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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Biomedicina DISCIPLINA: Fluidos Corporais NOME DO ALUNO: Larissa Cavachini Brandt R.A: 2149695 POLO: Unip - Sorocaba/SP (Éden) DATA: 03/09/2022 INTRODUÇÃO Aula 1, roteiro 1 - Coleta e Processamento de Urina: O objetivo dessa aula foi rever os conceitos de assepsia e antissepsia na coleta de amostras de urina. Soubermos processar o material biológico de forma adequada e identificamos os principais elementos urinários. Como por exemplo células epiteliais, cristais. Aula 1, roteiro 2 - Urinálise (exame físico e químico): O objetivo dessa aula foi avaliar o exame físico-químico de amostra de urina. Aula 2, roteiro 1 - Urinálise (sedimentoscopia com lâmina e lamínula): O objetivo dessa aula foi avaliar o sedimento urinário e os elementos figurados na urina. Aula 2, roteiro 2 - Urinálise (sedimentoscopia com câmara de Neubauer) – método de Addis: O método de Addis permite o exame quantitativo do sedimento urinário em condições padronizadas, utilizando o volume exato da urina coletada em 12 horas. Então o objetivo dessa aula foi aprendermos a importância de acompanhar a evolução das afecções renais, particularmente nas glomerulonefrites, em que as contagens têm valor prognóstico. RESULTADOS E DISCUSSÕES Aula 1, roteiro 1 Materiais utilizados: 1 Frasco de coleta universal para urina (contendo 20mL de água); 1 Frasco de coleta universal para urina (contendo 20mL de água, mais 4mL de sangue humano); 1 Frasco de coleta universal para urina (contendo 20mL de água acrescido de 10-15 gotas de corante vermelho); 1 Frasco de coleta universal para urina (contendo 20mL de urina verdadeira); 1 Centrífuga; 4 Tubos cônicos de plástico para centrifugação; 1 Estante; 4 Lâminas de vidro; 4 Lamínulas de vidro; 1 Micropipeta de 10-100 microlitros; 4 Ponteiras de plástico; 1 Microscópio. Separamos 4 frascos de coleta universal para urina e identificamos cada um com uma letra, sendo: A, B, C e D. No frasco A continha 20mL de água; No frasco B continha 20mL de água, mais 4mL de sangue humano; No frasco C continha 20mL de água acrescido de 10-15 gotas de corante vermelho; E no frasco D continha 20mL de urina verdadeira. Uma integrante do nosso grupo realizou a coleta da própria urina no frasco de coleta universal para fazermos essa analise. Logo em seguida, transferimos 10mL de cada frasco para 1 tudo cônico e mergulhamos uma fita reagente. Na sequência, procedemos com a leitura. Fatores químicos através da fita reagente: Frasco A Leucócitos: Negativo Densidade: 1000 pH: 6 Glicose: Negativo Cetona: Negativo Nitrito: Negativo Proteína: Negativo Bilirrubina: Negativo Urobilinogênio: Normal Sangue: Negativo Frasco B Leucócitos: Negativo Densidade: 1000 pH: 6 Glicose: Negativo Cetona: Negativo Nitrito: Negativo Proteína: 30 Bilirrubina: + Urobilinogênio: Normal Sangue: Ca 250 Frasco C Leucócitos: Ca 25 Densidade: 1000 pH: 6.5 Glicose: Negativo Cetona: Negativo Nitrito: Positivo Proteína: Negativo Bilirrubina: Negativo Urobilinogênio: Normal Sangue: Negativo Frasco D Leucócitos: Negativo Densidade: 1020 pH: 5 Glicose: Negativo Cetona: Negativo Nitrito: Negativo Proteína: + Bilirrubina: Negativo Urobilinogênio: Normal Sangue: Negativo Após a leitura da fita, procedemos com a centrifugação dos tubos cônicos de 1500-2000 rpm por 5 minutos. Logo em seguida, desprezamos o sobrenadante e ressuspender o sedimento. Com o auxílio da micropipeta transferimos 20 microlitros do sedimento para a lâmina de vidro e cobrimos com lamínula. Logo em seguida analisamos os elementos no microscópio com a objetiva de 40x. E identificamos os sedimentos presentes. Lâmina A: Não foi encontrado sedimento. Lâmina B: Foi encontrado cristais de bilirrubina. Lâmina C: Não foi encontrado sedimento. Lâmina D: Foi encontrado cilindros hialinos e células epiteliais. A presença de células epiteliais na urina é normal. São as próprias células do trato urinário que descamam. Elas só têm valor quando se agrupam em forma de cilindro, recebendo o nome de cilindros epiteliais. Cilindros hialinos: não indicam doença, mas podem ser um sinal de desidratação. A presença de cristais não indica uma maior propensão à formação de cálculos renais. Mas é importante destacar que, em alguns casos, a presença de determinados cristais pode ser um sinal para alguma doença. Cristais de bilirrubina – costumam indicar doença do fígado. Aula 1, roteiro 2 Materiais utilizados 1 Frasco de coleta universal para urina (contendo 20mL de urina verdadeira); 1 Fita reagente. Exame físico: Transferimos 10mL da urina de uma colega do grupo para um tubo cônico de plástico transparente. Avaliamos visualmente, colocando o tubo contra a luz e anotamos os achados referentes à cor, ao aspecto e ao depósito. Cor: Amarelo claro. Aspecto: Límpido. Depósito: Foi encontrado cilindros hialinos e células epiteliais. Manual de Estágio Exame químico: Mergulhamos rapidamente a tira reagente na urina por 2 segundos, de modo que todas as áreas reagentes foram imersas quase que simultaneamente. Retiramos a tira, deslizando pela borda do tubo para remover o excesso de urina dela. Mantivemos a tira na posição horizontal para evitar que ela se misturasse com produtos químicos de áreas adjacentes. Realizamos a leitura em 60 segundos e entre 60 e 120 segundos para leucócitos. Comparamos os resultados obtidos nas áreas reagentes com a tabela de referência contida no rótulo do frasco (não realizamos a leitura após 120 segundos). Tira reagente: A reação é enzimática de ponto final. Se não for realizada no tempo correto, altera o resultado. Esterases de leucócitos: avaliação de processos infecciosos e inflamatórios do trato urinário (ITU). Pode ocorrer com ou sem bacteriuria. Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a +++ ou traços, pequena, moderada ou grande quantidade. Nitrito: avaliação de processos infecciosos do trato urinário (ITU). Valores de referência: negativo. Urobilinogênio: avaliação de distúrbios hepáticos e hemolíticos. Valores de referência: < 1 mg/dL. Quando positivo: mg/dL. Proteínas: proteinúria: indicador de doença renal. Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a ++++ ou mg/dL. pH: detecção de possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória. Valores de referência: 5,5 a 6,5. Sangue: detecção e avaliação das hematúrias. Valores de referência: negativo. Quan- Serviço Social do positivo: + a ++++ ou mg/dL. Traços, pequena, moderada ou grande quantidade. Densidade: avaliação da capacidade renal de reabsorção e concentração. Valores de referência: 1015 a 1025. Cetonas: avaliação de diabetes mellitus (cetoacidose), jejum prolongado. Valores de referência: negativo. Quando positivo: traços, pequena, moderada e grande quantidade. Bilirrubina: indicação precoce de hepatopatias. Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a +++ ou pequena, moderada ou grande quantidade. Glicose: avaliação de diabetes mellitus e distúrbios de reabsorção tubular. Valores de referência: negativo. Quando positivo: + a ++++ ou mg/dL. Resultado do exame químico (Fita reagente) Leucócitos: Negativo Densidade: 1020 pH: 5 Glicose: Negativo Cetona: Negativo Nitrito: Negativo Proteína: + Bilirrubina: Negativo Urobilinogênio: Normal Sangue: Negativo Aula 2, roteiro 1 e 2 Materiais utilizados: Frascos de coleta universalpara urina Câmara de Neubauer Lamínulas Tubos cônicos graduados Microscópio Metodologia de contagem em câmara de Neubauer: A câmara de Neubauer consiste de uma lâmina de vidro espessa e retangular, em que no centro da superfície superior encontramos áreas delimitadas, as quais são separadas do resto da lâmina por fossas e duas barras transversais elevadas, presentes em ambos os lados da área delimitada. A profundidade entre a superfície inferior da lamínula que se assenta sobre as barras transversais elevadas e a área delimitada é de 0,1 mm. A área delimitada é um quadrado de 3 mm de lado, dividido em 9 grandes quadrados cada um com 1 mm de lado. Cada quadrado grande possui 1 mm2 . No caso de contagem hematológica, os leucócitos são contados nos quatro quadrantes laterais e as hemácias no quadrante central. Na uroanálise, são utilizados os quatro quadrantes laterais para contar leucócitos, hemácias e células epiteliais, além da análise qualitativa de cristais, bactérias e outras estruturas que porventura possam aparecer. Contar as 5 zonas assinaladas e acrescentar 2 zeros no número de elementos contados. Procedimento: A professora transferiu 10 mL de urina para o tubo de centrífuga e ajustou a centrífuga para 3600 rpm por 5 minutos. Ao final desse período, ela desprezou o sobrenadante e ressuspendeu o pellet no volume de urina residual. Logo em seguida nós transferimos uma gota de urina não centrifugada e uma gota da urina centrifugada para uma câmara de Neubauer e nomeamos a urina não centrifugada com a letra A, e a urina centrifugada com a letra B, depois colocamos uma lamínula em cima das duas gotas, logo em seguida procedemos com a observação em microscópio, e a professora pediu para anotarmos a presença de cilindros, células (renais, pélvicas, vesicais e de descamação), hemácias, leucócitos, muco, espermatozoides, caso estejam presentes. Urina A: Não conseguimos identificar os sedimentos, pois, teve contaminação na lâmina, por isso não foi possível fazer a contagem. Urina B: Não conseguimos identificar os sedimentos, pois, teve contaminação na lâmina, por isso não foi possível fazer a contagem. Hemácias na urina – hematúria Assim como nas proteínas, a quantidade de hemácias (glóbulos vermelhos) na urina é desprezível e não consegue ser detectada pelo exame da fita. Mais uma vez, os resultados costumam ser fornecidos em cruzes. O normal é haver ausência de hemácias (hemoglobina). Como as hemácias são células, elas podem ser vistas com um microscópio. Desse modo, além do teste da fita, também podemos procurar por hemácias diretamente pelo exame microscópico, uma técnica chamada de sedimentoscopia. Pelo microscópio, consegue-se detectar qualquer presença de sangue, mesmo quantidades mínimas não detectadas pela fita. Nesse caso, os valores normais são descritos de duas maneiras: menos que 3 a 5 hemácias por campo ou menos que 10.000 células por mL. A presença de sangue na urina se chama hematúria e pode ocorrer por diversas doenças, tais como infecções, pedras nos rins e doenças renais graves (para saber mais detalhes sobre a hematúria, leia: Hematúria (urina com sangue)). Um resultado falso positivo pode acontecer nas mulheres que colhem urina enquanto estão no período menstrual. Nesse caso, o sangue detectado não vem da urina, mas sim do sangue ainda residual presente na vagina. Nos homens, a presença de sêmen na urina também pode provocar falso positivo. Uma vez detectada a hematúria, o próximo passo é avaliar a forma das hemácias em um exame chamado “pesquisa de dismorfismo eritrocitário”. As hemácias dismórficas são hemácias com morfologia alterada, comum em algumas doenças como a glomerulonefrite (leia: O que é uma glomerulonefrite?). É possível haver pequenas quantidades de hemácias dismórficas na urina sem que isso tenha relevância clínica. Apenas valores acima de 40 a 50% costumam ser considerados relevantes. Não é todo laboratório que possui gente capacitada para executar esse exame. Por isso, muitas vezes ele não é feito automaticamente. É preciso o médico solicitar especificamente essa avaliação. Leucócitos ou piócitos - Esterase leucocitária Os leucócitos, também chamados de piócitos, são os glóbulos brancos, nossas células de defesa. A presença de leucócitos na urina costuma indicar que há alguma inflamação nas vias urinárias. Em geral, sugere infecção urinária, mas pode estar presente em várias outras situações, como traumas, uso de substâncias irritantes ou qualquer outra inflamação não causada por um agente infeccioso. Podemos simplificar e dizer que leucócitos na urina significa pus na urina. Como também são células, os leucócitos podem ser contados na sedimentoscopia. Valores normais estão abaixo de 10.000 células por mL ou 5 células por campo. Alguns dipsticks apresentam um quadradinho para detecção de leucócitos, normalmente o resultado vem descrito como “esterase leucocitária”. O normal é estar negativo. Cristais Esse é talvez o resultado mais mal interpretado, tanto por pacientes como por alguns médicos. A presença de cristais na urina, principalmente de oxalato de cálcio, fosfato de cálcio ou uratos amorfos, não tem nenhuma importância clínica. Ao contrário do que se possa imaginar, a presença de cristais não indica uma maior propensão à formação de cálculos renais. Dito isso, é importante destacar que, em alguns casos, a presença de determinados cristais pode ser um sinal para alguma doença. Os cristais com relevância clínica são: Cristais de cistina – indicam uma doença chamada cistinúria. Cristais de magnésio-amônio-fosfato (chamado de cristais de estruvita ou cristais de fosfato triplo) – podem ser normais, mas também podem estar presentes em casos de urina muito alcalina provocada por infecção urinária pelas bactérias Proteus ou Klebsiella. Pacientes com cálculo renal por pedras de estruvita costumam ter esses cristais na urina. Cristais de tirosina – presentes em uma doença chamada tirosinemia. Cristais de bilirrubina – costumam indicar doença do fígado. Cristais de colesterol – costumam ser um sinal de perdas maciças de proteína na urina. A presença de cristais de ácido úrico, caso em grande quantidade, também deve ser valorizada, pois podem surgir em pacientes com gota ou neoplasias, como linfoma ou leucemia. Cristais de ácido úrico em pequena quantidade, porém, são comuns e não indicam nenhum problema. Células epiteliais e cilindros A presença de células epiteliais na urina é normal. São as próprias células do trato urinário que descamam. Elas só têm valor quando se agrupam em forma de cilindro, recebendo o nome de cilindros epiteliais. Como os túbulos renais são cilíndricos, toda vez que temos alguma substância (proteínas, células, sangue…) em grande quantidade na urina, elas se agrupam em forma de um cilindro. A presença de cilindros indica que essa substância veio dos túbulos renais e não de outros pontos do trato urinário como bexiga, ureter, próstata etc. Isso é muito relevante, por exemplo, nos casos de sangramento, em que um cilindro hemático indica o glomérulo como origem, e não a bexiga, por exemplo. Os cilindros que podem indicar algum problema são: Cilindros hemáticos (sangue): indicam glomerulonefrite. Cilindros leucocitários: indicam inflamação dos rins. Cilindros epiteliais: indicam lesão dos túbulos. Cilindros gordurosos: indicam proteinúria. Cilindros hialinos: não indicam doença, mas podem ser um sinal de desidratação. Muco A presença de muco na urina é inespecífica e normalmente ocorre pelo acúmulo de células epiteliais com cristais e leucócitos. Tem pouquíssima utilidade clínica. É mais uma observação. Em relação ao EAS (urina tipo I) é importante salientar que essa éuma análise que deve ser sempre interpretada. Os falsos positivos e negativos são muito comuns e não dá para se fechar qualquer diagnóstico apenas comparando os resultados com os valores de referência. REFERÊNCIA https://www.tuasaude.com/cilindros-na-urina/ http://www.laboranalise.com.br/piocitos-pesquisa-e-contagem/ https://www.tuasaude.com/piocitos/ https://www.msdmanuals.com/ https://chocairmedicos.com.br/o-que-significa-e-quais-as-causas-de-cristais-na-urina- entenda/ https://clinicafemi.com.br/saude/muco-na-urina/ https://www.tuasaude.com/cilindros-na-urina/ http://www.laboranalise.com.br/piocitos-pesquisa-e-contagem/ https://www.tuasaude.com/piocitos/ https://www.msdmanuals.com/ https://chocairmedicos.com.br/o-que-significa-e-quais-as-causas-de-cristais-na-urina-entenda/ https://chocairmedicos.com.br/o-que-significa-e-quais-as-causas-de-cristais-na-urina-entenda/ https://clinicafemi.com.br/saude/muco-na-urina/
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