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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA ___
Execução Penal nº. ____
X, já qualificado nos autos em epígrafe, atualmente recolhido no presídio estadual ____, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosa e tempestivamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a r. Decisão de fls. ___, que indeferiu sua unificação de penas, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO com fulcro no artigo 197 da Lei 7.210/84.
Requer o agravante que seja recebido e processado o presente agravo, já com as inclusas razões, para que possa Vossa Excelência retratar-se, caso entenda. Na eventualidade da manutenção de seu "decisum", após a oitiva do ilustre representante do Ministério Público, requer que seja encaminhado o recurso ao Egrégio Tribunal de Justiça de ____.
Nestes termos, pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado,
OAB/____ n. ____.
RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO
AGRAVANTE: X.
AGRAVADO: Ministério Público.
EXECUÇÃO PENAL Nº: ____.
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Câmara,
Douta Procuradoria,
Em que pese o ilibado saber jurídico do MM juízo a quo, a respeitável decisão de fls. __ não merece prosperar, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I - SÍNTESE: O agravante resta condenado à pena de 6 anos de reclusão, em regime inicial fechado, por infração ao artigo 157 do CP, praticada em 29 de janeiro de 2004. Possui ainda condenações em outros dois processos, com trânsito em julgado, às penas de 5 anos e 4 meses e 6 anos e 2 meses de reclusão, pelo mesmo delito, cujos fatos ocorreram, respectivamente, em 10 de janeiro e 15 de fevereiro de 2004. Foi pleiteado junto ao Juiz da Vara das Execuções a unificação de penas, que, todavia, indeferiu-a, ao fundamento de que o sentenciado agiu reiteradamente de forma criminosa, não fazendo jus à unificação.
II – FUNDAMENTOS: A decisão foi publicada no Diário Oficial há dois dias e o condenado intimado ontem, portanto, tempestiva o presente recurso.
Diz o art. 66 da Lei de Execucoes Penais, que compete ao Juiz da execução, entre outras atribuições, realizar a soma ou unificação de penas.
Realizado o devido pedido nos moldes acima, o magistrado a quo equivocou-se ao negar a unificação com base apenas na reiteração criminosa, uma vez que isto por si só não é motivo para negar a unificação de penas.
O art. 111 da LEP diz que quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.
Portanto, por expressa previsão legal, deve o juiz da Execução realizar a unificação, inclusive para fins de cálculos de detração, remição, e futuras progressões de regime e livramento condicional.
III - PEDIDOS: Ante o exposto, requer que seja conhecido e provido o presente recurso, sendo devidamente concedida a unificação de penas nos termos acima, como medida da mais pura e lídima justiça.
Nestes termos, pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado,
OAB/____ n. ____.

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