Buscar

Tabela Doenças das Vias Biliares e do Pâncreas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Condição principal Classificação Fisiopatologia Morfologia Epidemiologia Clínica
Anomalias
Congênitas
Pâncreas Divisum
Ocorre por uma falha de fusão dos sistemas de
ductos fetais dos brotos primordiais
pancreáticos dorsal e ventral
Drenagem inadequada das secreções
pancreáticas
A mais comum
Controvérsias sobre a predisposição
de indivíduos com divisum à
pancreatite crônica.
Pâncreas Anular
Porção de tecido pancreático normal em forma
de anel envolve completamente a segunda
porção do duodeno.
Pode produzir obstrução duodenal.
Pâncreas Ectópico
São restos embriológicos compostos por ácinos
pancreáticos, glândulas e ilhotas de Langerhans
com aparência normal
Principais locais das ectopias: estômago e o
duodeno, seguidos pelo jejuno, o divertículo
de Meckel e o íleo.
Encontrado em cerca de 2% das
autópsias de rotina.
Podem causar dor por inflamação
localizada
Agenesia Quando o pâncreas não se desenvolve Rara
PANCREATITE
Lesões que levam à
auto digestão do
pâncreas por suas
próprias enzimas.
Pancreatite Aguda
Lesão reversível do
parênquima
pancreático
associada à
inflamação
→ Resulta da liberação e ativação inadequadas
de enzimas pancreáticas, que destroem o tecido
pancreático e estimulam uma reação
inflamatória aguda.
→ Possíveis causas:
a. Cálculos biliares e lama biliar: aumenta a
pressão e leva ao acúmulo de líquido rico
em enzimas no interstício; lipase é
1. Extravasamentos microvasculares e edema,
2. Necrose gordurosa
3. Inflamação aguda
4. Destruição do parênquima pancreático
5. Destruição dos vasos sanguíneos e
hemorragia intersticial.
→ Forma mais leve: pancreatite aguda
intersticial
- Leve inflamação
- Edema intersticial
- Os ácidos graxos liberados
combinam com o cálcio para formar
sais insolúveis que conferem
aparência microscópica granular azul
às células adiposas.
→ 10 a 20 casos em cada 100.000
indivíduos.
→ Os cálculos biliares estão
presentes em 35% a 60% dos casos
→ 1 Homem : 3 Mulheres
- Dor abdominal aguda
constante e intensa na parte
superior das costas
- Síndrome da resposta
inflamatória sistêmica.
- Níveis plasmáticos elevados
de amilase e lipase.
○ 24h: elevação
acentuada dos níveis
séricos de amilase
○ 72-96h: aumento do
nível de lipase sérica
- Sequelas: abscesso
pancreático estéril e um
pseudocisto pancreático
→ Na pancreatite necrosante aguda:
- Restos necróticos infectados
por organismos
Gram-negativos a partir do
trato alimentar →
prognóstico ruim
produzida numa forma ativa e tem o
potencial de causar necrose da gordura
local.
b. Lesão de células acinares: liberação de
enzimas digestivas, inflamação e
autodigestão de tecidos pancreáticos;
radicais livres, provenientes do estresse
oxidativo, levam à oxidação lipídica da
membrana + atração de células
inflamatórias; cálcio e tripsina (altos
níveis de cálcio ⇒ ativação excessiva de
tripsina)
○ Caxumba
c. Transporte intracelular defeituoso de
proenzimas dentro das células acinares:
Enzimas pancreáticas indevidamente
liberadas no compartimento intracelular
contendo hidrolases lisossômicas.
→ Álcool: a ingestão crônica resulta na secreção
de fluido pancreático rico em proteína que leva à
deposição de condensações proteicas e à
obstrução de pequenos ductos pancreáticos.
Direita: região de necrose de gordura; centro;
necrose focal do parênquima pancreático
→ Forma mais grave: pancreatite necrosante
aguda
- Tecido pancreático é hemorrágico,
vermelho-enegrecido, com focos
branco-amarelados de necrose
gordurosa calcificada
Pancreatite Crônica
- Causa mais comum: abuso de álcool ao
longo do tempo
- Segue-se a episódios repetidos de
pancreatite aguda.
- A pancreatite aguda inicia uma
sequência de fibrose perilobular,
distorção ductal e alterações nas
secreções pancreáticas.
- Perda de parênquima
pancreático e fibrose.
- Inflamação prolongada do pâncreas
associada com:
○ Destruição irreversível do
parênquima exócrino
○ Destruição do parênquima
endócrino (nos estágios mais
- Fibrose
- Atrofia
- Destruição de ácinos e dilatação
variável de ductos pancreáticos
→ Macro:
- Glândula rígida
- Ductos dilatados contendo
concreções calcificadas
- Infiltrado inflamatório crônica em
torno dos lóbulos e ductos
→ Homens de meia-idade
- Dor abdominal intermitente
ou persistente
- Má absorção intestinal
- Diabetes
- O diagnóstico da pancreatite
crônica exige um alto grau
de suspeição
○ Icterícia ou elevações
dos níveis séricos da
fosfatase alcalina
podem indicar
obstruções por
cálculos
○ Visualização de
calcificações no
pâncreas através de
TC USG
○ Perda de peso e
avançados)
- Perda de parênquima pancreático
(células acinares)
- Perda das funções exócrina e endócrina
- Alto risco de desenvolvimento de
pseudocistos
- Fatores fibrogênicos: levam a
proliferação de miofibroblastos, secreção
de colágeno e remodelamento da MEC
- Fator transformante do
crescimento-β (TGF-β)
- Fator de crescimento derivado de
plaquetas
→ Micro:
Fibrose e atrofia extensas deixaram:
Esquerda: ilhotas residuais
Direita: ductos residuais
+ Células inflamatórias crônicas e
alguns focos do tecido acinar.
Ducto dilatado com concreção luminal
eosinofílica densa → característica da
pancreatite crônica por abuso de álcool
edema: devido à
baixa albumina pela
má absorção
causada pela
insuficiência
pancreática exócrina
- Prognóstico ruim
Cistos não
neoplásicos
Cistos congênitos → Resultam do desenvolvimento anômalo dos
ductos pancreáticos.
→ Cistos uniloculares, com parede delgada
→ Tamanho: de lesões microscópicas até 5
cm de diâmetro
→ Revestimento
- Epitélio cúbico uniforme e brilhante
- Se a pressão intracística for alta: camada
de células delgada e aplanada.
→ Cistos congênitos são envolvidos em uma
cápsula fibrosa fina e preenchidos com um
líquido seroso claro.
→ Podem ser esporádicos, ou parte
de condições hereditárias
- Doença renal policística
autossômica dominante:
coexistem cistos nos rins,
fígado e pâncreas
- Doença de von
Hippel-Lindau: as neoplasias
vasculares são encontradas
na retina e no cerebelo ou no
tronco cerebral, em
associação com cistos
congênitos no pâncreas,
fígado e rim.
Pseudocistos
→ Geralmente surgem na sequência de um
ataque de pancreatite aguda, principalmente
quando sobreposta à pancreatite alcoólica
crônica.
→ Lesões traumáticas no pâncreas também
podem originar pseudocistos.
→ Pseudocistos são formados quando áreas de
necrose hemorrágica da gordura intra
pancreática e peripancreática são isoladas por
tecido fibroso e tecido de granulação
→ Coleções localizadas de material necrótico
e hemorrágico, ricas em enzimas
pancreáticas
→ Não possuem um revestimento epitelial
(daí o prefixo “pseudo”).
→ Solitários
→ Podem estar dentro do pâncreas, no saco
omental menor ou no retroperitônio, entre o
estômago e o cólon transverso, ou entre o
estômago e o fígado
→ Tamanho: 2-30cm de diâmetro.
Cisto mal definido com parede
marrom-escura necrosada
O cisto não tem revestimento epitelial. É
revisto por fibrina e tecido de granulação
→ Responsáveis por
aproximadamente 75% de cistos no
pâncreas.
Neoplasias
Neoplasias císticas
→ 5% a 15% de
todos os cistos
pancreáticos são
neoplásicos
→ As neoplasias
Geral
→ Neoplasias serosas císticas: inteiramente
benignas
→ Neoplasias papilares intraductais mucinosas
e neoplasias císticas mucinosas:
císticas
correspondem a
menos de 5% de
todas as neoplasias
pancreáticas
pré-cancerígenas.
CISTOADENOMAS: neoplasia cística serosa (25%
das neoplasias císticas)
→ Benignas
→ Neoplasias multicísticas
→ Geralmente ocorrem na cauda do pâncreas.
→ A inativação do gene supressor de tumor VHL
é a anormalidade genética mais comum em
neoplasias císticas serosas.
→ Cistos pequenos (1 a 3 mm), revestidos por
células cúbicas ricas em glicogênio, e contêm
um líquido fino, claro e cor de palha.
Visível uma borda fina de parênquima
pancreático
Cisto revestidos por epitélio cuboide sem
atipia
→ 2x mais frequentes em mulheres
do que em homens
→ Aparecem na 6ª a 7ª décadas de
vida, com sintomas inespecíficos,
como dores abdominais.
→ Sintomas inespecíficos,como
dores abdominais.
→ Detectados acidentalmente em
exames de imagem
→ Ressecção cirúrgica é curativa
Neoplasias císticas mucinosas
→ Não invasiva e curável, podendo progredir
para carcinoma invasivo incurável
→ Geralmente surgem na cauda do pâncreas e
se apresentam como massas de crescimento
lento e indolores.
→ ⅓ neoplasias císticas mucinosas ressecadas
cirurgicamente abriga um adenocarcinoma
invasivo associado.
→ Cavidades císticas são maiores do que as
presentes nas neoplasias císticas serosas.
→ Cavidades preenchidas com mucina
espessa e tenaz e revestidas por um epitélio
colunar produtor de mucina associado a um
estroma denso semelhante ao estroma do
ovário.
→ 95% das neoplasias císticas
mucinosas surgem em mulheres
→ Embora a ressecção cirúrgica
seja curativa para neoplasias
císticas mucinosas não invasivas,
metade dos pacientes com
carcinoma invasivo provenientes de
um tumor cístico mucinoso morrerá
de sua doença.
→ A detecção e o tratamento
precoces antes de um câncer
invasivo se desenvolver são
fundamentais.
→ O oncogene KRAS e os genes supressores de
tumores TP53 e RNF43 são frequentemente
mutantes nessas neoplasias.
Cisto multiloculado mucinoso na cauda do
pâncreas. Os cistos são grandes e cheios de
mucina espessa.
Os cistos são revestidos por epitélio colunar
mucinoso, e um denso estroma “ovariano” é
observado. Tem displasia de baixo grau
também
Neoplasias intraductais papilares mucinosas
(NIPMs)
→ Não invasiva e curável, podendo progredir
para carcinoma invasivo incurável
→ Neoplasias produtoras de mucina que
comprometem os grandes ductos do pâncreas.
→ Envolvem a cabeça do pâncreas com mais
frequência do que a cauda.
→ 10-20% são multifocais.
→ Podem progredir para um câncer invasivo
→ Duas características são importantes na
distinção entre as NIPMs e as neoplasias
císticas mucinosas:
a. Ausência do denso estroma
“ovariano” visto em neoplasias
císticas mucinosas
b. Envolvimento de um ducto
pancreático
→ Mais frequentemente em
homens do que em mulheres
→ A detecção precoce e o
tratamento de NIPMs antes de
progredir para um câncer invasivo
são fundamentais.
→ As mutações frequentes nos oncogenes GNAS
e KRAS e nos genes supressores de tumor TP53,
SMAD4 e RNF43 foram relatadas nessas
neoplasias
Neoplasia papilar proeminente distendendo
o ducto pancreático principal.
A neoplasia envolve o ducto pancreático
principal (à esquerda) e se estende para
dentro dos menores ductos e dúctulos (à
direita).
Neoplasia sólida pseudopapilar
→ Neoplasia grande maligna e bem circunscrita
→ Relacionada à hiperativação da via de
sinalização Wnt devido a mutações ativadoras
adquiridas do oncogene CTNNB1 (β-catenina).
→ Componentes sólidos e císticos cheios de
detritos hemorrágicos.
→ As células neoplásicas crescem em
grupamentos sólidos, ou, como projeções
pseudopapilares, e muitas vezes parecem ser
pouco coesas.
→ Incomum
→ Mulheres jovens.
→ Desconforto abdominal devido à
sua grande dimensão.
→ A ressecção cirúrgica é o
tratamento indicado. Embora
algumas neoplasias sólidas
pseudopapilares sejam localmente
agressivas, a maioria dos pacientes
é curada após a ressecção cirúrgica
completa do tumor.
Carcinoma
pancreático
Características:
→ Carcinomas ductais: adenocarcinomas que
→ 60% são na cabeça
→ 15% no corpo
→ 4ª principal causa de mortes por
câncer nos Estados Unidos, → Silenciosos até que invadam as
(Adenocarcinoma
ductal infiltrante)
recapitulam até certo ponto o epitélio ductal
normal, ao formar glândulas e secretar mucina.
→ Altamente invasivo e provoca uma reação
intensa no hospedeiro na forma de fibrose
estromal densa (“resposta desmoplásica”).
→ O câncer de pâncreas frequentemente cresce
ao longo dos nervos e invade o retroperitônio.
Pode invadir diretamente o baço, as glândulas
suprarrenais, a coluna vertebral, o cólon
transverso e o estômago.
→ Acometimento dos linfonodos
peripancreáticos, gástricos, mesentéricos,
omentais e porta-hepáticos + vasos + nervos
→ Metástases a distância: fígado e pulmões.
Carcinoma da cabeça:
→ Obstrui o ducto biliar comum distal à medida
que este avança pela cabeça do pâncreas.
→ Consequência: distensão da árvore biliar em
cerca de 50% nos pacientes com carcinoma da
cabeça do pâncreas.
→ Lesões precursoras: não invasivas bem
definidas, em pequenos ductos ⇒ neoplasia
intraepitelial pancreática (NIPan)
NIPpan 3, envolvendo um pequeno ducto
pancreático
Progressão NIpan-carcinoma
→ Epitélio não neoplásico ⇒ NIpans ⇒
carcinoma invasivo.
→ NIpans: encontradas no parênquima
pancreático adjacente aos carcinomas
infiltrativos.
→ Células epiteliais das NIpans apresentam um
→ 5% na causa
→ 20% envolve difusamente toda a glândula
→ Rígidos, branco-acinzentados, estrelados
e com massal mal definidas
Parênquima pancreático e um ducto
pancreático normais (à esquerda), uma
massa mal definida com o estreitamento do
ducto pancreático (centro), que se mostra
dilatado à direita da massa.
Glândulas irregulares estão presentes no
estroma densamente fibroso, no pâncreas;
algumas células inflamatórias também estão
presentes.
Micro:
→ Aparência é de um adenocarcinoma
moderadamente a pouco diferenciado,
formando estruturas tubulares abortivas ou
um aglomerado de células, e demonstrando
um padrão de crescimento agressivo e
profundamente infiltrativo
→ Glândulas malignas são irregulares e
estão revestidas por células epiteliais
pleomórficas cubóides e/ou colunares.
precedido apenas pelo câncer de
pulmão, de cólon e de mama
→ A taxa de sobrevida de 5 anos é
menos de 5%.
→ Adultos mais velhos: 80% dos
casos ocorrem em pessoas com
idade entre 60 e 80 anos.
→ Negros
→ Indivíduos com ascendência
judaica Ashkenazi.
→ Tabagismo: 2x risco
→ Dieta gordurosa
→ Fatores de risco: pancreatite
crônica e diabetes melito.
→ Mutações no BRCA2:
responsáveis por cerca de 10% dos
casos de câncer de pâncreas em
judeus Ashkenazi.
→ Mutações germinativas em
CDKN2A estão associadas ao
câncer de pâncreas e quase
sempre são observadas em
indivíduos de famílias com um
aumento da incidência de
melanoma, que também abriga
frequentemente mutações com
perda de função de CDKN2A.
estruturas adjacentes.
→ Dor
→ Icterícia obstrutiva
→ Sinais da doença avançada:
perda de peso, anorexia, fraqueza e
sensação de mal-estar generalizado
→ A tromboflebite migratória,
conhecida como síndrome de
Trousseau: ocorre em cerca de 10%
dos pacientes
→ Menos de 20% dos cânceres de
pâncreas são ressecáveis no
momento do diagnóstico, devido a
invasão de estruturas adjacentes ou
metástases distantes
encurtamento dos telômeros, o que pode
predispor ao acúmulo progressivo de
anormalidades cromossômicas e ao
desenvolvimento de carcinoma invasivo
Pancreatite crônica, diabetes e CA pâncreas:
→ Pequenos focos de câncer de pâncreas
podem também bloquear os ductos pancreáticos
e produzir a pancreatite crônica.
→ O diabetes pode se desenvolver como
consequência do câncer de pâncreas e o
diabetes melito de início recente em um paciente
idoso pode ser o primeiro sinal de que o
paciente tem câncer de pâncreas.
Genes:
a. KRAS (cromossomo 12p): é o oncogene
mais frequentemente alterado no câncer
de pâncreas, com mutações presentes
em 90% a 95% dos casos.
b. CDKN2A (cromossomo 9p): é inativado
em 95% dos cânceres de pâncreas,
tornando-se o gene supressor de tumor
mais frequentemente inativado nessas
neoplasias.
c. SMAD4 (cromossomo 18q): inativado em
55% dos cânceres de pâncreas.
d. TP53 (cromossomo 17p): inativação do
gene supressor tumoral TP53 ocorre em
70% a 75% dos cânceres de pâncreas.
Condição principal Classificação Fisiopatologia Morfologia Epidemiologia Clínica
Colelitíase Cálculos decolesterol
→ Concentrações de colesterol > Capacidade de
solubilização da bile (supersaturação)
→ 50% de monoidrato de colesterol cristalino → Povos ocidentais
→ Sexo feminino
→ 75% assintomático ao longo da
vida
→ Nucleação de cristais de colesterol acelerada
→ Hipomotilidade da vesícula biliar
→ Hipersecreção de muco na vesícula (causa
retenção de cristais nucleados)
→ Exclusivamentena vesícula biliar
→ Podem ser de colesterol puro (100%) até
50%
↪ Colesterol puro: amarelo claro,
redondos a ovóides, superfície dura e
finamente granular. Podem ser
radiolucentes
→ Com o aumento de carbonato de cálcio e
bilirrubina os cálculos se tornam mais
branco-acinzentados a pretos e podem ser
lamelares e radiopacos
→ Múltiplos cálculos podem ter superfícies
facetadas ou arredondadas (justaposição)
→ Idade avançada
→ Hormônios femininos
→ Estase biliar
→ Cólica biliar (após refeição
gordurosa)
↪ Dor no quadrante superior
direito ou região epigástrica
Complicações severas
→ Empiema (exsudato é
praticamente pus puro)
→ Perfuração
→ Fístula
→ Inflamação da árvore biliar
(colangite)
→ Colestase obstrutiva
→ Pancreatite
CÁLCULOS MENORES SÃO MAIS
PERIGOSOS POIS PODEM PASSAR
PELOS DUCTOS CÍSTICOS E CAUSAR
OBSTRUÇÃO
→ Cálculos maiores podem causar
erosão para alça adjacente e
obstrução intestinal (Síndrome de
Bouveret ou íleo do cálculo biliar)
Associados ao risco aumentado de
carcinoma da vesícula biliar
Cálculos
pigmentados
→ Os sais de cálcio derivam de bilirrubina não
conjugada
→ Doenças que causem aumento da bilirrubina
indireta são fatores de risco para cálculos
pigmentados
→ Infecções do trato biliar provocam liberação
de beta-glicuronidases microbianas, provocando
hidrólise de glicuronídeos de bilirrubina
→ Sais de bilirrubinato de cálcio
→Marrom
↪ Grandes ductos biliares infectados
↪ Laminados e macios
↪ Consistência saponácea ou oleosa
↪ Radiolucentes (sabões de cálcio)
→ Preto
↪ Vesícula biliar estéril
↪ Bastante friáveis
↪ Contornos espiculados e moldados
↪ Radiopacos
→ Povos orientais
→ Infecções bacterianas da árvore
biliar
→ Infestações parasitárias
→ Anemias hemolíticas crônicas
OBS.: Todos os tipos de cálculos possuem glicoproteínas de mucina que constituem o esqueleto e o cimento entre suas partículas
Colecistites
Colecistite Aguda
→ Precedida em
90% dos casos por
obstrução do colo
da vesícula ou ducto
cístico por
colelitíase
Calculosa
→ Irritação química e inflamação causadas pela
obstrução devido ao cálculo
↪ Fosfolipases hidrolisam lecitinas luminais
até estas se tornarem tóxicas
→ Camada de muco rompida = exposição da
mucosa à ação detergente dos sais
→ Liberação de prostaglandinas = aumento da
pressão intraluminal
OBS.: Eventos na ausência de infecção
→ Vesícula aumentada e tensa
→ Coloração vermelho-brilhante, violácea ou
verde-enegrecida (hemorragias subserosas)
→ Serosa coberta por exsudato fibrinoso
(fibrinopurulento em casos graves)
→ Única diferença morfológica entre
colecistite acalculosa e calculosa aguda é a
ausência de cálculos na forma acalculosa
→ Na colecistite calculosa, a luz da vesícula
biliar pode conter um ou mais cálculos e está
preenchida por uma bile nebulosa ou turva,
que contém grandes quantidades de fibrina,
pus e hemorragia
→ Em casos leves, a parede da vesícula biliar
está espessada, edematosa e hiperêmica
→ Em casos mais severos, ela é transformada
em um órgão necrótico verde-enegrecido,
chamado de colecistite gangrenosa, com
perfurações pequenas a grandes
→ Inflamação é predominantemente
neutrofílica
→ A invasão de organismos formadores de
gás, notavelmente clostridia e coliformes,
pode causar uma colecistite "enfisematosa
aguda”
→ Colecistite calculosa aguda é
comum em diabéticos
→ Razão mais comum para
colecistectomia de emergência
→ Dor progressiva no quadrante
superior direito ou epigástrica, que
dura mais de 6 horas
→ Frequentemente associado com
febre baixa, anorexia, taquicardia,
sudorese, náuseas e vômitos
→ A maioria dos pacientes não
apresenta icterícia, e a presença de
hiperbilirrubinemia sugere
obstrução do ducto biliar comum
→ Leucocitose leve a moderada
pode ser acompanhada por
elevações leves nos valores de
fosfatase alcalina sérica
→ Até 25% exigem intervenção
cirúrgica imediata. A recorrência é
comum em pacientes que se
recuperam sem cirurgia
Acalculosa
→ Resulta da isquemia
→ Inflamação + edema = Comprometimento do
fluxo sanguíneo
→ Estase biliar + Acúmulo de cristais de
colesterol + bile viscosa + muco = Obstrução do
ducto cístico
→ Colecistite acalculosa (sem
cálculo) ocorre em pacientes com
doenças graves
↪ Sepse com hipotensão e
falência de múltiplos
órgãos
↪ Imunossupressão
↪ Trauma de grande porte e
queimaduras
↪ Diabetes melito
→ Sintomas clínicos tendem a ser
mais insidiosos, uma vez que são
obscurecidos pelas condições
subjacentes que precipitam os
ataques
→ Grande parte dos pacientes não
apresenta sintomas referentes à
vesícula biliar; portanto, o
diagnóstico depende de um alto
↪ Infecções índice de suspeita
→ A incidência de gangrena e
perfuração é muito maior na
colecistite acalculosa que na
calculosa
→ Em raros casos, uma infecção
bacteriana primária pode originar
colecistite acalculosa aguda devido
a agentes como Salmonella typhi e
estafilococos
→ Uma forma mais indolente da
colecistite acalculosa aguda pode
ocorrer no contexto de vasculite
sistêmica, doença isquêmica
aterosclerótica severa em idosos, em
pacientes com AIDS e com infecção
do trato biliar.
Colecistite Crônica
→ Sequela de surtos repetidos de colecistite
aguda leve a severa
→ Associada a colelitíase em mais de 90% dos
casos
↪ Observado em vesículas retiradas em
cirurgias eletivas por cálculo
→ A colecistite acalculosa crônica exibe
sintomas e histologia semelhantes aos da forma
calculosa
→ Supersaturação da bile predispõe à
inflamação crônica e, na maioria dos casos, à
formação de cálculos
→ Microrganismos, geralmente E. coli e
enterococos, podem ser cultivados da bile em
aproximadamente um terço dos casos
→ Ao contrário da colecistite calculosa aguda, a
obstrução do fluxo da vesícula biliar não é um
requisito
→ Serosa é lisa e brilhante, mas pode estar
apagada por fibrose subserosa
→ Aderências fibrosas densas podem
permanecer como sequelas de uma
inflamação aguda preexistente
→ Ao corte, a parede está espessada e
apresenta um aspecto opaco,
branco-acinzentado
→ Nos casos não complicados, a luz contém
bile mucóide verde-amarelada e geralmente
cálculos. A mucosa em si, em geral, é
preservada
→ Ao exame histológico, em casos de
inflamações mais leves, apenas linfócitos
difusos, plasmócitos e macrófagos são
encontrados na mucosa e no tecido fibroso
subseroso
→ Mesmas observadas para os
cálculos da vesícula
→ Ataques recorrentes de dor
estável no epigástrio ou no
quadrante superior direito
→ Náuseas, vômitos e intolerância a
alimentos gordurosos
→ Complicações:
↪ Superinfecção bacteriana
com colangite ou sepse
↪ Perfuração da vesícula biliar
e formação local de
abscesso
↪ Ruptura da vesícula com
peritonite difusa
↪ Fístula entérica biliar
(colecistoentérica), com
drenagem de bile nos órgãos
adjacentes, entrada de ar e
bactérias na árvore biliar e
possível obstrução intestinal
induzida por cálculo (íleo)
↪ Agravamento de condições
médicas preexistentes
(descompensação cardíaca,
pulmonar, renal ou hepática)
→ Em inflamações avançadas, há fibrose
subepitelial e subserosa pronunciada, além
de infiltração de células mononucleares
→ A proliferação reativa da mucosa e a fusão
das pregas mucosas podem originar criptas
encobertas de epitélio no interior da parede
da vesícula
→ A evaginação do epitélio da mucosa pela
parede (seios de Rokitansky-Ascho�) pode
ser bastante proeminente e contém bile
→ A presença de alterações inflamatórias
agudas implica exacerbação aguda de uma
vesícula já lesada cronicamente
→ Calcificação distrófica extensa no interior
da parede da vesícula pode produzir vesícula
em porcelana, associada ao câncer (RARO)
→ Na colecistite xantogranulomatosa, a
vesícula biliar apresenta parede
extremamente espessada, encolhida, nodular
↪ Vesícula em porcelana
e cronicamente inflamada, com focos de
necrose e hemorragia
↪ Devido à ruptura dos seios de
Rokitansky-Ascho� na parede da
vesícula biliar + acúmulo de
macrófagos que ingeriram
fosfolípidos biliares
→ Vesícula atrófica, cronicamente obstruída
e frequentemente dilatada, pode conter
apenas secreções claras,uma condição
conhecida como hidropsia da vesícula biliar.
Neoplasia Maligna Carcinoma deVesícula Biliar
→ Neoplasia maligna mais comum do trato biliar
extra-hepático
→ Os fatores de risco mais importantes são os
cálculos biliares (95% dos casos)
↪ No entanto, apenas 1%-2% dos pacientes
com cálculos biliares desenvolvem
câncer da vesícula biliar
→ Infecções bacterianas ou parasitárias
crônicas podem ser fatores de risco, e a
coexistência de cálculos biliares com o câncer
da vesícula biliar é muito menor
→ O traço comum que une os cálculos biliares ou
infecções crônicas e câncer da vesícula biliar é
uma inflamação crônica
→ Alterações moleculares recorrentes, as quais
podem ser alvos “acionáveis” da terapia
↪ Oncoproteína ERBB2 (Her-2/neu)
sobre-expressa
↪ Direcionamento de inibidores de
moléculas pequenas ou anticorpos
monoclonais contra ela
↪ Mutações de genes de remodelação da
cromatina, como o PBRM1 e MLL3
Padrões de crescimento: infiltrante e exofítico.
→ Infiltrante:
↪ Mais comum
↪ Área mal definida de espessamento e
endurecimento difuso mural
↪ Ulceração profunda pode causar
penetração direta no fígado ou
formação de fístula para vísceras
adjacentes para as quais a neoplasia
tenha crescido
↪ Tumores cirrosos e de consistência
firme
→ Exofítico:
↪ Cresce para a luz como massa
irregular, em forma de couve-flor, mas,
ao mesmo tempo, invade a parede
subjacente
→ Maioria dos carcinomas da vesícula biliar
corresponde a adenocarcinomas
→ Podem ter arquitetura papilar e são bem a
moderadamente diferenciados; outros são
infiltrativos e pouco diferenciados a
→ Cerca de 6.000 novos casos de
câncer da vesícula biliar são
diagnosticados a cada ano nos
Estados Unidos
→ Chile, Bolívia e norte da Índia,
abrigam o maior número de casos
→ Áreas com grande número de
populações nativas americanas ou
hispânicas têm maior incidência do
que o resto do país
→ Pelo menos duas vezes mais
comum em mulheres do que em
homens
→ A maioria dos pacientes é
diagnosticada em um estágio
avançado e cirurgicamente
irressecável
→ Média de sobrevida em 5 anos
para esses pacientes é inferior a
10%.
→ Diagnóstico pré-operatório é
exceção e não a regra, ocorrendo em
menos de 20% dos pacientes
→ Os sintomas são insidiosos e
tipicamente indistinguíveis daqueles
associados com colelitíase: dor
abdominal, icterícia, anorexia,
náuseas e vômitos
→ A detecção precoce pode ser
possível em:
↪ Pacientes com vesícula biliar
palpável e colecistite aguda
antes da invasão
↪ Achado incidental durante
uma colecistectomia por
cálculos sintomáticos
→ A ressecção cirúrgica,
frequentemente incluindo o fígado
adjacente, é o único tratamento
efetivo, porém regimes
quimioterápicos também são usados
indiferenciados
↪ Tumores papilares em geral
apresentam melhor prognóstico que
os outros tumores
→ Cerca de 5% são carcinomas de células
escamosas ou apresentam diferenciação
adenoescamosa
→ Uma minoria pode exibir aspectos
carcinoides ou uma variedade de
características mesenquimais
(carcinossarcoma)
→ Ao serem descobertas, a maioria dessas
neoplasias já invadiu centrifugamente o
fígado, e muitas já se estenderam para ducto
cístico, ductos biliares adjacentes e
linfonodos portais-hepáticos
→ O peritônio, o trato gastrointestinal e os
pulmões são locais comuns de semeadura.
→ Pode-se encontrar lesões pré-neoplásicas
(displásicas) no epitélio adjacente ao câncer
invasivo, ou em vesículas biliares com
colelitíase de longa data
↪ Displasias planas
↪ Variados graus de atipia celular,
incluindo o carcinoma in situ
→ Adenomas polipoides da vesícula biliar
são precursores incomuns aos
adenocarcinomas invasivos e abrigam
alterações genéticas distintas

Continue navegando