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Gabriela Domingues Werner 4° período 11/08/22 Neoplasias cutâneas Dividido em dois grupos: 1. Neoplasias epidérmicas: Ceratose actinica (lesão pré-maligna); Carcinoma de células escamosas (câncer não melanoma); Carcinoma basocelular (câncer não melanoma). 2. Neoplasias melanociticas: Nevos melanocíticos: Adquirido (+ comum); Displásico (lesão precursora de melanoma); Melanoma; Cânceres cutâneos: Mais comuns: 1. Carcinoma basocelular (75% dos casos); 2. Carcinoma de células escamosas (20% dos casos); Ambos são não melanoma; Possuem a maior incidência; São menos graves (menor taxa de metástase); Representam 27% de todos os tipos de cânceres; 3. Melanoma (5% dos casos) Possui baixa incidência; É grave (possui maior taxa de metástase); Possui maior taxa de mortalidade; Representa 3% de todos os cânceres. Metástase: Normalmente ocorre por via linfática: Acometem inicialmente linfonodos regionais (sentinela); Órgão normalmente acometidos: fígado, pulmões e cérebro; Etiologias: Exposição à luz solar (radiação UV – (UVA/B), ocorre por efeito cumulativo; Radiação ionizante; Exposição ocupacional a hidrocarbonetos, alcatrão e arsênicos; Imunossupressão: por meio da infecção por vírus oncogênicos EX: HPV; Cicatriz de queimadura antiga; Doenças hereditárias EX: xeroderma pigmentoso pois nesse tipo de doença ocorre mutação em genes de reparo de DNA, dessa forma não tem correção, gerando um câncer. Normalmente ligado ao câncer basocelular; Albinismo: devido à ausência de melanina, assim não tem proteção do núcleo dos queratinócitos. Câncer na cavidade oral: Tabaco tanto da inalação, quanto na mastigação; Noz de betel; Neoplasias epidérmicas: Ceratose actinica (ceratose senil ou solar): OBS: Quando ocorre nos lábios é chamada de quielite actinica; Ceratose actinica é uma proliferação de queratinócitos com graus variados de displasia nas camadas inferiores da epiderme; 10% das lesões pré-malignas se transformam em câncer; Maior incidência em homens (2:1), em idosos, em caucasianas e pessoas com pele fototipo 1 e 11 (bem branquinha, ocorre devido a melanina); Surgem em locais expostos à luz solar, como rosto, orelha, pescoço, couro cabeludo, braços e dorso da mão. Etiologia: Radiação UV (luz solar) + comum; Radiação ionizante; Exposição ocupacional a hidrocarbonetos / arsênios. Patogênese: Desregulação na ativação das vias de sinalização de crescimento e diferenciação celular. Gabriela Domingues Werner 4° período 11/08/22 Morfologia: Macro: Lesões pequenas (< 1cm de rr); Placas elevadas; Escamas hiperceratóticas; Consistência áspera – “lixa”; Corno cutâneo (excesso de queratina); Coloração: lesão acastanhada, marrom, vermelha ou acinzentada. Micro: Células atípicas (displasicas) na camada basal; Hiperplasia ou atrifia das células basais; Hiperceratose (excesso de queratina, que leva ao aumento da espessura da camada córnea); Paraceratose (células nucleadas na camada córnea); Disceratose: produção precoce de queratina nas células da camada basal; Citoplasma eosinofílico (devido à alta quantidade de queratina); Elastose actinica: ocorre na derme superficial, é a produção de fibras elásticas espessas de coloração azul acinzentado, produzida pelos fibroblastos anormais devido a radiação UV. Ceratose actinica x doença de Bowen: Doença de Bowen (carcinoma in situ: Células displásicas em todas as camadas espidérmicas; Lesões eritematosas; Placas hiperceratóticas; Eritroplasia queyrat: lesão na glande peniana Lesão eritematosa (avermelhada), fina e aveludada; Mais comum por quadros infecciosos; Carcinoma de células escamosas: Origem em queratinócitos; 2° câncer mais comum da pele (20%); < 5% produz metástase (por via linfática, acometendo linfonodos regionais, fígado, pulmões e cérebro; Invasão localizada do tecido subcutâneo; Maior incidência em homens e idosos; Surgem em locais mais expostos à luz solar (rosto, orelha, pescoço, braço, mãos, etc). Etiologia: Radiação UV; Todas as outras etiologias anteriores; Ocorre muito em imunossuprimidos, devido à infecção por vírus oncogênico e em cicatriz de queimadura antiga; Patogênese: Mutação em P53 (principal mutação); Mutação em EGFR e em CDKN2A; Mutações que aumentam a ativação da via de sinalização RAS; Mutações que diminuem a ativação da via de sinalização NOTCH; Genes envolvidos no crescimento celular, diferenciação celular e sobrevivência. Morfologia: Macro: Lesão nodular com escamas hiperceratóticas; Pode ocorrer ulcerações; Gabriela Domingues Werner 4° período 11/08/22 Micro: 75% dos casos possuem células bem diferenciadas (na massa neoplásica encontramos características das células normais, nesse caso encontramos queratina na derme; Pérolas de queratina; Pontes intercelulares aparentes – desmossomos; Pleomorfismo mínimo; Presença de mitose (principalmente na camada basal); OBS: a medida que a massa vai se tornando indiferenciado, a quantidade de queratina vai diminuindo, até ficar ausente. Melanoma: Epidemiologia: O melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas da pele no Brasil Alta capacidade de disseminação metastática Altas taxas de mortalidade, apesar da diminuição global ao longo dos últimos anos Fatores de risco: Fatores genéticos: Histórico familiar de melanoma cutâneo; Fenótipo de suscetibilidade Fatores ambientais: Exposição solar; Região equatorial; Câmaras de bronzeamento artificial; Imunossupressão Características: Localização: Mucosa anogenital e oral; Esôfago; Meninges; Olhos; Homens: maior frequência no dorso; Mulheres: maior frequência no dorso e membros inferiores; Pode ser detectado através das lesões metastáticas e os tumores primários cutâneos nem sempre podem ser identificados. Patogênese: Mutações “drivers” Genes que controlam ciclo celular: CDKN2a e CDK4; Vias de sinalização estimuladoras do crescimento: RAS, PI3K/AKT – BRAF e NRAS, PTEN e NF1; Ativação da telomerase Gabriela Domingues Werner 4° período 11/08/22 Subtipos clínicos:Melanoma in situ: Melanoma expansivo superficial: 70% dos casos; Quarta e quinta décadas; No tronco e membros inferiores. Castanho, preto, róseo, violeta; hipopigmentação central e expansão periférica; Lesão assimétrica; O matiz cinza escuro translúcido é altamente sugestivo. Evolução crônica Melanoma expansivo nodular: 15 a 30% dos casos, nas quinta e sexta décadas de vida; Acometem mais o sexo masculino; Lesão papulosa, elevada, de cor castanha, negra ou azulada.; São frequentes a ulceração e o sangramento; existe a variante amelanótica, com superfície eritematosa. Células com padrão de crescimento horizontal; Melanoma lentiginoso acral: 35 a 60%; Sétima década de vida; Palmoplantares; Extremidades digitais; Mucosas. OBS: Bob Marley morreu com esse tipo de melanoma; Melanoma invasivo: Lesão com superfície mais áspera e/ou aveludada, com bordas bem irregulares. Evolução: A, B, C, D e E das pintas: A- Assimetria; B- Bordas irregulares; C- Cores; D- Diâmetro; E- Evolução;
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