Prévia do material em texto
Autovalores e autovetores Eliza Maria Ferreira Universidade Federal de Lavras (UFLA) 1 / 8 Autovalores e autovetores Notação (utilizada no Anton) Dada uma matriz A ∈Mm×n(R) podemos nos referir à transformação linear relacionada a A como TA : Rn → Rm, considerando as bases canônicas em Rn e Rm. De�nição Se A for uma matriz n × n então um vetor não nulo x em Rn é denominado um autovetor de A (ou do operador linear TA) se Ax for um múltiplo escalar de x , isto é, Ax = λx para algum escalar λ. O escalar λ é denominado autovalor de A (ou de TA), e dizemos que x é um autovetor associado a λ. (UFLA) 2 / 8 Autovalores e autovetores Notação (utilizada no Anton) Dada uma matriz A ∈Mm×n(R) podemos nos referir à transformação linear relacionada a A como TA : Rn → Rm, considerando as bases canônicas em Rn e Rm. De�nição Se A for uma matriz n × n então um vetor não nulo x em Rn é denominado um autovetor de A (ou do operador linear TA) se Ax for um múltiplo escalar de x , isto é, Ax = λx para algum escalar λ. O escalar λ é denominado autovalor de A (ou de TA), e dizemos que x é um autovetor associado a λ. (UFLA) 2 / 8 Analogamente... De�nição Se T : Rn → Rn for um operador linear então um vetor não nulo x em Rn é denominado um autovetor de T se, T (x) = λx para algum escalar λ. O escalar λ é denominado autovalor de T . Exemplo O vetor x = [ 1 2 ] é um autovetor de A = [ 3 0 8 −1 ] associado ao autovalor 3. De fato Ax = [ 3 0 8 −1 ] [ 1 2 ] = [ 3 6 ] = 3x . (UFLA) 3 / 8 Analogamente... De�nição Se T : Rn → Rn for um operador linear então um vetor não nulo x em Rn é denominado um autovetor de T se, T (x) = λx para algum escalar λ. O escalar λ é denominado autovalor de T . Exemplo O vetor x = [ 1 2 ] é um autovetor de A = [ 3 0 8 −1 ] associado ao autovalor 3. De fato Ax = [ 3 0 8 −1 ] [ 1 2 ] = [ 3 6 ] = 3x . (UFLA) 3 / 8 Analogamente... De�nição Se T : Rn → Rn for um operador linear então um vetor não nulo x em Rn é denominado um autovetor de T se, T (x) = λx para algum escalar λ. O escalar λ é denominado autovalor de T . Exemplo O vetor x = [ 1 2 ] é um autovetor de A = [ 3 0 8 −1 ] associado ao autovalor 3. De fato Ax = [ 3 0 8 −1 ] [ 1 2 ] = [ 3 6 ] = 3x . (UFLA) 3 / 8 Mas como encontrar todos os autovalores e autovetores de uma transformação linear? Teorema Se A for uma matriz n × n então λ é um autovalor de A se, e só se, det (λI − A) = 0. Essa equação é chamada de equação característica de A. (UFLA) 4 / 8 Mas como encontrar todos os autovalores e autovetores de uma transformação linear? Teorema Se A for uma matriz n × n então λ é um autovalor de A se, e só se, det (λI − A) = 0. Essa equação é chamada de equação característica de A. (UFLA) 4 / 8 Exemplo Voltando ao exemplo anterior, já veri�camos que λ = 3 é um autovalor de A = [ 3 0 8 −1 ] . Vamos veri�car como esse autovalor foi encontrado e encontrar, se houver, os demais autovalores de A. Fazendo det(λI − A) = 0 encontramos (λ− 3)(λ+ 1) = 0. Logo λ = 3 e λ = −1 são os autovalores de A. Quando expandimos o determinante det(λI − A) obtemos um polinômio p(λ) denominado polinômio característico de A. Se A for uma matriz n× n então o polinômio característico de A tem grau n. (UFLA) 5 / 8 Exemplo Voltando ao exemplo anterior, já veri�camos que λ = 3 é um autovalor de A = [ 3 0 8 −1 ] . Vamos veri�car como esse autovalor foi encontrado e encontrar, se houver, os demais autovalores de A. Fazendo det(λI − A) = 0 encontramos (λ− 3)(λ+ 1) = 0. Logo λ = 3 e λ = −1 são os autovalores de A. Quando expandimos o determinante det(λI − A) obtemos um polinômio p(λ) denominado polinômio característico de A. Se A for uma matriz n× n então o polinômio característico de A tem grau n. (UFLA) 5 / 8 Exemplo Voltando ao exemplo anterior, já veri�camos que λ = 3 é um autovalor de A = [ 3 0 8 −1 ] . Vamos veri�car como esse autovalor foi encontrado e encontrar, se houver, os demais autovalores de A. Fazendo det(λI − A) = 0 encontramos (λ− 3)(λ+ 1) = 0. Logo λ = 3 e λ = −1 são os autovalores de A. Quando expandimos o determinante det(λI − A) obtemos um polinômio p(λ) denominado polinômio característico de A. Se A for uma matriz n× n então o polinômio característico de A tem grau n. (UFLA) 5 / 8 Exemplo Voltando ao exemplo anterior, já veri�camos que λ = 3 é um autovalor de A = [ 3 0 8 −1 ] . Vamos veri�car como esse autovalor foi encontrado e encontrar, se houver, os demais autovalores de A. Fazendo det(λI − A) = 0 encontramos (λ− 3)(λ+ 1) = 0. Logo λ = 3 e λ = −1 são os autovalores de A. Quando expandimos o determinante det(λI − A) obtemos um polinômio p(λ) denominado polinômio característico de A. Se A for uma matriz n× n então o polinômio característico de A tem grau n. (UFLA) 5 / 8 Teorema Se A for uma matriz n × n triangular (superior, inferior ou diagonal) então os autovalores de A são as entradas da diagonal principal de A. Exemplo Encontre os autovalores de A = 12 0 0−1 2 3 0 5 −8 −1 4 . Teorema Se A for uma matriz n × n então são equivalentes: 1 λ é um autovalor de A. 2 O sistema (λI − A)x = 0 tem soluções não triviais. 3 Existe algum vetor não nulo x tal que Ax = λx . 4 λ é solução da equação característica det(λI − A) = 0. (UFLA) 6 / 8 Teorema Se A for uma matriz n × n triangular (superior, inferior ou diagonal) então os autovalores de A são as entradas da diagonal principal de A. Exemplo Encontre os autovalores de A = 12 0 0−1 2 3 0 5 −8 −1 4 . Teorema Se A for uma matriz n × n então são equivalentes: 1 λ é um autovalor de A. 2 O sistema (λI − A)x = 0 tem soluções não triviais. 3 Existe algum vetor não nulo x tal que Ax = λx . 4 λ é solução da equação característica det(λI − A) = 0. (UFLA) 6 / 8 Teorema Se A for uma matriz n × n triangular (superior, inferior ou diagonal) então os autovalores de A são as entradas da diagonal principal de A. Exemplo Encontre os autovalores de A = 12 0 0−1 2 3 0 5 −8 −1 4 . Teorema Se A for uma matriz n × n então são equivalentes: 1 λ é um autovalor de A. 2 O sistema (λI − A)x = 0 tem soluções não triviais. 3 Existe algum vetor não nulo x tal que Ax = λx . 4 λ é solução da equação característica det(λI − A) = 0. (UFLA) 6 / 8 Sabendo como proceder para encontrar os autovalores de A como fazemos para encontrar os autovetores associados aos autovalores? Sabemos que os autovetores associados a um autovalor λ de uma matriz A são os vetores não nulos que satisfazem a equação (λI − A)x = 0. Isto é, são os vetores não nulos que são solução desse sistema linear. Incluindo o vetor nulo a esse conjunto de soluções do sistema (λI − A)x = 0 temos o que chamamos de autoespaço de A associado a λ. Sendo assim, os autovetores de uma matriz A associados a um autovalor λ, são todos os vetores do autoespaço de A associado a λ, exceto o vetor nulo. Note que o vetor nulo pertence a cada autoespaço de uma matriz, mesmo não sendo um autovetor (pois autovetores são vetores não nulos). (UFLA) 7 / 8 Sabendo como proceder para encontrar os autovalores de A como fazemos para encontrar os autovetores associados aos autovalores? Sabemos que os autovetores associados a um autovalor λ de uma matriz A são os vetores não nulos que satisfazem a equação (λI − A)x = 0. Isto é, são os vetores não nulos que são solução desse sistema linear. Incluindo o vetor nulo a esse conjunto de soluções do sistema (λI − A)x = 0 temos o que chamamos de autoespaço de A associado a λ. Sendo assim, os autovetores de uma matriz A associados a um autovalor λ, são todos os vetores do autoespaço de A associado a λ, exceto o vetor nulo. Note que o vetor nulo pertence a cada autoespaço de uma matriz, mesmo não sendo um autovetor (pois autovetores são vetores não nulos). (UFLA) 7 / 8 Sabendo como proceder para encontrar os autovalores de A como fazemos para encontrar os autovetores associados aos autovalores? Sabemos que os autovetores associados aum autovalor λ de uma matriz A são os vetores não nulos que satisfazem a equação (λI − A)x = 0. Isto é, são os vetores não nulos que são solução desse sistema linear. Incluindo o vetor nulo a esse conjunto de soluções do sistema (λI − A)x = 0 temos o que chamamos de autoespaço de A associado a λ. Sendo assim, os autovetores de uma matriz A associados a um autovalor λ, são todos os vetores do autoespaço de A associado a λ, exceto o vetor nulo. Note que o vetor nulo pertence a cada autoespaço de uma matriz, mesmo não sendo um autovetor (pois autovetores são vetores não nulos). (UFLA) 7 / 8 Sabendo como proceder para encontrar os autovalores de A como fazemos para encontrar os autovetores associados aos autovalores? Sabemos que os autovetores associados a um autovalor λ de uma matriz A são os vetores não nulos que satisfazem a equação (λI − A)x = 0. Isto é, são os vetores não nulos que são solução desse sistema linear. Incluindo o vetor nulo a esse conjunto de soluções do sistema (λI − A)x = 0 temos o que chamamos de autoespaço de A associado a λ. Sendo assim, os autovetores de uma matriz A associados a um autovalor λ, são todos os vetores do autoespaço de A associado a λ, exceto o vetor nulo. Note que o vetor nulo pertence a cada autoespaço de uma matriz, mesmo não sendo um autovetor (pois autovetores são vetores não nulos). (UFLA) 7 / 8 Exemplos 1 Encontre uma base para cada um dos autoespaços de A = [ 3 0 8 −1 ] . 2 Encontre uma base para cada um dos autoespaços de A = 0 0 −21 2 1 1 0 3 . Teorema Se k for um inteiro positivo, λ um autovalor de A e x um autovetor associado, então λk é um autovalor de Ak e x é um autovetor associado. Teorema Uma matriz quadrada A é invertível se, e só se, λ = 0 não é um autovalor de A. (UFLA) 8 / 8 Exemplos 1 Encontre uma base para cada um dos autoespaços de A = [ 3 0 8 −1 ] . 2 Encontre uma base para cada um dos autoespaços de A = 0 0 −21 2 1 1 0 3 . Teorema Se k for um inteiro positivo, λ um autovalor de A e x um autovetor associado, então λk é um autovalor de Ak e x é um autovetor associado. Teorema Uma matriz quadrada A é invertível se, e só se, λ = 0 não é um autovalor de A. (UFLA) 8 / 8 Exemplos 1 Encontre uma base para cada um dos autoespaços de A = [ 3 0 8 −1 ] . 2 Encontre uma base para cada um dos autoespaços de A = 0 0 −21 2 1 1 0 3 . Teorema Se k for um inteiro positivo, λ um autovalor de A e x um autovetor associado, então λk é um autovalor de Ak e x é um autovetor associado. Teorema Uma matriz quadrada A é invertível se, e só se, λ = 0 não é um autovalor de A. (UFLA) 8 / 8