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PÓLIPOS E NEOPLASIAS DO ESÔFAGO Metaplasias do esôfago Condição Características gerais Morfologia Clínica/Sintomas Epidemiologia Diagnóstico e Tratamento Esôfago de Barrett (EB) ⇒ METAPLASIA DO ESÔFAGO → Substituição do epitélio estratificado pavimentoso do esôfago por epitélio colunar do tipo intestinal - Isso ocorre como uma resposta da mucosa esofágica à agressão pelo ácido do estômago → Progressão A. Esofagite na mucosa da JGE: acometendo glândulas gastroesofágicas B. Barrett sem displasia (5% de chance de evoluir para AC) C. Barrett com displasia de baixo grau (10% de chance de evoluir para AC) → Mais núcleos → Núcleo alongado, hipercromático → Ainda mantém a polaridade basal: núcleos próximos da membrana basal D. Barrett com displasia de alto grau (40% de chance de evoluir para AC) → Desarranjo arquitetural maior → Aumento da tortuosidade da glândula → Relação núcleo/citoplasma maior → Despolarização dos núcleos: não estão mais dispostos ao longo da membrana. E. Adenocarcinoma → Lesão infiltra o estroma suscitando desmoplasia etc. → Destruição tecidual e infiltração → Área de mucosa glandular, de cor salmão, acima da junção esofagogástrica, aspecto aveludado → Forma-se uma lingueta rosa salmão dentro da área erodida JGE normal → Homens acima de 50 anos → Lesão está associada à esofagite/DRGE → Fatores de risco ⇒ os que favorecem RGE: - Hérnia de hiato - Obesidade - Incompetência do esfíncter inferior do esôfago → Precursor do adenocarcinoma de esôfago - 10% dos pacientes com EB desenvolvem adenocarcinoma no terço inferior do esôfago - Em 2% dos pacientes com EB: encontra-se adenocarcinoma in situ ou intramucoso → 90% dos pacientes com neoplasia de esôfago tem Barrett Diagnóstico → Acompanhamento endoscópico periódico para identificar possível progressão das lesões Tratamento Ilhas de epitélio/mucosa escamoso residual pálida, dentro da mucosa de Barrett → Classificação (conforme a extensão do segmento acometido): a. EB longo/clássico: mucosa glandular ocupa mais de 3 cm em direção cranial no esôfago b. EB curto: mucosa glandular é restrita aos 3 cm distais do esôfago tubular Microscopia (cronicamente inflamado) Transição do epitélio escamoso com o glandular JGE: transição entre a mucosa escamosa esofágica (à esquerda) e a metaplasia de Barrett, com células caliciformes metaplásicas abundantes (à direita) → Displasia no EB: atipias celulares e arquiteturais restritas ao epitélio, sem ultrapassar a membrana basal Displasia em EB: transição abrupta de metaplasia de Barrett para displasia leve - Displasia: principal marcador de risco de transformação maligna - Associada a sinais e sintoma de longa duração de DRGE →Metaplasia intestinal ⇒ epitélio colunar com células caliciformes no epitélio escamoso (simulando epitélio intestinal) → Método histoquímicoalcian blue cora em azul as mucinas ácidas (Sialo e sulfomucinas) produzidas pelas células caliciformes Células caliciformes coradas em azul Neoplasias benignas do esôfago → Papiloma de células escamosas: lesões reacionais a alguma agressão (HPV, erosão do esôfago por refluxo) → Tumor de células granulares (Esôfago proximal) → Tumores mesenquimais: leiomiomas (muscular liso) Neoplasias malignas do esôfago Clínica/Sintomas Epidemiologia Diagnóstico e Tratamento → Metástase: linfonodos mediastinais ⇒ linfonodos abdominais e cervicais; hematogênica ⇒ fígado e pulmão → Invasão direta: traqueia, brônquios → Doenças associadas a câncer esofágico: gastrite crônica atrófica, acalasia, HPV, DRGE, obesidade, síndrome metabólica, infecção por H pylori, hipersecreção ácida gástrica - H. pylori → atrofia gástrica → reduz o refluxo gástrico → reduz o risco de anecarcinoma no esôfagoatrofia → Sudeste Asiático: China e Japão → América do Sul: Brasil, Argentina e Chile → BR: 4ª causa de morte por câncer - Mais prevalente na região sul ⇒ bebidas quentes (Chimarrão) → Locais de baixa incidência: mais comum em homens; → Locais de alta incidência: sem predileção por gênero → Áreas urbanas → Baixo nível socioeconômico → Tratamento em fase inicial: mucosectomia via endoscópica; avançado: tratamento cirúrgico → Comumente diagnosticado em fase avançada de evolução com prognóstico ruim Condição Características gerais Morfologia Clínica/Sintomas Epidemiologia Diagnóstico e Tratamento Carcinoma de Células Escamosas → Neoplasia maligna originada da mucosa Macroscopia → Lesão infiltrativa, deprimida, ulcerando → Manifestações: - Disfagia progressiva: → Países em desenvolvimento Diagnóstico → EDA: localizou lesão ⇒ fazer teste de (CCE) Carcinoma epidermoide O que define CCE é ceratinização e desmossomos ★ Quanto mais queratinização, pérola córnea ⇒ significa que mais diferenciado é o tumor ★ Reação desmoplásica (presença de desmossomos) ○ Causa estenose ○ Crescimento de tecido conjuntivo fibroso onde não costuma ter ○ Desmossomo: especialização da membrana plasmática → mantém as células unidas umas às outras. (pode ser polipoide com ulceração central) → Inicial: placas ou erosões → Tumor avançado tem tamanho variado e pode ser: - Vegetante (60%) - Ulcerada (25%) - Infiltrativa (15%) → Locais: - ⅓ médio (50%) - ⅓ distal (35%) → Tumor avançado infiltra parede do órgão e estreita a luz (Estenosante) Lesão ulcerada e infiltrativa no ⅓ médio do esôfago dificuldade em engolir - Dor à deglutição - Hemorragia digestiva - Emagrecimento → Complicações: - → Fístulas com o trato respiratório (fístula esôfago-brônquica) ⇒ pneumonia aspirativa Isso porque o esôfago não tem serosa e fica justaposto à traqueia - Invasão do mediastino (estruturas nobres), pericárdio e aorta ⇒ hemorragia grave → Linfonodos regionais comprometidos com metástase - Ásia e África → Brasil: - Corresponde a 90% dos cânceres esofágicos - Homens (4:1) - Negros (6:1) → Tabagismo, etilismo, ingestão de bebidas quentes, deficiência de vit. A e C e riboflavina, uso de nitrosaminas e aflotoxinas (medicamentos carcinogênicos), ingestão de alimentos em conserva contaminados com fungos (Aspergillus) → RT prévia, tilose (hiperceratose palmar e plantar), ingestão de soda cáustica, acalasia, síndrome de Plummer-Vinson Schiller Tratamento → Cirurgia, QT e RT (terapia sistêmica e radioterapia) Estreitamento Cor branca da parede esofágica ⇒ infiltração neoplásica da muscular + reação desmoplásica Perda das pregas da mucosa Estreitamento da luz Ulcerado Tumor ulcerado no ⅓ distal do esôfago Microscopia → Inicial: carcinoma intramucoso (carcinoma in situ) CCE bem diferenciado CCE composto por ninhos de células malignas que imitam, parcialmente, a organização do epitélio escamoso Condição Características gerais Morfologia Clínica/Sintomas Epidemiologia Diagnóstico e Tratamento Adenocarcinoma → Neoplasia maligna originada da mucosa → Associado ao EB e DRGE (crônico) - EB: encontra perto do tumor - Obesidade: causa importante da doença de RGE Macroscopia → Esôfago distal → Polipoide → Ulcerado ou infiltrativo - Infiltra parede esofágica - Pode invadir o estômago → Odinofagia: dor ao engolir → Disfagia: dificuldade para engolir → Caquexia, astenia porque o paciente vai deixando de se alimentar corretamente → Metástase para cadeia ganglionar periesofágica → Aumento da incidência de AC em países desenvolvidos → 80% dos casos: homens → Brancos → Brasil: menos frequente ⇒ 5-10% dos cânceres esofágicos → 20% dos pacientes ⇒ sobrevida de 5 anos Prognóstico → Depende: - Tipo histológico - Grau histológico - Tamanho/extensão do tumor - Pegou adventícia: já é uma extensão extra-esofagiana - Margens: positiva ou negativa - Estadiamento Diagnóstico Tratamento → Alvos terapêuticos: - HER2: trastuzumab - VEGF: ramucirumab Lesão ulcerada e infiltrativa no esôfago distal em área de EB (seta) Microscopia → AC do tipo intestinal com infiltração da parede - Formação glandular: gradua de bem diferenciado para pouco diferenciado - Pouco diferenciado: aspecto tubular da glândula vai sendo perdido → Infiltração de submucosa, muscularetc → Desmoplasia: reação estromal PÓLIPOS E NEOPLASIAS DO ESTÔMAGO → Neoplasia mais comum do estômago: neoplasia maligna epitelial: carcinomas - Tumores oriundos do epitélio → É um grupo heterogêneo de tumores de etiologia multifatorial - Ambiental - Genética → Morfologicamente variado I. Pólipos gástricos hiperplásicos II. Pólipos gástricos neoplásicos: adenomas → maior risco de transformação maligna → Adenocarcinoma: tumor maligno mais comum e importante Obs.: neoplasias não epiteliais → linfomas, tumores do estroma gastrointestinal (GIST) e neoplasias endócrinas → Lesões polipóides, infiltrativas, ulceradas → Úlcera benigna vs. maligna Benigna: - Bem delimitada, bordas planas em relação à mucosa - Fundo limpo, não é friável, ausência de debris necróticos - Pode ter hiperemia e edema Maligna: - Mal delimitada, bordas ligeiramente elevadas - Fundo irregular e com debris necróticos - Convergência das pregas em direção à lesão: indicativo de lesão infiltrativa → Lesão maligna exofítica, vegetante Superfície necrótica e hemorrágica Glândula normal → Células em monocamada, organizadas em estrutura tubular (a glândula); células todas com a mesma orientação (núcleo na base da célula e a gotícula de muco para a luz da glândula; núcleos regulares e sem atipias Pólipos →Sésseis ou pediculados → São massas de tecido que fazem saliência na superfície da mucosa → Estômago: diagnóstico por EDA e a maioria dos pólipos encontrados é hiperplásico Pólipo hiperplásico → Maioria do estômago → Formados por hiperplasia foveolar (criptas) em área de inflamação → Representam resposta exagerada da mucosa à agressões crônicas → Atipias reacionais nas células hiperplásicas Pólipo de glândulas fúndicas → Lesão pequena, bem delimitada → Formada por glândulas dilatadas revestidas por células parietais Lesão nodular constituída por glândulas com dilatações císticas Adenoma gástrico → Lesões únicas → Homens, 50-60 anos → Mucosa antral do estômago → Associados à gastrite crônica e metaplasia intestinal → Lesão formada por glândulas revestidas por epitélio colunar alto pseudoestratificado do tipo intestinal metaplásico → Risco de evoluir para AC está relacionado ao tamanho da lesão ( > 2 cm) - Em 30% dos adenomas gástricos são vistos focos de AC Lesão polipóide na superfície da mucosa Estruturas glandulares revestidas por epitélio colunar alto pseudoestratificado com displasia de baixo grau Hiperplasia de células da camada foveolar em meio a infiltrado inflamatório na lâmina própria. Adenocarcinoma Patogênese Morfologia e Classificação Etiologia e Epidemiologia Diagnóstico e Tratamento → Gastrite atrófica: metaplasia intestinal ⇒ redução do número de glândulas gástricas; podem ter sido substituídas por epitélio gástrico ou - H. pylori Patogênese - H. pylori → H. pylori causa inflamação na mucosa gástrica (gastrite) ⇒ hipotrofia da mucosa, regeneração epitelial, metaplasia intestinal e displasia. - Neutrófilo visualizado: é gastrite crônica em atividade por H. pylori até que se prove o contrário - Se não tratada, pode evoluir para uma gastrite crônica atrófica - Em um estágio mais avançado fica até difícil observar a bactéria porque com a metaplasia, o ambiente gástrico fica menos ácido → Atrofia gástrica se deve a (as duas estão relacionadas a CA): - Substituição por epitélio metaplásico intestinal - Rarefação de glândula ⇒ atrofia não metaplásica (essa atrofia pode ser por gastrite por H. pylori, por exemplo) → Oncogenes e genes supressores de tumor → Progressão do carcinoma de Lauren: graus variados de displasia no contexto de gastrite atrófica → até chegar em uma displasia de alto grau (infiltração da lâmina própria)⇒ →Maioria dos AC: no antro gástrico, próximo da pequena curvatura → Pode ficar restrito à mucosa ou infiltrar-se na parede - Limitado à mucosa ou submucosa: câncer precoce Lesão discretamente elevada, de bordas irregulares e com apagamento de pregas - Infiltrativo: câncer avançado CA gástrico; A. Lesão polipóide com centro ulcerado; B. Lesão séssil ulcerada no antro gástrico; restante da mucosa atrofiada Classificação segundo Lauren Características epidemiológicas, morfológicas e prognósticas distintas Tipo difuso ou pouco diferenciado I. Macroscopia → Padrão de crescimento infiltrativo ⇒ que induz reação desmoplásica do estroma ⇒ tornando a parede espessa e rígida - Linite plástica: dá o aspecto Tipo intestinal ou bem diferenciado I. Macroscopia → Massa exofítica, polipóide ou ulcerada → Tamanho variado → Padrão expansivo em crescimento → Mucosa gástrica adjacente: atrófica Lesão ulcerada de bordas irregulares Carcinoma da região da cárdia Etiologia → Tabagismo → Dieta - Carnes curadas em sal ou defumadas - Baixo consumo de frutas e vegetais (anti-oxidação) → Refluxo biliar → Infecção peloH. pylori - Causa mais comum de AC de antro gástrico - Fatores de virulência: cagA e vacA → estimulam a proliferação celular diretamente ou por destruir células epiteliais Epidemiologia → AC representa 90% dos CA gástricos → 3º câncer em mortalidade no mundo - 20% de sobrevida geral em 5 anos - CA gástrico com diagnóstico precoce: 90% de sobrevida em 5 anos → Sudeste Asiático, Japão, Chile, Colômbia → Brasil: - 4º câncer mais comum em homens - 6º câncer mais comum em mulheres → Incidência em declínio - Hábitos nutricionais - Rastreamento (EDA) que identifica lesões precursoras e previne a progressão para carcinoma - Erradicação do H. pylori → Homens - Exceção: carcinoma gástrico hereditário ⇒ mulheres jovens Rastreamento/Diagnóstico 2 primeiras: benignas; 2 últimas: malignas EDA + biópsia das lesões + pesquisa por H. pylori: → Sintomas dispépticos (por distúrbio da secreção ácida): náusea, vômitos, dor abdominal - Sem melhora com tratamento com inibidores de bomba de prótons → Emagrecimento/caquexia → Metástases Acompanhar por EDA → Paciente com história familiar → Paciente com lesões pré-malignas (atrofia com displasia) 1. Tem atrofia (Diminuição de glândula gástrica) a. Metaplásica: → Epitélio metaplásico intestinal OU metaplasia peudopilórica dentro → lembra anel de sinete ★ Não necessariamente tem atrofia gástrica ○ Atrofia macro: aplainado, tênue aveludamento, placa esbranquiçada Patogênese - Carcinoma hereditário → Os genes mais afetados são APC (polipose familial do cólon), TP53, BAX (pró-apoptótico) e CDKN2A (regulador do ciclo celular). → Gene CDH1: AC difuso familial → Outros genes alterados: BRCA2 - Câncer gástrico precoce - Câncer de mama familiar → Mutação nosgenes que codificam a proteína E-caderina: proteína de adesão celular expressa na membrana No tumor há uma perda da expressão de E-caderina ⇒ não pinta de marrom Lesão infiltrativa difusa do tipo linite plástica Mucosa gástrica ao redor: atrofiada Carcinoma estenosante da região pilórica AC com necrose central Carcinoma polipóide II. Microscopia → Formação de estruturas tubulares; desmoplasia e aspecto cribiforme (peneira - glândulas encavaladas umas (STK11) 2. Não tem atrofia 3. Não consegue avaliar se tem atrofia → amostra mal feita, área de cicatriz com fibrose Locais de biópsia: incisura angular, pequena curvatura, parede do corpo, grande curvatura ⇒ é o caminho da atrofia gástrica ao longo do tempo → TC e RM: para avaliar extensão da doença (fazer estadiamento por exemplo) Prognóstico → Depende: - Tipo histológico → Difuso de Lauren: pior - Grau histológico: pleomorfismo celular e indiferenciação I. Grau 1: bem diferenciado II. Grau 2: moderadamente diferenciado III. Grau 3: pouco diferenciado/indiferenci ado - Extensão do tumor - Invasão neoplásica angiolinfática/vascular sanguínea - Metástases; locais comuns: a. Tipo intestinal: fígado b. Tipo difuso de Lauren: peritônio c. Mulheres - ovário: tumor de Krukenberg II. Microscopia → Células não são coesas e não formam glândulas → Células arredondadas com muita mucina no citoplasma que desloca o núcleo para a periferia⇒ confere aspecto de anel de sinete Neoplasia difusa constituída porcélulas não coesas (seta: célula em anel de sinete) Célula em anel de sinete com mucinas no nas outras) → Células neoplásicas coesas formam glândulas, semelhantes às do intestino, com graus variados de diferenciação AC constituído por estruturas glandulares revestidas por células atípicas III. Epidemiologia → Mais prevalente → Em populações com alta incidência de CA gástrico (homens e idosos) → Infecção crônica porH. pylori → Sequência de eventos que levam à transformação maligna: a. Gastrite crônica b. Atrofia da mucosa gástrica c. Metaplasia intestinal d. Displasia e. Neoplasia → CA gástrico precoce vs. avançado ⇒ Classificação da OMS: I. Tubular (intestinal) II. Pouco coesivo: com ou sem células em anel de sinete (difuso) III. Mucinoso d. Linfonodo supraclavicular: Virchow e. Linfonodo periumbilical: Syster Mary-Joseph f. Linfonodo axilar: Irish Estadiamento clínico → Prognóstico de forma geral também depende do estadiamento TNM: - Tamanho: profundidade da invasão do tumor na parede - N: metástases em linfonodos regionais; infiltração linfonodal → diferenciar as cadeias linfonodais para saber a direção da disseminação do CA - Metástases a distância Tratamento → Pesquisar hiperexpressão de HER2 em CA gástrico (receptor de fator de crescimento): - Para poder utilizar drogas que bloqueiam esse receptor → Tratar H. pylori: reduz incidência de CA gástrico citoplasma, coradas pelo PAS Mucosa: camada superficial roxa/basófila Submucosa: camada frouxa e clara Camada muscular Metade superficial da lâmina própria: populada por células tumorais que cobrem as glândulas IV. Papilífero (intestinal) V. Misto VI. Outras formas raras (hepatoide, neuroendócrino, células escamosas, adenoescamoso, indiferenciado) As células tumorais são provenientes das glândulas mucosas e produzem muco como as células normais. Porém produzem muco excessivo, que fica retido na célula. Células neoplásicas têm crescimento excessivo, logo, comprimem e deslocam as glândulas mucosas normais, que têm estrutura tubular Células em anel de sinete: - O muco acumulado no citoplasma é claro, na forma de gotículas. - O núcleo fica excêntrico, hipercromático e com atipias (variação de forma, volume e cromatismo). - Células tumorais são soltas, e não aderem entre si para formar estruturas glandulares. - Isso porque elas perderam suas organelas de adesão intercelular e, com isso, podem penetrar facilmente em tecidos vizinhos (infiltração) e se propagar a órgãos distantes (metástases) https://anatpat.unicamp.br/lamdegn4.html Linfonodo acometido por metástase de AC gástrica Linfonodo acometido por metástase de AC gástrica Áreas róseas: tumor metastático - células de sinete etc; cor roxa escuro: tecido linfóide normal do linfonodo III. Epidemiologia → Jovens, homem e mulher → Não é precedido de lesões devidas a agressão crônica à mucosa https://anatpat.unicamp.br/lamdegn4.html PÓLIPOS E NEOPLASIAS DO INTESTINO INTESTINO DELGADO Tumores benignos → Leiomioma, adenoma e lipoma Adenomas (25%): - Únicos ou múltiplos - Múltiplos: PAF - Pediculados ou sésseis; - Duodeno e no íleo → Leiomiomas (20%): - Jejuno - Nódulos pequenos que crescem para a luz ou em direção ao peritônio. → Lipomas (15%): - Íleo distal - Pequenos e intramurais - Podem ulcerar e provocar hemorragia Lesões nodulares amareladas na submucosa intestinal Lesão constituída por tecido adiposo maduro Tumores malignos Incomuns e baixa frequência atribuída à: I. Trânsito intestinal rápido II. Escassez de bactérias III. Presença de IgA secretora IV. Resistência da mucosa à ação de agentes cancerígenos Adenocarcinoma → Características gerais: - Origem: mucosa duodenal, porção distal do colédoco, cabeça do pâncreas, própria papila → Morfologia - Duodeno: ampola de Vater - Tipo polipóide e ulcerativo → Manifestações clínicas - Assintomático por muito tempo ⇔ prognóstico ruim - Hemorragia profusa - Sangue oculto nas fezes → Epidemiologia - Acima de 50 anos - Homens (3:1) Adenocarcinoma de papila duodenal Lesão exofítica situada na papila duodenal → Obstrução biliar → Icterícia intermitente e colangite → Tratamento: ressecção cirúrgica INTESTINO GROSSO Mucosa colônica normal Epitélio colunar simples, contendo criptas glandulares e células caliciformes Glândulas (criptas glandulares): compostas por células colunares e caliciformes http://anatpat.unicamp.br/lamtgi6.html#polipos Tumores benignos (pólipos) PÓLIPOS NÃO NEOPLÁSICOS Pólipos hiperplásicos → Os mais frequentes no cólon → Retossigmoide → 60-70 anos → Pequenos 0,1 a 1,0 cm → Pólipossésseis e múltiplos, pequenas elevações na mucosa → Não provocam sintomas relevantes → Sem potencial de evolução maligna Obs.: distinguir pólipo hiperplásica de adenoma séssil serrilhado Pólipo hamartomatosos → Pólipos hamartomatosos: lesão proliferativa de células típicas da região, caracterizada pela falta de organização - Na camada muscular, entre as glândulas - Elementos da mucosa intestinal normal desorganizados → Podem ter mutações herdadas em oncogenes ou em genes supressores de tumor ⇒ CA TGI I. Pólipo juvenil II. Síndrome de Peutz-Jeghers III. Cowden Pólipos inflamatórios (pseudopólipos) → Lesões nodulares 0,2 a 1,5 cm → Ilhas de mucosa preservada adjacentes às úlceras. As úlceras se projetam na luz intestinal → Associadas a inflamações no cólon (colite ulcerativa de longa duração), úlceras e reparo da mucosa (prolapso da mucosa retal( http://anatpat.unicamp.br/lamtgi6.html#polipos Sésseis Microscopia → Hiperplasia das criptas + borda de aspecto serrilhado revestidas por células caliciformes e absortivas com manutenção da estrutura morfológica da mucosa Criptas alongadas com borda interna de aspecto serrilhado; presença de células caliciformes e absortivas com maturação preservada BIZU PÓLIPOS NEOPLÁSICOS (ADENOMAS) Adenomas de cólon → Únicos ou múltiplos, tamanho e aspecto variados → Potencial de evoluir para adenocarcinoma → Constituídos pela proliferação de células epiteliais com diferentes graus de bloqueio da diferenciação celular (displasia) - Atipias celulares: baixo-alto grau - Displasia de baixo grau: núcleos estão na porção basal + produção de mucinas preservada - Displasia de alto grau: perda da orientação basal dos núcleos e da produção de mucinas (mais frequente em lesões > 1,0 cm no reto e cólon esquerdo) → Localização: - Retossigmoide: 70% - Sigmóide: 20% - Porções proximais do cólon: 10% → Classificação I. Tubular II. Viloso: mais de 50% de sua extensão é constituída por estruturas papilíferas III. Tubuloviloso: componente viloso 25-50% → Avaliar se o adenoma apresenta focos de carcinoma intramucoso ou invasivo - Intramucoso: limitado até a muscular da mucosa: baixo potencial metastático (Vasos linfáticos estão abaixo dessa camada) - Invasivo: ultrapassa muscular da mucosa Adenoma tubular → Tipo mais comum: 75% dos pólipos neoplásicos → Cólon e reto (90%) → Lesões pequenas <1,0 cm e séssil; cresce e fica pediculado → Superfície lisa ou finamente aveludada Macroscopia Adenoma tubular do cólon → Lesão polipóide com superfície lobulada Adenoma viloso → Diagnóstico: por causa de sangramento retal → 10% dos pólipos neoplásicos → Pior prognóstico - Risco 10x maior de transformação maligna do que adenoma tubular → Localização: 25 cm distais do cólon → 60 anos Macroscopia → Lesão única com base de implantação larga e maior que adenoma tubular → Séssil de aspecto papilífero Adenoma viloso do cólon → Lesão séssil de aspecto papilífero Adenoma tubulovilloso → 15-20% dos pólipos neoplásicos Macroscopia → Localização: cólon e reto → Tumoração séssil ou pediculada Tumor pedunculado e superfície vilosa (projeções papilíferas dando aspecto de couve-flor) Microscopia Risco de malignidade é proporcional à quantidade de componente viloso → Componente viloso: projeções em dedo de luva com células cilíndricas com ápice voltado para a superfície da vilosidade → Lesão séssil > 4,0 cm ⇒ 40% AC → Adenoma tubular < 1,0 cm ⇒ raramente contémárea de carcinoma Pólipos pedunculados = adenomas tubulares Microscopia → Histologia: glândulas tubulares revestidas por epitélio colunar alto pseudoestratificado, com graus variados Microscopia → Histologia: projeções papilíferas revestidas por epitélio colunar alto pseudoestratificado com diferentes graus de displasia - Longas hastes semelhantes a dedos Perda da orientação basal dos núcleos e da produção de mucinas Não há células caliciformes → Componente tubular: glândulas de arquitetura tubular com ápice das células voltado para a luz da glândula Adenoma serrilhado séssil e tradicional de displasia → Lesão séssil ou plana → Cólon proximal → Arquitetura serrilhada das criptas - Similar à do pólipo hiperplásico, mas nos adenomas o aspecto serrilhado ocorre em toda extensão das glândulas, incluindo a base das criptas e as suas ramificações laterais BIZU → Lesão precursora do CA cólon associado à instabilidade de microssatélites Lesões precursoras de carcinoma de cólon Adenomas de cólon → Pólipo mais comum do cólon - Biópsia para graduar a lesão: identificar risco de desenvolver CA a partir dessa lesão → Risco de malignização: - Tamanho - Quantidade´de pólipos Progressão dos adenomas - displasia Quanto mais displasia ⇔ mais chance de malignização e virar carcinoma B ⇒ VIA DO ADENOMA SERRILHADO (10-20%) → BRAF, CIMP → Instabilidade de microssatélites (MSI) + defeitos no reparo do DNA: região do DNA que tem enzimas reparadoras ⇒ perda da expressão dessas enzimas - Microssatélites: sequências repetitivas de nucleotídeos, sujeitas a mutações - Mutações em microssatélites são um bom marcador de defeitos nos genes de reparo do DNA. - Perde reparo do DNA: não corrige erros de replicação ⇒ mutações Pólipos → Pólipos pediculados pequenos: ressecção com alça e curativo Pólipos hiperplásicos → Pólipos sésseis, pequenas elevações na mucosa → Não provocam sintomas relevantes → Característica histológica: hiperplasia das criptas + manutenção da estrutura morfológica estrutural da mucosa - Padrão histológico - Grau de displasia → Tipos histológicos I. Adenoma tubular (mais frequente): arranjo tubular, revestido por células com núcleos alongados e hipercromático, manutenção da polaridade basal na displasia de baixo grau II. Adenoma viloso: forma vilos III. Adenoma túbulo-viloso IV. Adenoma serrilhado-tradicional: mais raro → viloso V. Adenoma serrilhado-séssil: forma túbulos → dilatação das criptas até a base 3ª foto: observa-se infiltração (brotamentos na lâmina própria) - a partir daqui já é adenocarcinoma VIAS DE DESENVOLVIMENTO DO CA CÓLON A ⇒ VIA DO ADENOMA TUBULAR/CLÁSSICO (80-90%) → APC, KRAS, p53 I. Mucosa normal ⇒ Gene APC faz parte do primeiro evento da carcinogênese de CCR na síndroma PAF II. Mucosa de risco ⇒ Alteração de metilação ⇒ Inativação de alelos normais: ⇒ APC e beta-catenina III. Adenomas ⇒ KRAS: mutações em proto oncogenes ⇒ P53/DCC: perda de heterozigosidade em genes supressores de tumor: doença se expressa em homozigose IV. Carcinoma I. Adenoma com displasia de baixo grau → adenoma com atipias arquiteturais leves: - Proliferação de túbulos - Aumento do número de células - Núcleos alongados e hipercromáticos - Charuto II. Adenoma tubular com displasia de alto grau (pré-maligna): - Núcleos aumentam, ficam estratificados, redondos e grandes - Infiltração da lâmina própria → Lesão serrilhada: cólon proximal ★ Adenoma serrilhado séssil ★ Adenocarcinoma serrilhado ocorre mais no cólon proximal ○ Lesões plano elevadas, não formam pólipos ○ CA de crescimento muito rápido: CA de intervalo → cresce rápido, cresce no intervalo entre 2 colonoscopias (4/4 anos) ⇒ Risco de progressão: - Adenomas vilosos grandes - Tamanho, quantidade de pólipos e grau de displasia têm mais chance de progressão ⇒ Método de rastreio e diagnóstico - Edema de bário - RM - Retossigmoidoscopia - Colonoscopia - Sangue oculto nas fezes BIZU - pólipo pediculado → Pólipos grandes: biópsia → Pólipo hiperplásico microvesicular: leve serrilhamento da superfície associado com as criptas hiperplásicas Condição Polipose juvenil Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) Peutz Jeghers Síndromes associadas à pólipos intestinais Polipose juvenil PAF Peutz Jeghers Cowden Esclerose tuberosa → Pólipos juvenis: - É um pólipo hamartomatoso - Reto de crianças < 5 anos - Tumor pardo-avermelhado, pediculado, 1-3 cm - Torção, infarto e autoamputação - Histologia: glândulas dilatadas cisticamente e revestidas por epitélio mucossecretor - Estroma contém infiltrado inflamatório → Pólipos juvenis múltiplos no cólon, ID e estômago ⇒ caracterizam a síndrome da Polipose Juvenil - Herança autossômica dominante - TGF-beta - SMAD4 Características gerais → Doença genética de herança autossômica dominante, com alta penetrância → Gene APC mutado - Gene supressor de tumor: controla a proliferação celular da mucosa do cólon pela de sinalização da beta-catenina - Mutação adicionar do KRAS em 50% dos adenomas e adenocarcinomas → 4 formas I. Clássica: 500-2500 adenomas no cólon descendente e sigmóide II. Atenuada: 50 lesões no cólon proximal III. Síndrome de Gardner: adenomas + lesões extra intestinais (ossos) IV. Síndrome de Turcot: adenomas + gliomas (tumores dO SNC) Macroscopia → Numerosos pólipos intestinais, sésseis ou pediculados, que recobrem a mucosa do cólon → maioria é adenoma tubular Múltiplos pólipos pedunculados Epidemiologia → PAF é responsável por 1% dos casos de CA de cólon → 20-30 anos (idade de aparecimento de CA no IG em pacientes com polipose) → Indivíduos não tratados: 100% de risco de desenvolver CA cólon - Colectomia retal profilática em jovens para prevenir a evolução do pólipo para CA - Ocorre a superexpressão de oncogenes até desenvolver o CA → Câncer esporádico (80%) → PAF e risco de CCR:as mutações se refletem em displasias que progridem de baixo até alto grau V. Mucosa normal ⇒ Gene APC faz parte do primeiro evento da carcinogênese de CCR na síndroma PAF VI. Mucosa de risco ⇒ Alteração de metilação ⇒ Inativação de alelos normais: ⇒ APC e beta-catenina VII. Adenomas ⇒ KRAS: mutações em proto oncogenes ⇒ P53/DCC: perda de heterozigosidade em genes supressores de tumor: doença se expressa em homozigose VIII. Carcinoma → Rara → Herança autossômica dominante → Pacientes têm maior risco de CA útero, ovários, mama e pâncreas → Caracteriza-se por: I. Pólipos hamartomatosos múltiplos no TGI - ID (100%) - Cólon e reto (30%) - Estômago (25%) ⇒ Pólipos volumosos, pediculados e multilobulados II. Máculas pigmentadas na pele: hiperpigmentação melânica cutânea mucosa semelhante a lentigo, na mucosa oral, face, genitália e palma das mãos. → Histologia dos pólipos: Padrão arboriforme com feixes de tecido conjuntivo e células musculares lisas que septam estruturas glandulares revestidas por epitélio colunar alto com maturação preservada Microscopia → Pólipos são representados por adenomas com diferentes graus de displasia Adenomas pediculados Condição Morfologia Clínica/Sintomas Epidemiologia e Diagnóstico Adenocarcinoma de Cólon Macroscopia → Reto e sigmóide (região distal) 70% → Lesões: I. Úlcero-infiltrativa: → Mais frequente → Cresce em superfície e profundidade → Estenose → Forma úlcera com fundo necrótico e bordas elevadas e irregulares Lesão infiltrativa envolvendo toda a circunferência da luz intestinal II. Polipóides (Vegetantes) → Crescem em direção à luz como massas fungoides/couve-flor → Sintomas tardios; diagnóstico pela metástase → Prognóstico ruim III. Anular-constritiva ⇔ tumor em anel de guardanapo → Reto e sigmóide → Infiltra a parede de modo circular → Estenose devido à reação desmoplásica (proliferação de tecido fibroso) do estroma induzida pelas células neoplásicas → Compromete o trânsito intestinal ⇒ diagnóstico mais precoce AC anular e estenosante do sigmóide, com acentuada dilatação da região proximal ao tumor - Microscopia → Tumores bem diferenciados e constituídos por glândulas revestidas por células colunares com diferentesgraus de displasia → Padrão tubular ou viloso (mais frequentes): semelhante aos adenomas → Se tiver mucina extracelular: adenocarcinoma mucinoso Normal: 4 camadas (mucosa, submucosa, muscular e serosa) + pregas da mucosa Carcinoma: perda da estrutura, crescimento exofítico (faz saliência na luz → pólipo) e endofítico (infiltra todas as camadas) → Ceco e cólon direito: assintomático, silencioso - Fadiga, fraqueza e anemia ferropriva → Cólon esquerdo: manifesta obstrução intestinal progressiva com alteração do hábito intestinal, alteração nas fezes (fezes em fita) + diarreia e perda de sangue (hematoquezia ou sangue oculto nas fezes) - Fezes em fita, quebradiças: tumores distais, estenosantes BIZU → Distensão abdominal → Tenesmo: vontade de evacuar mas sem a sensação de esvaziamento completo → Febre, mal estar geral, perda de peso, dor abdominal → Complicações: obstrução e perfuração (abdome agudo) → Metástases linfonodais: tumor infiltra e se dissemina por via linfática Epidemiologia Mortalidade acompanha alta incidência → BR: 3º CA mais comum em homens 2º nas mulheres → Pico: 60-79 anos (idade de aparecimento de CA no IG em pacientes sem polipose familial) → 20% dos casos: < 50 anos → Sobrevida em 5 anos: 65% (40-90%) → Fatores de risco: - Homens brancos - Dieta: calórica, carne vermelha, pobre em vegetais (menos fibras, aumenta tempo de trânsito intestinal, altera microbiota) - Sedentarismo - Tabagismo - Alcoolismo - DII (Chron) - Hereditário: muitas síndromes associadas ao CCR I. PAF II. HNPCC: carcinoma hereditário não associado à polipoSE - Irradiação pélvica terapêutica (mais raro) Prognóstico → Pior prognóstico: invasão da Lesão séssil de bordas elevadas e centro ulcerado Dilatação a montante do cólon IV. Difusa AC bem diferenciado do cólon; glândulas irregulares revestidas por epitélio com atipias celulares de alto grau Tumor bem diferenciado: tumor em que as células formam glândulas com luz; → Tumor de baixo reto - Pode ter metástase em órgão (pulmão, fígado, ossos) sem ter linfonodo comprometido ⇒ disseminação hematogênica muscular própria, histologia mucinosa e pouco diferenciado - Metástases: fígado (drenagem venosa do cólon é para o sistema porta) Triagem → Colonoscopia: busca reduzir a mortalidade Diagnóstico → Em assintomáticos: descobre durante screening Estadiamento → TNM → Estabelecido pelo exame anatomopatológico Perda de diferenciação em células colunares e caliciformes + mitoses + atipias celulares Tumor infiltrando a camada muscular Tumor infiltrando a serosa (gordura) → células neoplásicas junto aos adipócitos
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