Buscar

Sistema Linfático

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O sistema linfático consiste em um líquido chamado linfa, em 
vasos chamados vasos linfáticos que transportam a linfa, em 
diversas estruturas e órgãos que contêm tecido linfático 
(linfócitos dentro de um tecido de filtragem), e em medula 
óssea. 
O sistema linfático auxilia na circulação dos líquidos 
corporais e ajuda a proteger o corpo contra os agentes 
causadores de doenças. 
A maior parte dos componentes do plasma sanguíneo é 
filtrada pelas paredes dos capilares sanguíneos para formar 
o líquido intersticial. Depois de o líquido intersticial passar 
para os vasos linfáticos, é chamado de linfa. 
A principal diferença entre o líquido intersticial e a linfa é a 
sua localização: o líquido intersticial é encontrado entre as 
células, e a linfa está localizada nos vasos linfáticos e no 
tecido linfático. 
O tecido linfático é um tipo especializado de tecido 
conjuntivo reticular que contém numerosos linfócitos. 
Dois tipos de linfócitos participam das respostas imunes 
adaptativas: os linfócitos B e os linfócitos T. 
COMPONENTES DO SISTEMA LINFÁTICO 
É composto por linfa, vasos linfáticos, tecidos linfáticos e 
medula óssea. 
 
 
 
 
 
 
 
FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO 
O sistema linfático tem três funções principais: 
1. Drenar o excesso de líquido intersticial. Os vasos 
linfáticos drenam o excesso de líquido intersticial 
dos espaços teciduais e o devolvem ao sangue. Esta 
função conecta-o intimamente com o sistema 
circulatório. Na verdade, sem esta função, a 
manutenção do volume de sangue circulante não 
seria possível. 
2. Transportar lipídios oriundos da dieta. Os vasos 
linfáticos transportam lipídios e vitaminas 
lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema 
digestório. 
3. Desempenhar respostas imunes. O tecido linfático 
inicia respostas altamente específicas dirigidas 
contra microrganismos ou células anormais 
específicas. 
 
VASOS LINFÁTICOS E CIRCULAÇÃO DA LINFA 
Os vasos linfáticos começam como capilares linfáticos. Estes 
capilares, que estão localizados nos espaços entre as células, 
são fechados em uma das extremidades. 
Assim como os capilares sanguíneos convergem para formar 
vênulas e então veias, os capilares linfáticos se unem para 
formar vasos linfáticos maiores que se assemelham em 
estrutura a pequenas veias, mas têm paredes mais finas e mais 
válvulas. Em intervalos ao longo dos vasos linfáticos, a linfa 
flui pelos linfonodos, órgãos encapsulados em forma de feijão 
que consistem em massas de linfócitos B e linfócitos T. 
Na pele, os vasos linfáticos se encontram no tecido 
subcutâneo e geralmente acompanham as veias; os vasos 
linfáticos das vísceras geralmente acompanham as artérias, 
formando plexos em torno delas. Os tecidos que não 
apresentam capilares linfáticos incluem os tecidos 
avasculares (como a cartilagem, a epiderme e a córnea do 
olho), a parte central do sistema nervoso, partes do baço e a 
medula óssea. 
CAPILARES LINFÁTICOS 
 
 
Os capilares linfáticos têm maior permeabilidade do que os 
capilares sanguíneos e, assim, conseguem absorver moléculas 
grandes como as proteínas e os lipídios. 
Os capilares linfáticos também têm um diâmetro um pouco 
maior do que os capilares sanguíneos e têm uma estrutura 
unidirecional que possibilita que o líquido intersticial flua 
para dentro, mas não para fora. As extremidades das células 
endoteliais que formam a parede de um capilar linfático se 
sobrepõem 
Quando a pressão é maior no líquido intersticial do que na 
linfa, as células se separam discretamente, como a abertura 
de uma porta de mola de sentido único, e o líquido intersticial 
entra no capilar linfático. 
Quando a pressão é maior no interior do capilar linfático, as 
células aderem mais entre si e a linfa não consegue retornar 
ao líquido intersticial. A pressão é aliviada conforme a linfa 
se move adiante pelo capilar linfático. Ligado aos capilares 
linfáticos estão os filamentos de ancoragem, que contêm 
fibras elásticas. Eles se estendem para fora do capilar 
linfático, anexando as células endoteliais linfáticas aos 
tecidos circundantes. 
Quando o excesso de líquido intersticial se acumula e causa 
edema do tecido, os filamentos de ancoragem são puxados, 
tornando ainda maiores as aberturas entre as células para 
que mais líquido possa fluir para o capilar linfático. 
No intestino delgado, capilares linfáticos especializados 
chamados lactíferos carregam lipídios oriundos da dieta 
para os vasos linfáticos e, por fim, para o sangue. Esses lipídios 
conferem à linfa drenada do intestino delgado uma 
aparência branca cremosa; essa linfa é chamada de quilo. Em 
outros lugares, a linfa é um líquido claro, amarelo-pálido. 
TRONCOS E DUCTOS LINFÁTICOS 
Como você já viu, a linfa passa dos capilares linfáticos para os 
vasos linfáticos e, em seguida, pelos linfonodos. 
Quando os vasos linfáticos saem dos linfonodos em uma dada 
região do corpo, eles se unem para formar troncos linfáticos. 
Os principais troncos são os troncos lombar, intestinal, 
broncomediastinal, subclávio e jugular. 
Os troncos lombares drenam linfa dos membros inferiores, da 
parede e vísceras da pelve, dos rins, das glândulas 
suprarrenais e da parede abdominal. O tronco intestinal 
drena a linfa do estômago, intestinos, pâncreas, baço e parte 
do fígado. Os troncos broncomediastinais drenam a linfa da 
parede torácica, pulmão e coração. Os troncos subclávios 
drenam os membros superiores. Os troncos jugulares drenam 
a cabeça e o pescoço. 
Funções: 
1. Drenar o excesso de líquido intersticial. 
2. Transportar lipídios da dieta do sistema digestório 
para o sangue. 
3. Proteger contra a invasão por meio das respostas 
imunes. 
 
 
LINFA 
A linfa passa dos troncos linfáticos para dois canais 
principais, o ducto torácico e o ducto linfático direito, e então 
drena para o sangue venoso. O ducto torácico (linfático 
esquerdo) tem aproximadamente 38 a 45 cm de 
comprimento e começa como uma dilatação chamada de 
cisterna do quilo anterior à vértebra L II. O ducto torácico é o 
principal ducto para o retorno da linfa ao sangue. A cisterna 
do quilo recebe a linfa dos troncos lombar direito e lombar 
esquerdo e do tronco intestinal. 
No pescoço, o ducto torácico também recebe a linfa dos 
troncos jugular esquerdo, subclávio esquerdo e 
broncomediastinal esquerdo. Portanto, o ducto torácico 
recebe a linfa do lado esquerdo da cabeça, do pescoço, do 
tórax, do membro superior esquerdo e de todo o corpo abaixo 
das costelas 
O ducto torácico por sua vez drena a linfa para o sangue 
venoso na junção das veias jugular interna esquerda e 
subclávia esquerda. 
O ducto linfático direito tem aproximadamente 1,2 cm de 
comprimento e recebe a linfa dos troncos jugular direito, 
subclávio direito e broncomediastinal direito. Assim, o ducto 
linfático direito recebe a linfa do lado superior direito do 
corpo. 
A partir do ducto linfático direito, a linfa drena para o sangue 
venoso na junção entre as veias jugular interna direita e 
subclávia direita. 
FORMAÇÃO E FLUXO DA LINFA 
A maior parte dos componentes do plasma sanguíneo, como 
nutrientes, gases e hormônios, atravessam livremente as 
paredes dos capilares para formar o líquido intersticial, mas 
um volume maior de líquido sai dos capilares sanguíneos do 
que retorna a eles por reabsorção. 
O excesso de líquido filtrado – aproximadamente 3 ℓ/dia – 
drena para os vasos linfáticos e se torna a linfa. Como a maior 
parte das proteínas plasmáticas é muito grande para sair dos 
vasos sanguíneos, o líquido intersticial contém apenas uma 
pequena quantidade de proteína. As proteínas que saem do 
plasma sanguíneo não conseguem retornar ao sangue por 
difusão, porque o gradiente de concentração (alto nível de 
proteínas no interior dos capilares sanguíneos, baixo nível 
fora) se opõe a este movimento. As proteínas conseguem, no 
entanto, se mover facilmente atravésdos capilares linfáticos, 
que são mais permeáveis à linfa. Assim, uma importante 
função dos vasos linfáticos é devolver as proteínas 
plasmáticas perdidas e o plasma à corrente sanguínea. 
Como as veias, os vasos linfáticos contêm válvulas, que 
asseguram a circulação linfática unidirecional. Como já 
mencionado, a linfa drena para o sangue venoso pelo ducto 
linfático direito e pelo ducto torácico na junção entre as veias 
jugular interna e subclávia. Assim, a sequência de fluxo de 
líquido é dos capilares sanguíneos (sangue) → espaços 
intersticiais (líquido intersticial) → capilares linfáticos 
(linfa) → vasos linfáticos (linfa) → ductos linfáticos (linfa) → 
junção entre as veias jugular interna e subclávia (sangue). 
As mesmas duas “bombas” que ajudam no retorno do sangue 
venoso ao coração mantêm o fluxo de linfa. 
 
A. Bomba de músculo esquelético. A “ação de 
ordenha” das contrações do músculo esquelético 
comprime os vasos linfáticos (assim como as veias) e 
força a linfa em direção à junção entre as veias 
jugular interna e subclávia. 
B. 
C. Bomba respiratória. O fluxo de linfa é também 
mantido pelas alterações de pressão que ocorrem 
durante a inspiração. A linfa flui da região 
abdominal, onde a pressão é maior, para a região 
torácica, onde ela é mais baixa. Quando as pressões 
se invertem durante a expiração, as válvulas nos 
vasos linfáticos evitam o refluxo da linfa. Além disso, 
quando um vaso linfático se distende, o músculo liso 
de suas paredes se contrai, o que ajuda a mover linfa 
de um segmento do vaso para o seguinte. 
 
VIAS DE DRENAGEM DA LINFA 
 
 
A sequência do fluxo de líquido é dos capilares sanguíneos 
(sangue) → espaços intersticiais (líquido intersticial) → 
capilares linfáticos (linfa) → vasos linfáticos (linfa) → ductos 
linfáticos (linfa) → junção entre as veias jugular interna e 
subclávia (sangue). 
 
 
ÓRGÃOS E TECIDOS LINFÁTICOS 
Os órgãos e tecidos linfáticos amplamente distribuídos são 
classificados em dois grupos, de acordo com suas funções. 
Os órgãos linfáticos primários são os locais em que as células-
tronco se dividem e se tornam imunocompetentes, isto é, 
capazes de elaborar uma resposta imune. Os órgãos linfáticos 
primários são a medula óssea (dos ossos chatos e epífises de 
ossos longos nos adultos) e o timo. As células-tronco 
pluripotentes da medula óssea dão origem a linfócitos B 
maduros e imunocompetentes, e a células pré-T. 
 As células pré-T por sua vez migram para o timo, onde se 
transformam em linfócitos T imunocompetentes. Os órgãos e 
tecidos linfáticos secundários são os locais em que ocorre a 
maior parte das respostas imunes. Eles incluem os linfonodos, 
o baço e os nódulos linfáticos (folículos). 
O timo, os linfonodos e o baço são considerados órgãos porque 
são circundados por uma cápsula de tecido conjuntivo; os 
nódulos linfáticos, por outro lado, não são considerados 
órgãos, porque carecem de uma cápsula. 
O timo é um órgão bilobado localizado no mediastino entre o 
esterno e a aorta. Uma camada envolvente de tecido 
conjuntivo mantém os dois lobos unidos, mas separados por 
uma cápsula de tecido conjuntivo. Extensões da cápsula, 
chamadas trabéculas, penetram internamente e dividem 
cada lobo em lobos do timo. 
Cada lobo do timo consiste em um córtex externo de 
coloração escura e uma medula central de coloração mais 
clara. 
O córtex do timo é composto por uma grande quantidade de 
linfócitos T e células dendríticas dispersas, células epiteliais 
e macrófagos. 
A função do timo é produzir e maturar os linfócitos T. 
Os linfócitos T imaturos (células pré-T) migram da medula 
óssea para o córtex do timo, onde se proliferam e começam a 
maturar. 
As células dendríticas, que são derivadas dos monócitos (e 
assim chamadas porque eles têm longas projeções 
ramificadas que lembram os dendritos de um neurônio), 
auxiliam no processo de maturação. 
Cada uma das células epiteliais especializadas no córtex tem 
vários processos longos que cercam e servem como estrutura 
para aproximadamente 50 linfócitos T. Estas células 
epiteliais ajudam a “educar” as células pré-T em um processo 
conhecido como seleção positiva. 
Além disso, produzem hormônios do timo que, acredita-se, 
auxiliem na maturação dos linfócitos T. Apenas 
aproximadamente 2% dos linfócitos T em desenvolvimento 
sobrevivem no córtex. Os linfócitos restantes morrem por 
apoptose (morte celular programada). Os macrófagos do 
timo ajudam a remover os detritos de células mortas e 
morrendo. Os linfócitos T sobreviventes entram na medula. 
A medula do timo consiste em linfócitos T mais maduros e 
amplamente dispersos, células epiteliais, células dendríticas 
e macrófagos . 
Algumas das células epiteliais se dispõem em camadas 
concêntricas de células planas que degeneram e ficam cheias 
de grânulos de querato-hialina e queratina. 
Estes agrupamentos são chamados corpúsculos tímicos. 
Embora seu papel seja incerto, eles podem servir como locais 
de linfócitos T mortos na medula. Os linfócitos T que saem do 
timo pelo sangue migram para os linfonodos, baço e outros 
tecidos linfáticos, onde colonizam partes destes órgãos e 
tecidos. 
Em razão do seu elevado conteúdo de tecido linfático e do 
rico suprimento sanguíneo, o timo tem um aspecto 
avermelhado em um organismo vivo. Com a idade, no 
entanto, infiltrações de tecido adiposo substituem o tecido 
linfático e o timo assume cada vez mais uma cor amarelada 
pela invasão de gordura, dando a falsa impressão de um 
tamanho reduzido. Contudo, o tamanho real do timo, definido 
pela sua cápsula de tecido conjuntivo, não se altera. 
Em recém-nascidos, o timo tem massa de aproximadamente 
70 g. É depois da puberdade que o tecido adiposo e 
conjuntivo areolar começa a substituir o tecido do timo. No 
momento em que a pessoa alcança a maturidade, a parte 
funcional da glândula está consideravelmente reduzida; na 
terceira idade, a parte funcional pode pesar apenas 3 g. 
Antes de o timo atrofiar, ele povoa os órgãos e tecidos 
linfáticos secundários com linfócitos T. 
Localizados ao longo dos vasos linfáticos estão 
aproximadamente 600 linfonodos em forma de feijão. Eles 
estão espalhados por todo o corpo, tanto superficial quanto 
profundamente, e geralmente ocorrem em grupos. 
Grandes grupos de linfonodos estão presentes perto das 
glândulas mamárias e nas axilas e virilha. 
Os linfonodos medem de 1 a 25 mm de comprimento. Como o 
timo, são cobertos por uma cápsula de tecido conjuntivo 
denso que se estende até o linfonodo . 
As extensões capsulares, chamadas trabéculas, dividem o 
linfonodo em compartimentos, fornecem suporte e 
proporcionam uma via para os vasos sanguíneos até o interior 
de um linfonodo. Internamente à cápsula está uma rede de 
apoio de fibras reticulares e fibroblastos. A cápsula, as 
trabéculas, as fibras reticulares e os fibroblastos constituem o 
estroma (estrutura de apoio do tecido conjuntivo) de um 
linfonodo. 
 
 
 
 
 
Diferentemente do timo, não há corpúsculo de hass. O 
parênquima (parte funcional) de um linfonodo é dividido em 
um córtex superficial e em uma medula profunda. O córtex é 
constituído por um córtex externo e um córtex interno. 
Dentro do córtex externo estão agregados de linfócitos B em 
forma de ovo chamados de nódulos linfáticos (folículos). 
Um nódulo linfático que consiste principalmente em 
linfócitos B é chamado de nódulo linfático primário. A maior 
parte dos nódulos linfáticos no córtex externo são nódulos 
linfáticos secundários, que se formam em resposta a um 
antígeno (uma substância estranha) e são locais de formação 
de plasmócitos e linfócitos B de memória. 
Depois que os linfócitos B em um nódulo linfático primário 
reconhecem um antígeno, o nódulo linfático primário se 
desenvolve em um nódulo linfático secundário. O centro de 
um nódulo linfático secundário contém uma região de 
células decoloração clara chamada centro germinativo. No 
centro germinativo estão linfócitos B, células dendríticas 
foliculares (um tipo especial de célula dendrítica) e 
macrófagos. Quando as células dendríticas foliculares 
“apresentam” um antígeno (descrito posteriormente neste 
capítulo), os linfócitos B proliferam e se tornam plasmócitos 
produtores de anticorpos ou linfócitos B de memória. Os 
linfócitos B de memória persistem após uma resposta imune 
inicial e se “lembram” de ter encontrado um antígeno 
específico. Os linfócitos B que não se desenvolvem 
corretamente sofrem apoptose (morte celular programada) e 
são destruídos por macrófagos. A região de um nódulo 
linfático secundário em torno do centro germinativo é 
constituída por densos acúmulos de linfócitos B que 
migraram de seus locais de origem no interior do nódulo. 
O córtex interno não contém linfonodos. Ele consiste 
principalmente em linfócitos T e células dendríticas que 
entram no linfonodo a partir de outros tecidos. As células 
dendríticas apresentam os antígenos aos linfócitos T, levando 
à sua proliferação. Os linfócitos T recentemente formados 
então migram do linfonodo para áreas do corpo em que há 
atividade antigênica. 
A medula de um linfonodo contém linfócitos B, plasmócitos 
produtores de anticorpos que migraram do córtex para a 
medula, e macrófagos. As várias células são incorporadas em 
uma rede de fibras reticulares e células reticulares. 
A linfa flui em um linfonodo de forma unidirecional. 
Ela entra por meio de vários vasos linfáticos aferentes que 
penetram na face convexa do linfonodo em diversos pontos. 
Os vasos aferentes contêm válvulas que se abrem em direção 
ao centro do linfonodo, direcionando a linfa para dentro. 
Dentro do linfonodo, a linfa entra nos seios, uma série de 
canais irregulares que contêm ramificações de fibras 
reticulares, linfócitos e macrófagos. Dos vasos linfáticos 
aferentes, a linfa flui para dentro do seio subcapsular, 
imediatamente abaixo da cápsula. 
Daqui a linfa flui para os seios trabeculares, que se estendem 
ao longo do córtex paralelamente às trabéculas, e para os 
seios medulares, que se estendem ao longo da medula. Os 
seios medulares drenam para um ou dois vasos linfáticos 
eferentes, que são mais largos e em menor quantidade do que 
os vasos aferentes. 
Eles contêm válvulas que se abrem para longe do centro do 
linfonodo para transportar a linfa, anticorpos secretados por 
plasmócitos e linfócitos T ativados para fora do linfonodo. Os 
vasos linfáticos eferentes emergem de um lado do linfonodo 
em uma leve depressão chamada de hilo. Os vasos 
sanguíneos também entram e saem do linfonodo pelo hilo. 
Os linfonodos funcionam como uma espécie de filtro. 
Conforme a linfa entra uma extremidade de um linfonodo, as 
substâncias estranhas são “capturadas” pelas fibras 
reticulares nos seios do linfonodo. Em seguida, os macrófagos 
destroem algumas substâncias estranhas por fagocitose, 
enquanto os linfócitos destroem outras por meio da resposta 
imune. 
 A linfa filtrada então sai pela outra extremidade do 
linfonodo. 
Como há muitos vasos linfáticos aferentes que trazem linfa 
para o linfonodo e apenas um ou dois vasos linfáticos 
eferentes que transportam a linfa do linfonodo, o fluxo lento 
da linfa dentro dos linfonodos possibilita tempo adicional 
para a linfa ser filtrada. Além disso, toda a linfa flui por 
múltiplos linfonodos em seu trajeto pelos vasos linfáticos. Isto 
a expõe a múltiplos eventos de filtragem antes que ela 
retorne ao sangue 
O baço, uma estrutura oval, é a maior massa única de tecido 
linfático do corpo, tendo aproximadamente 12 cm de 
comprimento. 
Atua como “esponja” para a filtração do sangue e atua na 
retenção de células mortas. 
Está localizado na região do hipocôndrio esquerdo, entre o 
estômago e o diafragma. 
A face superior do baço é lisa e convexa e se adapta à face 
côncava do diafragma. Os órgãos vizinhos fazem endentações 
na face visceral do baço – a impressão gástrica (estômago), a 
impressão renal (rim esquerdo) e a impressão cólica (flexura 
esquerda do colo). Como os linfonodos, o baço tem um hilo. 
Através dele passam a artéria esplênica, a veia esplênica e os 
vasos linfáticos eferentes. 
Uma cápsula de tecido conjuntivo denso envolve o baço e por 
sua vez é recoberta por uma túnica serosa, o peritônio visceral. 
Trabéculas se estendem internamente a partir da cápsula. 
 A cápsula mais as trabéculas, fibras reticulares e fibroblastos 
constituem o estroma do baço; o parênquima do baço é 
composto por dois tipos diferentes de tecido chamados de 
polpa branca e polpa vermelha. 
A polpa branca é composta por tecido linfático, que consiste 
principalmente em linfócitos e macrófagos dispostos em 
torno de ramos da artéria esplênica chamados de artérias 
centrais. 
A polpa vermelha é constituída por seios venosos cheios de 
sangue e cordões de tecido esplênico chamado cordões 
esplênicos ou cordões de Billroth. Os cordões esplênicos são 
constituídos por eritrócitos, macrófagos, linfócitos, 
plasmócitos e granulócitos. As veias estão intimamente 
associadas à polpa vermelha. 
O sangue que flui para o baço através da artéria esplênica 
entra nas artérias centrais da polpa branca. Na polpa branca, 
os linfócitos B e os linfócitos T desempenham funções 
imunológicas, semelhantemente ao que ocorre nos 
linfonodos, enquanto os macrófagos do baço destroem 
agentes patogênicos que estão no sangue por fagocitose. 
Dentro da polpa vermelha, o baço desempenha três funções 
relacionadas com as células de sangue: (1) remoção de células 
do sangue e plaquetas que estejam rompidas, desgastadas ou 
defeituosas pelos macrófagos; (2) armazenamento de até um 
terço do suprimento de plaquetas do organismo; e (3) 
produção de células sanguíneas (hematopoese) durante a 
vida fetal. 
O sangue que flui para o baço através da artéria esplênica 
entra nas artérias centrais da polpa branca. Na polpa branca, 
os linfócitos B e os linfócitos T desempenham funções 
imunológicas, semelhantemente ao que ocorre nos 
linfonodos, enquanto os macrófagos do baço destroem 
agentes patogênicos que estão no sangue por fagocitose. 
Dentro da polpa vermelha, o baço desempenha três funções 
relacionadas com as células de sangue: (1) remoção de células 
do sangue e plaquetas que estejam rompidas, desgastadas ou 
defeituosas pelos macrófagos; (2) armazenamento de até um 
terço do suprimento de plaquetas do organismo; e (3) 
produção de células sanguíneas (hematopoese) durante a 
vida fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINFÓCITOS 
Tanto os linfócitos T quanto os linfócitos B são formados na 
medula óssea. 
Os linfócitos T são assim chamados porque migram para a 
glândula timo para amadurecer, enquanto os linfócitos B 
amadurecem na medula óssea. 
A resposta imunológica dos linfócitos T não envolve 
anticorpos. Eles podem atacar e destruir diretamente 
patógenos ou estimular a resposta imune de outras células 
(incluindo os linfócitos B, que secretam anticorpos) 
O córtex do linfonodo pode ser ainda dividido em segmentos 
internos e externos. O córtex interno contém muitos linfócitos 
T, e o córtex externo contém muitos linfócitos B. 
Linfócito b 
Contido no córtex externo do gânglio linfático; 
Forma e maturação na medula óssea; 
Anticorpos secretos; 
Os linfócitos B originam-se das células-tronco 
hematopoiéticas. Adesões interativas de células B com o 
estroma da medula óssea, que é constituído por células não 
linfoides que formam o arcabouço ou matriz da medula, e as 
ações de citocinas fornecem sinais que promovem a 
sobrevivência e aumento da proliferação das células iniciais 
da linhagem B. 
Linfócito t 
Contido no córtex interno do gânglio linfático; 
Forma na medula óssea e amadurece no timo; 
Resposta imune não envolve anticorpos. 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
 
OBSTRUÇÃOLINFÁTICA 
O edema pode ser resultado de obstrução linfática que 
compromete a reabsorção de fluidos dos espaços intersticiais. 
A drenagem linfática prejudicada e o consequente 
linfedema normalmente resultam de uma obstrução 
localizada causada por uma condição inflamatória ou 
neoplásica 
Edema é o resultado do movimento de fluido da vasculatura 
para dentro do espaço intersticial; o fluido pode ser pobre em 
proteínas (transudato) ou rico em proteínas (exsudato). 
• O edema pode ser causado por: 
• Aumento da pressão hidrostática (p. ex., insuficiência 
cardíaca) 
• Aumento da permeabilidade vascular (p. ex., 
inflamação) 
Redução da pressão coloidosmótica que resulta em 
diminuição da albumina plasmática por: 
• Redução na síntese (p. ex., doença hepática, 
desnutrição proteica) 
• Aumento da perda (p. ex., síndrome nefrótica) 
• Obstrução linfática (p. ex., inflamação ou neoplasia) 
• Retenção de sódio (p. ex., insuficiência renal). 
 
ATIVIDADES ROTEIRO 
1. Qual a função do sistema linfático: 
 
A. Drenar o excesso de líquido intersticial. Os vasos 
linfáticos drenam o excesso de líquido intersticial 
dos espaços teciduais e o devolvem ao sangue. Esta 
função conecta-o intimamente com o sistema 
circulatório. Na verdade, sem esta função, a 
manutenção do volume de sangue circulante não 
seria possível. 
 
B. Transportar lipídios oriundos da dieta. Os vasos 
linfáticos transportam lipídios e vitaminas 
lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidas pelo sistema 
digestório. 
 
C. Desempenhar respostas imunes. O tecido linfático 
inicia respostas altamente específicas dirigidas 
contra microrganismos ou células anormais 
específicas. 
 
 
2. Como os vasos linfáticos se originam nos tecidos? 
Como é sua estrutura tecidual? 
Os vasos linfáticos começam como capilares 
linfáticos. 
 O Sistema Linfático é essencialmente um sistema 
de drenagem e não há nenhuma circulação. Os 
vasos linfáticos são encontrados na maioria dos 
tecidos e órgãos do corpo, mas estão ausentes no 
sistema nervoso central, no globo ocular, no ouvido 
interno, na epiderme, na cartilagem e no osso. 
Os vasos linfáticos apresentam três camadas 
semelhantes às das pequenas veias, mas o lúmen é 
maior. A túnica íntima consiste em um endotélio e 
uma fina camada subendotelial de tecido 
conjuntivo. A túnica média contém algumas poucas 
células musculares lisas em uma disposição 
concêntrica separadas por fibras colágenas. A 
túnica adventícia é formada por tecido conjuntivo 
frouxo com fibras colágenas e elásticas. 
 
3. Defina LINFA 
A linfa é um fluido alcalino que se origina como fluido 
intersticial em seu corpo, é composta por proteínas e 
lipídeos. Não passa macromoléculas e célula vermelha, por 
isso seu conteúdo proteico é menor, o que a diferencia do 
plasma sanguíneo. 
A maior parte dos componentes do plasma sanguíneo, 
como nutrientes, gases e hormônios, atravessam 
livremente as paredes dos capilares para formar o 
líquido intersticial 
 
Assim, a sequência de fluxo de líquido é dos capilares 
sanguíneos (sangue) → espaços intersticiais (líquido 
intersticial) → capilares linfáticos (linfa) → vasos 
linfáticos (linfa) → ductos linfáticos (linfa) → junção 
entre as veias jugular interna e subclávia (sangue). 
 
LESÃO CELULAR 
Quando as células encontram um estresse fisiológico (como 
sobrecarga no débito cardíaco) ou condições potencialmente 
prejudiciais (como privação de nutrientes), elas podem sofrer 
uma adaptação, alcançando um novo estado estacionário e 
preservando a viabilidade e a função. Se a capacidade de 
adaptação (hipertrofia, atrofia, hiperplasia, metaplasia) for 
excedida ou se o estresse externo for inerentemente 
prejudicial ou excessivo, há o desenvolvimento de uma lesão 
celular. 
A lesão celular pode ser reversível ou irreversível. 
Reversível: degeneração por acúmulos: gordurosa, líquida, 
proteica e de carboidrato. Há a capacidade de adaptação. 
Irreversível: Necrose/apoptose 
A célula quando tem lesão, passa por uma tumefação. 
COMENTÁRIOS AULA: 
Há uma relação entre o capilar sanguíneo, o capilar 
intersticial e o capilar linfático. 
O capilar possui uma estrutura endotelial fenestrada, o que 
permite a troca com o meio. Há pressão hidrostática e fluido 
osmótica, que geram um gradiente guiando a passagem do 
fluido do capilar para o interstício. Não ocorre a passagem de 
macromoléculas. 
Capilar linfático funciona como uma comporta, pois as 
células do endotélio estão sobrepostas. Isso garante um fluxo 
unidirecional, diferente do capilar sanguíneo que é 
bidirecional. 
LINFA 
Não ter fluxo bidirecional, gera uma pressão que envia em 
sentido venoso. 
Há duas bombas, além da própria musculatura (ao redor dos 
capilares), que auxiliam na pressão. Bomba muscular 
esquelética e bomba respiratória. Ao inspirar, a pressão 
intratoráxica diminui gerando fluxo de pressão nos membros 
e nos vasos, auxiliando uma sucção. 
Na gestante, a pressão da barriga da grávida aumenta, o que 
leva ao desenvolvimento de edema. 
LINFONODOS 
Há vários vasos linf. Aferentes até sua estrutura, e há um 
ramo eferente. 
Há uma parte convexa e uma côncava. 
A linfa conecta o líquida, passa por dentro dos linfonodos. 
Seio medular: onde passa a linfa 
Cordão medular: Onde estão as células

Continue navegando