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Gabarito Álgebra Linear: AD2 - CEDERJ Mauro Rincon & Márcia Fampa - 2021.2 Tutores: André Saraiva e Dionísio Martins 1.(1.0) Considere o seguinte sistema: z − 3w = bx + 3y − 2z + 8w = −9 x + 3y − z + 5w = −7 (a) Determine o valor de b ∈ IR, para que o sistema tenha solução? (b) Determine o valor de b ∈ IR, para que o sistema não tenha solução? Solução a) O sistema linear acima pode ser representado por uma matriz aumentada [A|b]: 0 0 1 −3 | b1 3 −2 8 | −9 1 3 −1 5 | −7 Usando o Método de Eliminação deGauss 0 0 1 −3 | b1 3 −2 8 | −9 1 3 −1 5 | −7 L2 ← L1 1 3 −2 8 | −90 0 1 −3 | b 1 3 −1 5 | −7 L3 ← L3 − L1 1 3 −2 8 | −90 0 1 −3 | b 0 0 1 −3 | 2 L3 ← L3 − L2 1 3 −2 8 | −90 0 1 −3 | b 0 0 0 0 | −b+ 2 Para b = 2, temos: 1 1 3 −2 8 | −90 0 1 −3 | b 0 0 0 0 | 0 Logo, { x+ 3y − 2z + 8w = −9 z − 3w = b Da equação 2 do sistema temos z = b+ 3w Da equação 1 temos x = 2b− 9− 3y − 2w. Logo o solução é dada por: S = { (x, y, z, w) ∈ R4; x = 2b − 9 − 3y − 2w, z = b + 3w } . Assim para b = 2, o sistema tem infinitas soluções . b) Seguindo a solução acima, onde: 1 3 −2 8 | −9 0 0 1 −3 | b 0 0 0 0 | −b+ 2 Se b 6= 2 não existe solução para o sistema. 2.(1.0) Considere a matriz A dada por: A = −1 −2 1 1 −2 3 −2 1 1 −2 0 −2 3 0 0 0 Calcule o determinante da matriz A. SOLUÇÃO 2 Usando a transformada de Laplace, sabemos que : det(A) = ai1Ai1 + ai2Ai2 + · · ·+ ainAin = n∑ j=1 aijAij , i = 1, 2 · · ·n ou det(A) = a1jA1j + a2jA2j + · · ·+ anjAnj = n∑ i=1 aijAij , j = 1, 2 · · ·n onde Aij é a matriz dos cofatores definida por: Aij = (−1)i+jdet(Mij). A maneira mais fácil é utilizar a quarta linha, pois a42 = a43 = a44 = 0. Logo det(A) = a41 ∗A41 + a42 ∗A42 + a43 ∗A43 + a44 ∗A44 = a41A41 A41 = (−1)4+1 . ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ −2 1 1 3 −2 1 −2 0 −2 ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ = −8 Logo det(A) = a41 ∗A41 = −3 ∗ −8) = 24 3.(2.0) Seja T : IR3 → IR2 uma transformação linear, definida por T (x, y, z) = (x+ y, 2x− y + z) (a) Determine uma base e a dimensão do Ker(T )(núcleo de T) (b) Determine uma base e a dimensão do Img(T )(imagem de T) SOLUÇÃO a) N(T ) = { (x, y, z) ∈ R3; T (x, y, z) = 0 } . Assim encontramos o se- guinte sistema: x+ y = 02x− y + z = 0 A solução do sistema é dado por: x = −y e z = −2x+ y = −3x. 3 Solução N(T ) = { (x, y, z) ∈ R3; (−y, y, 3y) = y(−1, 1, 3) } Para encontrar uma base basta escolher um valor de y ∈ R. Em particular para y = r temos uma base r(−1, 1, 3). Assim Dim(N(T )) = 1 b) Temos que T (x, y, z) = (x+ y, 2x− y + z) . Logo podemos escrever (x, 2x) + (y,−y) + (0, z) = x(1, 2) + y(1,−1) + z(0, 1) . Considere os vetores que geram a imagem de T: u = (1, 2); v = (1,−1); w = (0, 1) É fácil notar que esse três vetores são Linearmente dependentes, como por exemplo: v = u− 3w. Assim temos que uma base para Im(T ) = [ u,w ] e Dim ( Im(T ) ) = 2 4.(2.0) Seja T : IR3 → IR2 uma transformação linear, tal que T (1, 0, 1) = (1, 1), T (1, 1, 0) = (2, 3) e T (1, 1, 1) = (2, 2). (a) Determine uma expressão geral para a transformação linear. (b) Determine o conjunto de vetores u ∈ IR3 tal que T (u) = (−2, 0) (c) Determine uma base e a dimensão da Im(T ). (d) Determine uma base e a dimensão da N(T ) = Ker(T ). SOLUÇÃO a) Os vetores {(1, 0, 1); (1, 1, 0); (1, 1, 1)} são linearmente independentes e por- tanto formam uma base para o espaço R3. Então todo vetor(x, y, z)IR3 pode ser escrito como combinação linear dos três vetores: (x, y, z) = a(1, 0, 1) + b(1, 1, 0) + c(1, 1, 1) = (a+ b+ c, b+ c, a+ c) 4 Sendo assim temos: x = a+ b+ c; y = b+ c e z = a+ c. Escrevendo a, b e c em função de x, y e z temos: a = x − y; b = x − z e c = −x + y + z. Substituindo os valores de a, b e c e aplicando a transformação linear temos: T (x, y, z) = (x− y)T (1, 0, 1) + (x− z)T (1, 1, 0) + (−x+ y + z)T (1, 1, 1) = (x− y)(1, 1) + (x− z)(2, 3) + (−x+ y + z)(2, 2) = (x− y + 2x− 2z − 2x+ 2y + 2z, x− y + 3x− 3z − 2x+ 2y + 2z) = (x+ y, 2x+ y − z) Portanto a forma geral da transformação linear é dada por T (x, y, z) = (x+ y, 2x+ y − z) b) x+ y = −22x+ y − z = 0 Da primeira equação temos x = −2 − y, substituindo o valor de x na segunda equação encontramos z = −4 − y. Logo o conjunto de vetores que satisfaz esta condição é (−2− y, y,−4− y), ou seja S = { (x, y, z) ∈ R3; (−2− y, y,−4− y) } c) Im(T ) = (x+ y, 2x+ y − z) = x (1, 2) + y (1, 1) + z (0,−1) Observe que o vetor (1, 1) pode ser escrito como combinação linear dos vetores (1, 2), (0,−1). Sendo assim temos uma base para imagem repesen- tada por B = { (1, 2), (0,−1) } . Logo, Dim(Im(T )) = 2. 5 d) Para encontrar o núcleo fazemos: (x+ y, 2x+ y − z) = (0, 0) x+ y = 02x+ y − z = 0 Da primeira equação temos x = −y, substituindo o valor de x na segunda equação encontramos z = −y. Sendo assim podemos reescrever o vetor como (−y, y,−y). Logo temos uma base para N(T ) dada por (−1, 1,−1) e Dim(N(T )) = 1. 5.(2.0) Determine a matriz da Transformação Linear T : IR3 → IR2 definida por T (x, y, z) = (x+ y, y + z) em relação as bases B,C onde B = u1, u2, u3, onde u1 = (1, 0, 0);u2 = (1, 1, 0);u3 = (1, 1, 1) C = v1, v2, onde v1 = (1, 0); v2 = (1, 1) SOLUÇÃO Primeiro precisamos escrever as imagens da base B como combinações lineares dos elementos da base C T (1, 0, 0) = (1, 0) = a(1, 0) + b(1, 1) T (1, 1, 0) = (2, 1) = c(1, 0) + d(1, 1) T (1, 1, 1) = (2, 2) = e(1, 0) + f(1, 1) 6 Encontrando os valores de a e b: a+ b = 1b = 0 Resolvendo o sistema temos a = 1 e b = 0. Encontrando os valores de c e d: c+ d = 2d = 1 Resolvendo o sistema temos c = 1 e d = 1. Encontrando os valores de e e f : e+ f = 2f = 2 Resolvendo o sistema temos e = 0 e f = 2. Assim obtemos: TB,C = 1 1 00 1 2 6.(2.0) Determinar os autovalores e os autovetores da seguinte transformação li- near: T : IR3 −→ IR3; T (x, y, z) = (3x− y − 3z, 2y − 3z,−z) 7 Seja B = 3 −1 −3 0 2 −3 0 0 −1 SOLUÇÃO Sendo P (λ) = det(A − λI3) o polinômio característico de A e a equação P (λ) = det(A − λI3) = 0, chamada equação característica de A, temos por um teorema que os autovalores de A são as raízes do polinômio carac- terístico de A. Assim, seu polinômio característico é: P (λ) = det(A− λI3) = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ 3− λ −1 −3 0 2− λ −3 0 0 −1− λ ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ (1) P (λ) = (3− λ)(2− λ)(−1− λ) As raizes possíveis de P (λ) são λ1 = 3, λ2 = 2 e λ3 = −1, que são os autovalores de A. Para encontrar um autovetor → x1= [x1.x2.x3] t associado a λ1 = 3, formamos o sistema: Ax = λx ( no caso λ1 = 3)⇔ (A− 3I3)x = 0 De (1) temos 3− 3 −1 −3 0 2− 3 −3 0 0 −1− 3 x1 x2 x3 = 0 0 0 8 0 −1 −3 0 −1 −3 0 0 −4 x1 x2 x3 = 0 0 0 Logo −x2 − 3x3 = 0 e −4x3 = 0 Portanto, todos os autovetores associados ao autovalor λ1 = 3 são dados por r[1, 0, 0]t onde r ∈ R é qualquer número real não-nulo e t e o vetor transposto.. Para encontrar um autovetor → x2= [x1.x2.x3] t associado ao autovalor λ2 = 2, formamos o sistema: (A− 2I3)x = 0 isto é, 3− 2 −1 −3 0 2− 2 −3 0 0 −1− 2 x1 x2 x3 = 0 0 0 1 −1 −3 0 0 −3 0 0 −3 x1 x2 x3 = 0 0 0 x1 − x2 − 3x3 = 0; −3x3 = 0 Logo x3 = 0 e substituindo na primeira equação obtemos que x1 = x2 = r, onde r ∈ IR, r 6= 0 9 Portanto, o autovetor v2 associado ao autovalor λ2 = 2 é r[1, 1, 0]t Para encontrar um autovetor → x3= [x1, x2.x3] t associado ao autovalor λ3 = −1, formamos o sistema: (A+ 1I3)x = 0 isto é, 3− (−1) −1 −3 0 2− (−1) −3 0 0 −1− (−1) x1 x2 x3 = 0 0 0 4 −1 −3 0 3 −3 0 0 0 x1 x2 x3 = 0 0 0 Portanto 4x1 − x2 − 3x3 = 0; 3x2 − 3x3 = 0 Portanto, todos os autovetores v3 associados ao autovalor λ3 = −1 são dados por r[1, 1, 1]t.Final do Gabarito 10
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