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Inaê Fernanda de Luccas Magalhães Lima RA:8064525 – 6º Semestre Biomedicina Introdução de Urinálise (tipo 1) A análise da urina envolve uma série de fatores que incluem suas características físicas: cor, aspecto ( límpido, levemente turvo, turva), volume, odor e depósito, as químicas utilizando fita reagente: proteína, glicose, cetonas, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito e sangue e por fim a análise microscópica: hemácias, leucócitos, células epiteliais (escamosa, transicional, túbulo renal), cilindros, bactérias, leveduras, parasitas, espermatozoides e cristais. Cada etapa é responsável por avaliar uma condição específica, vale ressaltar que muitas vezes a cor pode ser alterada por conta do uso de determinados medicamentos ou ingestão de certos alimentos. 1.1 Análise Física 1.2 Cor · Urina bem clara: pode indicar excesso de água, a sobrecarga dos rins por ingestão exagerada de líquidos pode provocar perda de sais. · Amarelo citrino: cor ideal · Amarelo ouro: considerado normal, contudo, é um alerta para aumentar a ingestão de líquidos. · Âmbar: sinal de desidratação · Esbranquiçada: pode indicar infecção urinária (fúngica ou bacteriana) · Laranja: pode indicar doença no fígado ou ingestão de alimentos ricos em betacaroteno · Vermelha/ marrom: muitas vezes está relacionada a problemas renais, no fígado e até mesmo infecções urinarias. Indica presença de hemácias, mioglobina, excesso de bilirrubina. · Verde/ azul: medicamentos, contraste usado em exames ou corante. 1.1.1 Aspecto Classificado como límpido, ligeiramente turvo, turvo e leitoso. Vale ressaltar que uma leve turvação nem sempre indica uma patologia, pode ser precipitação de células epiteliais, cristais de urato amorfo ou fosfato amorfo. 1.1.2 Depósito Dividido em: ausente, escasso, moderado/ abundante. 1.2 Análise Bioquímica Etapa responsável por avaliar as propriedades químicas da urina, identificando a ausência ou presença de determinadas substâncias. · Ph: Valores baixos ou altos indicam cálculos renais e presença de microrganismos. Indica se o rim é capaz ou incapaz de secretar ou reabsorve ácidos ou bases. · Densidade: Indica a concentração de substâncias sólidas diluídas na urina. Se baixa representa ingestão excessiva de líquido, diabetes ou hipertensão, caso se mostre alta pode indicar desidratação e até mesmo insuficiência cardíaca. · Bilirrubina: indica doenças hepáticas e biliares · Urobilinogênio: indica distúrbio hemolítico e danos ao fígado · Corpos cetônicos: Comum em paciente diabético e no jejum prolongado. · Glicose: monitoramento e detecção de diabetes · Proteína: indica doença renal ou do trato urinário. · Sangue: pode indicar hemorragia ligada ao sistema urinário. · Nitrito: infecção bacteriana nos rins ou trato urinário. 1.3 Análise Microscópica O exame de sedimentoscopia pode revelar a presença de células, cristais e agentes patogênicos. · Leucócitos: indica inflamação renal e doença no trato urinário. · Hemácias: Pedras nos rins, infecções, período menstrual, doenças renais graves. · Células epiteliais: relacionada a má higienização antes da coleta ou até mesmo algum problema renal grave. · Cristais: podem indicar cálculos renais. · Parasitas: infecção por cândida ou protozoários. · Bactérias ou leveduras: infecção urinária. · Cilindros: formados quando há acumula de proteínas no túbulo renal. 2.0 Orientações Ficar pelo menos 2 horas sem urinar. Espere 3 dias após o fim da menstruação para a coleta. Em casos urgentes, colete com um tampão vaginal. Não usar pomadas, talco ou cremes na região genital desde a véspera do teste. Crianças com necessidade de coleta de urina por coletor. 2.1 Detalhes da coleta · Fraco estéril e limpo, fornecido pelo laboratório; · Coletar preferencialmente a primeira urina da manhã; · Para evitar contaminação abrir o fraco somente na hora da coleta; · Higienizar as genitais com água e sabão para evitar contaminação; · Eliminar o primeiro jato de urina, e coletar somente o jato médio; · Manter o frasco fechado para não perder a amostra; · Não fazer usa de contraste radiológico 48horas antes do exame; · A entrega da amostra deve ser feita o mais rápido possível ao laboratório 3.0 Materiais · Pipeta · Ponteira · Centrífuga · Lamínula · Câmera de Neubauer · Microscópio · Amostra · Tubo de ensaio · Luvas · Fita reagente 4.0 Procedimento · Na triagem o material deverá ser identificado; · Homogenize a amostra e a transfira para o tudo de ensaio; · Mergulhe a tira e retire imediatamente; · Centrifugar a amostra á 4000 rpm por 10 minutos, após a centrifugação utilizar 15ul em câmara de Neubauer; · Em lâmina observar com objetiva de 10x e 40x; · Em câmara observar em objetiva de 40x e relatar todos os elementos encontrados. 5.0 Interpretação dos resultados Os resultados da fita reagente são qualitativos e não quantitativos, isto é, a fita identifica a presença dessas substâncias citadas abaixo, mas a quantificação é apenas aproximada. O resultado é normalmente fornecido em uma graduação de cruzes de 1 a 4. · Esterases de leucócitos: Negativo, quando positivo + a +++; · Nitrito: Negativo · Urobilinogênio: < 1mg/dl; · Proteínas: Negativo, quando positivo + a ++++ ou MG/dl; · Ph: 5,5 a 6,5 · Sangue: Negativo, quando positivo + a ++++ ou MG/dl; · Densidade: 1015 a 1025; · Cetonas: Negativo, quando positivo traços, pequena, moderada ou grande quantidade; · Bilirrubina: Negativo, quando positivo + a +++ · Glicose: Negativo, quando positivo + a +++ ou MG/dl 5.2 Análise qualitativa · Células epiteliais: raras, pequena quantidade, moderada quantidade e grande quantidade. · Bactérias: ausente, pequena quantidade, moderada ou grande quantidade; · Cristais, leveduras, cilindros e protozoários: quando não encontrado liberar como ausente. · Filamentos de muco: raros, moderadas e abundantes · Leveduras: raras, moderadas e abundantes; · Cristais: raros, moderados e abundantes (citar tipos encontrados); · Bactérias: raros, moderados e abundantes 5.2.1 Análise quantitativa · Hemácias · Leucócitos 5.2.2 Contagem no microscópio · Câmara de Neubauer: Para leucócitos: contar os 4 quadrantes externos e multiplicar por 250. Para hemácias contar o reticulo central completo é multiplicar por 1000. Para cilindros contar os 9 quadrantes e multiplicar por 101. Conclusão É importante para qualificar e quantificar os sedimentos na urina com objetivo de confirmar, estabelecer ou complementar o diagnóstico clínico. 1. Referências 2. ARCHER, E. B. et al. Procedimentos e protocolos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 3. LIMA, O. et alii. Métodos de laboratório aplicados à clínica. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1969. 653 p. 4. LIMA, O. A.; SOARES J. B.; GRECO J. B.; GALIZZI J.; CANÇADO J. M. Métodos de laboratório aplicados à clínica: Técnica e interpretação. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 5. NERY, B . et alii. Laboratório para o clínico. Rio de Janeiro, Atheneu, 1973. 527 p. 6. TREITINGER, A. et al. Avaliação de tiras reagentes utilizadas na análise de urina para os parâmetros proteínas, glicose e hemácias. Laes & Haes, v. 114, p. 154-68, 1999. 7. WILKISOM, J.M. et al. Fundamentos de enfermagem, São Paulo: Roca, 2010.
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