, inscrita no CNPJ sob o número xxx, com sede na Rua X, representada por seu diretório Nacional, vem por meio do seu advogado infra assinado, conforme procuração anexa, vem a Vossa Excelência, com base no art. 102, I “a” e art. 103, P.2, da CRFB e 12-A da Lei 9.868/99, interpor:
 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (com pedido de medida liminar), pelo rito especial da Lei 9.868/99, por omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, em face da inércia quanto à edição de norma regulamentadora do disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal.
 I. Do objeto -Alega o Partido a omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, do dever de encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão geral anual, na mesma data e sem distinção de índices, da remuneração dos servidores públicos daquela unidade da Federação, conforme o disposto no art. 37, X, da Constituição Federal. A agremiação política afirma que a última revisão remuneratória ocorrida naquele Estado-membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003. Sustenta que os servidores acumulam, desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação. Assevera que, mesmo após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o Executivo Estadual pretenda cumprir o ditame ora destacado. Assim, configurado o comportamento omissivo do Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado tanto pelos reajustes pontuais concedidos a determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis orçamentárias dos últimos anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores, pretende propor ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do art. 37, X, da Carta Magna, bem como o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. Sr. Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei específico, destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos vencimentos.
 II. Da Legitimidade Ativa- O Partido Progressista com representação no Congresso Nacional, é parte legítima, para propor Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão por força do disposto no artigo 103,VIII - CF c/c 12-A da Lei. Além de, por outro lado, ter pertinência temática, na medida que a norma regulamentadora no artigo 37, X, da Constituição Federal, o qual prevê a revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina. Logo, trata-se de Partido Progressista que tem como objetivo a promoção dos direitos dos Servidores Públicos de Santa Catarina.
 IV. Da inconstitucionalidade- A falta de norma regulamentadora, de iniciativa do Governador do Estado de Santa Catarina, que regulamenta o reajuste anual dos seus servidores. Imprescindível, para o cabimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão a existência de um direito previsto na Constituição Federal que não possa ser exercido por ausência de lei específica e, no caso em tela, tal direito, pode ser encontrado no artigo 37, X, da CRFB/1988.
A. O texto Constitucional assegura a anualidade e a igualdade de condições de todos os servidores, sem distinção, devendo ocorrer por intermédio de lei específica, sob pena de violar o princípio constitucional da igualdade (artigo 5º da CRFB/88).
B. O Governador afronta também, ainda que indiretamente, os preceitos constitucionais estribados no artigo 6º, caput, da CRFB, direitos sociais do cidadão como educação, saúde, lazer etc, não apenas para per si, mas também para sua família;
C. Incorre, ainda, em crime de responsabilidade, posto que atenta contra o cumprimento da Constituição Federal, situação que se enquadra no artigo 85, inciso, VII, da CRFB/88.
V. Da Medida Cautelar – Art. 12-F. - decisão da maioria absoluta de seus membros. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22 da Lei n.º 9.868/99 poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias.
 VI. Dos Pedidos
Em face o Exposto, O Partido Político requer:
I. Seja admitida a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão;
II. O deferimento de medida cautelar, para, fixar um prazo razoável para que o chefe do Executivo providencia a Lei Complementar; 
III. a notificação do Exmo. Sr. Governador do Estado..., para que como órgão/autoridade responsável pela elaboração da Lei, manifeste-se, querendo, no prazo	legal;
IV. A notificação, caso pertinente, do Exmo. Sr. AGU para se manifestar sobre o mérito da presente ação, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do artigo 12-E, § 2o, da Lei no 9.868/99;
V. A oitiva do Exmo. Sr. Procurador Geral da República para que emita o seu parecer, nos termos do artigo 12-E, § 3o, da Lei no 9.868/99;
VI. A procedência do pedido para que seja declarada a mora legislativa do Exmo. Sr. Governador do Estado na elaboração da Lei específica, de que trata o artigo 37, X, da CRFB/88.
PROVAS: Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do artigo 14, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental (em anexo cópia das decisões judiciais).
Dá-se à causa o valor de acordo com o art. 319, V do CPC/15
Termos em que, pede deferimento
Local e data
OAB/RJ

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