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REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM PEDIATRIA

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REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM PEDIATRIA 
DEFINIÇÃO DE PCR 
O termo PCR é denominado de Parada Cardiorrespiratória 
é caracterizado por uma ausência ou cessação circulação 
sanguínea em consequência da ausência ou ineficácia da 
atividade mecânica do coração. Em outras palavras, ocorre 
quando o coração perde sua função de bomba cardíaca e 
não consegue movimentar mais o sangue pela circulação 
para os tecidos, gerando consequentemente um quadro 
de isquemia e hipóxia tecidual que pode vir a ocasionar a 
falência de múltiplos órgãos. 
Em um âmbito clinico, essa criança não responde, ou seja 
apresenta-se inconsciente, muito pelo estado de hipóxia 
do cérebro por conta da ausência de sangue oxigenado ao 
local e também não respira já que apresenta-se em quadro 
de falência dos órgãos respiratórios. Geralmente a criança 
encontra-se em “gasping” que são movimento respiratório 
curtos e de baixa eficácia na tentativa de tentar se salvar 
ou salvar o organismo como um todo. 
“Gasping é um padrão respiratório caracterizado por 
respiração agônica, ineficaz, com movimentos de curta 
duração, também descritos como respiração ruidosa, 
espasmos respiratórios, etc. Gasping é uma última medida 
que o corpo adota para tentar se salvar.” 
 
Existem algumas situações precipitantes, ou seja, que tem 
ocorrência anterior a entrada daquela criança em quadro 
de PCR ou que podem levar a criança a um quadro de PCR 
subsequente: a primeira delas é no âmbito respiratório em 
que pode-se ter insuficiência respiratória como em casos 
de obstrução de vias aéreas superiores que impedem que 
o gás entre no organismo, levando a uma hipóxia tecidual 
inclusive do miocárdio, levando a perda da função bomba 
cardíaca e evoluindo para uma PCR, o mesmo ocorre por 
exemplo em quadros de afogamentos. Ainda no sistema 
respiratório quadros de desconforto respiratório como em 
casos de edema pulmonar e até em SARA que impedem o 
suprimento necessário de oxigênio para os tecidos. 
Outras situações precipitantes envolvem diretamente o 
sistema circulatório como em casos de choque com perda 
de sangue comuns em traumas ou politrauma que venham 
a levar a hemorragias severas, resultando em quadros de 
hipovolemia e consequentemente a falhas no coração e no 
mecanismo de bomba. E casos de parada súbita como em 
arritmias e IAM. 
A causa mais comum da ocorrência de PCR em crianças é 
justamente o que se denomina de parada hipóxica que é 
quadros de insuficiência respiratória, desconforto e ainda 
casos de choques em que ocorre diminuição fornecimento 
de gases e também de sangue para o coração, levando a 
perda funcional. 
E em casos mais raros em crianças e mais comuns adultos 
é a Parada Cardíaca Súbita causada pelo desenvolvimento 
súbito de FV ou TV com inúmeras causas como miocardite 
cardiomiopatia hipertrófica, coronária anômala, além de 
síndrome do QT longo, intoxicação farmacológica e muitos 
outros agentes causadores. 
SINAIS DE SITUAÇÕES POTENCIALMENTE FATAIS 
A – na manutenção das vias aéreas é a principal causa de 
insuficiência respiratória que leva a todos os outros tipos 
de problemas envolvendo o ABCDE. É muito comum casos 
de obstrução de vias aéreas total ou intensa. 
B – em relação aos movimentos respiratórios e também da 
ventilação casos de apneia, dificuldade respiratória muito 
intensa e bradipnéia são sinais que indicam que aquela 
criança está parando. 
C – em relação a circulação é comum a ausência de pulso 
ou pulsos muito fracos, perfusão deficiente com sinais de 
extremidades frias, cianose, pulso periférico baixo, e ainda 
maior tempo de enchimento capilar e hipotensão. 
D – criança inconsciente ou com dificuldade de responder 
ou com um nível de consciência extremamente baixo ou 
reduzido. 
E – na exposição é possível observar quadro de hipotermia 
presença de hemorragias externas, internas, traumas ou 
lesões, presença de equimoses, petéquias e purpuras que 
venham a ser evidentes, choques sépticos e problemas de 
coagulação. 
CONDIÇÕES REVERSÍVEIS: 6Hs + 5Ts 
 
ALERTA: crianças que são identificadas com insuficiência 
respiratória com choque provavelmente desenvolverão 
uma PCR em questão de poucos minutos! Mantenha-se 
sempre em alerta a sinais de oxigenação, ventilação e de 
perfusão tecidual. 
É bastante simples identificar um quadro de PCR já que a 
criança vai se apresentar sem resposta nenhuma, com um 
quadro de ausência de movimentos respiratórios e com a 
ausência de pulso, sendo apenas 10 segundos necessários 
para que se realize a checagem do pulso. Lembrando que 
em bebês é indicado pegar o pulso braquial já que nesses 
indivíduos o pescoço é extremamente curto e em crianças 
maiores deve-se pegar o pulso carotídeo ou o femoral já 
que o pescoço é mais alargado, priorizando sempre pulso 
femoral. Na dúvida, inicia-se a RCP com compressões. 
 
RITMO DE PARADA 
Existem ritmos específicos que são indicativos de uma PCR 
no entanto vale salientar que não são os ritmos que irão 
fazer com que tenha a identificação daquela PCR, mas sim 
os itens comentados acima que são a ausência de resposta 
ausência de movimentos respiratórios e ausência de pulso 
nessas crianças. 
Quando monitoradas, no momento de uma PCR é possível 
observar os ritmos de parada, sendo os mais comuns em 
crianças a assistolia e AESP que significa Atividade Elétrica 
Sem Pulso que como o próprio nome diz indica um quadro 
de atividade elétrica mas com ausência de pulso. Outros 
ritmos não muito comuns em crianças são a FV e TVSP que 
indicam Fibrilação Ventricular e Taquicardia Ventricular 
Sem Pulso respectivamente. 
A assistolia é uma parada cardíaca sem presença atividade 
elétrica discernível representada por uma linha reta tanto 
no ECG como no monitor de controle 
 
A AESP ou Atividade Elétrica Sem Pulso é caracterizada por 
um quadro de atividade elétrica normal, no entanto, ao 
checar o pulso, não é possível perceber a presença desse 
pulso na criança. Geralmente é associado a diminuição da 
saturação de oxigênio ou a uma FC baixa, sendo tipo mais 
comum, apesar de que a FC pode se apresentar normal ou 
elevada. O QRS geralmente apresenta-se normal ou casos 
mais raros podem se apresentar alargado e nesses casos 
evolui rapidamente para uma assistolia. 
 
A Fibrilação Ventricular é caracterizada pelo coração não 
possuir um ritmo organizado e nem contrações padrão ou 
organizadas, além dos pulsos não serem palpáveis já que 
as contrações ocorrem rapidamente não dando tempo 
nem de encher a bomba cardíaca e não é muito comum 
em pediatria, ocorrendo mais nos adultos. 
 
E a TVSP chamada de Taquicardia Ventricular Sem Pulso é 
caracterizada justamente pelo aumento da FC, complexos 
QRS organizados e largos, sem a presença de onda P, além 
de possuir breve duração e acaba deteriorando em FV. 
 
RCP DE ALTA QUALIDADE 
Uma Ressuscitação Cardiopulmonar de alta qualidade é 
caracterizada por uma sistematização no processo desse 
atendimento, novamente pelo protocolo ABCDE, sendo 
que recentemente sofreu mudanças na ordem daquele 
atendimento ideal. 
Atualmente a ordem do atendimento é C – A – B, ou seja, 
inicia-se com uma recuperação da função circulatória com 
massagem cardíaca e compressões, seguida de análise das 
vias aéreas se apresentam algum tipo de obstrução ou se 
é necessário desobstruir aquela via e seguindo do início do 
processo de ventilação. Lembrando que dentro pediatria é 
obrigatório que a compressão e a ventilação sejam feitas 
simultaneamente para melhores prognósticos em que o 
líder da equipe deve monitorar a qualidade da RCP e evitar 
maiores intervalos entre as compressões. 
É importante salientar que a necessidade de compressão 
e ventilação ocorrerem simultaneamente em crianças por 
conta da principal causa de PCR é justamente a hipóxia do 
tecidos corporais, sendo fundamental portanto, oferecer 
ventilação o mais rápido possível nesses casos. 
O atendimento inicia-se retirando a vítima do local se não 
for um local seguro, sendo fundamentalque o socorrista 
avalie a segurança do local para iniciada da RCP. Como por 
exemplo em casos de afogamento, retirar a criança seja da 
piscina, do mar ou do rio e levar ela ao solo firme, sendo 
essa conduta válida para todo e qualquer tipo de vítima 
independentemente da idade. 
Inicia-se então o reconhecimento da PCR que consiste em 
identificar se aquela vitima encontra-se ou não em PCR e 
necessita de RCP imediato. Os três pontos principais serem 
checados é a ausência de resposta, ausência movimentos 
respiratórios ou gasping e ausência de pulso, sendo essa 
checagem extremamente rápida que dure no máximo de 
5 a 10 segundos. Sendo esse passo comum para todos os 
casos, independentemente da idade, sendo que em bebes 
é comum aferir o pulso por meio do pulso braquial e em 
crianças mais velhas, adolescentes e adultos por meio do 
pulso carotídeo principalmente ou do femoral. 
O passo seguinte consiste em chamar ajuda imediata ou 
acionar o sistema de emergência. Nos adultos e também 
nos adolescentes o ideal é que caso esteja sozinho sem o 
celular ou quaisquer meio de comunicação, o socorrista 
deve sair e chamar ajuda, assim como buscar o DEA antes 
de iniciar a RCP, caso esteja com mais pessoas próximas 
deve-se pedir para chamar ajuda e conseguir um DEA e já 
iniciar RCP assim que possível e utilizar o DEA quanto antes 
naquele paciente. 
Agora em caso de crianças menores de 01 ano e também 
em crianças maiores de 01 ano até a puberdade deve-se 
adotar outro protocolo: antes de ir buscar ajuda deve-se 
realizar uma RCP por cerca de 2 minutos e após isso ir em 
busca de ajuda caso esteja sozinho, assim como do DEA ou 
acionar o sistema de emergência, mesmo que esteja com 
o celular. Lembrando que esse caso de iniciar uma RCP por 
02 minutos antes de chamar ajuda é para casos em que o 
colapso não foi presenciado e o socorrista não consegue 
saber por quanto tempo aquele colapso ocorreu. 
Em casos de o colapso for presenciado pelo socorrista, os 
passos seguidos são os mesmos dos adultos. Lembrando 
que obviamente se tiverem pessoas próximas ou ajudas no 
local de outras pessoas, pede-se para terceiros buscarem 
ajuda e inicia-se a RCP imediatamente. Seja em casos de 
colapso presenciado ou não presenciado, o quanto antes 
for possível chamar ajuda, melhor é. 
Inicia-se então a RCP por meio das compressões junto com 
as ventilações, lembrando que a necessidade ventilação 
em crianças é fundamental já que uma causa principal da 
ocorrência de PCR é justamente o fato de ocorrer quadros 
de hipóxia tecidual seja por insuficiência respiratória como 
por quadros de hipovolemias provocados por choque. 
Caso em um primeiro momento não obtiver suporte de 
ventilação avançado, ou seja, com a presença intubação 
da vítima é realizado a relação compressão da seguinte 
forma: 
- Adultos/adolescentes: 30:2 
- Crianças: 15:2 
Caso apresente ventilação avançada com intubação é feita 
outra frequência de compressões e ventilações, que ainda 
sim, são distintas em adultos e crianças: 
- Adultos: 100 a 120 compressões por minuto e ventilação 
a cada mais ou menos 6 segundos dando um total de mais 
ou menos 10 ventilações por minuto. 
- Crianças: em crianças devido a necessidade de oxigênio 
por conta do processo de hipóxia é realizado cerca de 100 
a 120 compressões por minuto igual dos adultos, mas as 
ventilações são realizadas a cada 2 ou 3 segundos em que 
se tem um total de 20 a 30 compressões por minuto nessa 
vítima. 
E a profundidade de compressão varia conforme aquela 
vítima em questão, sendo mais profundas nos adultos e 
menos profundas em crianças, e menos profundas ainda 
em crianças menores de 01 anos ou lactentes: 
- Adultos: cerca de pelo menos 5 centímetros 
- Crianças: pelo menos 1/3 do diâmetro do AP do tórax em 
mais ou menos 5 centímetros, respeitando esse limite. 
- Bebês: pelo menos 1/3 do diâmetro do AP do tórax em 
mais ou menos 4 centímetros, respeitando esse limite. 
O posicionamento das mãos são fundamentais para que se 
tenha uma massagem cardíaca ideal, sendo que esse tipo 
de posicionamento varia conforme o paciente: 
- Adultos e adolescentes: utiliza-se as duas mãos sobre a 
porção inferior do externo; 
- Crianças: pode-se utilizar uma mão ou as duas mãos sob 
o externo, dependendo muito da necessidade, tamanho e 
da configuração corporal já que essa faixa etária varia dos 
2 anos de idade até os 10 anos de idade. 
- Bebês: utiliza-se duas técnicas sendo apenas com 1 dedo 
posicionado na porção inferior do externo ou ainda com 
os dois polegares abraçando o tórax daquela criança, em 
geral, a técnica dos dois polegares são mais efetivas com a 
presença de dois ou mais socorristas no local. 
 
 
Deve-se por fim permitir o retorno completo do tórax após 
a compressão já que se isso não ocorrer, perde-se toda a 
efetividade da massagem cardíaca, assim como deve-se 
limitar as interrupções nas compressões torácica menos 
de 10 segundos, minimizando ao máximo as interrupções. 
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA 
O suporte avançado de vida é a segunda etapa do processo 
de atendimento à vítima de RCP em que se tem então uma 
avaliação dos sinais vitais e novos procedimentos que após 
as compressões e ventilação venham a melhorar todos os 
sinais daquele paciente, ou na tentativa de complementar 
o atendimento inicial de suporte básico de vida. 
Inicia-se por um acesso vascular/venoso na criança ou na 
vítima seja por um acesso endovenoso, principalmente em 
acesso endovenoso periférico em que se busca veias mais 
superficiais de maiores e melhores acessos como as veias 
da mão e do antebraço, enquanto o acesso venoso central 
é muito mais difícil e complexo de se fazer já que exige as 
veias cavas, sendo muito mais invasivo e demorado do que 
o acesso periférico. Em momento nenhum deve-se parar a 
RCP para buscar o acesso endovenoso central se todo os 
acessos endovenosos periféricos estarem disponíveis e de 
fácil acesso. 
Outra via de acesso vascular é a via intraóssea que ainda 
em casos em que a vida endovenosa está comprometida e 
é necessário acesso vascular para injeção de fluidos ou de 
medicações pode-se utilizar a via intraóssea em qualquer 
faixa etária. Lembrando que se é permitido utilizar acesso 
endovenoso, também é permitido acesso intraósseo. 
E uma via de acesso não tão comum e que não apresenta 
tantas vantagens em relação as outras vias de acesso é a 
via endotraqueal que apresenta um controle de absorção 
imprevisível, além de limitar-se apenas a alguns tipos de 
farmacos que podem ser administrados nessa via como é 
o caso da epinefrina, atropina, naloxona, vaso e lidocaína 
sendo que as doses de epinefrina devem ser 10x maiores 
e as doses de outros medicamentos cerca de 2 a 3x quando 
em comparação com a EV ou IO. 
 
Em relação a desfibrilação realizada pelo DEA que foi ou 
buscado naquele primeiro momento de atendimento ou 
pedido para alguém buscar enquanto era realizado a RCP 
em um primeiro momento. Com a desfibrilação acorda o 
coração despolarizando uma massa crítica de miocárdio 
como se fosse uma contração cardíaca, no entanto após o 
choque a grande maioria dos corações entram assistolia 
ou AESP que indica uma atividade elétrica do coração por 
conta justamente do desfibrilador despolarizando aquele 
coração, mas não necessariamente retorna atividade. 
É por esse motivo que deve-se sempre realizar inúmeras 
compressões antes de utilizar o DEA já que na maioria das 
vezes quase nunca o DEA está presente simultaneamente 
no local do colapso e deve-se iniciar uma RCP de cerca de 
02 minutos após o choque e antes do próximo choque se 
o paciente não retornar. A intensidade do choque entre as 
crianças é de 2J por Kg no primeiro choque, aumentando 
de 2 em 2 nos choque subsequentes, atingindo até o valor 
de 10J por Kg no último choque se necessário. 
 
Geralmente em crianças com mais de 01 ano ou com mais 
de 10 kg pode-se utilizar pás de adultos do 8 a 13 cm e em 
crianças menores de 1 ano ou commenos de 10 kg usa-se 
as pás infantis de 4,5 centímetros. Sendo sempre muito 
importante que se tenha uma distância de 4,0 centímetros 
de uma pá da outra, caso contrário, utiliza-se uma peito e 
outra nas costas. 
MEDICAMENTOS 
Os medicamentos são utilizados para auxiliarem também 
na recuperação daquele paciente com PCR visando ter um 
aumento de pressões de perfusão sanguínea e cerebral e 
o fluxo sanguíneo no geral, além de estimular também a 
contratilidade cardíaca, corrigir e tratar possível causa de 
PCR e suprimir ou tratar arritmias. 
 
No caso de Tosardes de Pointes utiliza-se o magnésio por 
via endovenosa ou por via intraóssea com uma dose de 25 
a 50 mg por Kg sendo o máximo aplicado de 2 gramas ou 
de 2000 mg. 
Lembrando que tanto a epinefrina ou noradrenalina assim 
é um farmacos vasopressor em que atua provocando uma 
vasoconstrição e aumentando também a pressão arterial, 
além da frequência cardíaca e também a força de 
contração do coração já que principalmente a epinefrina é 
um neurotransmissor potente do SNA do tipo simpático do 
organismo. Já a amiodarona é um fármaco da classe dos 
antiarrítmicos é um potente vasodilatador que prolonga o 
intervalo QRS no eletrocardiograma, prolongando o 
potencial de ação e diminuindo a frequência cardíaca além 
de aumentar irrigação do coração pelos vasos coronários. 
 
E agora nos casos de assistolia ou de AESP que são casos 
mais comuns de ocorrerem em crianças por conta causa 
principal que é a hipóxia nesses pacientes. Nesses casos 
não faz sentido utilizar antiarrítmicos já que o coração se 
encontra com uma atividade extremamente baixa ou sem 
nenhuma atividade elétrica ou força de contração como é 
o caso da assistolia. Nesses casos em específico utiliza-se 
apenas epinefrina como droga principal por se tratar de 
um potente estimulador cardíaco e vascular. 
 
CUIDADOS PÓS PCR 
Se o paciente sobreviveu após o PCR e retornou à vida em 
condições logicamente não fisiologicamente estáveis no 
momento deve-se adotar alguns cuidados como: otimizar 
e estabilizar a função cardiopulmonar com ênfase também 
na restauração e manutenção da perfusão em órgãos que 
são considerados vitais, ou seja, garantir que a circulação 
está voltando ao normal e chegando aos órgãos nobres do 
corpo, além de prevenir lesões secundarias e tratar causa. 
Deve-se tratar o sistema respiratório já que ele é a chave 
de todo o processo, principalmente em crianças quando se 
pensa em casos graves de hipóxia. Tratar posteriormente 
ainda o sistema circulatório em que é o foco daquele tipo 
coração falhando ou com a bomba falhando já que essa é 
a definição de PCR e tratar os outros sistemas que foram 
afetados pela hipóxia e queda de perfusão. 
 
ATUALIZAÇÕES 2020 
Usa-se obrigatoriamente a adrenalina após cerca de 05 
minutos passados de RCP. Anteriormente era apenas uma 
indicação, atualmente, a administração desse fármaco é 
obrigatória após 5 minutos de compressões e ventilação. 
A taxa de ventilação como já comentada em crianças com 
suporte ventilatório avançado com intubação ocorre em 
uma frequência de 2 a 3 segundos, sendo cerca de 20 a 30 
ventilações por minuto. 
Usa-se tubo com cuff para em todo e qualquer paciente 
com exceção dos recém-nascidos já que podem provocar 
piora de quadro. É recomendado uso de Tubo com Cuff em 
todos os pacientes acima de 29 dias. 
Não é obrigatório uso de pressão cricoide, apenas quando 
necessário e deve-se tratar pacientes com sequelas ou que 
possam ter sofrido danos neurológicos durante 01 ano em 
acompanhamento e se necessário reabilitação. 
Pode-se administrar fluidos de 10 ou 20 ml por Kg segundo 
a necessidade de cada paciente e perda de sangue ou em 
quadros de hipovolemia principalmente quadros choque 
hipovolêmico com PA normal denominado de choque tipo 
compensado. E as medicações utilizadas além adrenalina 
e da noradrenalina, pode-se utilizar agora dopamina. 
Uso de corticoides em casos de estresse, uso também de 
derivados de sangue em choque hemorrágico que não seja 
compensado. Em casos de opioides overdose deve-se usar 
naxolona IN ou IM e em casos de miocardite deve-se ter 
um suporte em UTI antes de PCR para justamente evitar 
que esse paciente sofra uma parada e se sofrer, que tenha 
um suporte avançado imediato. 
E em RN, o contato pele a pele é fundamental para evitar 
uma PCR e acesso IO é autorizado quando não for possível 
utilizar via endovenosa. E em RN estima-se PCR de 20 min. 
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL EM RN 
Em pacientes menores de 1 ano e recém-nascidos usa-se 
as cânulas baseadas na seguinte tabela abaixo conforme o 
peso e a idade gestacional. E as lâminas utilizadas variam 
da seguinte maneira: Lâmina 01 para RNT e Lâmina 0 para 
RNPT. E a fixação é o PESO + 6. 
 
Em crianças maiores de 01 ano adota-se os seguintes tipos 
de critérios: 
- Número da Cânula: idade/4 + 4 
- Lâmina Curva 
- Fixação é o Número da Cânula x3

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