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COLORAÇÃO ÁLCOOLÁCIDO RESISTENTE (BAAR) Princípio: O mecanismo da coloração está relacionada com a estrutura e a composição da parede celular de um grupo distinto de bactérias. A parede das micobactérias possui uma camada espessa de lipídios (ceras e ácido micólico) que evita a penetração de diversos corantes. Mas, quando a fucsina penetra alcançando o citoplasma da célula, ele não pode ser removido com facilidade mesmo com o uso de agentes descorantes (álcoolácido). A célula que permanece corada após a mistura álcoolácido ter sido aplicada é denominada álcoolácido resistente, enquanto aquelas que se descoram por não possuírem a mesma composição de parede celular são denominadas álcoolácido sensíveis. Os lipídios da parede celular são responsáveis pela propriedade de álcoolresistência, pois quando é utilizado éter, perdese a propriedade. As bactérias que não contém alto teor de lipídios complexos na parede celular não retém a fucsina durante a lavagem de álcoolácido, portanto, adquirem a coloração do contracorante que é o azul de metileno. Uso: Identificação do gênero Mycobacterium (ex: Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium leprae) e Nocardia. Soluções: A Fucsina de ZiehlNeelsen Solução A Fucsina básica ........................ 0,3 g Etanol 95% ............................ 10 mL B Fenol …………………… 5g Água destilada …………. 100 mL Misture 10 mL da solução A com 100 mL da solução B e agite vigorosamente. Deixe descansar por vários dias e filtre antes de usar. Solução de ÁlcoolÁcido: Etanol 95% ............................. 97,0 mL HCl concentrado ..................... 3,0 mL Misture os reagentes vagarosamente. Azul de metileno: Azul de metileno ................................ 0,3 g Água destilada q.s.p ............................ 100 mL Misture o azul de metileno na água e agite vigorosamente antes de usar. Técnica: . Cobrir a superfície da lâmina, previamente fixada, com a solução de fucsina. . Aquecer a lâmina coberta com o corante, lentamente com auxílio de um bico de Bunsen ou lâmpada de álcool, até a emissão de vapores, tomando o cuidado para não deixar ferver ( 5 minutos). Evite que o corante seque sobre a lâmina, adicionado se necessário mais fucsina; Evite a ebulição, pois as propriedades tintoriais do bacilo se alteram (a alta temperatura facilita a penetração do corante pela parede da bactéria) e morfologia também. . Aquecer com calor baixo ou intermitente por um período de três a cinco minutos. . Deixar a lâmina esfriar. . Lavar a lâmina com água corrente. . Cobrir a lâmina com solução de álcool – ácido a 3%, gotejando sobre a lâmina inclinada, até que não remova mais o corante (até a mistura fluir incolor). . Lavar a lâmina com água corrente e esgotando todo resíduo da mesma . Cobrir a lâmina com o corante de contraste (azul de metileno), por 30 segundos a 1 minuto. . Lavar a lâmina com água corrente e deixar secar naturalmente sem forçar com papel de filtro. . Examinar o esfregaço com objetiva de imersão no aumento de 100x. Interpretação: É visualizado dois grupos distintos: BAAR E BNAR. BAAR: Bactéria álcoolácido resistente é de coloração vermelha. BNAR: Bactéria não álcoolácido resistente é de coloração azul. http://profluiscarloscarvalho.comunidades.net/1350060492_41/107_baar8.jpg RESULTADOS BAAR: 0 bacilos/campo NegativoNão foram observados bacilos álcoolácido resistentes na amostra 1 a 2 bacilos/300 campos Confeccionar nova lâmina* 1 a 9 bacilos/100 campos 1+ 1 a 9 bacilos/10 campos 2+ 1 a 9 bacilos/campo 3+ >9 bacilos/campo 4+ * Se o resultado persistir, pedir nova amostra para confirmar o resultado. Cuidados para a preparação de lâminas com micobactérias: As micobactérias são difíceis de serem espalhadas na gota de água sobre a lâmina. Isto deve se deve a parede hidrofóbica; O esfregaço deve ser seco ao ar por 15 a 30 minutos e fixado pelo calor passandose a lâmina sobre a chama de 3 a 5 vezes por 3 a 4 segundos por vez; http://profluiscarloscarvalho.comunidades.net/1350060492_41/107_baar8.jpg Bactérias álcoolácido resistentes retêm a cor vermelha da carbolfucsina, pois esta substância é mais solúvel no ácido micólico da parede celular que no álcoolácido. Se a parede de ácido micólico for removida, estas bactérias irão se corar, pela coloração de Gram, como grampositivas. Material biológico analisado: Casos suspeitos de tuberculose pulmonar ou extrapulmonarescarro, lavado brônquico, lavado gástrico, urina, líquidos corporais estéreis (liquor e líquidos pleural, peritoneal, pericárdio, sinovial), fragmento de biópsia, secreção purulenta. Outras micobactérias biópsias, secreção purulenta. Controle de qualidade: Positivo: M. tuberculosis Negativo: E. coli
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