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Semiologia da Pele e Anexos

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Semiologia da Pele e Anexos
Pele
Pela sua acessibilidade aos dois métodos mais simples do exame físico: 
INSPEÇÃO E A PALPAÇÃO, pode servir, do ponto de vista semiológico, como modelo para o aprendizado desses métodos. 
Condições básicas para o exame da pele são: 
ILUMINAÇÃO mais adequada é a luz natural incidindo obliquamente 
INSPEÇÃO deve ser realizada por partes, desnudando-se somente a região a ser examinada, sempre respeitando o pudor do paciente. 
A pele, cútis ou tegumento representa 15% do peso corpóreo, constitui o revestimento do organismo e o protege contra agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos
É constituída por três camadas:
-Epiderme ou camada externa 
-Derme ou córion 
-Hipoderme ou tecido celular subcutâneo
EPIDERME
Consiste na camada fina e mais externa da pele
Constituída por quatro camadas: 
-camada basal ou germinativa
-espinhosa ou de Malpighi 
-granulosa 
-córnea. 
Camada basal ou germinativa
É a camada celular mais profunda da epiderme, disposta sobre a membrana basal, formada por dois tipos celulares: as células basais e as células MELANOCÍTICAS. 
As células basais ou queratinócitos representam a maioria, têm reprodução constante e originam as outras camadas epidérmicas; daí o nome germinativas. 
Localizados entre as células basais, encontram-se os melanócitos ou células claras de Masson, assim denominadas devido ao seu citoplasma claro e núcleo pequeno e picnótico.
Estas células têm como o seu produto pigmentar - a melanina.
Melanina é fagocitada pelos queratinócitos por meio de íntima ligação com seus dendritos; constituem a unidade melanoepidérmica = COLORAÇÃO DO TEGUMENTO.
DERME
A derme é uma camada de tecido conjuntivo, rica em mucopolissacarídios e material fibrilar (fibras de colágeno, fibras elásticas e fibras reticulares), na qual são acomodados vasos, nervos e anexos epidérmicos 
HIPODERME OU TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO
A hipoderme, tecido celular subcutâneo ou panículo adiposo, situa-se logo abaixo da derme e apresenta lóbulos de células adiposas delimitadas por septos conjuntivo elásticos 
VASOS DA PELE
Na pele há um plexo profundo no nível dermo-hipodérmico, formado por arteríolas, e um plexo superficial localizado na derme subpapilar, composto essencialmente por capilares. 
NERVOS E TERMINAÇÕES NERVOSAS
Pelo grande número de estruturas nervosas, a pele assume grande importância como órgão do sentido, captando e transmitindo diversas alterações do meio que nos cerca.
Os nervos sensitivos, que são sempre mielinizados, formam em algumas regiões
-corpúsculos de Vater-Pacini
-corpúsculos de Krause 
-corpusculos de Merkel-Ranivers 
*A inervação motora é realizada pelo sistema nervoso autônomo
Componentes da pele
Fâneros Anexos Cutâneos
Pelos
Os pelos, situados em invaginações profundas da epiderme, são constituídos por células queratinizadas produzidas pelos folículos pilosos. 
FOLÍCULOS PILOSOS
Nos folículos pilosos abrem-se glândulas sebáceas, e a este conjunto denomina-se unidade pilossebácea ou folículo pilossebáceo, cercada de fibras musculares lisas - o músculo eretor do pelo. 
Na parte inferior, o bulbo piloso ou raiz, observa-se a matriz do pelo, onde se introduz a papila dérmica ricamente vascularizada e inervada e onde se encontra a camada de células germinativas de permeio aos melanócitos. As células germinativas produzem a bainha radicular interna do pelo até o início da queratinização.
Fases evolutivas do pelo
ANÁGENA OU CRESCIMENTO, com intensa atividade mitótica na matriz. Dura 2 a 3 anos e compõe 85% dos cabelos
CATÁGENA OU REPOUSO, quando os folículos reduzem o crescimento, cessa a melanogênese e a proliferação celular. Dura cerca de 3 a 4 semanas e representa 1% dos cabelos
TELÁGENA OU DESPRENDIMENTO, quando os folículos estão menores do que a metade do tamanho normal e há completa desvinculação entre papila dérmica e pelo. Dura 3 a 4 meses e representa 14% dos cabelos
Unhas
As unhas são formações de queratina dura que recobrem a última falange dos dedos, fixadas sobre superfície epidérmica denominada leito ungueal. 
Na unha encontra-se a porção posterior - raiz ou matriz ungueal - recoberta por uma dobra de pele e cutícula, a lâmina aderente do leito ungueal, que apresenta bordas laterais e a borda livre. 
Glândulas Sebáceas
As glândulas sebáceas localizadas na pele, exceto nas regiões palmoplantares, desembocam sempre em um folículo pilossebáceo, com ou sem pelo; preferencialmente na região frontal, atrás das orelhas e nas regiões mediotorácicas. Tais regiões são chamadas seborreicas
*Nas pálpebras modificam-se e são chamadas glândulas de Meibomius
Glândula Sudorípara
Há dois tipos de glândulas sudoríparas: as écrinas e as apócrinmas. 
As glândulas sudoríparas ÉCRINAS localizam-se em toda a extensão da pele, em particular nas áreas palmoplantares e axilas
As glândulas sudoríparas APÓCRINAS situam-se na região axilar, anoperineal, inguinal, monte de Vênus e em volta dos mamilos. São modificadas no canal auditivo externo e na borda palpebral, constituindo as glândulas de Moll. 
Exame da pele
-Coloração
-Continuidade ou integridade
-Umidade
-Textura
-Espessura
-Temperatura
-Elasticidade e mobilidade
-Turgor
-Sensibilidade
-Lesões elementares
COLORAÇÃO
A “COR DA PELE” foi anotada na identificação do paciente:
-Influi de modo considerável na apreciação da modificação da coloração.
Nos indivíduos de cor branca e nos pardo-claros observa-se uma coloração levemente rosada que é o aspecto normal em condição de higidez.
Situações patológicas, como o colapso, também alteram a coloração da pele, nesta condição ela perde seu aspecto róseo.
Nas pessoas de pele escura é mais difícil avaliar as alterações de coloração
Alterações da coloração
PALIDEZ 
VERMELHIDÃO OU ERITROSE 
CIANOSE
ICTERÍCIA 
ALBINISMO
BRONZEAMENTO 
DERMATOGRAFISMO 
FENÔMENO DE RAYNAUD.
PALIDEZ= significa atenuação ou desaparecimento da cor rósea.
A palidez deve ser pesquisada em toda extensão da superfície cutânea, inclusive nas regiões palmoplantares.
Nas pessoas de cor parda ou preta só se consegue identificar palidez nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. 
VERMELHIDÃO OU ERITROSE
Exagero da coloração rósea da pele indica aumento da quantidade de sangue na rede vascular cutânea, seja decorrente de uma vasodilatação ou do aumento de sangue. 
Generalizada: observada nos pacientes febris, nos indivíduos que ficaram expostos ao sol, nos estados policitêmicos e em algumas afecções que comprometem toda a pele (escarlatina, eritrodermia, psoríase) 
Localizada ou segmentar: pode ter caráter fugaz quando depende de um fenômeno vasomotor (ruborização do rosto por emoção, “fogacho" do climatério), ou ser duradoura. 
ERITEMA PALMAR - manifestado em razão das hepatopatias crônicas (especialmente a cirrose)
ACROCIANOSE - caracterizada por frialdade persistente e cianose em extremidades. A acrocianose não deve ser confundida com o fenômeno de Raynaud, dele se diferenciando por sua natureza constante
VERMELHIDÃO como um dos quatro sinais cardinais que caracterizam um processo inflamatório: dor, calor, rubor (vermelhidão) e tumor (significando intumescimento da área). 
CIANOSE
Significa cor azulada da pele e das mucosas. 
Manifesta-se quando a hemoglobina reduzida alcança no sangue valores superiores a 5 mg/100 ml. 
A cianose deve ser pesquisada no rosto, especialmente ao redor dos lábios, na ponta do nariz, nos lobos das orelhas e nas extremidades das mãos e dos pés (leito ungueal e polpas digitais). 
Nos casos de cianose muito intensa, todo o tegumento cutâneo adquire tonalidade azulada ou mesmo arroxeada. 
CIANOSE CENTRAL: nesses casos, há insaturação arterial excessiva, permanecendo normal o consumo de oxigênio nos capilares. 
Diminuição da tensão do oxigênio no ar inspirado: cianose observada nas grandes altitudes
Hipoventilação pulmonar: não há ar atmosférico em quantidade suficiente para que se faça a hematose: obstrução das vias respiratórias, diminuição da expansibilidade toracopulmonar, aumento exagerado dafrequência respiratória ou por diminuição da superfície respiratória (atelectasia, pneumotórax)
Curto-circuito (shunt) venoarterial: em algumas cardiopatias congênitas (tetralogia de Fallot e outras) 
ICTERÍCIA
Consiste na coloração amarelada da pele, mucosas visíveis e esclerótica e é resultante de acúmulo de bilirrubina no sangue.
A icterícia deve ser distinguida de outras condições em que a pele, mas não as mucosas, pode adquirir coloração amarelada: 
-Uso de determinadas substâncias que impregnam a pele (p. ex., quinacrina)
-Uso excessivo de alimentos ricos em carotenos (cenoura, mamão, tomate). 
As principais causas são: hepatite infecciosa, hepatopatia alcoólica, hepatopatia por medicamentos, leptospirose, malária, septicemias, lesões obstrutivas das vias biliares extra-hepáticas (litíase biliar, câncer da cabeça do pâncreas) e algumas doenças nas quais ocorra hemólise (icterícias hemolíticas). 
ALBINISMO
É a coloração branco-leitosa da pele em decorrência de uma síntese defeituosa da melanina. Pode afetar os olhos, a pele e os pelos (albinismo oculocutâneo) ou apenas os olhos (albinismo ocular).
BRONZEAMENTO DA PELE
Só possível de ser visto em pessoas de cor branca. Na maior parte das vezes é artificial, por ação dos raios solares na presença de substâncias químicas bronzeadoras
Pele bronzeada naturalmente pode ser vista na doença de Addison e na hemocromatose por distúrbios endócrinos que alteram o metabolismo da melanina
 
DERMATOGRAFISMO 
Também chamado urticária fictícia
Se a pele é levemente atritada com a unha ou um objeto (lápis, estilete, abaixador de língua), aparece uma linha vermelha ligeiramente elevada que permanece por quatro a cinco minutos = Trata-se de uma reação vasomotora.
CONTINUIDADE OU INTEGRIDADE
A perda de continuidade ou integridade da pele ocorre:
-erosão ou exulceração
-úlcera ou ulceração
-fissura ou rágade
UMIDADE
A apreciação da umidade começa à inspeção, mas o método adequado é a palpação com as polpas digitais e com a palma da mão. Por meio da sensação tátil, pode-se avaliar a umidade da pele com razoável precisão. Encontra-se uma das seguintes possibilidades: 
UMIDADE NORMAL: normalmente a pele apresenta certo grau de umidade que pode ser percebido ao se examinarem indivíduos hígidos 
PELE SECA: a pele seca confere ao tato uma sensação especial. É encontrada em pessoas idosas, em algumas dermatopatias crônicas (esclerodermia, ictiose), no mixedema, na avitaminose A, na intoxicação pela atropina, na insuficiência renal crônica e na desidratação.
UMIDADE AUMENTADA OU PELE SUDORENTA: pode ser observada em alguns indivíduos normais ou pode estar associada a febre, ansiedade, hiperidrose primária, hipertireoidismo e doenças neoplásicas. Em mulheres na menopausa, a umidade excessiva da pele (sudorese) costuma estar associada às ondas de calor. 
TEXTURA
Textura significa trama ou disposição dos elementos que constituem um tecido.
A textura da pele é avaliada deslizando-se as polpas digitais sobre a superfície cutânea, sendo possível constatar uma das seguintes alternativas: 
Textura normal: desperta uma sensação própria que a prática vai proporcionando, e é encontrada em condições normais 
Pele lisa ou fina: observada nas pessoas idosas, no hipertireoidismo e em áreas recentemente edemaciadas
Pele áspera: observada nos indivíduos expostos às intempéries e que trabalham em atividades rudes, tais como lavradores, pescadores, garis e foguistas, e em algumas afecções como mixedema e dermatopatias crônicas
Pele enrugada: que se nota nas pessoas idosas, após emagrecimento rápido, ou quando se elimina o edema. 
ESPESSURA
Para se avaliar a espessura da pele, faz-se o pinçamento de uma dobra cutânea, usando o polegar e o indicador. Pinçam-se apenas a epiderme e a derme. Deve ser realizada em várias e diferentes regiões, tais como antebraço, tórax e abdome. 
Espessura normal: observada em indivíduos hígidos e seu reconhecimento depende de aprendizado prático e componente subjetivo 
Pele atrófica: tem alguma translucidez que possibilita a visualização da rede venosa superfície
*Observada nos idosos, nos prematuros e em algumas dermatoses 
Pele hipertrófica ou espessa: nos indivíduos que trabalham expostos ao sol
A esclerodermia é uma colagenose que tem no espessamento do tegumento cutâneo uma de suas características clínicas mais fáceis de se observar. 
TEMPERATURA
Antes de tudo, deve-se chamar atenção para não se confundir temperatura corporal com temperatura da pele. São coisas diferentes, embora com certa frequência estejam intimamente relacionadas. 
Para avaliação da temperatura da pele usa-se a palpação com a face dorsal das mãos ou dos dedos, comparando-se com o lado homólogo cada segmento examinado
-Temperatura normal 
-Temperatura aumentada
-Temperatura diminuída. 
 Febre - aumento da temperatura da pele universal ou generalizado exteriorização cutânea do aumento da temperatura corporal
ELASTICIDADE E MOBILIDADE
As duas características descritas a seguir devem ser analisadas e interpretadas simultaneamente.
Elasticidade é a propriedade de o tegumento cutâneo se estender quando tracionado 
Mobilidade refere-se à sua capacidade de se movimentar sobre os planos profundos subjacentes
Elasticidade normal: observada na pele de indivíduos hígidos 
Elasticidade aumentada ou hiperelasticidade: lembra as características da borracha. Ao se efetuar uma leve tração, a pele se distende duas a três vezes mais que a pele normal. Tem como exemplo mais demonstrativo a síndrome de Ehlers-Danlos, na qual está presente um distúrbio do tecido elástico cutâneo 
Elasticidade diminuída ou hipoelasticidade: reconhecida pelo fato de a pele, ao ser tracionada, voltar vagarosamente à posição primitiva, ou seja, a prega cutânea, feita para executar a manobra, vai-se desfazendo lentamente, enquanto nas pessoas com elasticidade normal a prega se desfaz prontamente. 
Mobilidade normal: a pele normal apresenta certa mobilidade em relação às estruturas mais profundas com as quais se relaciona 
Mobilidade diminuída ou ausente: a mobilidade está diminuída quando não se consegue deslizar a pele sobre as estruturas vizinhas. Isso ocorre em área-sede de processo cicatricial, na esclerodermia, na elefantíase e nas infiltrações neoplásicas próximas à pele, cujo exemplo típico são as neoplasias malignas da glândula mamária 
Mobilidade aumentada: é observada na pele das pessoas idosas e na síndrome de Ehlers-Danlos. 
TURGOR
Avalia-se o turgor, pinçando com o polegar e o indicador uma prega de pele que abranja o tecido subcutâneo.
Turgor normal: quando o examinador tem a sensação de pele suculenta em que, ao ser solta, a prega se desfaz rapidamente. Indica conteúdo normal de água, ou seja, a pele está hidratada 
Turgor diminuído: sensação de pele murcha e observação de lento desfazimento de prega. Turgor diminuído indica desidratação
 
SENSIBILIDADE
Sensibilidade dolorosa: 
Hipoalgesia ou analgesia - perda da sensibilidade dolorosa, o paciente que nota ausência de dor ao contato com algo aquecido ou ao se ferir
É pesquisada tocando-se a pele com a ponta de uma agulha.
Ex.: perda da sensibilidade dolorosa na hanseníase
HIPERESTESIA - aumento da sensibilidade dolorosa, até os toques mais leves e suaves despertam nítida dor.
Aparece no abdome agudo, na síndrome isquêmica das extremidades inferiores, em neuropatias periféricas 
SENSIBILIDADE TÁTIL: Para pesquisá-la, fricciona-se levemente o local com uma mecha de algodão
Anestesia ou hipoestesia refere-se a perda ou diminuição da sensibilidade tátil. 
SENSIBILIDADE TÉRMICA: Pesquisa-se a sensibilidade térmica com dois tubos de ensaio, um com água quente e outro com água fria. 
LESÕES ELEMENTARES
-Tegumento cutâneo
-Alterações de cor 
-Elevações edematosas
-Formações sólidas
-Coleções líquidas
-Alterações da espessura
-Perda e reparaçõesteciduais 
TEGUMENTO CUTÂNEO
São as modificações do tegumento cutâneo determinadas por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, distúrbios do metabolismo ou por defeito de formação. 
Sendo externas, são muito acessíveis aos métodos mais simples do exame clínico. Seu estudo é um excelente meio para o estudante exercitar sua capacidade de observação. 
Para avaliação de lesões elementares, empregando-se a inspeção e a palpação é vantajoso. 
O uso de uma lupa capaz de ampliar a superfície da pele e as próprias lesões é vantajoso
ALTERAÇÕES DA COR
-pigmentares
-vasculares
-hemorrágicas
-deposição pigmentar
. Hipocrômicas e/ou acrômicas: diminuição e/ou ausência de melanina
-Vitiligo, pitiríase alba, hanseníase (congênitas: nevo acrômico e no albinismo)
 
 Hipercrômicas: aumento de pigmento melânico
-Pelagra, melasma ou doasma, manchas hipercrômicas dos processos de cicatrização, manchas hipercrômicas da estase venosa crônica dos membros inferiores, nevos pigmentados, melanose senil 
Os nevos são muito frequentes, tem aspecto variável e aparecem em qualquer idade. O nevo tuberoso ou "verruga mole" é uma pequena saliencia roxa, geralmente pilosa, localizada, na maioria das vezes, no rosto. Efélides são as manchas de sarda
Pigmentação externa: substâncias aplicadas topicamente que produzem manchas do cinza ao preto. 
Ex.: alcatrões, antralina, nitrato de prata, permanganato de potássio
ELEVAÇÕES SÓLIDAS
-pápulas
-tubérculos
-nódulos
-nodosidades
-goma
-vegetações
 
 
COLEÇÕES LÍQUIDAS
-Vesículas
-Bolhas
-Pústulas
-Abcessos
-Hematomas
VESÍCULA: É uma elevação circunscrita da pele que contém líquido em seu interior
Diferença entre pápula e vesícula: a primeira é uma lesão sólida, e a segunda é uma coleção líquida
Às vezes, para se dirimir dúvida punciona-se a lesão. 
O encontro de substância líquida caracteriza a existência de vesícula.
É observada na varicela, no herpes-zóster, nas queimaduras, no eczema e nas tinhas (micoses superficiais). 
BÔLHA: Também é uma elevação da pele contendo uma substância líquida em seu interior. 
Diferencia-se da vesícula pelo tamanho. A bolha tem diâmetro maior que 1,0 cm. 
É encontrada nas queimaduras, no pênfigo foliáceo, em algumas piodermites e em alergias medicamentosas 
As bolhas podem ter conteúdo claro, turvo amarelado (bolha purulenta) ou vermelho-escuro (bolha hemorrágica).
PÚSTULAS: É uma vesícula de conteúdo purulento. Surge na varicela, no herpes-zóster, nas queimaduras, nas piodermites, na acne pustulosa. 
ABSCESSOS: São coleções purulentas, mais ou menos proeminentes e circunscritas, de proporções variáveis, flutuantes, de localização dermo-hipodérmica ou subcutânea. 
Quando acompanhados de sinais inflamatórios são chamados abscessos quentes. 
A ausência de sinais flogísticos caracteriza os abscessos frios. Ex.: furunculose, hidradenite, blastomicose, abscesso tuberculoso
HEMATOMAS: São formações circunscritas, de tamanhos variados, decorrentes de derrame de sangue na pele ou tecidos subjacentes. 
ALTERAÇÕES DA ESPESSURA
PERDAS E REPARAÇÕES TECIDUAIS
EDEMA
Edema da insuficiência venosa crônica costuma surgir no período vespertino e desaparece com o repouso, sendo mais intenso nas pessoas que permanecem muito tempo sentadas e com os pés pendentes
Torna-se bem evidente ao final de viagens longas. 
O edema é mole e depressível, localizando-se de preferência nas regiões perimaleolares, pode alcançar o terço proximal das pernas na insuficiência venosa mais grave
Edema na síndrome pós-trombótica, quando o edema torna-se permanente, há aumento global do volume do pé, da perna e até da coxa, sem que aparentem estar edemaciados. 
 
Sistema Hemolinfático 
As hemorragias na pele e nas mucosas podem ser:
-puntiformes (petéquias) 
-placas (equimoses)
O crescimento de linfonodos (adenomegalias), do baço (esplenomegalia) e do fígado (hepatomegalia) 
A Icterícia ocorre nas crises de hemólise quando há destruição de eritrócitos
A Palidez da pele é indicativa de anemia 
Outras manifestações cutâneas que podem ocorrer nas hemopatias são: edema, eritemas, máculas, pápulas, bolhas e pústulas
MUCOSAS
Facilmente examináveis a olho nu e sem auxílio de qualquer aparelho são: 
-Conjuntivas oculares 
-Mucosas labiobucal, lingual e gengival. 
O método de exame é a inspeção
É indispensável uma boa iluminação - de preferência com luz natural complementada por uma pequena lanterna. 
Devem ser analisados: 
-Coloração 
-Umidade
COLORAÇÃO
A coloração normal é róseo-avermelhada, decorrente da rica rede vascular das mucosas. 
A nomenclatura utilizada é mucosas normocoradas. 
Alterações da coloração: descoramento das mucosas, mucosas hipercoradas, cianose, icterícia e leucoplasia 
Descoramento das mucosas
Diminuição ou perda da cor róseo-avermelhada
Designa-se esse achado de mucosas descoradas ou palidez das mucosas. 
Procura-se fazer também uma avaliação quantitativa, usando-se a escala de 1 a 4 cruzes (+, ++, +++ e ++++).
Mucosas descoradas (+) significam uma leve diminuição da cor normal
Mucosas descoradas (+ + + +) indicam o desaparecimento da coloração rósea
As mucosas tornam-se brancas como uma folha de papel
Situações intermediárias (+ + e + + +) são reconhecidas à medida que se ganha experiência. 
 
As mucosas descoradas são um achado semiológico de grande valor prático, pois indicam anemia. 
Há muitos tipos de anemia, e cada uma pode ser determinada por várias causas, mas o denominador comum é a diminuição das hemácias e da hemoglobina no sangue, alterações responsáveis pelo descoramento das mucosas
Além de mucosas descoradas, fazem parte dessa síndrome os seguintes sintomas e sinais: palidez da pele, fadiga, astenia, palpitações
Em função do tipo de anemia, outros sinais e sintomas estão associado: 
-nas anemias hemolíticas observa-se icterícia; 
-nas anemias megaloblásticas - distúrbios nervosos localizados nos membros inferiores. 
Mucosas Hipercoradas
Acentuação da coloração normal, podendo haver inclusive mudança de tonalidade para vermelho-arroxeada
Mucosas hipercoradas indicam aumento das hemácias naquela área, como ocorre nas inflamações (conjuntivites, glossites, gengivites) e nas poliglobulias.
Poliglobulia pode ser observada em diversas condições:
-poliglobulia secundária a algumas doenças respiratórias, 
-poliglobulia compensadora das grandes 	altitudes, 
-policitemia vera de causa desconhecida, considerada o processo neoplásico da série eritrocitária. 
Icterícia 
As mucosas tornam-se amarelas ou amarelo-esverdeadas; da mesma maneira que na pele
Resulta 	de impregnação pelo pigmento bilirrubínico aumentado no sangue. 
Regiões mais facilmente identificáveis - mucosa conjuntival e o freio da língua
As icterícias mais leves só são perceptíveis nesses locais. Nas pessoas de cor preta, a esclerótica costuma apresentar uma coloração amarelada, causada por deposição de gordura, que não deve ser confundida com icterícia. 
Leucoplasia e cianose
Leucoplasia: Áreas esbranquiçadas, às vezes salientes, nas mucosas, por espessamento do epitélio (queratose, paraqueratose, hiperplasia, neoplasia), diminuição da vascularização e/ou fibroesclerose da lâmina própria. 
Cianose: Coloração azulada das mucosas cujo significado é o mesmo da cianose cutânea analisada anteriormente 
Umidade
Em condições normais são úmidas, especialmente as mucosas lingual e a bucal - bom estado de hidratação.
Umidade normal: as mucosas apresentam discreto brilho indicativo de tecidos hidratados 
Mucosas secas: as mucosas perdem o brilho, os lábios e a língua ficam pardacentos, adquirindo aspecto ressequido. Na maioria das vezes, indicam desidratação
FÂNEROS 
Cabelos, pelos e unhas
CABELO
O cabelo deve ser analisado quanto às seguintes características: 
-Tipo de implantação 
-Distribuição 
-Quantidade-Coloração 
-Outras características (brilho, espessura, consistência). 
Tipo de implantação 
O tipo de implantação varia de acordo com o sexo. 
Na mulher, tem uma implantação mais baixa e formam uma linha de implantação característica, enquanto nos homens é mais alta e existem as “entradas" laterais. 
Diversos transtornos endócrinos concomitantes ao hipogonadismo no homem determinam implantação feminoide dos cabelos
Alterações endócrinas na mulher com hiperprodução de substâncias androgênicas invertem o tipo de implantação dos cabelos. 
Distribuição 
A distribuição é uniforme e, quando há áreas sem pelos, são denominadas alopecia, cujas causas são múltiplas. 
Uma alteração comum é a calvície, que pode ser parcial ou total; as calvícies parciais assumem diferentes formas e podem ser de vários graus
Quantidade 
A quantidade varia de um indivíduo para outro, e, com o avançar da idade, os cabelos tornam-se mais escassos. Do ponto de vista semiológico, a constatação de queda de cabelos é um dado de interesse 
Coloração 
A coloração varia com a etnia e em função de características geneticamente transmitidas. As 	cores básicas são: cabelos pretos, castanhos, louros e ruivos. As modificações da coloração podem ser artificiais ou consequentes a enfermidades. nos meninos com desnutrição proteica grave, cujos cabelos se tornam ruivos
PELOS
Até a puberdade os pelos são finos, escassos e de cor castanho-clara ou mesmo amarelados
Com a puberdade, por ação dos hormônios sexuais, os pelos adquirem as características e a distribuição do adulto, próprias de cada sexo, havendo grandes variações raciais e individuais
No homem aparecem barba, pelos nos troncos, e os pelos pubianos formam um losango
Na mulher não aparecem barba, nem pelos no tronco; os pelos pubianos tem forma de triangulo de vértice voltado para baixo. 
Quanto à espessura, consistência, brilho e comprimento, da mesma maneira que os cabelos podem tornar-se secos, quebradiços e sem brilho
O principal achado clínico é o hirsutismo e a hipertricose: 
· Hipertricose: consiste no aumento exagerado de pelos terminais, sexuais e bissexuais ou não sexuais, em relação ao indivíduo
. Pode ser congênita ou adquirida, difusa ou localizada 
· Hirsutismo: é o aumento exagerado de pelos sexuais masculinos na mulher. 
Pode ser constitucional, idiopático ou androgênico. 
No hirsutismo provocado por níveis elevados de testosterona, observam-se implantação tipo masculina e calvície temporal. 
Quanto à distribuição - tempo de aparecimento da pilosidade adulta pode ser precoce ou com atraso
A virilização é o hirsutismo associado ao aprofundamento da voz e aumento do clitóris
O aumento da produção de androgenios pelas suprarrenais ou pelos ovários pode ser responsável por estes fenômenos
Os tumores do ovário estão geralmente associados à amenorreia, com hirsutismo e virilização. 
Pelos finos e em pequena quantidade no lábio superior, nas regiões genianas, área intermamária e periareolar, linha média abdominal e nos membros superiores e inferiores podem ser observados em mulheres saudáveis.
Queda dos pelos - especialmente os axilares e os pubianos. 
As condições mais frequentemente são: desnutrição, hepatopatias crônicas, mixedema, colagenoses, quimioterapia e certas dermatoses. 
UNHAS
Formadas de células queratinizadas que se originam na matriz, são constituídas de epiderme com as suas diversas camadas, exceto a granular. 
As seguintes características devem ser analisadas: 
-Forma ou configuração 
-Tipo de implantação 
-Espessura 
-Superfície 
-Consistência 
-Brilho 
-Coloração.

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