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Curso HISTÓRIA DA ARQUITETURA BRASIL Teste QUESTIONÁRIO UNIDADE I Status Completada Resultado da tentativa 3 em 3 pontos Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente Pergunta 1 0,3 em 0,3 pontos Leia o texto a seguir e responda à solicitação: “Podemos considerar o Passeio Público do Rio de Janeiro como o primeiro jardim urbano construído no Brasil. É representante de uma geração peculiar de espaços públicos ajardinados ibero-americanos que floresceram ao longo do século XVIII. Nada mais singular, do ponto de vista urbanístico do Brasil do século XVIII, que a realização do Passeio Público do Rio de Janeiro. O que surpreende nesse recinto ajardinado? A vegetação e o panorama do seu terraço deslumbraram os visitantes estrangeiros mais sensíveis. Diferentemente dos espaços abertos do urbanismo colonial, o Passeio Público do Rio de Janeiro em si não era um símbolo evidente da autoridade portuguesa – como seria o campo onde ficava o pelourinho, ou se erguiam o paço, a câmara e cadeia ou o quartel –, tampouco o vazio defronte ou em volta do edifício religioso – o largo da matriz, o adro franciscano ou beneditino, o terreiro jesuíta”. Fonte: FARAH, I; SCHLEE, M. B.; TARDIN, R. Arquitetura paisagística contemporânea no Brasil. São Paulo: Editora Senac, 2010, p. 36. De acordo com o texto, o que diferenciava o Passeio Público do Rio de Janeiro dos espaços abertos típicos do período colonial citados no enunciado? Resposta Selecionada: c. O fato de não ter sido feito como um representante da autoridade portuguesa. Pergunta 2 0,3 em 0,3 pontos A arquitetura produzida durante o período colonial tem como remanescentes certas residências rurais, algumas das quais eram chamadas de Casas Bandeiristas. Sobre esse tipo de residência, temos o seguinte texto: “A residência das primeiras ocupações paulistas instala-se num retângulo, com paredes de taipa de pilão, telhado de quatro águas e coberturas com telhas de canal. A implantação prefere sempre uma plataforma natural ou artificial, a meia encosta, nas proximidades de um riacho. A planta se desenvolve segundo um esquema bem preciso: uma faixa social, fronteira, contém a capela e o quarto de hóspede e, no meio, separando a área mais social da área mais interna, o alpendre; atrás dessa faixa e em correspondência com as divisões dela, em torno de uma sala central, os quartos se dispõem lateralmente”. Assinale a alternativa correta de acordo com o texto. Resposta Selecionada: e. Na implantação, havia sempre a proximidade de um riacho, e a construção ficava no meio da encosta. Pergunta 3 0,3 em 0,3 pontos No século XIX, ocorre um longo processo de transformação da arquitetura que era praticada na maior parte das cidades brasileiras até então. A essa transformação do caráter geral da arquitetura, correspondeu um novo modo de organização dos espaços interiores. O desenvolvimento dos núcleos urbanos de maior importância do litoral, em especial perante a Corte do Rio de Janeiro, implicou a alteração das formas de habitar e dos mecanismos de relacionamento da vida familiar com o conjunto da sociedade. Nessa nova situação, eram abertas às vistas dos estranhos não apenas as salas e saletas de entrada, mas também saletas de música e capelas, corredores e salas de jantar. Nas residências das famílias mais abastadas, as salas destinadas às recepções recebiam tratamento especial, com pinturas originais nos forros, paredes e folhas de portas e janelas. Acentuava-se, porém, indiretamente, a diferenciação entre esses locais e os de uso mais íntimo, ou seja, os destinados à vida da família, como dormitório e sala de almoço – aos quais jamais chegavam os estranhos –, e os de serviço, onde ainda pesava a sombra dos escravos. Assinale a alternativa que estabelece a relação correta, de acordo com este texto, entre sociedade e arquitetura. Resposta d. Selecionada: Conforme o texto, o que ocorre é a inserção de novos ambientes nas residências, todos voltados para momentos festivos e abertos a estranhos, caracterizando novas formas de relacionamento social. Pergunta 4 0,3 em 0,3 pontos No seu texto, Nestor Goulart Reis Filho adota a seguinte teoria para explicar a arquitetura: “Um traço característico da arquitetura urbana é a relação que a prende ao tipo de lote em que está implantada. Assim, as casas de frente de rua, do período colonial, cujas raízes remontam às cidades medievo-renascentistas da Europa, ou as casas de porão habitável com jardins do lado, características do século XIX, ou ainda os edifícios de apartamento das superquadras de Brasília são conjuntos tão coerentes, que não é possível descrevê-los completamente sem fazer referência à forma de sua implantação”. Assinale a alternativa correta sobre o texto. Resposta Selecionada: b. A história de um espaço urbano é essencial para se entender a arquitetura, pois a configuração desta está intimamente ligada ao tipo de implantação que ocorre em um determinado período. Pergunta 5 0,3 em 0,3 pontos O ecletismo foi um fenômeno arquitetônico bastante intenso nos grandes centros urbanos brasileiros, e foi aqui introduzido e aplicado no final do século XIX e início do 20. O Theatro Municipal do Rio de Janeiro (imagem abaixo), inaugurado em 1909, é um de seus principais representantes, e nele podemos ver algumas das características desse estilo. A seguir, são feitas algumas afirmações sobre o ecletismo. Avalie-as e, depois, responda à solicitação. Theatro Municipal do Rio de Janeiro, inaugurado em 1909, Rio de Janeiro, RJ. Fonte: Adaptado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File: Teatro_Municipal_Rio_de_Janeiro.jpg. Acesso em: 18 jun. 2022. I. Uso de formas arquitetônicas abstratas e simplificadas, nas quais se sobressai a estrutura principal da edificação. II. O ecletismo é de origem europeia e foi aplicado em diversas construções pelo país. III. O ecletismo foi criado para ser uma arquitetura brasileira, usando referências do período colonial. IV. Uso de ornamentação proveniente de várias fontes de influência, miscigenando a arquitetura de várias épocas. Sobre o ecletismo que se manifestou no Brasil naquela época, são corretas as afirmativas: Resposta Selecionada: a. II e IV. Pergunta 6 0,3 em 0,3 pontos A implantação das casas urbanas desde o início da formação das cidades no Brasil colonial até o século 19 têm um traço muito forte, visível nas ruas antigas de várias cidades, como Ouro Preto (imagem abaixo). Rua antiga de Ouro Preto, MG. Fonte: Adaptado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ouro_Preto_(7769006372).jpg. Acesso em: 18 jun. 2022. Nas alternativas, estão desenhadas (sem escala) diferentes implantações, mostrando a cobertura e os limites dos lotes, correspondentes a diferentes arquiteturas realizadas no país. A qual desenho correspondente de forma direta a arquitetura mostrada na imagem? Resposta Selecionada: c. Pergunta 7 0,3 em 0,3 pontos Além de Auguste-Henri-Victor Grandjean de Montigny, outros arquitetos estrangeiros que vieram para o Brasil na primeira metade do século XIX contribuíram para introduzir o estilo neoclássico importado da Europa nas cidades brasileiras. Esse estilo carregava consigo uma ideia de apagar o passado precário e arcaico, colonial e antigo. Além das formas e da volumetria, o interior das construções também trazia algo novo, geralmente, por conta de novos hábitos de relacionamentos sociais, como as festas e saraus. No entanto, o funcionamento das construções, baseado em mão de obra escrava, a maneira de se construir nos lotes urbanos e os materiais locais continuavam como uma herança colonial que demoraria para ser substituída. Por isso, sobre a arquitetura neoclássica aplicada no Brasil, é correto afirmar que:Resposta Selecionada: b. Essa arquitetura trouxe mudanças significativas nas formas arquitetônicas utilizadas nas principais construções do país. Pergunta 8 0,3 em 0,3 pontos A introdução de novas soluções na arquitetura popular das cidades brasileiras a partir da segunda metade do século 19 trouxe algumas mudanças nas edificações. Assinale a alternativa que contém novas soluções construtivas que se tornaram típicas desse período e que também estão visíveis na imagem a seguir. Residência com características arquitetônicas do fim do século XIX, em Laranjal Paulista, SP. Fonte: Adaptado de: https://www.google.com.br/maps/@-23.0499022,-47.8355812,3a,75y,5.15h,89.5t/data=!3m6!1e1!3m4!1sKLYUv8K11Klc eff- KKa6YA!2e0!7i13312!8i6656. Acesso em: 18 jun. 2022. I. O uso de telhado com beiral, para afastar da parede a água das chuvas. https://www.google.com.br/maps/%40-23.0499022%2C-47.8355812%2C3a%2C75y%2C5.15h%2C89.5t/data%3D!3m6!1e1!3m4!1sKLYUv8K11Klc II. A implantação da construção com um afastamento lateral. III. O uso de parede de taipa de pilão, que é ambientalmente mais adequada. IV. O porão alto, que servia para evitar o acúmulo de umidade abaixo do assoalho no pavimento térreo. São corretas as afirmativas: Resposta Selecionada: a. II e IV. Pergunta 9 0,3 em 0,3 pontos A integração do país no mercado mundial no século XIX, conseguida com a abertura dos portos em 1808, iria possibilitar a importação de equipamentos que contribuiriam para a alteração da aparência das construções das cidades maiores do litoral, respeitado, porém, o primitivismo das técnicas tradicionais. A presença dos equipamentos importados insinuava-se nas construções pelo uso de platibandas, que substituíam os velhos beirais por condutores ou calhas, ou pelo uso de vidros simples ou coloridos – sobretudo nas bandeiras das portas e janelas – em lugar das velhas gelosias e muxarabis. Em outros casos, o que então era entendido como “gosto” neoclássico revelava-se pela existência de vasos e figuras de louça do Porto, a marcar, nas fachadas, sobre as platibandas, a prumada das pilastras. Aos poucos, foram aparecendo algumas soluções de cobertura mais complicadas, já com quatro águas, as laterais lançando livremente sobre os telhados de vizinhos de menor altura ou mesmo já com suas calhas e condutores importados. Essas transformações discretas, possibilitando a adaptação das velhas receitas coloniais, vinham, ao mesmo tempo, garantir a continuidade de sua aplicação em uma época em que as inovações do conjunto de vida brasileira ainda não eram muito profundas, na qual os hábitos das camadas mais favorecidas continuavam largamente a aproveitar as facilidades oferecidas pela escravidão. Assinale a alternativa que avalia como a inserção de novos equipamentos na arquitetura no Brasil contribuiu para sua transformação, de acordo com o texto. Resposta Selecionada: b. A introdução de novos equipamentos na construção no Brasil trouxe transformações na aparência e volume da arquitetura urbana, que não modificavam o funcionamento das construções, dependente da mão de obra escrava. Pergunta 10 0,3 em 0,3 pontos Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta sobre ele: As técnicas construtivas eram geralmente primitivas. Nos casos mais simples, as paredes eram de pau a pique, adobe ou taipa de pilão, e, nas residências mais importantes, empregava-se pedra e barro, mais raramente tijolos, pedra e cal. O sistema de cobertura, em telhado de duas águas, procurava lançar uma parte da chuva recebida sobre a rua e outra sobre o quintal, cuja extensão garantia, de modo geral, a sua absorção pelo terreno. Evitava-se, desse modo, o emprego de calhas ou quaisquer sistemas de captação e condução das águas pluviais, os quais constituíam verdadeira raridade. A construção sobre os limites laterais, na expectativa de construções vizinhas de mesma altura, procurava garantir uma relativa estabilidade e a proteção das empenas contra a chuva, o que, quando não era correspondido, se alcançava por meio do uso de telhas aplicadas verticalmente. A simplicidade das técnicas denunciava, assim, claramente, o primitivismo tecnológico de nossa sociedade colonial: abundância de mão de obra determinada pela existência do trabalho escravo, mas ausência de aperfeiçoamentos. Os exemplares mais ricos apenas acentuavam essa tendência: apresentavam maiores dimensões, maior número de peças, sem, contudo, chegar a caracterizar um tipo distinto de habitação. Resposta Selecionada: a. O texto afirma que as técnicas construtivas e os materiais utilizados nas residências eram aproximadamente os mesmos; o que diferenciava as casas ricas das demais era o tamanho da construção e a quantidade de cômodos. Curso HISTÓRIA DA ARQUITETURA BRASIL Status Completada Resultado da tentativa 3 em 3 pontos Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente Pergunta 1 0,3 em 0,3 pontos A habitação coletiva no Brasil, tal como a conhecemos hoje, começa com o século XX. O problema da falta de moradias aumenta à medida que a população brasileira cresce e o número de habitantes na cidade também se amplia. A oferta de moradia não pode mais ser resolvida apenas por imóveis feitos pelos próprios moradores ou por pequenas empresas construtoras. Por isso, tanto o Estado quanto o setor imobiliário privado adotaram, aos poucos, o modelo da habitação coletiva, em suas várias modalidades, com financiamento público e/ou privado. Como sempre, esse modelo convive até hoje com inúmeras outras formas de habitação, seja na oferta de financiamentos, seja na variedade de tipologias construtivas arquitetônicas e urbanas. Também é possível afirmar que o início da oferta de habitações coletivas pelo Estado ocorre aproximadamente ao mesmo tempo em que a introdução da arquitetura moderna no Brasil. Por isso a maioria dos primeiros conjuntos residenciais (como eram chamados no início) possui características modernistas, principalmente na sua implantação. De acordo com o enunciado, por que os primeiros conjuntos residenciais no Brasil possuem características modernistas na sua implantação? Resposta Selecionada: e. Porque o princípio da oferta de habitações coletivas ocorre aproximadamente ao mesmo tempo que o início da arquitetura moderna no Brasil. Pergunta 2 0,3 em 0,3 pontos Segundo muitos historiadores, houve duas vertentes principais da arquitetura moderna no Brasil, a Escola Carioca e a Escola Paulista. A segunda, que se consolida após a década de 1950, seria caracterizada por um léxico arquitetônico vinculado a uma linguagem brutalista da arquitetura. Como características dessa escola, temos a criação de espaços amplos com grandes vãos, o uso extenso do concreto armado aparente, a aplicação de projetos complementares aparentes (elétrica, hidráulica etc.), regularidade no intercolúnio e novas formas de implantação. Qual foi o material predominante nos projetos feitos pelos arquitetos e arquitetas que seguiam a linha da Escola Paulista? Resposta Selecionada: b. O concreto armado. Pergunta 3 0,3 em 0,3 pontos A preocupação do Estado brasileiro em resolver o problema da falta de habitação de qualidade para a maioria da população começa de fato após o início do século 20, e, ao longo dele, várias foram as iniciativas feitas para enfrentar esse problema. A falta de habitação só se agravou com o aumento considerável da população do país ao longo daquele século. De todas as iniciativas adotadas pelo Estado para resolver o problema, qual foi a que primeiro conseguiu atingir números realmente expressivos na quantidade de habitações construídas, alcançando um público que nunca se havia conseguido atingir com as iniciativas anteriores? Resposta Selecionada: c. Foi coma criação do BNH (Banco Nacional de Habitação) e com o SFH (Sistema Financeiro de Habitação). Pergunta 4 0,3 em 0,3 pontos Os projetos arquitetônicos postos em execução pelo BNH (Banco Nacional de Habitação) têm sido pouco analisados por pesquisadores. A maioria desses edifícios repetiam fórmulas projetuais, como os conhecidos edifícios de apartamentos em planta H, com a circulação vertical no meio. Mas houve também projetos de qualidade, como o Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães (Guarulhos, SP) e o Conjunto Habitacional Padre Manoel da Nóbrega (Campinas, SP), ainda que executados com materiais construtivos e de acabamento bem simples, para baratear os custos. De acordo com o texto, qual desenho nas alternativas a seguir corresponde de maneira mais direta à planta mais utilizada nos projetos do BNH? (Considere que os desenhos são plantas esquemáticas, sem escala; o bloco hachurado corresponde à circulação vertical). Resposta Selecionada: b. Pergunta 5 0,3 em 0,3 pontos Um dos arquitetos que mais utilizou sistemas industrializados em seus projetos, procurando sempre a melhor qualidade espacial e construtiva, foi o arquiteto João Filgueiras Lima. Fez projetos de hospitais, edifícios administrativos públicos e privados, escolas, entre outros programas, durante a segunda metade do século XX. Figura 1: Desenho de João Filgueiras Lima, do Tribunal de Contas da União, unidade de Minas Gerais, construído em Belo Horizonte em 1997. Fonte: LIMA, J. F. CTRS – Centro de Tecnologia da Rede Sarah. Brasília: Sarah Letras; São Paulo: Fundação Bienal / ProEditores, 1999. p. 39. Figura 2: Tribunal de Contas da União, unidade de Minas Gerais, já concluído e em uso. Fonte: LIMA, J. F. CTRS – Centro de Tecnologia da Rede Sarah. Brasília: Sarah Letras; São Paulo: Fundação Bienal / ProEditores, 1999. p. 39. As figuras 1 e 2 mostram um dos projetos de João Filgueiras Lima para uma das sedes estaduais do Tribunal de Contas da União. O desenho na figura 1 mostra qual aspecto do projeto, que também está claramente visível na foto do projeto construído? Resposta Selecionada: d. O sistema estrutural. Pergunta 6 0,3 em 0,3 pontos Um dos arquitetos que mais influenciou a Escola Carioca de arquitetura na primeira metade do século 20 foi o franco-suíço Charles-Edouard Jeanneret-Gris, vulgo Le Corbusier, que, com suas ideias, norteou boa parte do trabalho teórico e projetual da época. Uma das suas propostas eram os cinco pontos da arquitetura moderna: a planta livre, o edifício sobre pilotis, o teto jardim, a fachada livre, uso de janelas em fita. No projeto para o Ministério da Educação e Saúde, o arquiteto Lúcio Costa e equipe fizeram um projeto muito inovador para a época e aplicaram todos esses pontos na proposta que foi executada no Rio de Janeiro. Edifício Gustavo Capanema, antiga sede do Ministério da Educação e Saúde. Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons. Acesso em: 23 abr. 2022. Na imagem, vemos parte do edifício projetado por Lúcio Costa e equipe. Escolha a alternativa que identifica qual dos cinco pontos da arquitetura moderna de Le Corbusier está visível. Resposta Selecionada: e. O edifício sobre pilotis, que permitem a passagem livre pela quadra. Pergunta 7 0,3 em 0,3 pontos Quando o governo federal brasileiro decide fazer uma nova capital para o país no seu interior, o presidente era Juscelino Kubitschek. Ele já havia trabalhado com Oscar Niemeyer e acreditava na arquitetura moderna como um representante adequado para a nova fase que ele e seu governo queriam implantar no país: uma era de industrialização, modernização e superação do passado agrário e colonial. O processo de criação da capital começou primeiro por uma fase de planejamento. Nessa fase, foi constituída a Novacap, acrônimo para Companhia Urbanizadora da Nova Capital, que gerenciaria a formação do planejamento, projeto e execução de Brasília. O seu primeiro presidente foi o engenheiro Israel Pinheiro, e um dos seus diretores foi Oscar Niemeyer, e, mais tarde, Lúcio Costa fez parte da equipe. A companhia existe e gerencia a cidade até hoje. Quais foram as atividades realizadas nessa primeira fase de planejamento da nova capital do país? I. Seleção, por meio de concurso nacional, do desenho da nova cidade. II. Escolha do local de implantação da nova capital. III. Elaboração dos projetos arquitetônicos dos principais edifícios administrativos. IV. Definição dos trabalhos e contratações que seriam necessários para a sua execução. São corretas as afirmativas: Resposta Selecionada: c. II e IV. Pergunta 8 0,3 em 0,3 pontos Ao mesmo tempo em que a arquitetura moderna, que era considerada por muitos arquitetos e intelectuais a mais atual no mundo ocidental, estava sendo construída no Brasil, realizavam-se no país obras muito importantes e de grande porte com características ecléticas, como a sede do Ministério da Fazenda e, alguns anos depois, a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o maior templo católico do país. No dia 3 de outubro de 1938, em comemoração ao 8º aniversário da Revolução de 1930, foi lançada a pedra fundamental da nova sede do Ministério da Fazenda. Com um projeto de autoria do arquiteto Luís Eduardo Frias de Moura, em estilo eclético, o Palácio da Fazenda, com um pórtico principal construído com mármore brasileiro e colunas em estilo dórico, foi inaugurado em 1943 (ver imagem abaixo). Palácio da Fazenda, antiga sede do Ministério da Fazenda, Rio de Janeiro, RJ. Vista do pórtico da entrada principal. Fonte: Adaptado de: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/eb/ Rio_de_Janeiro%2C_Brazil_%2823953479245%29.jpg. Acesso em: 30 abr. 2022. Como se explica que, após a introdução da arquitetura moderna no Brasil, ainda se praticavam estilos arquitetônicos mais antigos? Resposta Selecionada: e. Porque a convivência de arquiteturas diferentes sempre foi uma característica do Brasil. Pergunta 9 0,3 em 0,3 pontos A ideia de preservar os objetos, edifícios, obras de arte e atividades culturais do passado como forma de manter a memória e a identidade de um povo, de uma nação, não é nova e começa na Europa. Mas é na década de 1930 que esse interesse se torna parte da legislação federal brasileira, com órgãos especializados nesse assunto. Essa ideia se consolida com os ideais modernistas que circulavam nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, manifestados principalmente por Mário de Andrade e Rodrigo Melo Franco de Andrade, que trabalharam na equipe do então ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. Assim, em 1933, é criado o primeiro órgão federal que trata desse assunto. Em seguida, em 1937, é criado o SPHAN, que depois receberia o seu nome atual, IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Posteriormente, surgiram inúmeros órgãos semelhantes nas esferas estaduais e municipais, ampliando o rol preservado do patrimônio cultural, artístico, natural e arquitetônico do Brasil. De acordo com a descrição acima sobre o conceito de patrimônio histórico no Brasil, é correto afirmar que: Resposta Selecionada: c. É a partir da década de 1930 que o conceito é abordado por lei federal. Pergunta 10 0,3 em 0,3 pontos O texto a seguir foi extraído do livro de Yves Bruand sobre a arquitetura no Brasil: “Em 1960 e 1961, Artigas e seu associado Carlos Cascaldi foram encarregados, por um órgão oficial do Estado de São Paulo, da realização de duas escolas secundárias do primeiro ciclo, destinadas a Itanhaém (pequena cidade do litoral paulista) e Guarulhos, nos arredores de São Paulo. Os trabalhos foram prontamente executados em ambos os casos, e os arquitetos conseguiramcriar, em alguns meses e dentro de um orçamento muito limitado, edifícios econômicos e funcionais de indiscutível originalidade plástica. O colégio de Itanhaém é definido por uma estrutura de concreto bruto, constituída por uma laje de cobertura suportada por pórticos trapezoidais espaçados com regularidade. No interior da superfície retangular coberta que é assim determinada, a disposição lógica dos três blocos (que correspondem respectivamente às salas de aula, às salas da direção e às instalações sanitárias) fez surgir um pequeno pátio, um corredor e um vasto pátio, com personalidades bem marcadas, apesar da articulação flexível que os unifica numa sucessão contínua (...). Retomada de um volume clássico na arquitetura brasileira desde os sucessos de Niemeyer e Reidy, imitação simplificada da estrutura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (ver figura 1) com uma flexibilidade espacial notável no arranjo interno de um invólucro rigidamente geométrico, preocupação mais viva do que nunca com a racionalidade das formas e com a economia de meios — poder-se-ia pensar que o estilo de Artigas não se modificou e que se está em presença de uma nova produção inscrita na linha seguida depois de 1945. Mas um exame atento revela que não se trata disso. Em vez de desprender-se orgulhosamente do solo como os projetos semelhantes dos arquitetos cariocas, a escola de Itanhaém achata-se contra ele (ver figura 2): a enorme largura que resulta da incorporação dos espaços livres numa construção baixa inteiramente abrigada já teria contribuído naturalmente para dar esse efeito, mas houve ainda uma ampliação do fenômeno com a redução sistemática dos pés-direitos”. (BRUAND, Y. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1991, p. 299). Qual alternativa analisa corretamente a opinião de Bruand sobre a arquitetura de Artigas e Cascaldi para a escola de Itanhaém? Figura 1: Corte transversal da estrutura do salão de exposições do Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, RJ. Autor: Affonso Eduardo Reidy. Fonte: BRUAND, Y. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1991. Figura 2: Corte transversal da estrutura de escola estadual, Itanhaém, SP. Autores: Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi. Fonte: BRUAND, Y. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1991. Resposta Selecionada: e. Para o autor, apesar da nítida influência da arquitetura do Museu de Arte Moderna, Artigas e Cascaldi fizeram uma arquitetura menos solta e mais assentada no nível do solo. Curso HISTÓRIA DA ARQUITETURA BRASIL Teste QUESTIONÁRIO UNIDADE III Status Completada Resultado da tentativa 4 em 4 pontos Resultados exibidos Respostas enviadas, Perguntas respondidas incorretamente Pergunta 1 0,4 em 0,4 pontos “No Brasil, o período do final dos anos 1960 até a década de 1970 caracterizou-se por ‘aspirações desenvolvimentistas’, porém, com um caráter tecnocrático diferente do nacional-desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek, que se propunha democrático e progressista. Os investimentos governamentais foram abundantes em área de infraestrutura e o governo militar, estatizante economicamente, foi um grande cliente para os arquitetos, que nessa época fizeram centros cívicos e administrativos, hospitais, estações, escolas, conjuntos habitacionais, centrais de energia elétrica e telefonia etc. Nos anos 1970, imperavam os planos integrados de desenvolvimento, procurando ordenar e fazer frente ao processo de urbanização acelerada do país”. In: BASTOS, M. A. J. Pós-Brasília: rumos da arquitetura brasileira: discurso: prática e pensamento. São Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2003. p. 24. De acordo com esse texto, é correto afirmar que: Resposta Selecionada: b. o desenvolvimentismo gerou a realização de construções de diversos programas arquitetônicos e, por isso, o governo militar tornou-se um grande cliente para muitos arquitetos. Pergunta 2 0,4 em 0,4 pontos O projeto da Casa do Arcebispo de Mariana (ver figura abaixo) foi encomendado por D. Oscar de Oliveira, da ala conservadora da igreja. A concepção do edifício envolveu não só o problema da inserção do novo em meio tradicional, como o problema da representação da instituição, respondendo a ambos de forma singular. (...) O projeto foi implantado em dois terrenos vagos da arquidiocese de Mariana, na praça Gomes Freire, em meio ao conjunto arquitetônico e urbanístico preservado. O edifício deveria respeitar a volumetria da praça, ritmos e clima, e, ao mesmo tempo, ser expressão de sua época. Figura: Palácio Arquiepiscopal, residência do Arcebispo da cidade de Mariana, MG. Projeto dos arquitetos Éolo Maia, Maria Josefina de Vasconcellos e Sylvio Emrich de Podestá, realizado entre 1982-83. Fonte: Revista Projeto, n. 129, jan./fev., 1990, p. 141. De acordo com o enunciado da questão e a imagem do edifício, é correto afirmar que o projeto tinha de atender a três necessidades essenciais, mesmo que contraditórias entre si. Quais das afirmativas a seguir indicam corretamente essas necessidades? I. Ser um representante de sua época, que é o final do século 20. II. Usar a tecnologia da época em que a parte antiga da cidade de Mariana foi construída. III. Respeitar a volumetria do entorno do local de implantação, incluindo a praça e os edifícios. IV. Respeitar os limites da legislação, ocupando todo o terreno e mantendo o recuo frontal. V. Ser um representante arquitetônico adequado para a instituição que solicitou o projeto. Resposta Selecionada: e. As afirmativas I, III e V. Pergunta 3 0,4 em 0,4 pontos A crítica nacional sobre o Mube se pautou justamente nas relações estabelecidas pelo projeto com seu lugar de inserção. É nesse sentido que a historiadora Sophia Telles faz sua análise crítica sobre esse projeto: “De início, parece claro que a inteligência do projeto é ter tomado o lote por inteiro, como seu campo de intervenção. Em vez de implantar um objeto dentro de um perímetro como se fora uma relação fundo/figura ou, talvez, dissolver o museu sob uma praça, o partido como que condensa, por sobreposição, a construção e o terreno, a implantação e o lote [...] o espaço interno aflora, surpreendentemente visível, no piso superior, sob a forma de uma praça recortada, um anfiteatro e um espelho d’água”. In: TELLES, S. Museu da Escultura, in AU, n. 32, out./nov., 1990, p. 45. Assim, Sophia Telles destaca que o autor do projeto do Mube escolhe uma estratégia projetual que evita soluções conhecidas. Que estratégia foi essa, de acordo com o texto do enunciado? Resposta Selecionada: e. A condensação, por sobreposição, da construção com o terreno. Pergunta 4 0,4 em 0,4 pontos “O Centro foi criado para ser um laboratório de avaliação do impacto ambiental da hidrelétrica de Balbina. Os diversos equipamentos estão dispostos numa forma aproximada a um ‘U’; todos os laboratórios são unidos pela cobertura que é contínua. Enquanto os laboratórios são construídos em alvenaria, com formas ortogonais, a cobertura, em estrutura independente, se esparrama com uma forma absolutamente livre, formando grandes beirais, de acordo com um desenho sinuoso que sobe e se alarga, desce e se estreita, alternadamente, com sua textura de cavacos de madeira”. In BASTOS, M. A. J. Pós-Brasília: rumos da arquitetura brasileira: discurso: prática e pensamento. São Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2003. p. 158. Figura: Centro de Proteção Ambiental da Usina Hidrelétrica de Balbina/Eletronorte, Manaus, AM. Projeto de Severiano Mário Porto e Mário Emílio Ribeiro, feito entre 1983-88 (primeira etapa). Fonte: Revista Projeto, n. 125, set. 1989, p. 69. De acordo com o enunciado e a imagem, escolha as afirmativas que descrevem corretamente a relação entre a cobertura e os espaços dos laboratóriosno Centro de Proteção Ambiental. I. A volumetria movimentada da cobertura se diferencia da rigidez ortogonal dos espaços dos laboratórios. II. A aparência final da volumetria do Centro é dominada pela forma movimentada da cobertura. III. A área da cobertura é maior que a dos laboratórios e isso impede a criação de grandes beirais. IV. O desenho da cobertura é totalmente ortogonal e isso cria uma unidade plástica no conjunto. São corretas as afirmativas: Resposta Selecionada: a. I e II. Pergunta 5 0,4 em 0,4 pontos Leia o texto e a seguir responda à pergunta. “Como exemplo de requalificação urbana, pode ser citado o Parque do Forte (Macapá, AP, 1999), de Rosa Kliass, que constitui uma intervenção em monumento tombado, a Fortaleza de São José, uma das últimas fortificações implantadas pelos portugueses em terras brasileiras e símbolo de Macapá. A fortaleza encontrava-se ‘ilhada’ na trama urbana, ‘cercada’ de vias e de um amplo estacionamento asfaltado, e contava com intervenções pouco qualificadoras (...) O projeto consistiu na recuperação da fortaleza, onde foi instalado o Museu da Fortaleza, e de todo o seu entorno, com o oferecimento à cidade de um novo espaço de lazer e recreação, composto por esplanada de acesso, área de eventos, passeio à beira-mar e parque de recreação infantil”. In FARAH, I; SCHLEE, M. B.; TARDIN, R. Arquitetura paisagística contemporânea no Brasil. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2010. p. 193. Figura: Projeto e vista da Praça do Forte, 1999, Macapá, AP. Autoria: Rosa Grena Kliass. Fonte: FARAH, I; SCHLEE, M. B.; TARDIN, R. Arquitetura paisagística contemporânea no Brasil. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2010. p. 194. De acordo com o texto e a imagem acima, qual foi a principal mudança da relação espacial entre a Fortaleza de São José e a cidade, proporcionada pela intervenção paisagística feita em 1999? Resposta Selecionada: d. Colocar à disposição da cidade um novo espaço de lazer e recreação. Pergunta 6 0,4 em 0,4 pontos “Parte da produção arquitetônica nacional a partir dos anos 1980, principalmente, manteve a preocupação de refletir, por meio da expressão formal, as possibilidades tecnológicas da construção civil. Não mais o arrojo estrutural, permitido pelo cálculo do concreto armado, mas as novas possibilidades fornecidas pelo desenvolvimento da indústria nacional, especialmente, da indústria siderúrgica, que tornou viável a construção em aço no Brasil. O concreto armado, que dominava tanto a arquitetura mais convencional quanto aquela mais ousada, com a estrutura aparente, começou a ceder espaço para o aço. Esse material nunca chegou a ameaçar a hegemonia do concreto armado, mas seu uso ampliou-se a partir dessa época. Um exemplo é o projeto da Estação de trem Largo 13 de Maio, posteriormente chamada de Estação Santo Amaro, localizada ao lado do rio Pinheiros em São Paulo, SP. O autor do projeto é o arquiteto João Walter Toscano (1933-2011). Na Estação, a estrutura define a forma; a verdade estrutural é enfatizada pela ausência de acabamentos; a estrutura é elaborada – pórticos em sequência sustentam o mezanino por meio de tirantes; o edifício é definido por poucos materiais construtivos, com um forte predomínio do aço, da mesma forma como nos edifícios da escola paulista, havia um forte predomínio do concreto; a forma de empregar a cor, para valorizar um corpo construtivo, também se assemelha à da escola paulista” (Cf. BASTOS, M. A. J. Pós-Brasília: rumos da arquitetura brasileira: discurso, prática e pensamento. São Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2003.). Em relação ao uso de materiais estruturais na Estação e de acordo com o texto é correto afirmar que: Resposta Selecionada: e. Nessa obra, predomina o uso do aço, com a presença de alguns outros materiais. Pergunta 7 0,4 em 0,4 pontos O projeto do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, é de autoria de Oscar Niemeyer com projeto estrutural do engenheiro Bruno Contarini. A arquitetura é formada por quatro elementos principais: as áreas técnicas (que ficam no subsolo); a praça aberta; a rampa, por onde se acessam diferentes níveis do museu; e o volume em forma de cálice que contém as áreas de exposição, apoiado sobre um ponto estrutural central. A organização desses elementos, bem como o seu desenho (ver Figura), contribuíram para tornar esse projeto tão marcante na região. Figura: Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Niterói, RJ. Inaugurado em 1996. Autor: Oscar Niemeyer. Fonte: https://pixabay.com/pt/p hotos/oscar-niemeyer-rio-de-janeiro-1087668/. Acesso em: 26 maio 2022. De acordo com o enunciado e com a imagem na Figura, o que caracteriza a estratégia projetual desse projeto? Resposta Selecionada: d. A separação do programa arquitetônico em quatro partes, permitindo que a área de exposições fique elevada, criando uma praça com uma visão magnífica da Baía de Guanabara e colocando o volume principal em destaque, como uma escultura. Pergunta 8 0,4 em 0,4 pontos No início do século 20 aparece, no Brasil, uma nova forma de morar, que não existia de forma plena anteriormente. Essa nova forma de morar difundiu-se aos poucos na primeira metade daquele século e depois expandiu-se com muita força, formando hoje parte considerável do tecido urbano de várias cidades brasileiras. Uma parcela considerável da população mora nesse tipo de residência. A qual tipo de moradia esse enunciado se refere? Resposta Selecionada: c. Apartamentos. Pergunta 9 0,4 em 0,4 pontos O urbanismo modernista tinha no estímulo ao uso do automóvel – como um dos principais meios de locomoção e de referência de desenho das cidades – um dos seus principais conceitos de organização espacial urbana. Esse conceito foi amplamente usado em vários planos urbanos pelo país e, de forma mais profunda, no desenho da nova capital do país na década de 1950, Brasília. No entanto, após as revisões críticas e o uso de novos conceitos urbanos, essa visão foi sendo modificada e começa a ocorrer uma valorização dos percursos feitos a pé e da ocupação dos espaços urbanos pelo pedestre. Alguns dos exemplos dessas propostas, a partir dos anos 1970, são a pedestrianização de parte do centro de São Paulo e a revalorização de espaços urbanos para a população a pé no Rio de Janeiro. Figura: vista aérea de rua do centro de São Paulo após a pedestrianização, que consistiu em criar um espaço exclusivo para pedestres no lugar da rua. Somente viaturas policias, de combate a incêndio, resgate e algumas outras podem circular nesse espaço. Fonte: https://uplo ad.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8f/Centro_de_S%C3%A3o_Paulo_-_%2817122118315%29.jpg. Acesso em: 09 maio 2022. Abaixo, temos afirmativas sobre as novas propostas de desenho urbano apresentadas no enunciado e na imagem. I. A pedestrianização implica na remoção total da circulação de veículos das ruas, não importa o tipo de veículo ou sua finalidade. II. O redesenho de espaços para pedestres era uma proposta moderna, que tratava tanto o automóvel quanto o percurso a pé igualmente. III. A valorização do pedestre é uma consequência das revisões críticas e do uso de novos conceitos urbanos. São corretas as afirmativas: Resposta Selecionada: a. Somente a III. Pergunta 10 0,4 em 0,4 pontos “As novas teorias arquitetônicas, que faziam uma revisão do movimento moderno, de certa forma legitimaram uma maior liberdade formal – que se revelou especialmente nos edifícios comerciais” (Cf. BASTOS, M. A. J. Pós-Brasília: rumos da arquitetura brasileira: discurso: prática e pensamento. São Paulo: Perspectiva: FAPESP, 2003. p. 179). Essa liberdade, que evitava as formas rígidas da caixa moderna apoiada sobre pilotis, foi amplificada pelo uso de cores e texturas dos revestimentos que voltaram aser usados a partir dos anos 1970, mas principalmente dos anos 1980 em diante, e por um maior figurativismo das formas arquitetônicas. Essas características aparecem com nitidez no edifício comercial Terra Brasilis (Figura), construído em São Paulo e destinado a escritórios. Figura: Edifício comercial “Terra Brasilis”, São Paulo, SP. Projeto de Jorge Königsberger e Gianfranco Vannuchi, construído no final dos anos 1980. Fonte: Revista Projeto, n. 137, dez. 1990/jan. 1991, p. 63. Sobre as novas teorias arquitetônicas de que trata o enunciado, é correto afirmar que: Resposta Selecionada: c. Incentivaram uma maior liberdade formal usada principalmente em edifícios comerciais.
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