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AULA 12 -RECURSO EXTRAORDINÁRIO

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PRÁTICA SIMULADA V
Aluna: Larissa de Souza Barbosa. 
Matricula: 2018041236896
AULA 12 – RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y.
APELAÇÃO Nº...
		JOSÉ, já qualificado nos autos da ação popular movida em face do PRESIDENTE DO BANCO X E EMPRESA W vem por seu advogado seu advogado, com endereço profissional na ..., bairro, cidade, Estado, local indicado para receber as devidas informações nos termos do artigo 106 do CPC/2015. Vem inconformado com acórdão de folhas nº..., proferido por esse TRIBUNAL DE JUSTIÇA, perante Vossa Excelência, fulcro no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da CRFB/88 e no artigo 1.029 da Lei nº 13 .105/15, interpor: 
RECURSO EXTRAODINÁRIO
Requer que o recurso seja recebido no efeito previsto em lei, isto é, devolutivo.
Por fim, requer após as formalidades legais que seja deferido o processamento, com consequente remessa do presente recurso ao SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
Termos que, Pede Deferimento.
(Local e Data)
Advogado
OAB/UF
RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PROCESSO Nº:_________________________________________
RECORRENTE: JOSÉ
RECORRIDOS: PRESIDENTE DO BANCO X E EMPRESA W.
Egrégio tribunal,
Nobres julgadores,
Não merece prosperar o acórdão que negou provimento ao recurso de apelação, pelas razões a seguir:
I - DA TEMPESTIVIDADE
 	Podemos observar a tempestividade na interposição do presente recurso extraordinário, uma vez que foi protocolizado dentro do prazo de 15 (quinze) dias definido no Código de Processo Civil. 
 Imprescindível trazer à baila a norma contido no artigo 1.026 da Lei 13.105/2015 (novo CPC), o qual determina expressamente que: “Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. ” Assim, considerando a interrupção do prazo mediante a oposição dos embargos de declaração, não há dúvidas de que a contagem para o presente recurso teve seu início da publicação do acórdão que julgou os embargos de declaração. 
II - DA REPERCUSSÃO GERAL 
Verifica-se que existe questão relevante do ponto do ponto de vista jurídico, uma vez que foi violada competência constitucional para legislar sobre licitação pelo Estado Y. 
Além disso, há prejuízo de milhões de reais do erário pela fraude descrita e à moralidade administrativa, sendo relevante do ponto de vista econômico, político e social, nos termos do artigo 1.035, § 1ºdo Código de Processo Civil.
Atendendo aos preceitos legais instituídos pelo artigo 102, § 3º da CRFB/88, o recorrente vem demonstrar que a questão discutida nos autos possui repercussão geral apta a ensejar admissibilidade do apelo extraordinário por essa Corte. 
No caso em apreço, é nítida a repercussão geral diante do interesse econômico e jurídico que ultrapassam questões subjetivas da causa, tendo em vista o prejuízo ao erário e a violação à moralidade administrativa, pois a manutenção da lei 1234 gera violação aos princípios constitucionais e à lei infraconstitucional, atingindo a coletividade.
III - DO PREQUESTIONAMENTO 
Verifica-se que o venerando acórdão se manifestou expressamente sobre a questão constitucional debatida no recurso de apelação, diante do que se conclui que se encontra preenchido o requisito legal do prequestionamento.
Foi realizado o prequestionamento de matéria constitucional, portanto, em virtude da efetiva manifestação do Tribunal de origem, bem como pela interposição de embargos declaratórios, estando superados o contido nas Súmulas 282 e 356 do STF. 
 	Desse modo, a matéria foi devidamente questionada na instância inferior, esgotando todas as esferas inferiores para o exame da instância superior.
IV - DO CABIMENTO 
 	É cabível o presente recurso nos termos da Constituição Federal, artigo 102, III, “a” CRFB /88. 
Verifica-se que o Egrégio Tribunal de Justiça ao manter em última instância a decisão proferida pelo d. magistrado de primeiro grau em descompasso com a Constituição, abriu precedente que autoriza a interposição do presente Recurso Extraordinário na forma da Lei.
 No caso em questão é nítida violação aos artigos 37 caput, da CRFB/88, bem com o ao artigo 22, art. 22 , inciso XXVII estabelece competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação. A referida lei estadual, ao dispor sobre dispensa de licitação acabou por feri r a competência exclusiva da União, com usurpação da competência
V - DO MÉRITO 
Trata- se de ação popular ajuizada por JOSÉ em face do PRESIDENTE DO BANCO X e da EMPESA W perante o Juízo de 1ª instância da capital do Estado Y. 
Com fundamento na recente Lei n. 1.234, do Estado Y, que exclui as entidades de direito privado da Administração Pública do dever de licitar, o BANCO X realizou a contratação direta de uma empresa de informática - a EMPRESA W - para atualizar os sistemas do banco. 
O caso veio a público após a revelação de que a empresa contratada pertence ao filho do presidente do banco e que está nunca prestou tal serviço antes. Além disso, o valor pago (milhões de reais) estava muito acima do preço de mercado, do que vem sendo praticado por outras empresas.
 O recorrente pleiteou em primeira instância a declaração de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, ao fundamento de violação ao art. 1º, parágrafo único da Lei n. 8.666/1993) e diversos princípios constitucionais. 
O que ocorre é que a sentença, entretanto, julgou improcedente o pedido formulado na petição inicial, afirmando ser válida a lei estadual que autoriza a contratação direta, sem licitação, pelas entidades de direito privado da Ad ministração Pública, analisada em face da lei federal, não considerando violados os princípios constitucionais invocados. 
Pelo, ora recorrente, foi interposto recurso de apelação, ao qual foi negado provimento, por unanimidade, pelo mesmo fundamento levantado na sentença. Após interpostos os embargos declaratórios que foram rejeitados, o recorrente não viu outra saída senão a interposição do presente recurso.
 Diante dos fatos, resta cristalino que o v. acórdão não julgou consoante o entendimento dos Tribunais Superiores, pois de acordo com o demonstrado no curso da ação, a Lei nº 1234, editada pelo Estado Y viola frontalmente o texto constitucional no que se refere aos princípios basilares da administração pública, bem como ultrapassou os limites da competência do estado. 
A doutrina esclarece quanto à matéria:
“.. .caberá recurso extraordinário contra acórdão que julgar válida lei local contestada em face de lei federal. É que, nesse caso, a controvérsia que se põe não concerne meramente à legislação infraconstitucional. Em verdade, a disputa diz respeito à distribuição constitucional de competência para legislar: se alei local está sendo contestada em face de lei federal, é porque se sustenta que ela tratou de matéria que, por determinação constitucional, haveria de ser disciplinada pelo legislador federal” - RECURSOS - AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO
JOSÉ MIGUEL GARCIA MEDINA - TEREZA ARRUDA ALVIM WAMBIER- editora Revista dos Tribunais-2008- pág.214.) É, pois, flagrante a violação ao princípio da legalidade previsto no art. 37, caput, da CR F/88, pois a lei 8.666/93, lei de Licitações, é a competente para dispor sobre licitação e contratos, bem como suas dispensas no âmbito da administração.
Podemos observar, que também foram violados os princípios da moralidade e impessoalidade constantes do artigo 37, caput da Carta Magna, pois com a contratação da EMPRESA W, sem experiência técnica no setor, de propriedade do filho do presidente do Banco, com dispensa de licitação tornou evidente a gravidade dos atos praticados. 
Vale ressaltar, que o custo do serviço contratado foi bem superior ao valor de mercado. 
A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é majoritária no mesmo sentido de condenar violações aos princípios da administração pública Ademais, a Lei nº. 1 234 ao ser editada contrariou dispositivo constitucional. O art. 22, inciso XXV II estabelece competênciaprivativa da União p para legislar sobre normas gerais de licitação. A referida lei estadual, ao dispor sobre dispensa de licitação acabou por ferir a competência exclusiva da União, com usurpação da competência. 
Assim, na esteira dos fundamentos acima expostos, aguarda o recorrente o provimento do presente recurso, como medida da mais lídima Justiça!
V – DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer o recorrente que Vossa Excelência: 
Que o presente recurso extraordinário seja CONHECIDO e PROVIDO, a fim de que seja reformado o Venerando Acórdão no sentido de invalidar o ato de contratação entre os recorridos, condenando-os ao pagamento de perdas e danos ao erário, pelos prejuízos causados.
Termos que, Pede Deferimento.
(Local e Data)
Advogado
OAB/UF

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