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METABOLISMO DE NUCLEOTÍDEOS I NUCLEOTÍEOS E FUNÇÕES São unidades monoméricas que vão compor os ácidos nucléicos – DNA e RNA, responsáveis pela produção de proteínas e proliferação celular. • Produção de coenzimas – CoA, FAD, NAD, NADP • Servem como transportadores intermediários ativados: UDP-glicose, UDP diacilglicerol • São sinalizadores celulares: AMPc, AMP, GTP • Fornecimento de energia (ATP, GTP) nas reações metabólicas ESTRUTURA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS 1. DNA - Açúcar: desoxirribose - Bases purínicas: adenina e guanina - Bases pirimídicas: timina e citosina 2. RNA - Açúcar: ribose - Bases purínicas: adenina e guanina - Bases pirimídicas: timina e uracila NUCLEOTÍDEO DE PURINA Apresenta 1 anel duplo (o que necessita de mais etapas para formá-lo) QUANDO EVIDENCIA O COMPOSTO QUÍMICO SEM O GRUPO FOSFATO = NUCLEOSÍDEO NUCLEOSÍDEO + GRUPO FOSFATO = NUCLEOTÍDEO NUCLEOTÍDEO DE PIRIMIDINA • Apresenta 1 anel simples • Timina e uracila diferem somente por um grupo metila presente na timina • O grupo fosfato é unido por uma ligação fosfodiéster ao grupo 5’-OH da pentose OS NUCLEOTÍDEOS SÃO ÉSTERES MONO, DI OU TRIFOSFATO DOS NUCLEOSÍDEOS. As bases púricas e pirimídicas são importantes para construção do nucleotídeo. Pode advir da: dieta e metabolismo (rota de recuperação – reutilização) e síntese de novo. BIOSSÍNTESE ENDÓGENA - A maior parte das partes constituintes dos ácidos nucleicos são sintetizados pelo organismo - Para que a biossíntese ocorra, é necessário a enzima coenzima tetrahidrofolato (forma ativa da vitamina A – ácido fólico) DIGESTÃO DOS ÁCIDOS NUCLEICOS DA DIETA Os ácidos nucleicos quando chegam da dieta, passam por uma digestão. - Tanto DNA como RNA vão ser desnaturados pelo pH estomacal ácido e quando chegam a nível de intestino delgado, entram em contato com as enzimas ribo ou desoxirribonucleases pancreáticas (presente no suco pancreático) » vão liberar oligonucleotídeo, derivado tanto do DNA como do RNA - Fosfodiesterases pancreáticas irão processar os oligonucleotídeos, liberando: ➢ Monodesoxirribonucleotídeo (DNA) ➢ Monorribonucleotídeo (RNA) - Ação adicional de mononucleotidases (fosfatases) intestinais = retirar o mono fosfato presente: liberação de desoxirribonucleosídeos e ribonucleosídeos. Nesse emaranhado, haverá pirimidina nucleosídeo e purina nucleosídeo. 1. Pirimidina nucleosídeo Passam por ação enzimática das pirimidinas nucleosidases = realizam hidrólise (quebra de H2O), promovendo a liberação de pirimidinas e desorribose (DNA) ou D-ribose (RNA). 2. Purina nucleosídeo Passam por ação enzimática das purinas nucleosidades = necessidade de fosfato inorgânico para favorecer o processo de quebra. Será complexado aos açúcares, promovendo a liberação de desoxirribose 1-fosfato (DNA) ou D-ribose 1-fosfato (RNA), e também de purinas. PURINAS A NÍVEL DA MUCOSA INTESTINAL PODE PASSAR POR AÇÃO DA ENZIMA XANTINA OXIDASE (PRODUÇÃO DE ÁCIDO ÚRICO). - A adenina pode ser reutilizada durante o processo - Fosfato e açúcares liberados no processo também podem ser reutilizados - Aminoácidos são precursores não purínicos essenciais para fornecer grupamentos amino para construção do nucleotídeo (síntese de nucleotídeos a nível endógeno). SÍNTESE DE NUCLEOTÍDEOS DE PURINA As bases púricas são construídas em cima da molécula de ribose 5 fosfato. - A via das pentoses é importante para a formação da ribose-5-fosfato - A ribose 5 fosfato é ativada às custas da ATP pela enzima fosforribosilpirofosforilase (PRPP), que tem a função de quebrar o ATP, fazendo com que 2 grupos fosfato (pirofosfato) se ligue à ribose, onde a ribose 5 fosfato passará a ser 5-fosforibosil 1-pirofosfato (PRPP sintetase), com isso, a enzima amidotransferase do fosforibosil elimina o pirofosfato do PRPP e adiciona um grupamento amina (NH2) na ribose (doado pela glutamina), dando origem ao anel de purina. AS ENZIMAS FUNDAMENTAIS PARA A SÍNTESE DAS PURINAS SÃO: SINTASE DO PRPP (ADICIONA O ATP, QUEBRA E O TRANSFORMA EM PIROFOSFATO) E AMIDOTRANSFERASE DO FOSFORIBOSIL (RETIRA O PIROFOSFATO DA PENTOSE E ADICIONA A AMINA – NH2). - O aumento de IMP, GMP e AMP inibem essas enzimas, principalmente a amidotransferase de fosforibosil. - O anel de purina é sintetizado de novo em células de mamíferos utilizando aminoácidos como doadores de C e N, e formiltetrahidrofolato (advém do ácido fólico) e O2 como doador de C. SÍNTESE DE ANEL PÚRICO Precisa de: - N que advém do aspartato - CO2 - C do metileno H4-folato - Glicina - N amida da glutamina A via de novo de síntese de purina nucleotídeo vai ter cerca de 10 reações para chegar no composto inosina 5’- monofosfato (IMP – 1° nucleotídeo púrico formado). Para que aconteça a gênese de IMP para depois gerar o AMP e o GMP há a necessidade da quebra de ATP. A partir do IMP (primeiro nucleotídeo purínico formado) são sintetizado 2 nucleotídeos purínicos, o GMP e o AMP. • Formação do AMP – a partir do IMP, a enzima sintetase do adenilosuccinato, utilizando GTP + aspartato, acrescenta um grupo químico ao IMP, dando origem à adenilosuccinato, que sofre ação da enzima líase do adenilosuccinato, no qual elimina o fumarato da molécula, deixando apenas o grupamento amina que veio do aspartato, originando o AMP. • Formação do GMP – o IMP sofre ação da enzima desidrogenase do IMP, que depende de NADH, dando origem a XMP (xantosina monfosfato), que posterior a isso, a XMP sofre ação da sintetase do GMP, que troca o grupamento carbonila pelo grupamento amina (doado pela glutamina), dando origem ao GMP. O EXCESSO DE GMP CONTRIBUI COM A ATIVAÇÃO DA ENZIMA SINTETASE DO ADENILOSUCCINATO (ENZIMA ESSA DEPENDENTE DE GTP) QUE VAI FORMAR AMP. O EXCESSO DE AMP VAI CONTRIBUIR COM AS REAÇÕES DE SÍNTESE DO GMP. DEGRADAÇÃO DO ANEL PURÍNICO Os nucleotídeos purínicos irão dar origem como produto final, o ácido úrico. Como isso acontece? - O AMP pode sofrer uma desaminação, pela enzima adenosina desaminase, voltando a ser o IMP, ou o AMP pode passar por uma desfosforilação, dando origem a adenosina, que então, a adenosina sofre uma desaminação pela enzima adenosina desaminase, dando origem a inosina. SEJA POR DESAMINAÇÃO E DESFOSFORILAÇÃO/ DESFOSFORILAÇÃO E DESAMINAÇÃO, O PRODUTO FINAL SERÁ A INOSINA. - Após formada a inosina, a mesma perderá a ribose 1 fosfato, dando origem a hipoxantina. Com isso, a hipoxantina sofre uma reação de oxidação dando origem a xantina. - Por outro lado, o GMP vai sofrer uma desfosforilação, dando origem a guanosina, onde a mesma perderá a ribose 1 fosfato, liberando apenas a base nitrogenada guanina, que sofre desaminação pela enzima xantina oxidase dando origem a xantina. - Por fim, a xantina sofre um processo de oxidação, também pela enzima xantina oxidase, dando origem ao produto final, o ácido úrico. O ANEL PURINA NÃO SOFRE ROTURA, E VIA XANTINA, DÁ ORIGEM AO ÁCIDO ÚRICO. GOTA Quando o ácido úrico começa a se acumular além da sua capacidade de eliminação, o seu acúmulo vai promover uma precipitação principalmente nas articulações, com uma doença chamada GOTA. - GOTA é doença promovida pelo excesso de ácido úrico, esse que se acumula ou em virtude da sua excreção ou pelo aumento da sua formação, que se acumula nas articulações, formando um processo inflamatório. - Tratamento da GOTA: Alopurinol (estrutura parecida com a hipoxantina) que inibe a xantina oxidase, diminuindo a velocidade de formação de ácido úrico. REAÇÕES DE SALVAMENTO DE NUCLEOSÍDEOS E BASES PÚRICAS As vias de recuperação acontecem por meio da alimentação, metabolismo celular. Além disso, os nucleosídeos purínicos podem ser utilizados para a síntese de novos nucleotídeos. 1. Um grupamento purínico perde seu grupamento fosfato, dando origem ao nucleosídeo. Noqual o mesmo perde a ribose, dando origem somente à base púrica, sendo utilizada para a síntese de ácido úrico. 2. Entretanto, o nucleosídeo pode ser substrato de 1 enzima, a cinase de nucleosídeo, no qual utiliza o ATP para formar novamente o nucleotídeo. Com isso, chegamos à conclusão de que, a partir de um nucleosídeo que seria totalmente degradado, ele é salvo para a síntese de um novo nucleotídeo. 3. Além disso, a partir da base nitrogenada que vai ser degradada até ácido úrico, existe uma forma de salvação. 4. Essa base nitrogenada será substrato da enzima transferase de fosforibosil, que vai fazer a ligação da base púrica com o PRPP. Então os nucleosídeos purínicos podem ser salvos ou através de cinases de nucleosídeos (que utlizam o nucleosídeo e fosforilam ele) ou pela transferase de fosforibosil (que liga a base púrica que vai ser degradada em um PRPP). • Enzimas envolvidas na reação de salvamento: - Hipoxantna guanina fosforribosiltransferase ➢ Reaproveita a hipoxantina e forma IMP (transfere seu esqueleto para PRPP) ➢ Reaproveita a guanina e transforma em GMP - Adenina fosforribosiltransferase: salva a adenina livre e forma AMP adicionando na estrutura do esqueleto de PRPP. SÍNDROME LESH-NYHAN (DAD) Ocorre por uma ausência de uma enzima importante na via de salvamento da purina, que é a hipoxantina guanina fosforribosiltransferase, essa que tem um papel importante em tecidos não hepáticos. Essa enzima é capaz de salvar a hipoxantina e a guanina fazendo com que haja síntese de nucleotídeo de hipoxantina e guanina. Nessa síndrome observamos um aumento da concentração de ácido úrico, ou seja, da GOTA e também alterações neurológicas, principalmente comportamento auto- mutilante. No cérebro, a atividade de hipoxantina guanina fosforribosil transferas é 10 a 20x maior que a atividade enzimática encontrada no fígado. - Mutação no gene HPRT1 localizado no braço longo do cromossomo X
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