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Herança Monogênica

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Milla Silva 
HERANÇA MONOGÊNICA 
São características ou doenças que são 
determinadas por um único gene. Diferente da 
herança poligênica, que é determinada por vários 
genes. 
A herança monogênica é uma característica que é 
chamada de discreta, que na genética quer dizer 
se a característica está presente ou ausente, não 
tem uma variação, a pessoa tem ou não a 
característica. 
PADRÕES 
Os padrões de herança monogênica são divididos 
em: 
◊ HERANÇA AUTOSSÔMICA: é quando fala que 
aquela característica é determinada por um 
gene que está localizado nos autossomos, que 
são os cromossomos que não fazem parte dos 
cromossomos sexuais. E pode ser dominante 
(AD) ou recessiva (AR). 
◊ HERANÇA LIGADA AO X: ou herança ligada ao 
sexo, é uma característica que é determinada 
por um gene que está situado no cromossomo 
X, e pode ser dominante (DLX) ou recessiva 
(RLX). 
ESSA QUESTÃO DE DOMINÂNCIA E 
RECESSIVIDADE VAI SER IMPORTANTE PARA 
PREVÊ A PROBABILIDADE DE A PESSOA 
APRESENTAR OU NÃO A CARACTERÍSTICA 
DISTÚRBIOS MONOGÊNICOS 
Tem cerca de 13.000 doenças que são 
determinadas por um único par de genes. A 
maioria dessas doenças estão situadas nos 
autossomos, o que é esperado, porque tem mais 
cromossomos. Então a maioria são autossômicas, 
788 são ligadas ao cromossomo X e 45 são ligadas 
ao cromossomo Y. 
É esperado que tenha menos doenças ligadas ao 
cromossomo Y, porque é um cromossomo 
pequeno e com poucos genes, basicamente a única 
função desse cromossomo é determinar a 
formação de testículo, ele tem um gene 
importante que é o SRY, que é de determinação 
do sexo masculino 
No site OMIM vai mostrar doenças mendelianas, 
vai mostrar informações do tipo: o nome do 
distúrbio; o padrão de herança, que vai ser pelas 
siglas (AD, AR, DLX, RLX); qual é a base 
genética, que é o que vai determinar o padrão de 
herança; e a prevalência nas populações. 
DEFINIÇÕES 
Algumas definições importantes: 
◊ ALELO: são formas variantes de um 
determinado gene. Então um gene em um 
cromossomo vai ter determinada composição 
de bases, se essa composição mudar, vai ter 
um novo alelo. 
◊ HOMOZIGOTO: indivíduo que possui 2 alelos 
idênticos para uma determinada 
característica, ou seja, em cada cromossomo 
ele vai ter a mesma sequência de base para 
aquele gene. 
◊ HETEROZIGOTO: pode formar células 
diferentes porque ele vai ter em cada 
cromossomo, para aquele gene, vai ter uma 
sequência diferente, então ele vai ter 2 alelos 
para uma determinada característica. 
◊ FENÓTIPO: resultado da expressão dos genes. 
Fenótipo não é apenas característica externas, 
as características fisiológicas, por exemplo, 
também é. 
◊ GENÓTIPO: descrição da constituição 
genética do indivíduo. 
◊ PROBANDO: é um termo usado para o paciente 
que é afetado objeto da análise. 
◊ MUTAÇÕES DOMINANTES : é uma mutação que 
leva a um ganho de função que causa um 
problema. Fala que é dominante porque basta 
a presença de 1 alelo para que ela se 
manifeste no fenótipo. 
◊ MUTAÇÕES RECESSIVA: só vai ter o fenótipo, 
ou seja, apresentar a característica ou doença 
Milla Silva 
se os dois alelos forem afetados, o indivíduo 
tem que ser homozigoto para aquela mutação, 
essa mutação tem a ver com a perda de 
função. 
 
Características recessivas são muito mais comuns 
que as dominantes, se a característica for 
dominante, ele tende a ser eliminado com mais 
facilidade da população porque a seleção natural 
vai eliminar. A característica recessiva só vai 
aparecer no fenótipo quando tiver nos 2 alelos, 
então ele passa escondido no Heterozigoto, por 
isso as doenças recessivas são mais difíceis de 
serem eliminadas da população, porque o 
Heterozigoto é normal. Então o Heterozigoto vai 
ser normal, e vai passar esse alelo recessivo a 
diante (se ele possuir). Já a características 
dominantes deletérias já vai aparecer e se for uma 
doença séria, pode impedir o desenvolvimento do 
indivíduo. 
TODOS OS ALELOS LETAIS QUE TEMOS NO 
GENOMA É CHAMADO DE CARGA GENÉTICA, 
ENTÃO SEMPRE QUE FALAR CARGA GENÉTICA, 
ESTÁ SE REFERINDO QUE TEM DE RUIM NO 
GENOMA 
ANÁLISE DE HEREDOGRAMA 
 
HERANÇA AUTOSSÔMICA DOMINANTE 
Na herança autossômica dominante, múltiplas ou 
sucessivas gerações podem ser afetadas, 
praticamente todas as gerações vai aparecer 
algum indivíduo apresentando aquela doença ou 
características, justamente porque basta apenas 
ter 1 alelo para aquela característica se expressar. 
Se ela for autossômica, ela não vai ter preferência 
por um determinado tipo de sexo, então tanto 
homens quanto mulheres devem ser afetados, da 
mesma forma, tanto homens quanto mulheres 
podem transmitir para seus descendentes, e pelo 
menos em uma ocasião, a depender do 
heredograma, vai ter uma transmissão homem - 
homem. 
O risco, no caso de um acasalamento 
heterozigoto, de apresentar a característica é de 
50%, porque tanto se ele for homozigoto 
dominante ou heterozigoto, ele vai apresentar 
aquela característica, ele só não vai ter a 
característica se for homozigoto recessivo. 
HERANÇA AUTOSSÔMICA RECESSIVA 
Na herança autossômica recessiva vai ter tanto os 
homens como mulheres afetados, porque sendo 
autossomo não vai ter que influências do sexo. Os 
pais tendem a ser consanguíneos, para ser 
recessivo tem que herdar característica do pai e da 
mãe, então é mais fácil que aconteça se os 
indivíduos forem da mesma família. Em geral tem 
intervalo entre as gerações, uma geração 
apresenta a característica e a outra não, mas se a 
outra não apresentou a característica não quer 
dizer que ela não tenha o gene. 
E o risco, em um casal heterozigoto, vai ser de 
25%, porque só vai acontecer a formação do 
indivíduo com aquela característica se o alelo 
recessivo do pai fecundar um óvulo que carregue 
o alelo recessivo da mãe. 
HERANÇA RECESSIVA LIGADA AO X 
Na herança recessiva ligada ao X, agora é uma 
característica que é determinada por um gene que 
está localizado no cromossomo X, se ela é 
recessiva então vai apresentar a característica se 
tiver 2 cópias do alelo. No homem, como ele só 
tem 1 cromossomo X, apenas um alelo é 
suficiente para causar a característica, porque não 
tem outro alelo dominante para compensar. 
Milla Silva 
Então se for uma herança recessiva ligada ao X, 
vai ver quase exclusivamente homens afetados, 
porque o homem vai herdar o cromossomo X da 
mãe com o alelo afetado, automaticamente vai 
apresentar a característica porque não vai ter o 
outro X para compensar. Com isso, as mulheres 
que são portadoras elas vão transmitir a 
característica para o filho, porém um pai que tem 
a característica nunca vai ser capaz de passar 
aquilo para o filho porque ele passa para o filho o 
cromossomo Y, então não tem a transmissão da 
característica de homem para homem, mas ele 
pode passar para a filha. 
O cromossomo X, como tem efeito de 
compensação de dose nas mulheres, um dos 
cromossomos é inativado, e essa inativação é 
determinada logo após a fixação do embrião no 
útero, e essa inativação do cromossomo X é por 
uma compactação de um dos cromossomos X, e 
em alguns casos pode ter mulheres portadoras que 
acabam apresentando a doença se o cromossomo 
X que foi compactado fosse o que carregava o 
alelo normal, então em um heterozigoto, como o 
alelo normal foi compactado, só vai restar o alelo 
que carrega a doença, e então a mulher manifesta 
ele. 
HERANÇA DOMINANTE LIGADA AO X 
A herança dominante ligada ao X, um alelo que 
causa uma determinada condição que está situado 
no cromossomo X e se comporta como 
dominante, ou seja, basta apresentar uma cópia do 
alelo para a característica se manifestar, nesse 
caso vai ver mais mulheres afetadas no 
heredograma, porque como a mulher carrega 2 
cromossomos X, elas têm mais chances de ter 1 
cromossomo X que apresente a doença. 
Nesse caso as filhas de homens afetados sempre 
serão afetadas, porqueo homem tem apenas 1 
cromossomo X que aqui vai apresentar a 
alteração, e ele vai transferir só 1 cromossomo X 
para a filha. Por outro lado, os filhos dos homens 
afetados nunca vão apresentar o distúrbio, porque 
o homem que for afetado, o problema está no 
cromossomo X, e o pai passa para o filho o 
cromossomo Y. Mulheres afetadas podem 
transmitir tanto para os filhos como para as filhas, 
porque ela vai transmitir o cromossomo X. 
O risco vai depender do sexo parental que for 
afetado, por exemplo, se o afetado for o homem, 
ele vai transmitir para todas as filhas, então todas 
as filhas vão ser afetadas, se o afetado for a 
mulher, a probabilidade é de 50% das filhas de ter 
as características porque possivelmente ela é 
heterozigota. 
HERANÇA LIMITADA AO SEXO 
Quando fala limitada ao sexo, é algum padrão de 
herança onde somente 1 dos sexos apresenta 
aquela característica, mesmo que tenha 
indivíduos homens e mulheres com os mesmos 
alelos, um exemplo é a puberdade precoce, que é 
o desenvolvimento de caracteres sexuais 
secundários e acentuado crescimento, por volta 
dos 4 anos de idade, não se manifesta nas 
mulheres, e como as epífises ósseas sofrem fusão 
precocemente, o resultado é um homem de baixa 
estatura. Essa característica está presente no 
autossomo e não no cromossomo X. Devido ao 
ambiente hormonal em que o indivíduo vive, 
aquela característica não consegue se expressar, 
então mesmo que a mulher seja homozigota para 
a condição da puberdade precoce, ela não 
apresenta aquela característica porque o ambiente 
hormonal feminino não permite que aquela 
característica se expresse. 
HERANÇA INFLUENCIADA PELO SEXO 
Nesse caso não é uma característica que esteja 
situada no cromossomo X, nem é uma 
característica que é impedida de ser expressa em 
um determinado sexo, mas é uma característica 
que tem um padrão de herança diferente de acordo 
com o sexo. 
Então é um gene que está situado no autossomo, 
mas a manifestação no fenótipo (se vai manifestar 
de maneira dominante ou recessiva) vai depender 
do sexo. Como por exemplo a calvície hereditária, 
que se comporta como dominante nos homens e 
recessiva nas mulheres. 
Milla Silva 
FATORES QUE INTERFEREM NOS PADRÕES DE 
HERANÇA 
Tem fatores que podem interferir nos padrões de 
herança: 
- Pleiotropia: é quando tem uma determinada 
condição genética, um único gene, só que ele pode 
produzir efeitos fenotípico diversos, e isso pode 
confundir na hora de chegar a um diagnóstico de 
qual é realmente a causa daquela condição que o 
indivíduo está apresentando. É o mesmo par de 
gene, só que devido a aquela alteração que aquele 
gene vai causar no indivíduo, pode ter outros 
efeitos no fenótipo. Ex: fibrose cística (distúrbio 
autossômico recessivo), galactosemia 
(autossômica recessiva). 
- Heterogeneidade: seria heterogeneidade de 
alelos ou locus, na mesma região do cromossomo, 
isso significa que alguns fenótipos que a gente 
classifica como se fosse pertencentes a uma 
mesma doença, eles podem ser determinados por 
genótipos diferentes, podem inclusive ser ou 
alelos diferentes que levam a mesma condição, ou 
podem ser envolvimento de locus diferentes que 
causam a mesma condição, e aí seria genes 
diferentes localizados em locais diferentes dos 
cromossomos que podem causar uma 
determinada condição. Ex: cardiopatia congênita, 
surdez infantil profunda, osteogênese imperfeita. 
- Penetrância: é a probabilidade de um gene ter 
qualquer expressão fenotípica, ou seja, alguns 
indivíduos podem ter um genótipo para ter 
alguma característica ou doença, mas ele não 
apresenta. Geralmente acontece por conta de 
mudanças epigeneticas, que são modificações que 
acontecem no DNA que podem levar a expressão 
ou silenciamento de alguns genes, geralmente 
essas modificações envolvem a inserção de um 
grupo metil na base do DNA, e esse processo é 
chamado de metilação, esse processo é variável 
entre os indivíduos de acordo com as condições 
ambientais, sempre que ocorre metilação em 
qualquer sequência de DNA, aquela sequência é 
silenciada. Quando fala que um dos cromossomos 
X da mulher é inativado, quer dizer que ele é todo 
metilado, e aí fica com só um cromossomo X 
sendo expresso. Ex: campodactilia. 
- Expressividade: onde o indivíduo tem o 
genótipo, só que ele pode não apresentar o 
fenótipo típico daquela condição, então tem uma 
variação no grau de manifestação daquela 
condição para esse indivíduo, então pode ter 2 
indivíduos exatamente com o mesmo genótipo, 
que determinaria a mesma condição, só que que 
um indivíduo a característica se expressa e no 
outro indivíduo a característica pode ser mais 
suave. Ex: polidactilia, síndrome de Marfan. 
HERANÇA NÃO-CLASSICA 
Tem alguns padrões de herança não-classica, que 
fogem ao que seria esperado para uma herança 
monogênica típica, seguindo as regras das leis de 
Mendel. Inclui: 
◊ Mosaicismo somático 
◊ Mosaicismo germinativo 
◊ Herança Mitocondrial 
◊ Imprinting Genômico 
◊ Dissomia Uniparental 
◊ Repetições de trinucleotídeos 
MOSAICISMO SOMÁTICO 
É quando tem coisas diferentes no tecido 
somático, que são as células não reprodutivas. 
Presença em uma pessoa, ou tecido, de duas ou 
mais linhagens celulares geneticamente 
diferentes, mas oriundas de um único zigoto. 
Após a fecundação do espermatozoide no óvulo, 
e logo no início das primeiras divisões celulares 
na mitose do zigoto, pode acontecer um erro, 
então o problema não vai ser no espermatozoide 
ou no óvulo, pode ter acontecido nas primeiras 
divisões celulares. Então supondo que uma 
determinada célula se dividiu, ela acabou 
sofrendo uma mutação, e a outra célula não, então 
o indivíduo que for formado a partir daí vai ter um 
mosaico de células, vai ter células geneticamente 
diferentes, e isso costuma afetar o fenótipo. Ex: 
Milla Silva 
Neurofibromatose tipo 1, Hemofilia A e distrofia 
muscular Duchenne. 
MOSAICISMO GERMINATIVO 
Um mosaico de tipos celulares só que envolvendo 
células germinativas. Então por exemplo, um 
gene autossômico dominante com um salto de 
gerações (o que não é esperado para uma 
característica dominante), pode apresentar 
penetrância incompleta e expressividade muito 
reduzida, devido a uma mutação na fase da 
formação de gametas, então pode ter aquele 
gameta da mesma forma que tinha a mutação para 
causar e transmitir a doença, ele pode ter uma 
mutação no espermatozoide ou no óvulo que 
reduz aquela condição. Então ele pode ter tipos de 
células diferentes, espermatozoides normais e 
afetados. Um caso comum é a acondroplasia 
(nanismo). 
HERANÇA MITOCONDRIAL 
Não tem DNA só no núcleo, todos os eucariotos 
têm DNA no núcleo e na mitocôndria. 
A mitocôndria ela só é passada pela mãe, ela é um 
padrão de herança materna, porque o 
espermatozoide quando fecunda o óvulo, ele só 
contribui com o DNA que está no núcleo, então 
toda herança mitocondrial que temos vem da 
herança materna. E a mitocôndria tem outra 
característica própria, ela tem o número variável 
de mitocôndrias dentro da célula, e ela não segue 
aquele padrão clássica de herança mendeliana, 
então a expressão de uma doença ligada a 
alterações no DNA mitocondrial, vai depender do 
número de mitocôndrias que forem herdadas que 
possui a mutação em relação ao número de 
mitocôndrias que não tem a mutação, isso é 
chamado de heteroplasmia, então tem formas 
diferentes de mitocôndrias sendo presentes nos 
indivíduos. Ex: Neuropatia de Leber, Diabetes 
mellitus adulto (Tipo II) associado a surdez. 
IMPRINTING GENÔMICO 
São modificações específicas que vão levar a uma 
característica fenotípica alterada, só que o que vai 
causar é simplesmente o caso de se o cromossomo 
veio do pai ou se o cromossomo veio da mãe, ou 
seja, de alguma forma a célula reconhece se 
aquele gene alterado foi transmitido pela mãe e 
pode dá uma doença ou pelo pai e não podecausar 
doença, ou vice-versa. 
Ela reconhece porque normalmente a diferença 
está no padrão de metilação do DNA. Essa 
alteração da metilação não é permanente, é uma 
alteração chamada de epigenetica que é 
especificado pela gônoda, então em um 
espermatozoide pode ter que determinados 
cromossomos tenha um padrão de metilação e no 
óvulo outro padrão de metilação, e com isso pode 
ter características diferentes sendo expressas se a 
característica foi herdada do cromossomo paterno 
ou se foi herdada do cromossomo materno. Ex: 
Distrofia miotônica, Doença de Huntington, 
Síndromes de Angelman (herdado da mãe) e 
Prader -Willi (herdado do pai). 
Síndromes de Angelman e Prader -Willi (deleção 
15q11): A região que sofre a deleção no 
cromossomo 15, no individuo normal que tem sua 
delação, ele vai ter nessa região 2 cópias do gene 
PWS e 1 cópia do gene AS. No cromossomo que 
vem do pai, essas duas cópias do gene PWS, elas 
são ativas, por sua vez, essa única cópia do gene 
AS, ela é inativada devido ao padrão de metilação 
do DNA. Por outro lado, no cromossomo 
materno, ele vai ter também 2 cópias do gene 
PWS, e 1 cópia do gene AS, a diferença é que no 
cromossomo materno esse gene AS é ativo 
enquanto a região do PWS é inativada. Então no 
indivíduo normal que não tem a deleção, ele vai 
ter 2 cópias ativas do PWS e uma cópia ativa do 
AS funcionando, então isso vai caracterizar um 
fenótipo normal, porém, se tiver uma deleção no 
cromossomo paterno, o indivíduo vai ter só uma 
cópia do gene AS, e a cópia do gene que veio da 
mãe vai estar inativado, então ele vai ter a 
síndrome Prader -Willi. Por sua vez, se essa 
mutação ocorre no cromossomo materno, vai ter 
a situação inversa, o indivíduo que for gerado vai 
ter 2 cópias ativas do PWS, 1 copia inativa do AS 
e não vai ter o AS ativo porque ele foi deletado no 
Milla Silva 
cromossomo que veio da mãe, então o indivíduo 
vai ter a Síndrome de Angelman. 
Então o indivíduo normal precisa ter 2 cópias do 
gene PWS ativos e 1 cópia do AS ativo, se perder 
as 2 cópias do PWS (ocorre na deleção do 
cromossomo paterno) tem a síndrome de Prader -
Willi. Se perde a atividade do AS (na deleção do 
cromossomo materno) tem a síndrome de 
Angelman. 
 
DISSOMIA UNIPARENTAL 
É esperado que o indivíduo tenha 46 
cromossomos, metade vindo do pai e metade da 
mãe, mas pode ocorrer que o indivíduo tenha o 
número normal de cromossomos, mas em algum 
determinado par tenha os 2 cromossomos vindo 
só do pai ou só da mãe. Então vai ter 2 
cromossomos que veio do mesmo parental, ao 
invés de ser um de cada um. Ex: Hemofilia A 
A maior parte das células vai ter um conjunto 
diploide de cromossomos, um do pai e um da mãe. 
O caso da dissomia uniparental (UPD), vai ter 
uma célula que vai receber duas cópias do 
cromossomo da mãe ou do pai, e isso pode dá 
alguns problemas. Esse fenômeno não é muito 
frequente, mas acontece em 1 a cada 3500 
indivíduos, e tende a causar problemas como 
câncer e doenças congênitas. 
REPETIÇÕES DE TRINUCLEOTÍDEOS 
No nosso DNA, tem algumas regiões que não são 
de genes propriamente ditas, são regiões 
intergenicas (entre genes), que são uma sequência 
de trinucleotídeos (3 bases). 
Se tiver um número anormal da repetição desses 
trinucleotídeos, pode ter o aparecimento de 
determinados fenótipos mais cedo na prole do que 
acontece nos genitores. Vários genes apresentam 
essas repetições de trinucleotídeos, e o aumento 
ou diminuição do número de repetições desses 
nucleotídeos pode levar a várias doenças. Ex: 
Síndrome do X frágil = +50 (pré-mutação), +230 
CGG); Câncer de próstata - número menor de 
repetições; Distrofia miotônica (200-1.000 CTG); 
Doença de Huntington (37-121 CAG); atrofia 
espinocerebelar tipo 1 (43-81 CAG); Ataxia de 
Friedreich (200-900 GAA).

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