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Cimentação em prótese fixa - Fases: 1 – Fase inicial do tratamento; 2 – Técnicas baseadas em evidências científicas, materiais e equipamentos: *Preparos com finalidade protética *Confecção de coroas provisórias *Procedimento de moldagem de trabalho *Confecção de modelos *Confecção da restauração *Ajustes *Procedimentos de cimentação *Manutenção de controle 3 – Controle. - A cimentação, de uma coroa unitária ou de uma prótese fixa de 3 ou de 5 elementos, está diretamente relacionada com o sucesso final do trabalho e para que ela seja realizada da forma adequada é necessário saber qual o material utilizar, como ele deve ser utilizado e essa cimentação também vai depender da habilidade que o dentista tem para realizar essa etapa clínica. Cimentação temporária - Usada obrigatoriamente para cimentação das coroas provisórias e também em alguns trabalho finais mais extensos, aí se faz necessária uma cimentação temporária para se ter certeza da questão do ajuste oclusal, da estética, da satisfação do paciente pra só depois de certo período fazer a substituição pelo definitivo. Objetivos - Fixar temporariamente próteses provisórias ou definitivas; - Permitir ao operador realizar sua remoção, quando necessário; - Para tal, utiliza-se uma substância moldável, que veda as partes envolvidas mantendo-as unidas por tempo indeterminado (Para isso temos duas substâncias: Cimentos a base de óxido de zinco e eugenol e os cimentos de hidróxido de cálcio). - Recuperação do complexo dentina- polpa - Saúde periodontal – adaptação cervical - Efetividade da função mastigatória - Necessidade de possíveis correções estéticas (forma, contorno e cor) - Grau de higienização do paciente Base de hidróxido de cálcio - Indicações: Em preparos de dentes vitalizados. - Contra-indicações: Cimentação provisória de próteses definitivas com infra-estrutura metálica, por questão de adesão. - Vantagens: Auxilia na dessensibilização da dentina após o preparo, não interfere na polimerização da resina autopolimerizável e promove um bom selamento marginal. - Desvantagens: É solúvel aos fluídos bucais, possui baixa resistência, a limpeza da prótese provisória é dificultada pela grande espessura do cimento e, além disso, pode oxidar em contato com a superfície metálica (diminui a questão da adesão e com isso diminui a resistência, ou seja, diminui a efetividade da cimentação). Base de óxido de zinco e eugenol - Indicações: Em preparo de dentes vitalizados e desvitalizados - Contra-indicações: Próteses provisórias que ficarão um longo período sem serem removidas. - Vantagens: fácil aplicação em meio úmido, promove um bom selamento marginal e possui boas propriedades sedativas. - Desvantagens: O eugenol presente nesse cimento dificulta a polimerização da resina acrílica em novos reembasamentos. Em função desse problema versões sem eugenol foram lançadas. *A principal desvantagem dos cimentos temporários quando utilizados por períodos prolongados é que pelo fato deles serem temporários eles possuem uma menor resistência e conseqüentemente já que são menos resistentes são mais solúveis aos fluidos bucais. - Apresentação comercial desses cimentos são duas pastas: Uma base e uma catalisadora – Mistura em partes iguais, na seqüência manipula pelo tempo determinado pelo fabricante e após a manipulação vai inserir (com a sonda exploradora ou ainda com uma espátula de inserção nº1) o cimento. Cimentação definitiva ou final - É por meio desse procedimento que vamos fazer a colagem de coroas, pontes fixas e restaurações parciais do tipo inlay, onlay e overlay - Essa etapa clínica vai significar a conclusão clínica do protocolo de confecção de trabalhos protéticos fixos - O agente utilizado possui características clínica específicas. Características desejáveis - Resistência á dissolução no meio oral; - Forte união com a dentina; - Forte união com a estrutura metálica ou cerâmica (retenção mecânica/adesiva); - Resistência as forças de tensão; - Boas propriedades de manipulação; - Mínima espessura de película; - Propriedades antibacterianas; - Propriedades estéticas com os materiais empregados na confecção da prótese; - Aceitação biológica pelo substrato; - Radiopacidade. Objetivos - Preencher a interface entre o suporte e o retentor; - Auxiliar na retenção: por atrito ou adesão; - Ser isolante térmico e elétrico; - Constituir uma barreira contra penetração bacteriana. - Os cimentos podem ser classificados quanto ao seu mecanismo de união, então considerando isso temos: *Não adesivos: Fosfato de zinco *Adesivos: Fotoativos, auto-ativados e duais *Unidos quimicamente à estrutura dentária: Policarboxilato, ionômero de vidro, ionômero de vidro modificado por resina, cimento resinoso modificado por monômeros fosfatados - Os mais utilizados são: Cimento de fosfato de zinco, ionômero de vidro e resinosos. Fosfato de zinco - Apresentação comercial: - Mistura e proporção de acordo com a recomendação do fabricante. - Usado para as próteses metalocerâmicas e algumas próteses cerâmicas Ionômero de vidro modificado por resina - Por apresentarem características superiores aos cimentos de ionômero de vidro o uso desses cimentos tem diminuído Cimentos resinosos - Nos cimentos resinosos conseguimos fazer a seleção da cor do cimento de acordo com a cor do substrato dental e com isso conseguimos cimentar de forma adequada, respeitando a cor dos demais dentes do paciente, peças de cerâmicas muito finas, como por exemplo, lentes e facetas. - Classificação quanto ao mecanismo de adesão: * Ativados quimicamente * Fotoativados * Duais -Classificação quanto ao sistema adesivo empregado: * Convencionais: Adesão é baseada em condicionamento total (ácido+sistema adesivo) – disponíveis tanto na forma fotolomerizável quanto na forma dual – disponível em diferentes cores – maior resistência que os auto-adesivos.(facetas e lentes) * Autocondicionantes: Adesão baseada em primers auto-condicionantes – dual – geralmente disponíveis nas cores universal, translúcida e opaca – maior resistência que os auto-adesivos. (Pinos de fibra de vidro, coroas e próteses fixas) * Autoadesivos: São cimentos que não necessitam de nenhum tratamento prévio no remanescente, os fabricantes dizem que liberam flúor – dual – geralmente disponível nas cores universal, translúcida e opaca. - Vantagens: * Menor risco de infiltração marginal – Pois apresentam resistência maior aos fluídos bucais * Propriedades adesivas que reduzem a necessidade de desgaste adicional da estrutura dentária * Possibilidade de escolha da cor do cimento para melhor resultado estético * Melhor selamento da restauração, diminuindo assim o risco de lesão de cáries secundária, patologia pulpar, alteração de cor e falha nos tratamentos endodônticos. - Desvantagens: * Sofrem contração de polimerização * Dificil remoção de excessos após polimerização do cimento * Sensibilidade da técnica de aplicação do cimento * Alto custo ATENÇÃO: Precisamos estar atentos ao protocolo adequado de cimentação, pois vai estar relacionado com a melhor resistência da cerâmica a fratura e consequentemente a previsibilidade das restaurações indiretas - Tratamento interno das cerâmicas odontológicas: É dependente do tipo de cerâmica empregado – se ela é ácido sensível ou ácido resistente Cimentação adesiva Cimentos resinosos - Técnica de cimentação (Cuidados com a cerâmica ácido sensível):* Aplicação de ácido fluorídrico 10% (20s) * Lavagem com água corrente * Secar leve jato de ar * Aplicação do agente silano * Aplicação do adesivo, remoção de excessos com jato de ar e polimerização 20s. - Técnicas de cimentação (Cuidados com a cerâmica ácido resistente): * Lavagem com água corrente * Secar com leve jato de ar * Aplicação do adesivo, remoção de excessos com jato de ar e polimerização 20s. - Técnica de cimentação (Cuidados com os pilares): * Anestesia e isolamento absoluto * Profilaxia e limpeza do preparo * Lavar e secar com leve jato de ar * Protocolo de condicionamento ácido fosfórico 37% das estruturas de esmalte e dentina * Aplicação do adesivo, remoção de excessos com jato de ar e polimerização 20s.
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