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Direitos sexuais e reprodutivos: → Direito de desfrutar das relações sexuais, sem temor de gravidez e/ou contrair uma DST → Direito de decidir quantos filhos quer ter e em qual momento da sua vida → Direito de ter uma gestação e parto nas melhores condições → Direito de ter informação e acesso aos métodos anticoncepcionais CONTRACEPÇÃO: uso de métodos e técnicas que tenham como finalidade impedir que o relacionamento sexual resulte em gravidez. É um recurso do planejamento familiar, que visa à constituição de uma prole desejada e programada. MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: ANTICONCEPCIONAIS COM HORMÔNIOS: → Combinados → Únicos (minipílula) → Contracepção de emergência → Adesivos → Injetáveis CONTRACEPÇÃO DEFINITIVA: → Vasectomia → Laqueadura CONTRACEPÇÃO DE LONGA DURAÇÃO REVERSÍVEL: → Implante subdérmico → DIU hormonal (SIU) → DIU de cobre MÉTODOS DE BARREIRA: → Preservativo masculino e feminino → Diafragma ÍNDICE DE PEARL: A eficácia é a avaliada pelo índice de Pearl que corresponde ao número de falhas por ano a cada 100 mulheres. IP= número de falhas X 12meses x 100mulheresNúmero total de meses de exposição Quanto menor é o índice de pearl , mais efetivo é o anticoncepcional Atualmente os índices de PEARL mais aceitável é ser abaixo de 0,6. Anticoncepcionais Orais Combinados (estrogênio e progestagênio) pílula: → Mecanismo mais utilizado → Mecanismo de ação= supressão de fatores do eixo hipotalâmico-hipofisário → Alteração do muco cervical, inibição do pico de LH → Elevada eficácia APRESENTAÇÕES: ✓ Minipílula ✓ Injetável mensal ✓ Injetável trimestral ✓ Anticoncepção de emergência ✓ Implantes subcutâneos ✓ Anéis vaginais ✓ Adesivos CLASSIFICAÇÃO: 1-QUANTO À DOSAGEM HORMONAL DURANTE O CICO E TIPO DE PROGESTÁGENO MONOFÁSICO: mesma dosagem do início ao fim BIFÁSICOS: duas fases de concentrações diferentes de hormônio. TRIFÁSICOS: três fases – tenta mimetizar o ciclo natural Bifásicos e trifásicos caíram em desuso atualmente. Ginecologia – Metódos Contraceptivos 2-QUANTO À DOSAGEM ESTROGÊNICA: ALTA DOSE: 50mcg/dia de etinilestradiol ( DESUSO) MÉDIA DOSE: 50mcg/dia BAIXA DOSE: 30-35mcg/dia BAIXÍSSIMA DOSE:15-20mcg/dia→+ indicada (menor efeitos adversos) EFEITOS ADVERSOS: Náuseas: Sugerir o uso noturno ou durante as refeições e afastar doenças do trato gastrointestinal. Cefaléia: Identificar o tipo de cefaleia: enxaqueca ou outro tipo, na presença de enxaqueca com aura, o AOC deve ser suspenso. Nas cefaleias leves, o uso de anti-inflamatórios pode ter efeito satisfatório. Nas cefaleias no período menstrual podem melhorar com o uso de pílulas sem pausa, com pequena dose estrogênica no intervalo ou com intervalos mais curtos (quatro dias). Sangramento irregular: Manchas (spotting) ou sangramento intermenstrual: São comuns nos três primeiros ciclos, após este período aventar a possibilidade da troca por ACO com maior dose estrogênica. Recorrer à adição de estrogênios por duas semanas, mantendo-se o contraceptivo e anti-inflamatórios não hormonais. Acne: Preferir AOs com progestagênios antiandrogênicos (ciproterona, drospirenona ou clormadinona). Mastalgia: Usar menor dose estrogênica associando-se à progestagênios menos seletivos ou à drospirenona. Ganho de peso: Não existem evidências de que anticoncepcionais orais possam interferir negativamente. Deve-se identificar a causa do ganho de peso e orientar adequadamente o tratamento. CATEGORIA 3 (contraindicação relativa NÃO É RECOMENDADO o uso quando): → Amamentação entre 6 semanas e 6 meses após o parto → Após parto nas pacientes que não estão amamentando até os primeiros 21 dias → Tabagista que fuma menos de 15 cigarros por dia com idade superior a 35 anos → História prévia de HAS mesmo que na gravidez, onde a pressão está em seguimento clínico regular, hipertensão leve (PA SISTÓLICA entre 140-159mmHG e PA diastólica entre 90-99mmHg) → Múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular → Hiperlipidêmicas. → Cirrose hepática moderada e compensada, doença do trato biliar presente ou em tratamento medicamentoso, → História de colestase relacionada a contraceptivo hormonal oral, outras doenças do trato biliar presentes ou em tratamento medicamentoso. → Sangramento vaginal de causa desconhecida. → Interação com drogas que são indutoras de enzimas hepáticas (rifampicina, anticonvulsivantes). → Câncer de mama sem evidência de recorrência nos últimos cinco anos. CATEGORIA 4 (– contraindicação absoluta): → Gestação → Amamentação até seis semanas do parto. (permitindo a minipílula) → Tabagista que fuma mais de 15 cigarros ao dia e com idade maior ou igual a 35 anos. → Hipertensão arterial (PA sistólica maior ou igual a 160 mmHg e PA diastólica maior ou igual a 100 mmHg), distúrbios vasculares. → Diabetes com comprometimento vascular, nefropatia, retinopatia, neuropatia ou diabetes com mais de 20 anos de duração. → Trombose venosa profunda e embolia pulmonar pregressa ou atual. → Cirurgia de grande porte com imobilização prolongada. → Mutações em fatores trombogênicos. → Doença isquêmica do coração presente ou pregressa. → Acidente vascular cerebral. → Doença valvular cardíaca complicada (hipertensão pulmonar, risco de fibrilação atrial, história de endocardite bacteriana subaguda). → Cefaleia com sintoma neurológico focal em qualquer idade, cefaleia sem sintoma neurológico acima de 35 anos. → Hepatite viral aguda, neoplasia hepática benigna ou maligna, cirrose grave descompensada. → Câncer de mama atual. Métodos hormonais de anticoncepção de emergência: → Utilização de pílulas com estrogênio e progesterona ou somente progesterona, após uma relação sexual desprotegida, para evitar uma gravidez → Atua antes da implantação do ovo fecundado (deve ser administrado até 72 horas após a relação) → Eficácia: 75% a 98% → Não deve ser usado rotineiramente Esquema de Yuzpe: 100mcg etinilestradiol + 500mcg levonorgestrel pílulas contendo somente levonorgestrel (1,5mg) -método de escolha → Se utilizada na primeira fase do ciclo menstrual, antes do pico do hormônio luteinizante (LH), altera o desenvolvimento dos folículos, impedindo a ovulação ou a retardando por vários dias. → A ovulação pode ser impedida ou retardada em quase 85% dos casos, nos quais os espermatozoides não têm qualquer oportunidade de contato com o óvulo. → Na segunda fase do ciclo menstrual, após a ovulação, atua por outros mecanismos, alterando o transporte dos espermatozoides e do óvulo nas trompas. → A AE modifica o muco cervical, tornando-o espesso e hostil, impedindo ou dificultando a migração dos espermatozoides do trato genital feminino até as trompas, em direção ao óvulo. → Além disso, interfere na capacitação dos espermatozoides, processo fundamental para a fecundação. Indicações: Relação sexual não programada ou desprotegida, Falha ou esquecimento de algum método, Violência sexual Métodos Hormonais IMPLANTES SUBCUTÂNEOS: → Cápsulas ou bastonetes contendo hormônios, colocados sob a pele da porção medial do braço. → Liberam pequenas quantidades de progestágenos na corrente sanguínea → Deve ser feita entre o primeiro e o sétimo dia do ciclo, para garantir a eficácia contraceptiva desde o primeiro mês de uso → A anticoncepção é conseguida graças à associação de anovulação com o efeito progestogênico, inibindo a produção de muco cervical e alterando o endométrio. → Duração de 1 a 5 anos VANTAGENS: ✓ Alta eficácia ✓ Ação prolongada ✓ Pequeno ganho de peso ✓ Pode ser usado durante a amamentação ✓ Aplicação única DESVANTAGENS: ✓ Aplicação e remoção somente por profissional especializado ✓ Pode ocorrer irritação no local do implante ✓ Alterações no ciclo menstrual ✓ Custo inicial alto ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL –MENSAL:Mecanismo de ação: a ação anticonceptiva reside no efeito do progestogênio sobre o eixo neuroendócrino, inibindo a ovulação pelo bloqueio do pico do LH, que permanece em seus níveis basais. → São observadas, também, atividades sobre o muco cervical, o endométrio e a peristalse tubária, ampliando seu potencial anticonceptivo. → Administrar via IM uma vez ao mês. ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL – TRIMESTRAL: Mecanismo de ação: Inibição da ovulação →diminuição dos níveis de LH e FSH O AMP-D (acetato de medroxiprogesterona de depósito) é um potente anovulatório, suprimindo o pico de LH, além de tornar o muco cervical espesso, dificultando a ascensão dos espermatozoides, e de tornar o endométrio hipotrófico pela redução da vascularização. Administrar uma injeção IM a cada 90 dias ADESIVOS: → Via cutânea de administração -evita a primeira passagem hepática, colocar em área sem pelo VANTAGENS: ✓ Alta eficácia e fácil utilização DESVANTAGENS: ✓ Náuseas e cefaleia ✓ Mastodinia (Mastalgia pré- menstruação) ✓ Reação alérgica ✓ Menor eficácia em mulheres com >90kg ANÉIS VAGINAIS: → São tubos circulares de silastic que, introduzidos na vagina, liberam hormônios que induzem hostilidade do muco cervical e atrofia endometrial → Permanece na vagina durante 3 semanas (1 semana de intervalo) VANTAGENS: ✓ Fácil inserção e remoção pela usuária ✓ Não altera coagulação, metabolismo lipídico ou função hepática ✓ Uso somente uma vez ao mês ✓ Concentrações hormonais séricas constantes DESVANTAGENS: ✓ Incômodo durante a relação sexual ✓ Expulsão (15%) constantes ✓ Rara ocorrência de irritação da parede vaginal ✓ Pode causar corrimento persistente e sangramento DIAFRAGMA: → Cúpula circular de silicone com borda flexível → Recobre o colo do útero, impedindo a passagem dos espermatozoides → Inserir meia hora antes da relação (com espermaticida) → Retirar 6 a 8 horas após a relação → Uso contínuo do diafragma é contra- indicado por haver riscos de infecção geniturinária e de choque tóxico. → Após o seu uso, deve ser lavado com sabão neutro e água fria e enxugado em toalha de pano ou papel. → Deve ser sempre guardado em recipiente próprio, para proteção e transporte adequados. → Pode ser utilizado até dois anos, devendo ser substituído após este período. VANTAGENS: ✓ Isento de efeitos colaterais sistêmicos ✓ Raros efeitos colaterais (somente alergias) ✓ Uso com espermaticida pode diminuir o risco de DSTs ✓ Controlado pela usuária DESVANTAGENS: ✓ Precisa ser usado em cada relação ✓ Requer privacidade para inserção e remoção ✓ Pode necessitar de ajuste (após gravidez, abortamento de 2° trimestre, cirurgia pélvica e ganho ou perda de peso ✓ >8kg ✓ Deve ser lavado e secado PRESERVATIVO FEMININO: → Contraceptivo de barreira vaginal → Adequadamente posicionado recobre a cérvice uterina, paredes vaginais e parte da vulva → Eficácia aumenta principalmente quando usado associado a lubrificantes com capacidade espermaticida. → Feito de poliuretano → Evita DSTs → Maior controle por parte da mulher CONDOM (PRESERVATIVO MASCULINO) → Material: látex ou poliuretano → Pode ser utilizado com espermaticida → Lubrificado com solução à base de glicol MÉTODOS INTRA UTERINOS DIU DE COBRE → Dispositivo intrauterino; → Pode ser inserido em qualquer fase do ciclo; → Causa diversas alterações espermáticas, ovulares, cervicais, endometriais, e tubárias que evitam a fertilização; → Estimula reação inflamatória pronunciada no útero, por ser um corpo estranho → Alterações bioquímicas interferem no transporte dos espermatozoides no aparelho genital VANTAGENS: ✓ Boa eficácia ✓ Método reversível ✓ Não interfere com a vida sexual DESVANTAGENS: ✓ Alterações menstruais ✓ Dor ✓ Expulsão ✓ DIP -problemas de coagulação ESPERMATICIDAS: → É composto de substância inerte e espermaticida (nonoxinol-9 e mentegol) → Substâncias que, quando colocadas no fundo da vagina, têm ação de barreira por inativação dos espermatozóides, devido à lesão de sua membrana celular. → Apresentações: cremes, geleias, supositórios, tabletes e espumas. → Não oferece uma proteção contraceptiva adequada, se usado isoladamente VANTAGENS: ✓ Não necessita de prescrição médica ✓ Raramente causa irritação vaginal DESVANTAGENS: ✓ Maior índice de falhas ✓ Requer manipulação dos genitais ✓ Considerado desagradável por alguns casais ESPONJA CONTRACEPTIVA → Comercializada em alguns países → Formato ligeiramente côncavo, para adaptar-se melhor ao colo uterino, devendo ser umedecidas antes da sua colocação para ativar o espermaticida → Inserir até 24 horas antes e retirar 6-8 depois → Menos efetiva que diafragma ou condom MÉTODO DE OGINO-KNAUS, CALENDÁRIO, RITMO OU TABELA: → Observar o ciclo durante 6 a 12 meses → Registrar o ciclo mais longo e o mais curt → Ciclo mais curto: subtrair 18 ; → Ciclo mais longo: subtrair 11 Exemplo: ciclos de 26 a 30 dias -período fértil será do 8°ao 19° dia → Associar a outros métodos comportamentais MÉTODO DO MUCO CERVICAL OU BILLINGS → Deve-se pesquisar a presença do muco todos os dias, observando atentamente a sensação ocasionada pelo mesmo, buscando perceber as mudanças progressivas que ocorrem → É preciso interromper a atividade sexual ao menor sinal da presença do muco, após o período de secura vaginal que normalmente sucede a menstruação → Deve-se observar também o aumento progressivo do muco, que atinge o pico durante a ovulação, passando a regredir a partir dela, por ação da progesterona → Permanecer em abstinência por 3 dias a partir da produção máxima do muco cervical MÉTODO DA TEMPERATURA CORPORAL BASAL → Baseia-se na ação termogênica da progesterona → Elevação da temperatura da mulher (0,2 a 0.4C° ou 0.4 a 0,8°C) → A mulher precisa registrar a temperatura diariamente, a partir do primeiro dia do ciclo, em um gráfico. → O termômetro deve ser colocado na boca, logo pela manhã, antes de qualquer atividade, durante pelo menos 5 minutos. → De preferência, a temperatura deve ser aferida aproximadamente na mesma hora e após um período de sono de pelo menos 5 horas. → Observa-se que, geralmente, ocorre uma queda da temperatura no dia da ovulação, seguida de elevação nos dias subsequentes. Por isso, o método da temperatura serve para diagnóstico de gravidez, pois, nesse caso, a temperatura continua elevada depois do 28° dia do ciclo. COITO INTERROMPIDO OU EJACULAÇÃO EXTRAVAGINAL → Baseia se na capacidade do homem em pressentir a iminência da ejaculação e retirar o pênis nesse momento → Requer autocontrole por parte do homem, de forma que ele possa retirar o pênis pouco antes da ejaculação → Antes do ato sexual o homem deve urinar e retirar restos de esperma de uma eventual relação anterior; o líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozóides vivos o que aumenta o índice de falha → Antes da ejaculação, o pênis deve ser retirado da vagina e o sêmen ser depositado longe dos genitais femininos → Não oferece proteção contra ISTs. ESTERILIZAÇÃO FEMININA (LAQUEADURA TUBÁRIA) → Ligadura das tubas uterinas → Constitui método permanente de contracepção, operacionalizado através da obstrução do lúmen tubário, impedindo, assim, o transporte e a união dos gametas. → Independentemente da técnica a ser utilizada, recomenda-se o terço proximal da tuba (região ístmica) como o local ideal para ligadura. → Método mais eficaz (1,8 gravidez/1.000 cirurgias) → Raras complicações → Grande risco de arrependimento após a cirurgia → Não é permitido em mulher que tenha apenas 1 filho → Precisa ter +25 anos e pelo menos dois filhos Direitos sexuais e reprodutivos: MÉTODOS CONTRACEPTIVOS: ANTICONCEPCIONAIS COM HORMÔNIOS: CONTRACEPÇÃO DEFINITIVA: CONTRACEPÇÃO DE LONGA DURAÇÃO REVERSÍVEL: MÉTODOS DE BARREIRA: AnticoncepcionaisOrais Combinados (estrogênio e progestagênio) pílula: 1-QUANTO À DOSAGEM HORMONAL DURANTE O CICO E TIPO DE PROGESTÁGENO 2-QUANTO À DOSAGEM ESTROGÊNICA: EFEITOS ADVERSOS: CATEGORIA 3 (contraindicação relativa NÃO É RECOMENDADO o uso quando): CATEGORIA 4 (– contraindicação absoluta): Métodos hormonais de anticoncepção de emergência: Métodos Hormonais IMPLANTES SUBCUTÂNEOS: ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL –MENSAL: ANTICONCEPCIONAL INJETÁVEL –TRIMESTRAL: ADESIVOS: ANÉIS VAGINAIS: DIAFRAGMA: PRESERVATIVO FEMININO: CONDOM (PRESERVATIVO MASCULINO) MÉTODOS INTRA UTERINOS DIU DE COBRE ESPERMATICIDAS: ESPONJA CONTRACEPTIVA MÉTODO DE OGINO-KNAUS, CALENDÁRIO, RITMO OU TABELA: MÉTODO DO MUCO CERVICAL OU BILLINGS MÉTODO DA TEMPERATURA CORPORAL BASAL COITO INTERROMPIDO OU EJACULAÇÃO EXTRAVAGINAL ESTERILIZAÇÃO FEMININA (LAQUEADURA TUBÁRIA)
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