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Biossíntese e degradação de nucleotídeos Nucleotídeos: Bases nitrogenadas são divididas em: 1 – PIRIMÍDICAS = timina, uracila e citosina 2 – PÚRICAS = adenina e guanina São constituintes dos ácidos nucleicos DNA e RNA Papel: Fonte de energia no metabolismo (ATP) Transportadores de intermediários ativados São moléculas-sinais em respostas celulares (ADP) São componentes estruturais de enzimas e cofatores Biossíntese: A origem dessas bases vem da dieta, na qual contém núcleos com material genético. No estômago, ocorre a degradação do nucleotídeo para ser utilizado como rota de recuperação ou salvação através das enzimas nucleares.. (DIETA) Outra via da biossíntese: as bases nitrogenadas podem ser originadas a partir do próprio organismo com a renovação das células. (METABOLISMO) E a terceira via ocorre por meio da síntese de novo (SÍNTESE DE NOVO) Via Síntese de Novo: Processos em comum (purinas e pirimidinas): Bases livres não são intermediárias Precursores compartilhados: PRPP Aminoácidos específicos para fonte de grupos aminas Grandes complexos celulares multienzimáticos Conjuntos celulares de nucleotídeos muito pequenos Via Síntese de Novo das Purinas: Elas são sintetizadas a partir de um núcleo base para servir como substrato denominado de 5’ fosfato, molécula precursora das purinas e é originado a partir da glicose 6-fosfato. O organismo constrói um nucleotídeo a partir da adição de uma enzima sintase e ATP. Essa enzima quebra a molécula de ATP, transformando-a em AMP para formar o 5-fosforibosil- 1-pirofosfato (PRPP). Ele funciona como uma base para formar as purinas, mas também está relacionado com outras funções como a síntese de pirimidinas, síntese de NAD e conversão de guanina em GMP. Agora o PRPP vai ser transformado em PRA através da enzima amidotransferase que retina o grupamento fosfato e acrescenta uma amina, novos componentes como glicina na presença de glutamina até formar o IMP (inosinato = molécula precursora do GMP e AMP) Esse IMP é o primeiro nucleotídeo púrico formado para formar de fato o GMP e o AMP GMP = para ser formado o IMP precisa da enzima desidrogenase do IMP para ser transformado em XMP que, na presença de ATP e glutamina, transforma a carbonila em amina e depois esse XMP forma de fato o GMP. AMP = para ser formado o IMP precisa da enzima sintetase adenilosuccinato, do aspartato e do GTP que vão retirar a carbonila, colocar outra molécula e liberar o fumarato formando o AMP. As vias são autorreguláveis Catabolismo das Purinas: O catabolismo ocorre quando os anéis NÃO são rompidos, pois eles são transformados em xantinas e depois em ácido úrico para serem eliminados AMP = sofre desaminação para voltar a ser IMP e perde o grupamento fosfato por meio de uma fosforilação formando a inosina e depois uma hipoxantina. Essa, por sua vez, sofre uma oxidação e é transformada em xantina e depois em ácido úrico com a presença da enzima oxidase da xantina. GMP = sofre uma desfosforilação formando um nucleotídeo denominado de guanosina que sofre uma desaminação formando a xantina. Ela vai ser oxidada até se transformar em ácido úrico Patologia relacionada = GOTA (aumento da concentração de ácido úrico por causa de determinadas situações patológicas, quer por diminuição na excreção renal, quer por aumento de formação) – devido à sua baixa solubilidade, o urato pode depositar-se nos tecidos provocando uma inflamação denominada de gota. ! ! ! o ALOPURINOL (análogo a estrutura da hipoxantina e xantina) inibe a oxidase da xantina, diminuindo a velocidade de formação de ácido úrico. A hipoxantina e a xantina sobem no sangue, mas normalmente mentem-se abaixo da concentração de saturação Vias de salvação das bases púricas: Antes que a base púrica se transforme em ácido úrico para ser eliminada e ela pode ser salva. A salvação pode ser dar a partir da enzima cinase de nucleosídeos que faz com que, na presença de ATP, ocorre fosforilação e a base púrica se combine com um nucleosídeo à disposição na célula e forme um nucleotídeo. A salvação também pode ocorrer a partir de uma molécula de PRPP e, ao clivar o pirofosfato no C1, o nucleosídeo pode ser utilizado como base para alocação de uma base púrica que seria perdida. Os nucleotídeos podem ser salvos por ação de cinases de nucleotídeos e as bases por ação de transferases de fosforibosilo Síndrome de Lesch-Nyhan: É uma patologia metabólica rara, hereditária que afeta principalmente indivíduos do sexo masculino, sendo caracterizada pela superprodução de ácido úrico, causando disfunção motora que se assemelha a paralisia cerebral, distúrbios cognitivos e comportamentais, além de gota. É a forma mais grave da deficiência de hipoxantina- guanina fosforibosiltransferase (HPRT), uma patologia hereditária do metabolismo das purinas. O PRPP não recebe efetivamente a base nitrogenada, a qual será convertida em ácido úrico e este será acumulado no organismo. A enzima hipoxantina guanina fosforibosil transferase tem maior atividade no tecido cerebral e o GTP que seria transformado na via de salvação é precursor de tetrahidrobiopterina, que é fundamental para a formação de muitos neurotransmissores. A manifestação bioquímica imediata desse defeito enzimático é o aumento da síntese de ácido úrico, que se distribui em quantidades excessivas por todos os fluidos corporais, favorecendo a precipitação de uratos no sistema excretor renal, o que causa cristais, nefrolitíase ou nefropatias obstrutivas. Via de síntese de novo das Pirimidinas: Diferentemente das purinas, elas são sintetizadas isoladas primeiramente formando o orotato e só então são ligadas ao PRPP para formar o OMP Essa via precisa do bicarbonato, ATP e a enzima carbamoil fosfato sintetase II (enzima reguladora chave dessa via) para formar o carbamoil-P (precursor da via) Então, essa via começa com a formação do carbamoil O carbamoil-P se une ao aspartato, perde o grupamento fosfato e sofre ação da enzima aspartato transcarbamoilase para formar o carbamoil-aspartato. Em seguida, ocorre uma desidratação para formar o orotato, que será utilizado para a formação das bases tradicionais. Ele se liga ao PRPP e forma o OMP. O orotidilato (OMP) (o primeiro nucleotídeo pirimídico) sofre descarboxilação, seguida de uma fosforilação para formar os nucleotídeos UDP, CTP e TMP É a partir de UDP que forma-se o CTP e o TMP. CTP = O UDP recebe um grupamento fosfato para formar UTP e, com a glutamina, há a inserção da amina transformando em glutamato e formando o CTP através da enzima sintetase do CTP TMP = para ser formado, o UDP é convertido de ribose para desoxirribose pela enzima. A síntese do TMP implica a formação de dihidrofolato que, para funcionar como receptor e doador de unidades monocarbonadas é reduzido a tetrahidrofolato Ciclo do dihidrofolato = faz com que o dihidrofolato volte a ser o metileno tetrahidrofolato para que haja a possibilidade da síntese de novos nucleotídeos TMP. Para a recuperação, é necessário NADPH e serina Regulação da biossíntese de pirimidinas: Faz uma regulação da produção de carbamoil fosfato sintase II Ocorre via ATP ou PRPP Quando há muito ATP ou PRPP significa que há substrato para a formação de pirimidinas A própria quantidade desses nucleotídeos regulam sua síntese Outros pontos de regulação menos significativos: bloqueio da conversão de OMP em UMP ou a inativação da enzima que converte a ribose fosfato em PRPP. 5-fluor-uracila é uma droga que inibe a ação do TMP e, com isso, impede a síntese de DNA (é usada na terapêutica de neoplasias) Meotrexato inibe a ação da redutase do dihidrofolato, impedindo a síntese de DNA e também é utilizado na terapêutica de neoplasias Catabolismo das Pirimidinas:Ocorre quando elas estão em excesso e, ao contrário das purinas, aqui acontece a ruptura do anel pirimídico. Em seguida, ocorre uma desaminação para formar a beta-alanina (uracila), eliminando NH3 OU uma hidrolisação para formar a beta-amino-isobutil (timina) e CO2 Depois de formar todos os nucleotídeos, temos que converter a ribose em desoxirribose (o TMP é uma exceção) que vai depender do complexo enzimático ribonucleotídeo redutase, que depende de nucleotídeos contendo adenina para o seu funcionamento. Via de salvação das pirimidinas: Podem ser salvos por ação de cinases. Tal como nos casos da hipoxantina, guanina e adenina, o uracil, a timina e o orotato também podem ser salvos por ação da fosforibosil-transferases, como uma fosforibosil-transferase do uracil. ↳ Uracil + PRPP = UMP + PPi A citosina não pode ser salva nesse processo.
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