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Assistência pré-natal e imunização

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A S S I S T Ê N C I A P R É - N A T A L E I M U N I Z A Ç Ã O
PRÉ-NATAL
Série de consultas para acompanhar a gestante, visando
identificar e tratar intercorrências precocemente. O
diagnóstico de gravidez deve ser o mais precoce possível,
para permitir o início imediato do pré- natal, que tem papel
fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de
doenças maternas e fetais, permitindo desenvolvimento
saudável do feto e reduzindo os riscos da gestante.
LAYANE SILVA 
O diagnóstico de gravidez precoce baseia-se na avaliação
laboratorial da gonadotrofina coriônica humana (hCG) na
urina ou sangue.
DATA PROVÁVEL DO PARTO
Janeiro-março: somar 09 ao número do mês
Abril-dezembro: diminuir 03 do número do mês
Para calcular a data provável do parto, utiliza-se a regra de
Nagele, na qual deve-se somar 07 ao número de dias.
Exemplo 1: DUM: 20/02/2021; DPP: 27/11/2021
Exemplo 2: DUM: 20/05/2021; DPP: 27/02/2022
Exemplo 3: DUM: 25/04/2021 (se somar 25+07=32 dias, Abril
tem 30 dias, logo o mês de referência deve ser Maio, o mês
de maio 05-03=02 - fevereiro); DPP: 02/02/2022
O pré-natal é dividido em 2 facetas: alto risco e baixo risco,
este último é acompanhado na Unidade Básica de Saúde e 
pode ser compartilhado por médico e enfermeira,
enfermeira obstétrica ou obstetriz, complementado por
atuação de agente de saúde e outros profissionais a
depender do caso. No pré-natal de alto risco, a paciente
entra pela UBS, onde a equipe médica identifica qual é o
fator de alto risco, fazem um relatório e a enfermeira
encaminha para a unidade de alto risco, assim, em torno de
10% das gestações são de alto risco, o procedimento deve ser
feito obrigatoriamente por um médico obstetra.
Desse modo, a paciente não pode ir diretamente na unidade
de alto risco e buscar por atendimento, ela precisa ser
encaminhada de uma UBS, então se o médico não for capaz
de identificar esses fatores de alto risco, a paciente não vai
conseguir ter o acompanhamento adequado com um
especialista. Em função disso, o Ministério da Saúde
colocou em tabelas as condições de pacientes que devem ser
acompanhadas no baixo risco e no alto risco, e se forem
identificados fatores de alto risco, essa paciente deve ser
encaminhada para a unidade de referência.
Essa avaliação deve ser feita em cada consulta de pré-natal
pois o status da paciente pode ser alterado, e se for
identificada qualquer situação de risco deve-se encaminhá-
la para a unidade de referência.
Segundo o Ministério da Saúde, a agenda mínima de
consultas da gestante é composta por:
1° trimestre: 1 consulta
2° trimestre: 2 consultas
3° trimestre: 3 consultas
Em caso de impossibilidade desse seguimento, faz-se as
consultas mínimas para um pré-natal ser considerado bem
feito (abaixo dessa quantidade considera-se que a paciente
não realizou pré-natal adequado), são elas:
A data provável do parto é até 40 semanas, mas consegue-se
levar a gravidez até 41 semanas.
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
USG 1° trimestre: diferença menor que 1 semana entre
USG e DUM
USG 2° trimestre: diferença menor que 2 semanas entre
USG e DUM
USG 3° trimestre: diferença menor que 3 semanas entre
USG e DUM
O cálculo da idade gestacional tem que ser feito assim que
começa a realizar pré-natal, os métodos para esta estimativa
dependem da data da última menstruação (DUM), que
corresponde ao primeiro dia de sangramento do último
ciclo menstrual referido pela mulher - se DUM for
desconhecida pela paciente, solicitar uma ultrassonografia
transvaginal (USG TV).
Ao comparar os resultados da DPP baseada na DUM e na
USG TV, deve-se avaliar qual irá seguir de acordo com o
intervalo de confiança, assim, se discordância entre DUM e
USG TV, considerar DUM se:
Considerando a linha do tempo da gravidez, tem-se que a
DPP é 40 semanas, mas a gravidez pode se estender até 41
semanas, assim, o 1o trimestre é até 12-14 semanas, o 2o
trimestre é de 14-28 semanas e o 3o trimestre é de 28-41
semanas, ou seja, a metade da gravidez é com 20 semanas.
Assim, o pré-natal é feito de acordo com essa linha do
tempo avaliando o que deve ser pedido em relação a exames
de laboratórios, USG e culturas que podem ser solicitadas
no pré-natal. Existem 2 formas de calcular a idade
gestacional, uma delas é contando o número de dias da
DUM até a data da consulta e dividir por 7, e a outra forma
é pela avaliação do fundo uterino que é chamada Regra de
MacDonald (idade gestacional = fundo uterino x 8/7), que
oferece uma média da idade gestacional.
AVALIAÇÃO DO RISCO DO PRÉ-NATAL
LAYANE SILVA 
É importante saber identificar quais pacientes são
realmente de alto risco, por exemplo, tem-se que uma
paciente com menos de 15 anos é um fator de baixo risco, já
que ela não precisa ser acompanhada por uma unidade de
alto risco apenas por ser menor de 15 anos, pelo Ministério
da Saúde ela pode fazer o acompanhamento em uma UBS.
Ou seja, os critérios que estão na tabela de baixo risco são
fatores que atrapalham a gestação mas não geram riscos à
gestação e podem ser tratados dentro de uma UBS. 
LAYANE SILVA 
No entanto, se for uma adolescente (menor de 15 anos) com
fator de risco psicossocial (Ex.: convive com esposo que é
traficante de drogas), ela torna-se de alto risco e deve ser
acompanhada por uma unidade de pré-natal de alto risco.
ROTINA DE EXAMES - LABORATÓRIO
Observa-se que há uma rotina de exames que é solicitada no
1o trimestre, outra que é solicitada no 3o trimestre e apenas
1 exame é solicitado no 2o trimestre - quanto às sorologias
no 3o trimestre repete-se VDRL e Anti-HIV com a
peculiaridade de que no 1o trimestre as sorologias podiam
ser obtidas por teste rápido e no 3o só pode ser a sorologia.
A glicemia de jejum só é repetida no 3o trimestre se a
paciente não conseguir realizar o TOTG no 2o trimestre, que
é um exame que coleta o sangue em jejum e coleta em 1 hora
e 2 horas após a paciente ter ingerido 75 g de glicose.
Incompatibilidade ABO: Mãe O - Feto A, B ou AB
A mãe tem um grupo sanguíneo que pode ser A, B, AB e O, se
ela for do grupo O, ela não tem nenhum antígeno na
superfície da hemácia dela, então ela forma o anticorpo
anti-A e anti-B, assim, se o bebê for do tipo sanguíneo A, B
ou AB, a mãe terá anticorpos contra o bebê. Essa
incompatibilidade ABO é a mais comum e a menos grave, ou
seja, é um bebê que vai ter uma hemólise leve causando
icterícia leve, que será tratada facilmente com fototerapia,
sem nenhum risco ou complicação fetal.
TS + COOMBS INDIRETO
Rh positivo: antígeno D presente
Rh negativo: antígeno D ausente
Anticorpo IgM - resposta imunológica primária
Anticorpo IgG - memória definitiva
SISTEMA RH (Rhesus): o maior problema é quando existe
incompatibilidade do sistema Rh, ou seja, quando a mãe é de
um tipo sanguíneo Rh negativo, ou seja, não tem o antígeno
na superfície, e entra em contato com um bebê que é de um
tipo sanguíneo Rh positivo independente do ABO. 
Nesse caso, pelo bebê ser Rh positivo, a mãe forma
anticorpos contra o bebê a partir de 3 semanas de gestação,
então, na primeira gravidez terá uma mãe que é grupo
sanguíneo Rh negativo e um bebê que é grupo sanguíneo Rh
positivo, provavelmente igual ao pai, por ser a primeira vez,
ela não vai manifestar nada porque nessa gravdez ela faz
um anticorpo IgM, que é a primeira resposta imunológica
que ocorre no organismo, e esse anticorpo tem alto peso
molecular e não atravessa a placenta, assim ele não tem
como fazer hemólise das hemácias do bebê.
Assim, a mãe produz um anticorpo contra as hemácias do
bebê porque ela é Rh negativo e o bebê é positivo, mas esse
anticorpo não consegue passar, então a gravidez irá evoluir
bem sem riscos, e no parto terá uma grande troca de sangue
entre ela e o bebê.
LAYANE SILVA 
Em uma segunda gestação, o anticorpo que era IgM, vira
uma memória imunológica que faz um anticorpo IgG, este
tem baixo peso molecular e atravessa a placenta, então
nessa segunda gravidez a mãe que não recebeu nenhum tipo
deprofilaxia na gestação anterior, terá os anticorpos já
formados e se o bebê for Rh positivo, o IgG vai atravessar e
fazer hemólise causando anemia grave no bebê.
Identifica no sangue materno anticorpos anti-Rh, assim,
é usado para identificar a mãe que está produzindo
anticorpos contra as hemácias do bebê, sendo feito em
todas as mães que forem Rh negativo.
Assim, se o pai for Rh positivo, mãe Rh negativo e bebê Rh
positivo como o pai, ela faz anticorpos, que podem
atravessar a placenta e atacar o bebê na segunda gravidez
porque o anticorpo é mais leve e consegue atravessar. Essa
mãe já tomou anticorpos na primeira gravidez que
evoluirão na segunda gravidez. Em função disso, o coombs
indireto avalia o sangue da mãe (se fosse direto, seria no
sangue do bebê, assim, quando o bebê nasce pode ser feito o
coombs direto nele) para saber se ela tem o anticorpo que
vai atacar a hemácia do bebê, se o teste for positivo
significa que este anticorpo está presente e que há risco de
doença hemolítica perinatal (doença que causa destruição
das hemácias do bebê) e, consequentemente, anemia fetal.
I. TESTE DE COOMBS INDIRETO
Quando a mãe tem
um grupo
sanguíneo negativo,
pede-se o do pai, se
o pai for negativo,
positivo ou
desconhecido pede-
se o Coombs
indireto a primeira
consulta de pré-
natal e acompanha
a cada 4 semanas.
II. PRÉ-NATAL
Na prática, mesmo que o pai seja Rh negativo, o ideal é
solicitar o coombs indireto porque ele pode não ser o pai do
bebê, assim, toda vez que a mãe for Rh negativo deve-se
solicitar o coombs indireto independente do Rh do pai.
GSRh materno (se negativo - GSRh paterno)
Coombs indireto na primeira consulta de pré-natal - 28 -
32 - 36 - 40 semanas
Se Coombs indireto ficar positivo e > 1:8, deve-se iniciar a
investigação de anemia fetal (Doppler ACM), sabe-se que
quando a pessoa tem anemia, ela fica com hiperpneia, ou
seja, o coração bate mais para compensar a anemia e o fluxo
de sangue fica mais intenso nos vasos, então avalia-se o
vaso através da cabeça do bebê, se o fluxo estiver passando
muito rápido dentro do vaso do bebê sugere-se uma
provável anemia. Esta será confirmada ao colocar uma
agulha na barriga da mãe para colher material do cordão do
bebê, que será enviado para um laboratório a fim de
identificar essa anemia - esse procedimento é chamado de
cordocentese. Se na cordocentese for confirmada a anemia,
faz-se a transfusão antes do bebê ficar grave, pois a
consequência dessa anemia é evoluir para uma anemia
grave (Hb: 2-3 g/dL), causando insuficiência cardíaca,
quadro de anasarca(edema), e evolui para óbito fetal.
Indiada após o parto em pacientes Rh negativos +
Coombs indireto negativo e recém-nascido Rh positivo -
realizar até 72 horas após o parto.
Pode-se prescrever a imunoglobulina anti-Rh se houver
qualquer hemorragia durante a gestação ou
procedimentos invasivos durante a gestação ou com 28
semanas de IG (reduz risco de aloimunização de 2% para
0,1% até 40 semanas).
Esse processo de evolução da anemia ocorrerá em todas as
gestações dessa mulher, por isso é necessário evitar que ele
ocorra antes do bebê desenvolver a anemia, ou seja, deve-se
identificar Rh positivo, investigar anemia e realizar
tratamento precoce. Para a mãe Rh negativo, Coombs
indireto negativo durante a gravidez e com recém-nascido
Rh positivo, em até 72 horas após o parto, deve ser aplicada
a imunoglobulina anti-Rh para destruir as hemácias do
sangue dela que apresentam esse anticorpo para que ela não
desenvolva imunidade contra Rh na próxima gravidez.
Esse procedimento precisa ser realizado na primeira
gestação e não terá efeitos se for feito na segunda gestação,
exceto se o segundo bebê for Rh negativo. Se isso não for
feito, em uma segunda gestação isso será evitado se houver
outro parceiro que seja Rh negativo ou realizar FIV com
espermatozóide doado que seja Rh negativo.
III. IMUNOGLOBULINA ANTI-RH
Assim, em relação ao Coombs indireto, se o Rh estiver
negativo repete-se com 28, 32, 36 e 40 semanas para saber se
a paciente está sendo “contaminada” pelo sangue fetal e
produzindo autoanticorpos. 
Gestante é mais suscetível a anemia ferropriva e tem
tendência a ter um Hb mais baixo.
HEMOGRAMA
LAYANE SILVA 
Dose: 400 mcg/dia
Pacientes de alto risco (uso de anticonvulsivantes ou DM
prévio a gestação): 4 mg/dia
Além disso, o ácido fólico é indicado pré-concepção (03
meses antes de gestar) até 03 meses de gestação, ele não tem
objetivo de prevenir anemia, sendo fundamental para evitar
defeitos do tubo neural (espinha bífida e anencefalia) que
causariam a má formação da coluna e do pescoço que ao
ficar exposta dentro da barriga da mãe, causa lesão dessa
região nervosa e bebê nasce sem conseguir andar e com
bexiga neurogênica (mielomeningocele) - atualmente, é
possível fazer tratamento com uma cirurgia fetal pelo SUS
em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Existe outra opção de ferro, no qual 1 dose de ferro equivale
a 10 ampolas de Noripurum pois está ligado a uma molécula
que facilita sua absorção no corpo, mas é mais caro.
DMG: Hiperglicemia detectada pela primeira vez na
gestação
DM diagnosticada na gestação: paciente com DM antes
da gestação, mas com diagnóstico desconhecido
DM prévio: paciente com diagnóstico conhecido para
DM antes da gestação.
O exame de glicemia em jejum também é importante para
identificar DM gestacional desde o 1o trimestre (Ex.:
paciente com glicemia de jejum > 92 diagnostica DM). Pode-
se fazer glicemia de jejum ou TOTG para diagnosticar DM.
GLICEMIA DE JEJUM + TOTG 75G
Bacteriúria assintomática: crescimento de bactéria na
urocultura - a bactéria mais frequente é a E. Coli
O sumário de urina e a urocultura são exames pedidos no
primeiro e terceiro trimestre, através dos quais identifica-se
infecções urinárias, que devem ser tratada na gravidez por
conta do risco de parto prematuro, risco de bolsa rota, entre
outras situações. Ademais, a grávida tem maior risco de
fazer infecção grave na gravidez, e com isso, um maior risco
de pielonefrite. Considerando a localização anatômica,
como a bexiga está próxima do útero, em um caso de
infecção urinária aumenta-se o risco de parto prematuro.
Há 3 formas clínicas que a infecção urinária pode acometer
a grávida, sendo elas a (1)bacteriúria assintomática, a (2)
cistite e a (3) pielonefrite.
A bacteriúria assintomática só é tratada em gestantes e em
pessoas que irão realizar cirurgias no trato genitourinário.
SUMÁRIO DE URINA + UROCULTURA
Cistite: paciente tem dor supra púbica + disúria ou
polaciúria, e a bactéria mais frequente é a E. Coli.
Opções terapêuticas para bacteriúria e cistite:
nitrofurantoína, ampicilina, amoxicilina, cefalexina e
fosfomicina.
Pielonefrite: costuma ser unilateral e à direita, ocorre
queda do estado geral, febre, calafrios, cefaléia, náuseas,
vômitos e Giordano + - sempre realiza o internamento
para antibiótico venoso.
A cistite se caracteriza por sintomas clínicos associados a
uma cultura positiva, trata-se o paciente com uso de
antibiótico oral
Quadros de pielonefrite são comuns em pacientes grávidas,
pois o seu útero é mais desviado para a direita, com isso,
tem uma baixa pressão da VC, compressão do ureter, o que
acaba provocando hidronefrose, levando a um maior risco
de pielonefrite do lado direito. A hidronefrose consegue ser
resolvida após a gravidez, já o quadro de pielonefrite acaba
cursando com sintomas sistêmicos e necessita de internação
para realização de antibiótico venoso.
Hepatite B (AgHbs)
Toxoplasmose IgG e IgM
Teste rápido para sífilis ou VDRL
Teste rápido para HIV ou Anti-HIV
Sorologia para Rubéola, herpes, hepatite c, CMV, HTLV -
não devem ser pedidos de forma rotineira pelo MS.
É necessário solicitar as sorologias para saber se a paciente
tem alguma infecção prévia (Exemplo: HIV +) e quais os
cuidados necessários no pré-natal e no parto.
Caso detectável hepatite B no sangue da paciente, ela pode
receber imunoglobulina após o parto.Na sorologia para toxoplasmose, se o IgG der negativo deve
ser repetida a cada 2 meses. 
Tanto toxoplasmose quanto sífilis e HIV são possíveis
realizar o tratamento durante a gravidez.
Em Salvador, há alta taxa de infectividade para HTLV, uma
infecção inicialmente sem sintomas, pode provocar
paraparesia espástica tropical que pode infectar o bebê na
amamentação. 
O MS não recomenda que sejam realizados alguns exames,
sendo eles: (1) Rubéola, (2) herpes, (3) hepatite c, (4) CMV, (5)
HTLV pois não há forma de tratamento se detectável. O MS
não recomenda solicitar a dosagem de hepatite C pois se ela
for descoberta na gestação, não poderá ser tratada, mas,
pode-se conduzir a paciente para tratamento e controlar o
risco de transmissão para a amamentação - o mesmo com
citomegalovírus, que pode ser tratado com o Valaciclovir.
SOROLOGIAS
Na prática, os médicos pedem exames além do que o MS
orienta, já que este se baseia na seguinte premissa: “o que eu
não posso tratar, eu não preciso saber”.
ROTINA DE EXAMES - IMAGEM
A ultrassonografia não é um exame obrigatório pelo MS,
pois não existe comprovação científica de que existe
efetividade sobre a redução de morbidade e mortalidade
perinatal ou materna.
LAYANE SILVA 
ROTINA DE EXAMES - RASTREIO DE
STREPTOCOCCUS DO GRUPO B (GBS)
Esse exame deve ser realizado entre 35-37 semanas em
TODAS as gestantes, inclusive indicado pelo MS, para isso é
feita uma coleta de swab vaginal (introito vaginal) e retal,
que, primeiro passa pela vagina, depois períneo e o ânus,
para que não haja risco de contaminação, depois, coloca a
amostra em um tubo.
Essa é a única cultura obrigatória na gravidez, trata-se de
uma bactéria que está na vagina da mãe e é a principal
causa de sepse neonatal - no entanto, a cultura só tem
validade de 5 semanas, passado esse período a flora vaginal
muda, o que pode alterar o resultado do exame.
A avaliação precoce (6-9 semanas de gestação) objetiva
identificar a gestação tópica, única ou não, a vitalidade e as
medidas do saco gestacional, que permitirão estabelecer a
idade gestacional em semanas - a via vaginal deverá ser a
preferida pela riqueza de detalhes que oferece. É possível
visualizar o saco gestacional por meio da USG transvaginal,
este é visualizado entre 4,5 e 5 semanas de gestação (3-4
semanas após a ovulação), quando atinge tamanho de 2-4
mm no seu diâmetro médio.
ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL
quando a nuca do bebê está mais gordinha, aumenta-se o
risco de ser uma Síndrome de Down.
além disso, há avaliação com Doppler das artérias
uterinas, que, se alterado indica risco de pré-eclâmpsia.
A USG morfológica de 1o trimestre deve ser realizada entre
a 11a-14a semana, via abdominal, com complementação da
Dopplervelocimetria, avalia osso nasal + translucência
nucal + ducto venoso. Permite rastrear cromossomopatias
(em particular a trissomia do 21), por meio da medida de
translucência nucal, fluxo no ducto venoso e identificação
do ossículo nasal, além de outros marcadores
ultrassonográficos. Esse exame prediz se a paciente vai ter
risco aumentado de aneuploidia e o risco de pré-eclâmpsia,
conseguindo inserir profilaxia.
I. ULTRASSONOGRAFIA MORFOLÓGICA DO
PRIMEIRO TRIMESTRE
A USG a partir de 28-30 semanas não analisa a morfologia.
Pelo MS não é obrigatória a USG pré-natal, mas ela é feita
de rotina para todo paciente para diagnosticar gravidez.
É realizada entre 20-24 semanas, é feita avaliação
minuciosa dos sistemas do feto, tem como objetivo
identificar malformações fetais - costuma-se analisar a
quantidade de dedos do bebê, dois rins e estômago.
II. ULTRASSONOGRAFIA MORFOLÓGICA DO
SEGUNDO TRIMESTRE
se cultura positiva (SWAB < 5 semanas): (1) filho anterior
com infecção por GBS; (2) bacteriúria nessa gravidez por
BGS;
se cultura desconhecida (SWAB > 5 semanas): (1) filho
anterior com infecção por GBS, (2) bacteriúria nessa
gravidez por GBS, (3) trabalho de parto <37,0 semanas;
(4) febre intraparto; (5) bolsa rota >18 horas.
ATAQUE: 5 milhões de UI
MANUTENÇÃO: 2,5 milhões de UI de 4 em 4h;
ATAQUE: 2g
MANUTENÇÃO: 1g de 4 em 4h;
A profilaxia deve ser feita nas seguintes pacientes:
Essa profilaxia é realizada durante o trabalho de parto - a
única situação que se usa o ATB fora do trabalho de parto é
aquela na qual a bolsa rompeu há mais de 18 horas até o
clampeamento do cordão umbilical.
1a opção: Penicilina G Cristalina
2a opção: Ampicilina
Se alergia: Cefazolina ou Clindamicina.
PROFILAXIA
A dose de manutenção deve acontecer até o parto, ou seja,
até o clampeamento do cordão umbilical.
ROTINA DE EXAMES - EXAME
PARASITOLOGICO DE FEZES E
PREVENTIVO GINECOLÓGICO
Estes NÃO são exames que devem ser passados para todas as
pacientes, assim, o exame parasitológico de fezes (EPF) só
deve ser solicitado se tiver alguma indicação clínica
(Exemplo: HB < 11 mg/Dl ou diarreia). 
O preventivo ginecológico (PVG) deve seguir a rotina
habitual (se > 01 ano que foi realizado ou nunca realizado:
solicitar). É recomendada a coleta do endocérvice dos 25
até os 64 anos, no caso de 2 exames consecutivos negativos
faz a cada 3 anos. Segundo o MS (2012) não deve-se realizar
coleta de endocérvice, já a Diretriz de rastreamento do CA
de colo uterino (2016) indica a coleta de endocérvice.
ROTINA DE EXAMES - TOXOPLASMOSE
Padrão ouro: PCR do líquido amniótico:
USG mensal: hidrocefalia, calcificações cerebrais, ascite
fetal, alterações da textura hepática ou esplênica.
Para infecção materna: Espiramicina;
Para infecção fetal: Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido
folínico;
Em relação à toxoplasmose existem peculiaridades, visto
que o IgM surge na 1a semana de infecção e vai declinando
em alguns meses, o IgG surge após 2 semanas de infecção, e
o IgA surge na 1a semana e desaparece em 4 meses (prediz
se a doença está em atividade) - devemos solicitar o IgG e
IgM para toxoplasmose na 1a consulta de pré-natal SEMPRE.
Investigação fetal
1.
2.
Tratamento
1.
2.
LAYANE SILVA 
Atualmente (09/22) é liberado até a 3° dose da vacina do
COVID-19 para a gestante, a 4° dose só é liberada em casos
em que a gestante é trabalhadora da área de saúde. No
inicio da pandemia, acreditava-se na retirada de bebês
prematuros quando a mãe estava em estado grave de
COVID-19, mas analisou-se que esse procedimento piorava o
estado da mãe e o feto muita vezes não sobrevivia.
ESQUEMA VACINAL CONTRA TETÁNO
Vacinas tríplice bacteriana acelular (dTpa): difteria,
tétano e coqueluche (pertussis acelular).
Deve ser realizada em todas as pacientes grávidas a partir
de 20 semanas até 45 dias após o parto, pois a coqueluche é
uma das maiores causas de morte fetal e neonatal, assim
pode-se passar anticorpos da mãe para o bebê e ele nasce
com a proteção até ser vacinado. 
A vacina serve como reforço para tétano para as pacientes
com esquema vacinal completo contra dT há > 5 anos, e
deve ser administrada a cada gravidez para proteção do
bebê até que ela possa se proteger sozinho, o que é em torno
dos 6 meses de vida. Ela protege a gestante evitando
transmissão da Bordetella pertussis ao recém nascido,
permite a transferência de anticorpos ao feto (proteção nos
primeiros meses de vida).
AVALIAÇÃO DO GANHO DE PESO
É importante manter o ganho de peso adequado, baseado no
IMC prévio, lembrando que o peso é prévio à gestação.
IMUNIZAÇÕES
A imunização na pré-concepção em mulheres visa prevenir
doenças no feto e no lactente, assim, todas as mulheres em
idade fértil devem ser imunizadas contra sarampo, rubéola,
caxumba, tétano, difteria, poliomielite, varicela, hepatite A
e B, papilomavírus humano (HPV) e meningite, por meio da
vacinação realizada na infância, adolescência ou na fase
adulta. É de extrema importância atualizar o calendário
vacinal da mulher na pré-concepção, puerpério e durante o
pré-natal, sendo que as vacinas inativas são seguras e
podem ser utilizadas mesmo durante a gestação, já, vacinas
que contêm vírus ou bactérias vivas, a princípio, devem sercontraindicadas na gestação, mas podem ser utilizadas na
pré-concepção.
Vacinas indicadas: tétano, coqueluche, influenza, hepatite B
e COVID-19;
Caso a paciente tenha indicação de dose de reforço, pode ser
utilizado a dTpa.
ESQUEMA VACINAL CONTRA COQUELUCHE
1a dose: 30 dias - 2a dose: 180 dias - 3a dose
Todas as gestantes acima do 1o trimestre podem tomar.
Depois da 3a dose, realiza-se a dosagem do Anti-Hbs para
saber se a paciente soro converteu - se ela não tiver soro
convertido, pode-se realizar um novo ciclo.
ESQUEMA VACINAL CONTRA HEPATITE B
gestante é grupo de risco para complicações da infecção
pelo vírus influenza, bem como para COVID-19.
Todas as gestantes em qualquer idade gestacional recebem a
vacina durante a campanha anual (dose única - as
disponíveis são Influenza 4V e Influenza 3V), sendo
recomendada nos meses de sazonalidade dos vírus.
ESQUEMA VACINAL CONTRA INFLUENZA
As vacinas contraindicadas na gestação são:
- Vírus vivo atenuado: sarampo, caxumba, pólio (IPV),
varicela, febre amarela e SCR.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
- Bactéria atenuada: BCG
- Antígenos capsulares: Pneumococcus
No entanto, existem algumas situações especiais, entre elas:
LAYANE SILVA 
Em situação de viagens para áreas endêmicas, administrar
vacina contra a febre amarela.
LEIS TRABALHISTAS E LICENÇA
MATERNIDADE
LEI 14.151 (maio/2021): afastamento de gestante de
atividades presenciais durante a pandemia por causa do
COVID-19, sem qualquer prejuízo de salário (trabalho
remoto). 
LEI 2058 (Março/2022): gestantes devem retornar ao
trabalho presencial após a imunização completa.
LEI 12.812: a partir da confirmação de gestação, até 5
meses após o parto, a gestante não pode ser demitida
(exceto por “justa causa”).
Direito a licença-maternidade de 120 dias (A partir do 8°
mês de gestação) e licença-paternidade de 05 dias.
Em caso de adoção, a licença será de 120 dias,
independente da idade da criança. 
Se a paciente tiver um parto, mesmo que seja de 23
semanas, inclusive natimorto, ela também tem direito a
120 dias de licença.
Em caso de aborto espontâneo ou previsto em lei, ela
tem um atestado de salário-maternidade de 15 dias.
A gestante tem direito de mudar de função no trabalho,
caso tenha prejuízo para a saúde da mãe ou do bebê.
Essa lei saiu de vigor no dia 08/03/2022, assim, a gestante
vai poder trabalhar desde que siga critérios como
vacinação, imunização e se ela não quiser se vacinar, tem
que assinar um termo.
A mulher tem direito a 120 dias de licença-maternidade (a
partir do 8o mês de gestação), enquanto o pai da criança
tem direito a 5 dias de licença-paternidade. Essa lei acaba
dificultando o contato do pai com a criança, pois esse volta
a trabalhar após 5 dias do parto do filho e o aleitamento
materno exclusivo até os 6 meses, pois a mãe só tem direito
a ficar 4 meses em casa, ou seja, depois desses 4 meses
geralmente o bebê perde o aleitamento exclusivo.

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