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TRABALHO FUNDAMENTOS DA GEOLOGIA

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Engenharia Civil 5ºP – Noite
Disc.: Fundamentos da Geologia
Prof. Thiago Araújo
TRABALHO
DE 
FUNDAMENTOS DA GEOLOGIA
Ravi Arruda Pacheco de Carvalho
 19377236
Teresina-PI – Março / 2022
O CICLO DAS ROCHAS
Como as rochas são parte constituinte do Sistema Terra, estas encontram-se em constante modificação por diferentes processos geológicos e climáticos.
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1.- ROCHAS METAMÓRFICAS
As Rochas Metamórficas são aquelas que se formam pela modificação química, mineralógica, textural, estrutural, ou uma combinação destes, em estado sólido, de rochas preexistentes, através do estabelecimento de condições de temperatura, pressão e/ou pressão de fluidos distintos daqueles originais para a formação da rocha pretérita. Não se incluem na definição de metamorfismo os processos diagenéticos e intemperismo. 
1.1 - Tipos de Metamorfismo
O metamorfismo pode ser classificado de acordo com o agente ou os agentes principais de metamorfismo, área de abrangência e ambiente geotectônico, surgindo as seguintes denominações: dinamotermal, regional ou orogenético; termal, de contato ou local; dinâmico ou cataclástico; burial, de carga ou de soterramento; hidrotermal; de fundo oceânico; e de impacto.
1.1.1 – Metamorfismo Regional 
É caracterizado pela atuação equilibrada da temperatura, pressão litostática, pressão dirigia e o tempo. Pelo fato de tingir grandes áreas recebe o nome de regional e pelo fato de estar ligado a colisões de placas e formação de cadeias de montanhas, também é chamado de orogenético. A pressão vai provocar uma compactação e reorientação dos minerais que constituíam a rocha original. No gnaisse (que resulta da transformação do granito) isso é muito evidente, porque as micas têm uma cor escura e veem-se com facilidade.
1.1.2– Metamórfismo de Contato
É caracterizado pelo predomínio do agente de metamorfismo temperatura, causado pela colocação de um corpo magmático (temperaturas superiores a 700ºC) em ambientes relativamente rasos com temperaturas bem mais baixas que as do corpo magmático, resultando no aquecimento zonal ao redor da intrusão.Uma das características deste tipo de metamorfismo é sua zonação concêntrica ao redor do corpo intrusivo, que pode ser bastante irregular, na dependência dos tipos petrográficos (refratariedade, porosidade e reatividade) e estruturação dos mesmos (fraturamento, estratificação, xistosidade, etc.).
1.1.3 - Metamorfismo Hidrotermal
Este tipo de metamorfismo, também de ocorrência localizada, envolve mudanças químicas (metassomatismo) que, normalmente, são possibilitadas pela circulação de água quente através do maciço por fissuras ou fraturas. Este tipo de metamorfismo está frequentemente, associado com atividades ígneas, pelo fato destas gerarem gradiente de temperatura e, às vezes, também deformação, para o movimento de convecção dos fluídos. Todavia, cabe ressaltar que apenas o grau geotérmico, associado com deformação (falhas, zonas de falhas ou de cisalhamento direcional ou tangencial, ou mesmo fraturas) pode propiciar e direcionar a circulação de fluidos aquosos quentes. Este é um importante processo no campo geotérmico e é responsável pela formação de muitos depósitos de importância econômica, tal como os de cobre porfirítico, entre muitos outros. Este tipo de metamorfismo também é de fundamental importância na crosta oceânica, em especial na cadeia meso-oceânica.
1.1.4– Metamorfismo Dinâmico 
Este tipo de metamorfismo é usualmente de ocorrência mais local que o metamorfismo de contato, e ocorre ao longo de planos de falhas ou zonas de cisalhamento, como resultado da intensa deformação das rochas dispostas na zona de movimento. Nessas zonas, quando muito próximo da superfície, ocorre apenas brechação, fragmentação e, às vezes, a geração de fusão local resultante de intenso calor gerado pelo atrito e rapidíssimo resfriamento (pseudotaquilito), podendo ainda pela ascensão de fluidos quentes (hidrotermais) gerar silicificação ou argilização. Em locais mais profundos, com temperaturas confinantes e pressões compatíveis com ambientes metamórficos ocorrem, em associação com o ativo mecanismo de cominuição, os processos de recristalização e de neomineralização de fases hidratadas ou não, catalisadas, além da temperatura e pressão, pela passagem de fluidos pela zona de deformação e pela deformação do retículo dos minerais. 
· Metamorfismo de Impacto
Este tipo não apresenta relação com os outros tipos e é produzido pelo impacto de meteoritos de grande porte, com velocidades altas, na superfície dos planetas. Em alguns corpos (planetas e satélites) do sistema solar, a exemplo de Mercúrio e da Lua, o metamorfismo de impacto talvez seja o principal processo metamórfico, porém em nosso planeta é de ocorrência muito restrita, pelo menos atualmente.
· Metamorfismo de soterramento
Ocorre pela sobreposição (soterramento) de estratos sedimentares em uma bacia sedimentar, onde os estratos da base podem atingir condições metamórficas de baixo grau, porém sem deformação apreciável.
1.2- Rochas metamórficas foliadas 
São formadas no interior da Terra sob pressões altas e dirigidas que são desiguais, sendo que ocorre quando a pressão é maior em uma direção do que nas outra. Isso faz com que os minerais na rocha original se reorganizem com os minerais longos e planos se alinhando paralelamente há maior direção de pressão. 
Exemplos de rochas metamórficas foliadas: 
Ardósia, Filito, Xisto e Gneiss
1.2.1- Rochas metamórficas não foliadas
são pedras onde os grãos dos minerais não apresentam uma orientação preferencial distinguível, são formadas em torno de intrusões ígneas onde as temperaturas são altas, mas as pressões são relativamente baixas e iguais em todas as direções. Os minerais que estão dentro da rocha recristalizam em tamanhos maiores e os átomos tornam-se mais compactados, o que acaba aumentando a densidade da rocha.
Exemplos de rochas metamórficas não foliadas:
- Mármore e Quartzito 
 
2.0 - ROCHAS ÍGNEAS
As Rochas Ígneas ou Magmáticas são aquelas formadas a partir de materiais fundidos no interior da Terra. são o resultado da solidificação do magma – por isso, as vezes chamadas de rochas magmáticas.  São formadas em altas temperaturas no interior da crosta terrestre em profundidades variadas.
2.1- Rochas fareníticas 
São aquelas que se originam no interior da Terra, quando o magma penetra por entre as fissuras das rochas e solidifica-se. Como esse processo é mais lento, formam-se rochas mais duras e com formações cristalinas maiores e mais bem definidas, a exemplo do granito, do sienito e do diorito.
 
Diorito, exemplo de rocha ígnea intrusiva ou plutônica
2.1.2 Rochas Afaníticas  
As rochas afaníticas – são aquelas que se formam nas camadas mais altas ou na superfície da Terra, geralmente pela expulsão do magma em forma de lava pelos vulcões. Como as temperaturas da superfície são muito menores do que as do interior da Terra, o magma solidifica-se muito mais rapidamente, formando rochas com granulação mais fina, a exemplo do basalto, do riolito e do andesito.
Andesito, rocha vulcânica que recebe esse nome por ser abundante na região dos Andes
3. Rochas Sedimentares
Rochas sedimentares são aquelas formadas pelo acúmulo de materiais transportados e posteriormente depositados em uma Bacia Sedimentar. Os materiais transportados podem ser minerais isolados provenientes diretamente de rochas intemperizadas, fragmentos de rochas com um ou mais minerais constituintes, minerais gerados a partir de processos pedogenéticos, restos de animais e plantas, e também elementos químicos presentes na forma de íons em corpos aquosos.
3.1 -Rochas Sedimentares Detríticas
Rochas sedimentares detríticas (também chamadas de clásticas) são aquelas formadas pela deposição de fragmentos de outras rochas (ígneas, metamórficas ou mesmo sedimentares). Esses fragmentos, principalmente quartzo e silicatos, constituem os sedimentos e surgem por efeito da erosão. 
3.2 - Rochas Sedimentares Químicas
As rochas sedimentares químicas são originadasa partir da precipitação de solutos, devido à diminuição da solubilidade da água ou mesmo por evaporação.  Os sedimentos químicos formados pela diminuição da solubilidade são mais comumente os carbonatos, que se precipitam devido ao aumento da temperatura da água do mar com a profundidade permitindo que a água dissolva materiais. Evaporitos (depósitos salinos) também são rochas sedimentares químicas formadas pela precipitação de sais quando a água dor mar evapora (e.g., cloretos – halita; sulfatos – gipsita). 
3.3 – Rochas Sedimentares Orgânicas
Rochas sedimentares orgânicas são formadas pelo acúmulo da matéria vegetal soterrada, como por exemplo o carvão mineral (turfa, hulha, linhito e antracito), formado em fundos de pântanos. 
O acúmulo de matéria orgânica no fundo dos oceanos, soterradas por camadas de sedimentos e mantidas em condições anóxicas (sem oxigênio) gera o petróleo, que pode migrar e ser armazenado nos poros das rochas sedimentares reservatórios (em geral rochas sedimentares clásticas).

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