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Faculdade Objetivo
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Nomeação à Autoria
 
Acadêmicos: Jonhnatan Leão de Moura
Jonathan Humberto Freitas Ferreira
Juliana Leão Severo
Marcos Vinicius Naves
Camila Freitas
Professor: Rodrigo Rodrigues
Rio Verde, Goiás
2015
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Nomeação à Autoria
 
Rio Verde, Goiás
2015
INTRODUÇÃO
A intervenção de terceiros na relação processual acontece quando outra pessoa, que até então não figurava entre os polos ativo e passivo, que possa ter sua esfera jurídica atingida pela decisão judicial em questão, adentra ao referido processo. Não se admite ingresso de terceiro absolutamente alheio ao processo, cujo interesse não possa ser afetado.
Existem cinco formas de intervenção de terceiros expressamente previstas no CPC: a assistência, a denunciação da lide, o chamamento ao processo, a oposição e a nomeação à autoria. As cinco formas de intervenção de terceiros podem ser agrupadas em duas categorias distintas, as voluntárias como por exemplo a assistência e a oposição e as provocadas como por exemplo a nomeação à autoria.
A nomeação à autoria é uma forma de intervenção de terceiros bem peculiar, pois é a única em que não se soma uma parte no processo e sim se substitui a parte passiva, ou seja, o réu originário que foi demandado equivocadamente pelo verdadeiro legitimado.
Possibilidades para cabimento da Nomeação à Autoria
Só existem duas possibilidades em que pode ser usado a nomeação, a primeira é de acordo com o artigo 62 do CPC, que se refere ao detentor que tem consigo a coisa em nome alheio, e que é demandado em nome próprio. Digamos que uma pessoa, o agente A possui um imóvel e durante uma viagem, o agente B invade o imóvel e toma posse inapropriadamente, essa prática é chamada de esbulho. Após a consumação do esbulho, o agente B deixa no local o agente C para guardar o local para o agente B, chegando o agente A de viagem se depara com o agente C no imóvel e conclui por si mesmo que este é o autor da invasão, e assim ajuíza a ação em nome do agente C, o qual se torna parte ilegítima do processo, pois não foi ele que consumou o ato e somente seguia ordens do verdadeiro esbulhador. 
A segunda possibilidade é a que diz o artigo 63 do CPC, que diz respeito à reparação de danos postulada pelo proprietário ou titular de um direito sobre a coisa, toda vez que o responsável pelos prejuízos alegar que praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de terceiro. Pegando do mesmo exemplo dado no artigo anterior, imaginemos que o agente C o qual servia meramente como pressuposto do agente B, por ordens do mesmo, realizasse alguma alteração no imóvel, como por exemplo derrubar uma parede, o agente A ao ajuizar uma ação requerendo indenização por danos materiais e fazê-la em face ao agente C, logo este seria uma parte ilegítima no processo e poderia pedir a nomeação à autoria. Mas se no mesmo exemplo, o agente C realizar o ato de forma voluntária, ou seja, sem uma ordem e sim por vontade própria, este responderá solidariamente junto com o agente B pelos danos, e se assim for não existirá ilegitimidade passiva no processo, portanto não caberá a nomeação à autoria.
Procedimento para utilização da Nomeação à Autoria
A nomeação só pode ser utilizada nas hipóteses dos artigos 62 e 63 do CPC, nas outras hipóteses de ilegitimidade passiva no processo, o réu deverá apresentar a contestação alegando que é parte ilegítima e postulará ao juiz que julgue o processo como extinto, sem julgamento de mérito.
Caso sejam as hipóteses dos artigos 62 e 63, o réu ao invés de fazer a contestação, deverá fazer a nomeação à autoria, na qual exporá as razões pelas quais ele é parte ilegítima e deixando claro sua qualidade de preposto, indicando então o verdadeiro legitimado.
A nomeação deverá ser realizada no mesmo prazo da contestação, mas caso esta nomeação não seja aceita, o réu receberá o prazo na íntegra para realizar a contestação.
Necessidade de aceitação do autor e do nomeado
Para que possa ser realizada a substituição da parte ilegítima no processo através da nomeação à autoria, é necessário que tanto o autor quanto o nomeado aceite, de forma expressa ou tácita, a nomeação.
Após o réu originário fazer a nomeação, o juiz ouvirá o autor no prazo de cinco dias, e este poderá concordar, discordar ou simplesmente se silenciar. Caso concorde, o juiz determinará a citação do nomeado; se silenciar, presume-se que aceitou e o juiz também ordenará a citação, o silêncio vale como consentimento tácito. Se o autor discordar, o processo segue normalmente com o réu originário o qual deverá fazer sua contestação com o prazo restituído na íntegra, nela poderá alegar sua ilegitimidade de parte que, reconhecida pelo juiz, implicará a extinção do processo sem resolução de mérito. 
Com a aceitação do autor, em seguida o juiz citará o nomeado e este se pronunciará, podendo concordar, discordar ou se silenciar. Caso concorde, aceitando assim a sua condição como polo passivo do atual processo, já poderá apresentar a contestação, não é preciso que diga expressamente que aceita figurar no processo, simplesmente ao contestar estará demonstrando ter assumido sua condição de réu.
Nomeação à autoria em face o novo CPC
A nomeação à autoria deixa de existir como forma de intervenção de terceiros no novo CPC. O legislador ao deixar de fora a nomeação dentre as formas de intervenção, criou um novo mecanismo para tratar de ilegitimidade no processo. Em seu artigo 338, o novo CPC deixa claro que o réu deverá alegar e fundamentar na contestação, ser parte ilegítima do processo e também indicar quem, na verdade é a parte legítima. Caso o réu deixe de indicar quem na verdade figura como a parte passiva do processo, poderá arcar com as despesas processuais e prejuízos que causar ao autor pela falta de indicação. Após o réu alegando na contestação ser a parte ilegítima, o juiz facultará ao autor, no prazo de 15 dias, realizar a alteração da petição inicial substituindo o réu originário pelo indicado. Após ser realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários advocatícios ao advogado do réu excluído do processo, que serão fixados entre 3 e 5% do valor da causa.
O novo mecanismo tem amplitude muito maior do que a nomeação à autoria, pois este cobre todas as formas de ilegitimidade passiva na relação processual, já a nomeação somente é possível nas hipótese dos artigos 62 e 63 do atual CPC.
Conclusão
A nomeação à autoria é relativamente rara, justamente por que não é todo caso de ilegitimidade passiva na relação processual que ela pode ser usada. Durante todo o tempo em que esteve vigente o CPC de 1973, a nomeação serviu relativamente bem aos casos concretos em que foi aplicada, não tanto por sua amplitude de possibilidades. 
Com a chegada da Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015, o novo CPC, o mecanismo usado para substituição da parte passiva ilegítima no processo terá sua amplitude muito maior que a nomeação à autoria, e com isso esperamos que, de certa forma, traga mais agilidade e satisfação às partes do processo.
Bibliografia
Gonçalves, Marcus Vinícius Rios, Direito processual civil esquematizado, 5. Ed., de acordo com o Novo CPC, Lei n.13.105, de 16-3-2015. – São Paulo: Saraiva, 2015.

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