Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ascaridíase Doença: Ascaridíase, ascariose, ascaridose Parasito: Lombriga, bicha (Ascaris lumbricoides) Monoxeno e Estenoxeno Morfologia: ● ADULTO ● OVO ● LARVAS (L1 - L5) Biologia: ● São geo-helmintos: parte do ciclo ocorre no solo ● Vivem no jejuno e no íleo ● Alimentam-se de material semidigerido ● Período pré-patente: 65-75 dias (desde a infecção até o início da eliminação de ovos nas fezes) ● Longevidade: 1 - 2 anos ● Forma infectante: Ovo com larva L3 ● Resistentes a detergentes a drogas ● É autolimitante: Não se multiplicam no hospedeiro, pois os ovos gerados saem do hospedeiro. Para que o número de vermes aumente, o indivíduo deve ingerir mais ovos com L3. Ciclo: 1. Adultos eliminam ovos nas fezes 2. Ovo se desenvolve no solo 3. Indivíduo se infecta pela ingestão do ovo com a larva L3 4. No intestino grosso, elas perfuram a parede intestinal e caem na circulação 5. Passa pelo fígado e pelo coração 6. Perfuram parede alveolar 7. Migram para a faringe pelos movimentos respiratórios 8. São deglutidos 9. Se tornam larvas adultas (L5) no intestino delgado ★ Localização ectópica: ascaris migra por mudanças de temperatura, ação de medicamentos, densidade de parasitos → apêndice, traqueia, seios da face. Clínica: ● Fase de migração ○ Alterações intestinais ➢ Colite (inflamação no local de perfuração) ○ Alterações hepáticas ➢ Pequenos focos hemorrágicos e de necrose ○ Alterações pulmonares ➢ Síndrome de Loeffler: tosse, febre, falta de ar, bronquite, eosinofilia, febre ● Fase de permanência ○ Subnutrição (ação espoliativa e falta de apetite) ○ Inflamação e alergias (ação tóxica) ○ Irritação e obstrução intestinal (ação mecânica) ○ Alteração do apetite ○ Desconforto abdominal ○ Irritabilidade ○ Coceira no nariz ○ Insônia ○ Vômito ○ Diarreia Transmissão: ● Ingestão do ovo contendo a larva L3 ● Água, alimentos e depósito subungueal Diagnóstico: ● Quadro clínico (confundível com outras verminoses) ● Exame de fezes para verificação dos ovos Tratamento: ● Albendazol ● Mebendazol ★ Não matam larvas em migração ★ Alguns sugerem administrar também o Levamisol, pois os medicamentos causam morte lenta e podem induzir migração. O Levamisol paralisa o verme. ★ No caso de “bolo de ascaris”, se não responder ao tratamento → Cirurgia de retirada dos vermes Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento Epidemiologia: ● Helmintose mais comum no mundo ● Condições sanitárias precárias ● Áreas de alta densidade populacional ● Mais comum em crianças: hábitos e sistema imunológico Tricuríase Doença: Tricuríase, tricurose Parasito: Verme-chicote (Trichuris trichiura) Monoxeno e Estenoxeno Morfologia: ● ADULTO ● OVO ● LARVA Biologia: ● Infecções leves: vivem no ceco e cólon ascendente ● Infecções intensas: chegam no íleo, apêndice, cólon transverso, descendente e reto. ● Período pré patente: 30 - 90 dias ● Longevidade: 1 - 2 anos ● Forma infectante: L1 Ciclo: Clínica: ● Infecções leves: ○ Lesões traumáticas e pela liberação de antígenos ○ ↑ do peristaltismo ○ ↑ produção de muco ○ Descamação da camada epitelial ○ Infiltração de células mononucleares ● Infecções intensas: ○ Dor abdominal ○ Diarreia com muco e sangue ○ Tenesmo ○ Vômito ○ Perda de apetite ○ Perda de peso ○ Nervosismo ○ Insônia ○ Eosinofilia ○ Prolapso retal Transmissão: ● Ingestão de ovo contendo L1 ● Água, alimentos e depósito ungueal contaminados Diagnóstico: ● Quadro clínico (confundível com outras verminoses) ● Exame de fezes para pesquisa de ovos do verme ● Colonoscopia para observação dos adultos no cólon Tratamento: ● Mebendazol + Ivermectina Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento Epidemiologia: ● Condições sanitárias precárias ● Áreas de alta densidade populacional ● Mais comum em crianças ● 2ª helmintose mais comum no mundo Enterobíase ou Oxiuríase Doença: Enterobíase ou Oxiuríase Parasito: Oxiúros (Enterobius vermicularis) Monoxeno e Estenoxeno Morfologia: ● ADULTO ● OVO ● LARVA Biologia: ● Vivem no ceco e apêndice ● Migração para região perianal (causa prurido anal) ● Período pré patente: 25 - 60 dias ● Longevidade: 15 dias (macho) e 25 -60 dias (fêmea) ● Forma infectante: ovos contendo L3 ● É autolimitante Ciclo: ● Vermes copulam no ceco ● Fêmea vai para região perianal → morre → libera ovos ● Coça e dispersa os ovos Clínica: ● Prurido anal ● Irritação cutânea perianal ● Vermes nas roupas íntimas e nas fezes Transmissão: ● Ingestão de ovos com L3 Diagnóstico: ● Quadro clínico: prurido anal, irritação cutânea, eosinofilia, vermes nas roupas ou fezes ● Exame de fezes NÃO é eficiente: fêmea não põe ovos, ela morre na região perianal ● Método Graham / Fita gomada ○ Fita adesiva na região perianal para coleta de material ○ Melhor horário: de manhã ○ Condição: antes da higienização do local Tratamento: ● Albendazol ● Mebendazol ★ Repetir o tratamento medicamentosos após 20 dias, pois a reinfecção é comum Profilaxia: ● Educação em saúde: cortar unhas, não coçar região perianal, lavar as mãos após defecação, banhos, trocar roupas íntimas, não sacudir roupa de cama, evitar superlotação de quartos ● Diagnóstico e tratamento Epidemiologia: ● Comum em regiões temperadas ○ ↓ frequência de banho ○ Não trocar roupas íntimas com frequência ○ Maior confinamento em ambientes fechados ● Mais comum em crianças ● 3ª helmintose mais comum no mundo Ancilostomose Doença: Ancilostomose, ancilostomíase, amarelão, necatoriose, opilação Parasito: Ancylostoma duodenale e Necator americanus Monoxeno e Estenoxeno Biologia: ● Vivem no duodeno principalmente, mas também jejuno, íleo e ceco ● Período pré-patente: 35 - 60 dias ● Longevidade: 4 - 8 anos Ciclo: Clínica: ● Fase de migração ○ Traumas e inflamação da pele (hiperemia, edema) ○ Linfadenopatia ○ Síndrome de Loeffler ● Fase de permanência ○ Sintomas primários: (pela presença do parasito no intestino) ■ Dor abdominal ■ Vômito ■ Náusea ■ Indigestão ■ ↓ apetite ○ Sintomas secundários: (pela ação espoliativa) ■ ANEMIA (hematofagia e micro-hemorragias) ■ Geofagia (anemia ferropriva desperta vontade de comer barro) Transmissão: ● Penetração da L3 pela pele ou ingestão Diagnóstico: ● Clínica ● Origem e atividade do paciente nos últimos meses ● Exame de sedimentação espontânea ● Endoscopia (visualização de vermes aderidos na mucosa) Tratamento: ● Albendazol ● Mebendazol ★ Não matam larvas em migração ★ Repetir a dose após 20 dias Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento Epidemiologia: ● Comum em pessoas entre 20 - 60 anos e acima dos 60 anos ● Solo rico em matéria orgânica ● Hábito de defecar no solo ● Hábito de adubar o solo com fezes humanas Larva migrans Doença: Larva migrans cutânea, dermatite serpiginosa ou pruriginosa Parasito: Larva migrans, bicho geográfico (Ancylostoma braziliense e Ancylostoma caninum) Monoxeno? e Eurixeno? Biologia: ● Parasito intestinal de gatos e cães. O ser humano é hospedeiro anormal → Não completa ciclo ● Não possuem colagenase, por isso não penetram profundo na pele Ciclo: Clínica: ● Rastro saliente e pruriginoso do verme sob a pele Transmissão: ● Penetração da L3 na pele Diagnóstico: ● Anamnese: hábitos, origem do paciente ● Clínica (rastros pruriginosos na pele) Tratamento: ● Cura espontânea ● Albendazol (dose única) ● Ivermectina (dose única) Profilaxia: ● Educação em saúde ● Exame periódico e tratamento de cães gatos ● Evitar acesso desses animais a praia, parques infantis Epidemiologia: ● Mais comum em crianças ● Presença de cães e gatos ● Praias, parques Estrongiloidíase Doença: Estrongiloidíase Parasito: Strongyloides stercoralis Monoxeno e Eurixeno Biologia: ● Apenas a fêmea partenogenética infecta (consegue gerar ovos sem reprodução sexuada) ● Vive no duodeno, nas criptas. ● Nutre-se de líquidos intersticiais ● L1 é eliminada nas fezes ● Período pré-patente: 15 - 25 dias ● Possibilidade de autoinfecçãoCiclo: ● Ciclo direto (partenogenético): Ovo no intestino origina fêmea partenogenética → Autoinfecção ● Ciclo indireto: Ovo no intestino origina os parasitos de vida livre → eliminados nas fezes → acasalam no solo → ovo gera fêmea partenogenética Clínica: ● Penetração (pele) ○ Eritema, prurido, edema ○ Larva currens: migração subcutânea das larvas (rasto linear) ● Penetração (pulmão) ○ Micro-hemorragias ○ Síndrome de Loeffler ● Permanência ○ Lesão traumática e inflamatória pela presença do parasito ○ Enterite (diarreia, dor abdominal, emagrecimento, fraqueza) ■ Catarral (poucos parasitos ou início da doença): parasitos nas criptas causa ↑ secreção de muco ■ Edematosa: edema da mucosa com redução das pregas → má absorção ■ Ulcerosa: úlceras com invasão bacteriana → fibrose → prejuízo do peristaltismo ● Forma disseminada Transmissão: ● Penetração da L3 na pele ● Formas de infecção: ○ Heteroinfecção: parasito vem de outra pessoa ○ Auto-infecção interna (responsável pelos casos mais graves): ovo eclode no intestino → L1 vira L3 e infecta ■ Comum naqueles com retardo da eliminação das fezes (megacólon, íleo paralítico) e Imunossuprimidos (corticosteróides estimula a muda) ○ Auto-infecção externa: ovo eclode no intestino → L1 é eliminada nas fezes → L1 vira L3 no solo e infecta Diagnóstico: ● Exame de fezes: Método de Baermann-Moraes ○ Usa o hidrotropismo e termotropismo para ter mais larvas no exame Tratamento: ● Ivermectina Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento ● Uso de calçados ● Melhorar alimentação (boa alimentação → melhor peristaltismo) ● Monitorar imunossuprimidos (uso de vermífugo profilático mensalmente) Epidemiologia: ● Atinge geralmente crianças ● Trabalhadores rurais ● Veteranos de guerra ● Viajantes Esquistossomose Doença: esquistossomose, barriga d’água, mal do caramujo Parasito: Schistosoma mansoni Heteroxeno e Eurixeno Biologia: ● Adultos vivem na veia mesentérica inferior Ciclo: ● Caramujo é da espécie Biomphalaria glabrata ● Outros HDs: primatas, roedores, marsupiais Clínica: ● Penetração ○ Lesão local ○ Prurido ○ Se as larvas forem destruídas na penetração, a inflamação é mais intensa ● Migração ○ Inflamações no fígado e pulmão ● Permanência na veia mesentérica inferior ○ Ação espoliativa ○ Ovos liberados lesam o intestino e os que ficam retidos lesam o fígado ★ FASE AGUDA ○ Reação de hipersensibilidade aos antígenos do parasito ○ Febre, mal-estar, cefaleia, anorexia, tosse, dispnéia, diarréia, tenesmo, distensão abdominal. ○ Hepatoesplenomegalia ○ Poliadenopatia ○ Congestão e edema no fígado ★ FASE CRÔNICA ○ Forma intestinal: oviposição de ovos nas vênulas → migração dos ovos para o intestino ○ Forma hepatointestinal: sintomas intestinais + hepatomegalia com inflamação granulomatosa ○ Forma hepatoesplênica: aumento do baço, devido à hipertensão portal e hiperplasia do sistema fagocitário-mononuclear. Circulação colateral, varizes esofágicas (hematêmese). Ascite. ● Inflamação granulomatosa onde o ovo estiver Transmissão: ● Penetração da cercária na pele ● Horário mais propício a penetração: 10 - 16 hs (luminosidade e temperatura alta) ● Locais (água doce, sem correnteza, pouco profundo): valas de irrigação, açudes e córregos Diagnóstico: ● Clínica ● Anamnese: origem, lugares que frequentou, hábitos ● Exame de fezes ● Biópsia da mucosa retal Tratamento: ● Praziquantel ● Oxamniquina Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento ● Não defecar próximo a corpos d’água ● Evitar contato com águas potencialmente contaminadas ● Controle dos caramujos Epidemiologia: ● Jovens do sexo masculino (hábitos de frequentar lagos, rios) ● Contaminação de criadouros de caramujos com fezes humanas ● Saneamento básico precário Teníase Doença: teníase Parasito: tênia, solitária, canjiquinha, pipoca, quirera (Taenia solium e Taenia saginata) Heteroxeno e Eurixeno Biologia: ● Adultos vivem no intestino delgado ● Cisticercos vivem nos tecidos: músculo, cérebro, subcutâneo, outros órgãos ● Não tem tubo digestivo → Se alimentam por difusão ● Período pré-patente: 90 dias ● Quando no TGI, libera substâncias que inibem a instalação se mais parasitos (daí o nome “solitária”) Ciclo: ● HD: Suínos. Bovinos ● HI: ser humano Clínica: ● T. solium → pode sair passivamente nas fezes ● T. saginata → pode sair ativamente pelo ânus (prurido) ou passivamente nas fezes ● Dor abdominal, náusea, fraqueza, perda de peso, constipação, prurido anal, diarreia Transmissão: ● Consumo de carne bovina ou suína crua ou mal-cozida com cisticerco Diagnóstico: ● Relato de proglotes nas fezes ou saída do verme pelo ânus ● Exame de fezes: pesquisa de proglotes e ovos ● Fita gomada ● Imunodiagnóstico Tratamento: ● T. saginata sem indícios de cisticercose → Qualquer droga cestocida ● T. solium sem indícios de cisticercose → Droga que não causa vômito (o retroperistaltismo pode levar proglotes pro estômago e eclodir os ovos e causar cisticercose) ● T. solium com suspeita de cisticercose → Droga que não causa vômito e não afeta cisticerco ★ Niclosamida + Purgativo (laxante) → Eliminar vermes adultos ★ Praziquantel (age sobre cisticerco) → Não usar se houver indício de cisticercose ★ Mebendazol ★ Albendazol ★ Paromomicina ★ Nitazoxanida Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento ● Não comer carne crua ou pouco cozida ● Melhorar sistema de criação de animais (evitar acesso a fezes humanas) ● Inspeção rigorosa da carne Epidemiologia: ● Pessoas de 20 - 40 anos ● Condições sanitárias precárias ● Falha na inspeção de abatedouros ● Hábito de comer carne mal passada ● Porcos criados em pocilgas próximos às casas ● Animais criados soltos Cisticercose Doença: cisticercose Parasito: Taenia solium Biologia: ● Se instala frequentemente nos músculos, olho, SNC e tecido subcutâneo Ciclo: Clínica: ● Geralmente assintomáticos ● Dor, fadiga e cãibras (se instalado nos músculos) ● Deslocamento e perfuração de retina (cisticercose ocular) ● Obstrução do líquor, hidrocefalia, hipertensão intracraniana, crises epiléticas (neurocisticercose) Transmissão: ● Ingestão do ovo ou proglotes de T. solium ● Formas de transmissão: ○ Heteroinfecção: ingerir ovos de alimentos e água contaminados ○ Auto-infecção interna: retroperistaltismo ○ Auto-infecção externa: ingerir algo contaminado com as próprias fezes Diagnóstico: ● Clínica ● Hábitos do paciente ● TC e RM ● Exame do líquor: pressão elevada e hipercitose (número elevado de células no líquido) ● Teste imunológico ● Biópsias Tratamento: ● Matar o parasito e controlar inflamação ● Em casos de muitos cisticercos, não usar parasiticidas → Matá-los todos de uma vez causará grande liberação de antígenos e assim, uma degeneração em massa ● Poucos cistos → Corticóide (controla a inflamação que os antígenos causarão) + Albendazol ou Praziquantel ● Após calcificação do cisticerco, ele pode removido por cirurgia ou deixado no tecido Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento ● Higiene Epidemiologia: ● Áreas de saneamento básico precário ● Animais criados soltos Himenolepíase Doença: himenolepíase Parasito: Rodentolepis nana Heteroxeno ou Monoxeno e Eurixeno Biologia: ● Hermafrodita ● Larva cisticercóide ● Vive no íleo e ceco ● Ciclo com e sem HI ○ HI: Pulgas, besouros ● Período pré-patente: 20 - 40 dias ● Longevidade: 30 - 50 dias Ciclo: ● A sensibilização do organismo e a imunidade ocorre pela INVASÃO da mucosa → imunidade impede implantação na mucosa e mata os que conseguiram implantar Clínica: ● ↑ produção de muco ● Ulcerações na mucosa intestinal ● Diarreia, dor abdominal, vômitos, perda de peso, etc Transmissão: ● Ingestão de ovos ● Ingestão de insetos com larva cisticercóide ● Auto-infecção: retroperistaltismo Diagnóstico: ● Exame de fezes (liberação de ovos não é constante → repetir o exame se negativo) Tratamento:● Praziquantel ● Niclosamida ● Nitazoxanida Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento ● Combate aos HI Epidemiologia: ● Comum em regiões de clima frio: ambientes fechados ● Baixas condições sanitárias ● Má higiene ● Locais onde HI vivem Difilobotríase Doença: Difilobotríase Parasito: tênia do peixe, botriocéfalo (Diphyllobothrium latum) Heteroxeno e Eurixeno Morfologia: ● ADULTO (hermafrodita) ○ Escólex ○ Corpo ○ Proglótides ● OVO ● EMBRIÃO (Coracídio) ● LARVA ○ Procercóide ○ Plerocercóide Biologia: ● Vivem no intestino delgado (jejuno e íleo) ● Nutrição por absorção ● Hermafrodita ● Período pré patente: 4 - 9 meses ● Longevidade: 10 - 30 anos? ● Forma infectante: ● D. Latum → água doce ● D. pacificum e D. nihonkianense → água salgada Ciclo: ● Hospedeiro intermediários: ○ primário: crustáceos ○ secundário: peixes ● Hospedeiro definitivo: mamíferos (homem) Clínica: ● Maioria assintomática ● Sintomas intestinais inespecíficos: diarreia, vômitos, dor abdominal ● Anemia megaloblástica (deficiência de B12) → verme consome a vitamina, mas também a torna inabsorvível pelo hospedeiro. ● Distúrbios neurológicos Transmissão: ● Ingestão de peixes sem cozimento ou congelamento adequado contendo larvas plerocercóides no músculo e vísceras Diagnóstico: ● Clínica: sintomas intestinais, anemia ● Hábitos alimentares ● Exame de fezes Tratamento: ● Praziquantel ● Niclosamida Profilaxia: ● Não ingerir peixe cru ● Congelamento antes do consumo ● Inspeção do pescado Epidemiologia: ● Mundo inteiro ● Maior ocorrência em locais de consumo de peixe cru, defumados ou em conserva Fasciolose Doença: fasciolose Parasito: fascíola, baratinha do fígado (Fasciola hepatica) Heteroxeno e Eurixeno Morfologia: ● ADULTO ○ 30 mm ○ Aspecto foliáceo ○ Corpo achatado ○ Espinhos cuticulares ● OVO ● MIRACÍDIO ● ESPOROCISTO ● RÉDIAS I e II ● CERCÁRIA ○ Cauda não bifurcada ● METACERCÁRIA Biologia: ● Hospedeiro normal são herbívoros: ovelha, boi e cabra. ● Vive na vesícula biliar e nas vias biliares ● Nutre-se de conteúdo biliar ● Zoonose ● Período pré patente: 3 - 4 meses ● Longevidade: 9 - 13 anos ● Forma infectante: cercária Ciclo: ● Hospedeiro intermediário: caramujo ● Hermafrodita ● Elevado potencial biótico ● Resistentes à seca ● Vivem em água doce ● Hospedeiro definitivo: herbívoros Clínica: ● Aguda: migração das larvas no fígado ○ Larvas liberam enzimas na migração → destrói parênquima → substituição por fibrose ○ Lesão de vasos intra-hepáticos → hemorragia e necrose de lóbulos hepáticos ○ Febre, dor abdominal, hepatomegalia, eosinofilia intensa e distúrbios gastrointestinais (náusea, vômito e diarreia) ● Crônica: permanência dos adultos nas vias biliares ○ Lesão do endotélio dos ductos ○ Hiperplasia e edema ○ Cicatrização, concreção da luz dos ductos ○ Fibrose e deposição de sais de cálcio ○ Diminuição / obstrução do fluxo biliar → Colangite, cirrose, insuficiência hepática ○ Dor em hipocôndrio direito, febre baixa e calafrio Transmissão: ● Alimentos e água contaminados com metacercária ● Principal: agrião (cultivo em ambientes semi-aquáticos) ● Outros: alface, acelga, salsa, … Diagnóstico: ● Hábito alimentar ● Exame de fezes: ovos nas fezes ● Eosinofilia elevada ● Imunodiagnóstico ● Diagnóstico por imagem: colangiopancreatografia endoscópica retrógrada, TC, ultrassonografia, laparoscopia. Tratamento: ● Triclabendazol ● Nitazoxanida ● Desobstrução das vias biliares por colangiopancreatografia endoscópica retrógrada Profilaxia: ● Água tratada ● Controle do caramujo ● Educação sanitária ● Tratar os infectados (animais e pessoas) Epidemiologia: ● Mundo inteiro ● Hábito alimentar ● Criação extensiva de animais Giardíase Doença: giardíase, lamblíase Parasito: giárdia (giardia lamblia) Monoxeno e Eurixeno Biologia: ● Vivem no duodeno e jejuno ● Período pré patente: ● Longevidade: ● Forma infectante: ● Causam “diarreia dos viajantes" Ciclo: ● Reservatórios: gatos e cães Clínica: ● Maioria assintomática ● Sintomas intestinais: diarreia (geralmente esteatorreia: fezes amarelas, fétidas e com gases), mal-estar, cólica abdominal. ○ Diarreia aguda e autolimitante (geralmente ocorre em primoinfecção) ○ Diarreia crônica e desnutrição ● Desnutrição e retardo do desenvolvimento ★ Diarreia e má-absorção: ● Causa atrofia das microvilosidades por ação mecânica, tóxica e inflamatória ● Atapetamento da mucosa (muito trofozoíto na mucosa atrapalha a absorção) ● Prostaglandinas liberadas agem sobre a motilidade intestinal ● ↑ Proliferação de bactérias Transmissão: ● Ingestão de cisto em água e alimentos Diagnóstico: ● Clínica inespecífica, sendo necessários exames laboratoriais ● EPF: exame parasitológico de fezes ○ Trofozoítos encontrados em fezes diarreicas ○ Cistos encontrados em fezes formadas Tratamento: ● Metronidazol Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento ● Higiene das mãos e dos alimentos ● Água tratada Epidemiologia: ● Atinge crianças de até 12 anos geralmente ● Falta de saneamento básico ● Crianças em contato com ambientes contaminados com fezes ● Ambientes coletivos: creches, babás, hospitais Amebíase Doença: amebíase Parasito: Entamoeba histolytica e Entamoeba dispar Monoxeno e Estenoxeno/Eurixeno Biologia: ● Vivem no intestino grosso e ceco Ciclo: Clínica: ● Colite amebiana não disentérica → não tem muco nem sangue ○ 2 a 4 evacuações/dia diarréicas ou não ● Colite amebiana disentérica → tem muco com sangue ○ Diarreia, febre, dores abdominais ● Úlceras, principalmente no ceco e no retossigmoide → podem chegar ao sangue pelas úlceras e atingir outros órgão (principalmente fígado) ● Espessamento da mucosa, edemaciada e inflamada Transmissão: ● Ingestão de cisto em alimentos e água Diagnóstico: ● Exame de fezes Tratamento: ● Metronidazol Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento Epidemiologia: ● Mais frequente em adultos ● Condição socioeconômica precária ● Educação precária, etc Coccídios Intestinais Cryptosporidium Monoxeno Biologia: ● Vivem no intestino distal? ● Zoonoses: cães, gatos, bovinos, ovinos, aves Ciclo: Clínica: ● Diarreia ● Destruição de células intestinais e liberação de metabólitos → edema, atrofia de vilosidades ● Em imunodeficientes: ocorre forma crônica (sintomas acentuados) Transmissão: ● Ingestão de oocistos na água Diagnóstico: ● Exame de fezes corado com Ziehl Neelsen Tratamento: ● Nitazoxanida ● Dieta leve e rica ● Hidratação e repouso Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento ● Atenção para os imunodeficientes Epidemiologia: ● Principalmente em crianças ● Imunodeprimidos Cystoisospora belli Monoxeno Biologia: ● Vivem no intestino proximal (duodeno e jejuno) ● Zoonoses: cães, gatos, bovinos, ovinos, aves Ciclo: Clínica: (Idem Cryptosporidium) ● Diarreia ● Destruição de células intestinais e liberação de metabólitos → edema, atrofia de vilosidades ● Em imunodeficientes: ocorre forma crônica (sintomas acentuados) Transmissão: (Idem Cryptosporidium) ● Ingestão de oocistos na água Diagnóstico: (Idem Cryptosporidium) ● Exame de fezes Tratamento: ● Sulfametoxazol + Trimetoprima ● Dieta leve e rica ● Hidratação e repouso Profilaxia: (Idem Cryptosporidium) ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento ● Atenção para os imunodeficientes Epidemiologia: (Idem Cryptosporidium) ● Principalmente em crianças ● Imunodeprimidos Cyclospora cayetanensis Monoxeno Biologia: ● Vivem duodeno e jejuno ● Zoonoses: cães, gatos, bovinos, ovinos, aves Ciclo: Clínica: ● Diarreia ● Destruição de células intestinais e liberação de metabólitos → edema, atrofia de vilosidades Transmissão: ● Ingestão de oocistos na água e alimentos Diagnóstico: ● Exame de fezes Tratamento: ● Sulfametoxazol + Trimetoprima ● Dieta leve e rica ● Hidratação e repouso Profilaxia:● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento Epidemiologia: ● Principalmente em crianças ● NÃO relacionada aos imunodeprimidos ● Diarreia dos viajantes Sarcocystis Heteroxeno Biologia: ● Vivem no ? Ciclo: Hospedeiros intermediários: bovinos e suínos Hospedeiros definitivos: mamíferos (homem) Clínica: ● Diarreia ● Ingerir o oocisto → sarcocistose muscular ● Ingerir o bradizoíto → sarcocistose ? Transmissão: ● Carne crua e mal passada Diagnóstico: ● Exame de fezes? Tratamento: ● Dispensável Profilaxia: ● Tríade: Educação em saúde + Saneamento básico + Diagnóstico e tratamento Epidemiologia: ● Hábito alimentar ● Animais criados soltos ● Saneamento básico precário Método de Sedimentação Espontânea Permite visualização de ovos, cistos e larvas nas fezes O princípio é a decantação: ovos (que são pesados) ficam no fundo do recipiente 1. Macerar as fezes com um pouco de água 2. Coar o macerado com auxílio de uma peneira forrada com gaze, para eliminar detritos (resto de alimentos) 3. Deixar em repouso 2 - 24 horas para que haja a decantação 4. Coletar sedimentos do fundo do recipiente com auxílio de um canudo e depositar na lâmina 5. Adicionar lugol (opcional) e cobrir com lamínula 6. Observar ao microscópio O ideal é analisar 3 amostras, coletadas em dias alternados, de modo a se confeccionar uma lâmina para cada amostra.
Compartilhar