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PCA Gênero AP2

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO
Elisangela Oliveira de Lima – 2403944
Nicoly Christina Evangelista Fonseca – 2403594
Tayana de Oliveira Lameira – 2403527
Valdinea Gonçalves de Melo – 2403824
Sonia Lucia Lorencetti – 2403642 
PCA: GÊNERO
AP2- CULTURA MACHISTA
Valença – RJ, 2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................3 MACHISMO, MISOGINIA E PATRIARCADO.....................................................4 
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................8
REFERÊNCIAS..................................................................................................9
Introdução
É evidente desde os primórdios da vida social o pensamento machista e a crença de superioridade dos homens diante das mulheres. Por mais, que o tempo tenha mudado ainda nos deparamos com falas, gestos e atitudes machistas incluindo as violências físicas e psicológicas.
Mesmo na contemporaneidade onde as mulheres pararam de se resumir aos cuidados da casa e dos filhos e adotaram um perfil de mulher independente e conquistaram inserção ao mercado de trabalho, ainda existem homens que encaram o machismo como meio de comandar as relações.
A cultura do machismo prevalece principalmente nas questões comportamentais, salariais, nas oportunidades de emprego, embora as mudanças estejam ocorrendo de modo gradativamente. 
Levantamos uma discussão acerca da desigualdade de gênero, uma vez que o machismo continua existindo mesmo com os avanços e empoderamento das mulheres na sociedade. 
MACHISMO, MISOGINIA E PATRIARCADO
“Já que o objetivo do feminismo é a igualdade de gênero, por que vocês, ao invés de lutarem contra o machismo, na lutam pela igualdade?”. São tantas coisas equivocadas nessa pergunta; e quantas de nós, feministas, já não ouvimos? Podemos apostar que muitas.
Para início de conversa, consideramos importante pontuar que, feministas não lutamos contra o machismo, e que toda a noção de igualdade – ou equidade, são conceitos liberais vendidos como bandeira feministas. Então, pelo que lutamos? É também sobre isso o texto.
Em sua palestra “Desejo e Poder”, a jurista e feminista CATHARINE MACKINNON (2013) nos aponta que não haveria diferenças sexuais expressas socialmente, da maneira que são, se não fosse pela dominação masculina e, é contra essa dominação que lutamos. MACKINNON fala ainda que a única e crucial, diríamos diferença entre homens e mulheres é que homens têm poder, e mulheres não. “Quero dizer simplesmente que os homens não são socialmente supremos e as mulheres subordinadas, por natureza; o fato de eles o serem socialmente constrói a diferença do sexo como a conhecemos”, defende. O ponto dela nos faz pensar em como superar tais diferenças sexuais, e ao mesmo tempo, se o que estamos buscando é poder, ou igualdade, nos termos masculinos que estão colocados na nossa sociedade.
É importante lembrar, no entanto, que o feminismo não é a luta pela igualdade entre sexos, mas sim a luta pela emancipação das mulheres, pela libertação das amarras patriarcais, pela autonomia de todas. A diferença entre essas duas premissas, igualdade x emancipação, está justamente no fato de que os homens, enquanto casta sexual, já tem tudo. Eles criaram a linguagem desse mundo onde vivemos, eles são autônomos, eles podem decidir, eles têm liberdade, eles são emancipados e eles têm consciência de classe. Eles foram quem inventaram o conceito de equidade e é a régua deles que usamos para medir até que ponto pode defender nossas pautas.
Tendo o homem como medida e ‘’denominador comum de comparação,” a concepção liberal da igualdade de tratamento torna-se alvo de críticas que destacam as diferenças entre mulheres e homens. Para as correntes da diferença sexual, que veem entre homens e mulheres uma diferença ontológica, reprimida ou negada pela modernidade ocidental, a igualdade dos sexos é um conceito e uma política patriarcal que visa “homologar “as mulheres conforme o princípio e a lógica do masculino (VARIKAS ,2009:116) (2).
Para ilustrar o mundo em que vivemos e a imparcialidade de existir uma igualdade entre homens e mulheres – ou, por que não deveríamos tê-la como objetivo de luta, GERDA LERNER (2019, p.38) (3) lança mão de uma metáfora : um palco, Considerando dois autores, um homem e uma mulher , ambos de igual importância para o desenrolar da peça, nenhum como sendo secundário. Porém, foram os homens que definiram e construíram o cenário, dirigiram a peça e definiram quem seriam os heróis e quem seriam as coadjuvantes.
Ao passo em que mulheres tomam consciência disso, passam a pedir igualdade. E o que acontece?
Elas ofuscam a atuação dos homens algumas vezes; em outras substituem um ator que faltou. Por fim, com muito esforço as mulheres ganham o direito ao acesso a distribuição igual de papéis, mas antes precisam “se qualificar”. Os termos das “qualificações” são novamente definidos por homens; eles julgam se as mulheres estão à altura; eles permitem ou negam a entrada delas. Dão preferência às mulheres submissas e aquelas que se encaixam com perfeição na descrição da vaga. Homens punem por meio de ridicularizarão e exclusão, qualquer mulher que se ache no direito de interpretar o próprio papel- ou o pior dos pecados reescrever o roteiro.
Leva muito tempo para que as mulheres entendessem que receber papéis “iguais” não as tornará iguais enquanto o roteiro, os objetos de palco, o cenário e a direção ficarem estritamente a cargo dos homens.
Quando as mulheres começam a se dar conta disso e se reúnem entre atos, ou mesmo durante o espetáculo para discutir o que fazer a respeito, a peça chega ao fim. (LERNER, 2019; 38)
Esta metáfora nos ajuda a entender a necessidade de resgatar a história das mulheres e de olhar para os lugares ocupados por mulheres na história. É também sobre isso a principal luta das feministas radicais da diferença: é preciso acessar uma genealogia das mulheres para que possamos construir um novo marco civilizatório e emancipado da visão masculina de mundo. Significa dizer que um olhar feminista sobre a história é necessário para que possamos construir um futuro diferente. Afinal, nós estávamos ali, embora os autores e escritores da história não tenham nos mencionado.
Por isso é importante repetir: não queremos igualdade, não queremos nos tornar homens, não queremos disputar com homens por espaço em um palco construído por eles, ou pelo menos não deveríamos querer, não queremos relação nenhuma com essa classe que historicamente nos oprimiu e nos subjugou. O nosso objetivo deveria ser subverter a ordem masculina de mundo, como nos alerta MARGARITA PISANO, em o Triunfo da Masculinidade (2017) (4).
As mulheres são um povo colonizado, segundo ROBIM MORGAN (2020) (5),afastado de nossas origens e de nossa própria cultura .
Consumimos o que os homens separaram para nós, e o que entendemos de nós mesmos foi por meio do que nos contaram sobre nós.
Precisamos reivindicar nossa autodefinição, como sugere AUDRE LORDE (2019) (6). Nós queremos que todas as mulheres tenham o que comer, nós queremos poder decidir sobre nossos corpos, nossas vidas, nossos futuros, sem a imposição de uma sociedade que nos cerceia o direito de ir e vir, de falar, de escolher. Isso não tem a ver com igualdade, mas sobre criar uma sociedade livre para crianças e mulheres, para que as próximas gerações possam viver sem subordinação entre castas, raças e classe.
Ainda complementando, quando falamos de machismo, não é apenas machismo, mas também outras frentes de luta social, como o racismo e a homofobia, o que preocupa é a sua penetração estrutural. Vemos, quando uma mulher é atacada, assediada, discriminada ou algo parecido, temos disposições legais para combater - é claro, porém essas disposições não são suficientes e eficazes, mas existem.
Quando falamos do machismo estrutural que se fortalece em nosso cotidiano por meio da cultura patriarcal, ele se enfraqueceem razão da religião, das brincadeiras, do relaxamento imaginário e da "natureza biológica" masculina, e as lutas se tornam mais difíceis.
Somos todos socializados na mesma sociedade, certo? Obtivemos uma série de informações integradas socialmente por meio da cultura. Esta informação nos diz como classificar coisas, ideias, pessoas, criaturas vivas ou inanimadas, etc. Embora existam diferenças nessas classificações e hierarquias na mesma cultura, geralmente aprendemos as mesmas coisas. Sempre definimos a definição das coisas por sua posição em relação a outras coisas. Em outras palavras, em grande medida, "ser mulher" em nossa opinião significa "não ser homem" e vice-versa. Esse modo de pensar também vincula "ser mulher" e "ser homem" a uma série de características comportamentais, formas de pensar e escolhas que podem ou não ser feitas ao longo da vida.
Quando dizemos que nossa sociedade como um todo é "machista", não estamos falando de pessoas totalmente machistas, óbvio. Tampouco é uma atitude isolada e claramente machista, nem uma discriminação intencional e racionalizada contra as mulheres. Estamos falando sobre nossa conexão com "ser mulher" e "ser homem" e o que eles significam em nossa sociedade. Por exemplo, associamos as características de "ser mulher" com "emocional" e ensinamos as mulheres a "ser mulher" e, portanto, a ser "emocionais", fortalecendo ativamente esse comportamento. Isso pode ser apenas uma diferença de gênero, não uma desigualdade. Quando nossas “emoções” (por exemplo) relacionadas ao “tornar-se mulher” são entendidas como negativas no espaço onde o poder e o prestígio estão concentrados em nossa sociedade, a diferença hipotética torna-se desigualdade.
Considerações Finais
O machismo, apesar de aparecer em atitudes, em ações individuais, possui bases materiais e ideológicas para perpetuar um sistema histórico, político, social e econômico de dominação: o patriarcado. Em resumo, o machismo é essencialmente uma expressão patriarcal que se materializa nas relações interpessoais, para perpetuar relações de dominação e poder via inferiorização, submissão e apropriação das mulheres. 
O machismo funda-se em relações sociais estruturais de opressão, exploração e dominação que organizam uma sociedade. Porém, apesar do caráter estrutural destas relações, todos nós, temos responsabilidades em nosso cotidiano, de identificar o machismo e permanentemente questioná-lo e descontruí- lo.
Machismo é tema para o Serviço Social, e enfrentá-lo deve ser tarefa constante da profissão. Reconhecê-lo nas práticas profissionais contribui para uma atuação profissional ética num sistema que reforça tantas opressões. 
O patriarcado, assim como o racismo e o capitalismo, não são o fim da história. A liberdade é uma luta constante na área de atuação do Serviço Social, não sendo por acaso, que seja um valor ético central.
Referências:
(1) MacKinnon, Catharine A. “Desejo e Poder” in: Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli (org.) Teoria política feminista: textos centrais, organizada por. Vinhedo: Horizonte, 2013.
(2) Varikas, Eleni. In: HIRATA, Helena et al. (Org.). Dicionário Crítico do Feminismo. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
(3) Lerner, Gerda. A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. Tradução Luiza Sellera. São Paulo: Cultrix, 2019.
(4) Pisano, Margarita. O Triunfo da Masculinidade. Tradução: Estudos no Brejo. São Paulo: 2017.
(5) QG Feminista. Morgan, Robin. Sobre mulheres enquanto povo colonizado. Tradução: Furiosa. São Paulo: 2020.
(6) Machismo
ttps://www.academia.edu/40975323/_Machismo_Caderno_06_Série_Assistentes_Sociais_no_combate_ao_preconceito_CFESS visualização em 03/11/2021 
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