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Pólipos, adenoma e adenocarcinoma

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Fisiopato 
Pólipos, adenoma e 
adenocarcinoma 
Pólipos 
- São massas de tecido que se projetam para 
a luz do órgão
- Podem acometer toda a extensão do TGI
- São mais prevalentes no cólon e no reto
- Podem se desenvolver como resultado de 
hiperplasia de células epiteliais ou 
estromais, inflamação, ectopia ou neoplasia
- São evidentes através da endoscopia e da 
colonoscopia 
Classificação 
- Os pólipos são classificados :
Quanto á implantação 
. Sesseis
. Pediculados (massa nodular sustentada por 
uma haste inserida na mucosa, a qual é 
denominada pedículo) 
Quanto ao número 
. Únicos 
. Múltiplos 
Quanto á origem 
. Neoplasicos (possui 1 subtipo -> adenoma) 
. Não neoplasicos (possui 3 subtipos -> pólipos 
inflamatórios, hiperplasicos ou 
hamartomatosos)
Tipos 
-> Pólipos não neoplasicos :
1. Pólipos inflamatórios 
- São lesões nodulares pequenas associadas á 
inflamações no colon com ulceração e 
reparo da mucosa 
- São mais comuns em indivíduos entre os 50 
e 60 anos de idade e geralmente 
desenvolvem-se em associação com a 
Fisiopato 
gastrite crônica (a qual inicia a lesão que 
resulta na hiperplasia reativa e no 
crescimento do pólipo)
Etiologia 
- A causa subjacente é a síndrome da ulcera 
reta (a qual é caracterizada pelo 
comprometimento do relaxamento do 
esfíncter anorretal, criando um ângulo 
agudo na plataforma anterior do reto. Isso 
leva a abrasão recorrente e ulceração da 
mucosa retal sobrejacente)
- Ciclos crônicos de lesão e cicatrização 
produzem uma massa polipoide composta de 
tecido mucosal inflamado e reativo
- Pode haver herança genética 
- Podem se desenvolver por gastrite crônica 
(a qual inicia a lesão que resulta na 
hiperplasia reativa e no crescimento do 
pólipo) e gastrite por H.pylori 
Macroscopia 
- Pólipos sésseis, com superfície 
enantematosa, friável e ulcerada, 
confluentes
- Sangramento retal + secreção de muco + 
lesão inflamatória da parede anterior do 
reto 
Microscopia 
- Infiltrado inflamatório misto (linfócitos em 
maior quantidade) 
- Erosão 
- Aumento do número de vasos sanguíneos 
- Hiperplasia epitelial com hiperplasia 
fibromuscular da lâmina própria 
2. Pólipos hiperplasicos 
- Ocorrem em frequentemente no cólon 
esquerdo 
- São os mais frequentes 
- São menores que os inflamatórios (0,1-1cm) 
- Aparecem a partir da sexta década de vida
- Não apresentam potencial maligno 
- São sesseis e múltiplos 
Macroscopia 
- Pólipos sésseis múltiplos e pequenos, com 
superfície lisa e homogênea de aspecto 
mucoso
Fisiopato 
Microscopia 
- Empilhamento de células com aspecto 
serrilhado (arquitetura serrilhada na 
superfície da glândula) 
- Diminuição do turnover das células epiteliais 
nas criptas do cólon (pouca renovação 
celular e acúmulo/empilhamento de células 
caliciformes)
Etiologia 
- A causa subjacente é a síndrome da ulcera 
reta (a qual é caracterizada pelo 
comprometimento do relaxamento do 
esfíncter anorretal, criando um ângulo 
agudo na plataforma anterior do reto. Isso 
leva a abrasão recorrente e ulceração da 
mucosa retal sobrejacente)
- Ciclos crônicos de lesão e cicatrização 
produzem uma massa polipoide composta de 
tecido mucosal inflamado e reativo
- Pode haver herança genética 
- Podem se desenvolver por gastrite crônica 
(a qual inicia a lesão que resulta na 
hiperplasia reativa e no crescimento do 
pólipo) e gastrite por H.pylori 
3. Pólipos hamartomatosos 
- São lesões constituídas pelo tecido próprio 
do local onde o pólipo se desenvolve
- Possui maturação celular preservada, porém 
desorganizada e acelerada
- Podem ser isolados (esporádicos) ou 
associados a síndromes clínicas
- Podem apresentar mutações em oncogenes e 
em genes supressores tumorais
- Se classificam em : pólipos juvenis e 
síndrome de peutz 
• Pólipos juvenis (síndrome da polipose juvenil) 
. São o tipo mais comum de pólipos 
hamartomatosos
. Ocorrem, principalmente, no reto de crianças 
menores de 5 anos (1-2% crianças)
. Eventualmente, podem acometer jovens e 
adultos
. São lesões únicas (esporádicas) consideradas 
como malformações (pólipos de retenção)
. Caracterizam-se pela presença de ao menos 
3-5 pólipos juvenis ou múltiplos no cólon
. Podem resultar em displasia e possuem risco 
aumentado para adenoma/adenocarcinoma 
Etiologia 
. Herança autossômica dominante (20% dos 
casos) = mutações dos genes SMSD4 e 
BMPR1A
. Anomalias congênitas (15% dos casos) = má 
rotação intestinal, fenda palatina, polidactilias, 
malformações cranianas e cardíacas 
* Manifestações associadas à mutação do gene 
SMAD4 = teleangiectasia hemorrágica 
Fisiopato 
hereditária, polipose gástrica intensa, 
saciedade, dor e hipoproteinemia
Macroscopia 
. Lesões pardo-avermelhadas, geralmente 
pediculadas, medindo 1,0-3,0cm (podem sofrer 
torção, infarto e auto-amputação)
. Superfície lisa 
. Presença de espaços císticos 
Microscopia 
. Presença de glândulas com dilatação cística 
revestidas por epitélio mucossecretor
. Estroma com infiltrado inflamatório
. Maturação celular preservada porém 
desorganizada e acelerada 
• Síndrome de peutz-jeghers
. É um transtorno autossômico dominante raro 
definido pela presença de múltiplos pólipos 
hamartomatosos gastrointestinais e 
hiperpigmentação mucocutânea 
. Carrega risco aumentado para neoplasias 
malignas extra-intestinais (ex: adenocarcinoma 
ductal pancreático, adenoma maligno de colo 
uterino, tumor testicular de células de Sertoli 
calcificante de grandes células, câncer de 
mama, carcinoma de ovário, câncer de pulmão 
e colangiocarcinoma)
. Mutações heterozigóticas de perda de 
função na linha germinativa estão presentes 
em cerca de metade dos pacientes
. Caracteriza-se pela presença de pólipos 
grandes e pediculados, com contorno lobulado
. Os pólipos podem acometer o intestino 
delgado (100% dos casos), colon e reto (30% 
dos casos), estômago (25% dos casos), vias 
respiratórias e bexiga 
. 93% dos pacientes acometidos desenvolvem 
alguma neoplasia a partir dos 65 anos 
Etiologia 
. Herança autossômica dominantes = mutação 
na linhagem germinativa do gene LKB1/STK11 
presente em 70-80% das famílias acometidas
Manifestações clínicas 
. Dor abdominal intermitente secundária à 
intussuscepção
. Hiperpigmentação mucocutânea (pigmentação 
lábios e região peri-oral, máculas na mucosa 
oral e conjuntiva, sardas lineares nas 
pálpebras)
. Neoplasias extranodais 
Fisiopato 
Macroscopia 
. Pólipos volumosos, pediculados, lobulados e 
hiperpigmentados
. Áreas da mucosa hipopigmentadas 
Microscopia 
. Formação de uma rede arborizada 
(estruturas glandulares se ramificam e 
resultam em um aspecto arborizado) 
-> Pólipos neoplásicos :
1. Adenomas 
- São pólipos benignos que podem originar 
adenocarcinomas colorretais (são 
precursores de câncer colorretal)
- A maioria dos adenomas não progride para o 
adenocarcinoma
- São caracterizados pela presença da 
displasia epitelial
- Não há predileção por gênero
- Se classificam em tubulares, vilosos ou 
tubovilosos 
- A maioria tem comportamento benigno 
* O tamanho do pólipo é a característica mais 
importante que se correlaciona com o risco 
de malignidade (quanto maior o pólipo, mais 
chance dele ser maligno) 
Morfologia adenoma tubular
- Pólipos pequenos, pediculados, compostos 
por pequenas glândulas arredondadas ou 
tubulares
- Superfície varia de acordo com o padrão de 
crescimento epitelial anormal (textura pode 
se semelhante a de veludo ou de framboesa)
Morfologia adenoma viloso 
- Pólipos maiores, sésseis, recobertos por 
vilosidades delgadas
- Superfície varia de acordo com o padrão de 
crescimento epitelial anormal (textura pode 
se semelhante a de veludo ou de framboesa)
Fisiopato 
Morfologia adenoma tuboviloso 
- Mistura de elementos tubulares e vilosos 
2. Adenomas serrilhados sesseis 
- São pólipos hiperplásicos que apresentam 
potencial maligno semelhante aos adenomas
- Não apresentam características citológicas 
de displasia
- Apresentam arquitetura serrilhada em todo 
o comprimento da glândula- São mais comum no cólon direito 
Síndromes familiares 
1. Polipose adenomatosa familiar (PAF)
- Distúrbio autossômico dominante 
caracterizado pelo surgimento de múltiplos 
(ao menos 100) adenomas colorretais na 
adolescência 
- É causada por mutações do gene da polipose 
adenomatosa do cólon (APC)
- Uma contagem de pelo menos 100 pólipos é 
necessária para o diagnóstico de PAF 
clássica e vários milhares podem estar 
presentes
- O adenocarcinoma colorretal se desenvolve 
em 100% dos pacientes com PAF não 
tratada (normalmente antes dos 30 anos)
- A colectomia profilática é a terapia-padrão 
para pessoas portadoras de mutações de 
APC. No entanto, mesmo com a terapia os 
pacientes permanecem em risco de 
desenvolver manifestações extraintestinais
* Mutações específicas do gene APC também 
estão associadas ao desenvolvimento de 
outras manifestações de PAF como a 
Síndrome de Gardner (caracterizada por 
osteomas na mandíbula, crânio e ossos 
longos, cistos epidérmicos, tumores 
desmoides e da tireoide e anormalidades 
dentárias) e a Síndrome de Turcot (a mais 
rara, caracterizada por adenomas intestinais 
e tumores do sistema nervoso central) 
2. Câncer Colorretal Não Polipose Hereditário 
(CCHPN) 
- Também conhecido com síndrome de Lynch
- É caracterizado por um agrupamento de 
neoplasias malignas familiares situadas em 
diferentes sítios (cólon, endométrio, 
estômago, ovário, ureter, cérebro, intestino 
delgado, trato hepatobiliar e pele)
- A neoplasia de cólon tende a ocorrer em 
pacientes mais jovens e geralmente acomete 
o cólon direito 
- Tem associação com os adenomas 
serrilhados sesseis 
- É causado por mutações herdadas da 
linhagem germinativa em genes que 
codificam proteínas responsáveis pela 
detecção, excisão e reparo de erros que 
ocorrem durante a replicação do DNA (os 
Fisiopato 
genes MSB2 e MLH1) (os pacientes geram 
um gene mutado de reparação de DNA e um 
alelo normal) 
Adenocarcinoma 
- É a neoplasia maligna mais comum do trato 
gastrointestinal 
Fatores de risco 
- Antecedente de adenoma
- Fatores genéticos = mutações na APC, no 
KRAS, no TGF-beta, na TP53
- Homem ou mulher maior que 60 anos 
- Dieta pobre em fibras vegetais 
- Dieta rica em carboidratos resinados e 
gorduras
- Obesidade 
- Sedentarismo 
- Acoolismo e tabagismo 
- Uso de anti-inflamatórios não-esteroides 
Patogênese 
- O adenocarcinoma ocorre através de 
distúrbios que levam ao aumento da 
sinalização de WNT e a via de instabilidade 
microssatélite (a qual está associada a 
defeitos no reparo de DNA)
- Fora descritas 2 vias que mal em o acúmulo 
gradual de mutações múltiplas, a via APC/b-
cateina e a via de instabilidade de 
microssatélites 
• Via APC/b-cateina
1- A proteína APC é inativada e portanto não 
promove á degradação de B-cateina 
2- Com a perda da função da APC, a b-
catenina se acumula e transloca para o núcleo
3- No núcleo a b-cateina ativa a transcrição 
de genes que promovem proliferação (como os 
que codificam MYC e ciclina Dl) 
4- Isso resulta em mutações adicionais, como 
mutações de ativação em KRAS (que também 
promove o crescimento e evitam a apoptose), 
mutações nos genes SMAD2 e SMAD4 (a perda 
desses genes resulta no crescimento celular 
descontrolado pela falta de TGF-beta), 
mutações em TP53 
• Via de instabilidade de microssatélites
1- Perda de genes de reparo 
2- Acúmulo de mutações em repetições 
microssatélites
3- Mutações de BRAF 
4- Metilação de MLHI
Fisiopato 
Macroscopia 
• Adenocarcinoma de cólon proximal 
. Massas polipoides exofiticas que se estendem 
ao longo de uma parede do ceco de grosso 
calibre e cólon ascendente
. Podem causar obstrução 
• Adenocarcinoma de cólon distal 
. Lesões anulares 
. Estreitamento luminal 
. Constrições em anel de guardanapo 
Microscopia 
. Presença de células colunares altas (que se 
assemelham ao epitélio displásico encontrado 
em adenomas)
. Células em anel de sinet ao redor do tumor
. Mucina acumulada (prognóstico avançado)
. Glândulas 
. Desmoplasia estromal 
Manifestações clínicas 
• Adenocarcinoma colo retal direito
- Tumor de crescimento insidioso
- Fadiga, fraqueza, astenia
- Anemia ferropriva (em idosos e na mulher 
pós menopausa pode ser um indicio de 
câncer gastrointestinal)
- Sangue vivo nas fezes
• Adenocarcinoma colo retal esquerdo
- Tumor de crescimento insidioso
- Alteração do hábito intestinal
- Desconforto abdominal no quadra de inferior 
esquerdo (cólicas)
- Sangue oculto nas fezes
Referências 
- Patologia – Bases Patológicas das Doenças; 
Robbins & Cotran; 9ª ed.; 2016; Capítulo 
17.
- Patologia; Bogliolo; 7ª ed.; 2006; Capítulo 
21.

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