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APG 10 – Sistema Linfático Objetivos: Estudar a anatomia do Sistema Linfático; Estudar a fisiologia do Sistema Linfático; Conhecer as principais alterações do Sist.Linfático. Histologia do Sistema Linfático Além dos vasos sanguíneos, o corpo humano tem um sistema de canais de paredes finas revestidas por endotélio, que coleta o líquido dos espaços intersticiais e o retorna para o sangue. A linfa circula somente na direção do coração; Capilares linfáticos: originam-se como vasos finos e sem aberturas terminais, que consistem apenas em uma camada de endotélio e uma lâmina basal incompleta. São mantidos abertos por meio de numerosas microfibrilas elásticas, as quais também se ancoram firmemente ao tecido conjuntivo que os envolve. Os finos vasos linfáticos convergem gradualmente e terminam em dois grandes troncos (ducto torácico e ducto linfático direito), que desembocam na junção da veio jugular interna esquerda com a veia subclávia esquerda, na confluência da veia subclávia direita e da veia jugular direita interna. Ao longo do seu trajeto, os vasos linfáticos atravessam os linfonodos. Vasos linfáticos Encontrados na maioria dos órgãos. Não apresentam uma separação clara entre as túnicas; Apresentam paredes mais finas que as das veias; Maior número de válvulas no seu interior; Os ductos linfáticos apresentam uma camada média reforçada por músculo liso; A camada adventícia é pouco desenvolvida; Os ductos linfáticos de grande porte também contêm vasa vasorum; A circulação linfática é ajudada pela ação de forças externas sobre suas paredes. Essas forças, associadas à grande quantidade de válvulas, impulsionam a linfa em um fluxo unidirecional – para o coração. A contração rítmica da musculatura lisa da parede das veias linfáticas maiores ajuda a impulsionar a linfa na direção do coração. Figura 01. Estrutura de um capilar linfático. (JUNQUEIRA, 2019) Anatomia do Sistema Linfático O sistema linfático é composto por linfa, vasos linfáticos, tecidos linfáticos e medula óssea. Depois de o líquido intersticial passar para os vasos linfáticos, é chamado de linfa. Funções do Sistema Linfático: Drenar o excesso de líquido intersticial; Transportar lipídios oriundos da dieta; Desempenhar respostas imunes. Na pele, os vasos linfáticos se encontram no tecido subcutâneo e geralmente acompanham as veias. Os vasos linfáticos das vísceras geralmente acompanham as artérias, formando plexos em torno delas. Capilares Linfáticos Os capilares linfáticos têm maior permeabilidade do que os capilares sanguíneos e, assim, conseguem absorver moléculas grandes como as proteínas e os lipídios. Quando a pressão é maior no líquido intersticial do que na linfa, as células se separam discretamente, como a abertura de uma porta de mola de sentido único, e o líquido intersticial entra no capilar linfático. Quando a pressão é maior no interior do capilar linfático, as células aderem mais entre si e a linfa não consegue retornar ao líquido intersticial. A pressão é aliviada conforme a linfa se move adiante pelo capilar linfático. Filamentos de ancoragem: São filamentos que contêm fibras elásticas e estão ligados aos capilares linfáticos. Eles se estendem para fora do capilar linfático, anexando as células endoteliais linfáticas aos tecidos circundantes. Quando o excesso de líquido intersticial se acumula e causa edema do tecido, os filamentos de ancoragem são puxados, tornando ainda maiores as aberturas entre as células para que mais líquido possa fluir para o capilar linfático. Troncos Linfáticos: A linfa passa dos capilares linfáticos para os vasos linfáticos e, em seguida, pelos linfonodos. Quando os vasos linfáticos saem dos linfonodos em uma dada região do corpo, eles se unem para formar troncos linfáticos. Principais troncos: Lombares: drenam linfa dos membros inferiores, da parede e vísceras da pelve, dos rins, das glândulas suprarrenais e da parede abdominal. Intestinal: drena a linfa do estômago, intestinos, pâncreas, baço e parte do fígado. Broncomediastinais: drenam a linfa da parede torácica, pulmão e coração. Subclávios: drenam os membros superiores. Jugulares: drenam a cabeça e o pescoço. A linfa passa dos troncos linfáticos para dois canais principais, o ducto torácico e o ducto linfático direito, e então drena para o sangue venoso. Ductos: O ducto torácico (linfático esquerdo) é o principal ducto para o retorno da linfa ao sangue. Ele recebe a linfa do lado esquerdo da cabeça, do pescoço, do tórax, do membro superior esquerdo e de todo o corpo abaixo das costelas. Tem aproximadamente 38 a 45 cm de comprimento e começa como uma dilatação chamada de cisterna do quilo anterior à vértebra L II. A cisterna do quilo recebe a linfa dos troncos lombar direito e lombar esquerdo e do tronco intestinal. O ducto torácico por sua vez drena a linfa para o sangue venoso na junção das veias jugular interna esquerda e subclávia esquerda. O ducto linfático direito (Figura 22.3) tem aproximadamente 1,2 cm de comprimento e recebe a linfa do lado superior direito do corpo. A partir do ducto linfático direito, a linfa drena para o sangue venoso na junção entre as veias jugular interna direita e subclávia direita. Linfa A maior parte dos componentes do plasma sanguíneo, como nutrientes, gases e hormônios, atravessam livremente as paredes dos capilares para formar o líquido intersticial, mas o volume de líquido que sai dos capilares sanguíneos é maior do que o volume que retorna a eles por reabsorção. O excesso de líquido filtrado – aproximadamente 3 ℓ/dia – drena para os vasos linfáticos e se torna a linfa. Como a maior parte das proteínas plasmáticas é muito grande para sair dos vasos sanguíneos, o líquido intersticial contém apenas uma pequena quantidade de proteína. As proteínas que saem do plasma sanguíneo não conseguem retornar ao sangue por difusão, porque o gradiente de concentração (alto nível de proteínas no interior dos capilares sanguíneos, baixo nível fora) se opõe a este movimento. As proteínas conseguem, no entanto, se mover facilmente através dos capilares linfáticos, que são mais permeáveis à linfa. Toda a linfa retorna à corrente sanguínea por meio do ducto torácico e ducto linfático direito. Fluxo da Linfa Capilares sanguíneos (sangue) Espaços intersticiais (líquido intersticial) Capilares linfáticos (linfa) Vasos linfáticos (linfa) Ductos linfáticos (linfa) Junção entre as veias jugular interna e subclávia (sangue) As mesmas duas “bombas” que ajudam no retorno do sangue venoso ao coração mantêm o fluxo de linfa. Bomba de músculo esquelético: A “ação de ordenha” das contrações do músculo esquelético (ver Figura 21.9) comprime os vasos linfáticos (assim como as veias) e força a linfa em direção à junção entre as veias jugular interna e subclávia. Bomba respiratória: O fluxo de linfa é também mantido pelas alterações de pressão que ocorrem durante a inspiração. A linfa flui da região abdominal, onde a pressão é maior, para a região torácica, onde ela é mais baixa. Quando as pressões se invertem durante a expiração, as válvulas nos vasos linfáticos evitam o refluxo da linfa. Órgãos e Tecidos Linfáticos Órgãos Linfáticos Primários: são os locais em que as células-tronco se dividem e se tornam imunocompetentes, isto é, capazes de elaborar uma resposta imune. Timo; Medula óssea. Órgãos Linfáticos Secundários: são os locais em que ocorre a maior parte das respostas imunes. Linfonodos; Baço; Nódulos Linfáticos (não são considerados órgãos). Timo Órgão bilobado localizado no mediastino entre o esterno e a aorta; Uma camada envolventede tecido conjuntivo mantém os dois lobos unidos, mas separados por uma cápsula de tecido conjuntivo; Extensões da cápsula, chamadas trabéculas, penetram internamente e dividem cada lobo em lobos do timo; Cada lobo do timo consiste em um córtex externo de coloração escura e uma medula central de coloração mais clara; Córtex do Timo: Composto por uma grande quantidade de linfócitos T e células dendríticas dispersas, células epiteliais e macrófagos. Linfócitos T imaturos (células pré-T) migram da medula óssea para o córtex do timo, onde se proliferam e começam a maturar. Células dendríticas, que são derivadas dos monócitos auxiliam no processo de maturação. Células epiteliais ajudam a “educar” as células pré-T em um processo conhecido como seleção positiva. E produzem hormônios do timo que, acredita-se que auxiliem na maturação dos linfócitos T. Medula do Timo: Consiste em linfócitos T mais maduros e amplamente dispersos, células epiteliais, células dendríticas e macrófagos. O timo é mais bem desenvolvido em crianças. Depois da puberdade, o tecido adiposo e conjuntivo areolar começa a substituir o tecido do timo, reduzindo sua capacidade funcional até a atrofia, que acontece na 3ª idade. Linfonodos: Estão espalhados por todo o corpo, tanto superficial quanto profundamente, e geralmente ocorrem em grupos; Grandes grupos de linfonodos estão presentes perto das glândulas mamárias e nas axilas e virilha. São cobertos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso que se estende até o linfonodo; As extensões capsulares, chamadas trabéculas, dividem o linfonodo em compartimentos, fornecem suporte e proporcionam uma via para os vasos sanguíneos até o interior de um linfonodo. O parênquima (parte funcional) de um linfonodo é dividido em um córtex superficial e em uma medula profunda. O córtex é constituído por um córtex externo e um córtex interno. Externo: em seu interior estão agregados de linfócitos B em forma de ovo, chamados de nódulos linfáticos(folículos). Será primário se for constituído principalmente de Linfócitos B. E será secundário se forem locais de formação de plasmócitos e linfócitos B de memória. Interno: não contêm linfonodos. Consiste principalmente em linfócitos T e células dendríticas que entram no linfonodo a partir de outros tecidos. Vasos Aferentes Penetram na face convexa do linfonodo em diversos pontos. Contêm válvulas que se abrem em direção ao centro do linfonodo, direcionando a linfa para dentro. Dos vasos linfáticos aferentes, a linfa flui para dentro do seio subescapular, imediatamente abaixo da cápsula. Daqui a linfa flui para os seios trabeculares Dos vasos linfáticos aferentes, a linfa flui para dentro do seio subcapsular, imediatamente abaixo da cápsula. Daqui a linfa flui para os seios trabeculares, que se estendem ao longo do córtex paralelamente às trabéculas, e para os seios medulares, que se estendem ao longo da medula. Dos vasos linfáticos aferentes, a linfa flui para dentro do seio subcapsular, imediatamente abaixo da cápsula. Vasos eferentes São mais largos e em menor quantidade do que os vasos aferentes. Contêm válvulas que se abrem para longe do centro do linfonodo para transportar a linfa, anticorpos secretados por plasmócitos e linfócitos T ativados para fora do linfonodo. Baço É uma estrutura oval, é a maior massa única de tecido linfático do corpo; A face superior do baço é lisa e convexa e se adapta à face côncava do diafragma; Polpa branca: composta por tecido linfático; Polpa vermelha: constituída por seios venosos cheios de sangue e cordões de tecido esplênico chamado cordões esplênicos ou cordões de Billroth. Nódulos Linfáticos São massas ovaladas de tecido linfático que não são cercadas por uma cápsula. A medula do timo consiste em linfócitos T mais maduros e amplamente dispersos, células epiteliais, células dendríticas e macrófago
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