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PROTOCOLOS CISAM 2021

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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
Centro Integrado de Saúde Amaury Medeiros
CISAM – UPE
Recife – PE
2021
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE
REITOR Prof. Dr. Pedro Henrique Falcão
VICE-REITORA Profa. Dra. Socorro Cavalcanti
EDITORA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – EDUPE
CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. Ademir Macedo do Nascimento
Profa. Dra. Ana Célia Oliveira dos Santos
Prof. Dr. André Luis da Mota Vilela
Prof. Dr. Belmiro do Egito
Profa. Dra. Danielle Christine Moura dos Santos
Prof. Dr. Emanoel Francisco Spósito Barreiros
Profa. Dra. Emilia Rahnemay Kohlman Rabbani
Prof. Dr. José Jacinto dos Santos Filho
Profa. Dra. Maria Luciana de Almeida
Prof. Dr. Mário Ribeiro dos Santos
Prof. Dr. Rodrigo Cappato de Araújo
Profa. Dra. Rosangela Estevão Alves Falcão
Profa. Dra. Sandra Simone Moraes de Araújo
Profa. Dra. Silvânia Núbia Chagas
Profa. Dra. Sinara Mônica Vitalino de Almeida
Profa. Dra. Virgínia Pereira da Silva de Ávila
Prof. Dr. Vladimir da Mota Silveira Filho
Prof. Dr. Waldemar Brandão Neto
GERENTE CIENTÍFICO Prof. Dr. Karl Schurster
COORDENADOR Prof. Dr. Carlos André Silva de Moura
PROJETO GRÁFICO Danilo Catão
Este livro foi submetido a avaliação do Conselho Editorial da Universidade de Pernambuco.
 
Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais 
sem prévia autorização dos autores e da EDUPE.
Esta obra ou os seus artigos expressam o ponto de vista dos autores e 
não a posição oficial da Editora da Universidade de Pernambuco – EDUPE
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU)
P967 Protocolos de urgências ginecológicas e obstétricas: centro integrado 
de saúde Amaury de Medeiros [recurso eletrônico] / Hélio de 
Lima Ferreira Fernandes Costa, Simone Angélica Leite de Carvalho 
Silva e Lizia de Moraes Siqueira Peixoto (Organizadores). – Recife : 
CISAM: Edupe, 2021. 
 
256 p. E'book PDF. 
 
Modo de acesso: world wide web: http://www.edupe.com.br 
 
ISBN: 978-65-86413-36-6 
1. Ginecologia. 2. Obstetrícia. 3. Saúde. I. Costa, Hélio de Lima 
Ferreira Fernandes. II. Silva, Simone Angélica Leite de Carvalho. III. 
Peixoto, Lizia de Moraes Siqueira. IV. Título.
CDU: 618.1/.2
Bibliotecária Responsável: Neide M. J. Zaninelli - CRB-9/ 884
4
Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
Mensagem de Agradecimento:
A elaboração deste protocolo não teria sido possível sem a colaboração, estímulo e empenho de diversas pessoas. 
Gostaríamos de expressar nossa gratidão e apreço a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram para 
que esta tarefa se tornasse possível. A todos quero manifestar os nossos sinceros agradecimentos.
Autores da Obstetrícia:
Simone Angélica Leite de Carvalho Silva 2
Maria Carolina Pessoa Valença Rygaard 2
Olímpio Barbosa de Moraes Filho 1
Hélio de Lima Ferreira Fernandes Costa 1
Maria Luiza Bezerra Menezes 1
Pedro Pires Ferreira Neto 1
Luiz André Marinho Lippo 2
Stevam de Barros Melo Rios 2
Lorena Costa Corrêa 2
Pryscila Correia de Queiroz e Silva 3
Gabriela Lemos de Almeida Melo 3
Talinni Tavares de Lima 3
Lizia de Moraes Siqueira Peixoto 3
Catarina de Moraes Braga 3
Vitor Modesto Farias de Oliveira 3
Maria Beatriz Batista Ferreira 3 
Autores da Ginecologia:
Hélio de Lima Ferreira Fernandes Costa 1 
Laura Olinda Bregieiro Fernandes Costa 1 
Maria Luíza Bezerra de Menezes 1
Catharina Cavalcanti Pessoa Monteiro Lira 2 
Maria Carolina Pessoa Valença Rygaard 2 
Carlos André de Carvalho Godoy 2 
Elísio Rodrigues Coelho Júnior 2 
Laís Pereira de Medeiros 2 
Lizia de Moraes Siqueira Peixoto 3 
Melina de Moraes Guerra Novelino 3 
Marcela Maria Pimentel de Oliveira 3 
Stella das Chagas Crisostomo 3 
Júlia Lacerda da Cunha Cavalcanti 3 
Aluska Veiga de Farias 3 
Gabriela Cavalcanti Campos Gouveia 3 
Ryane Oliveira de Alcântara 3 
Ruanna Schields da Câmara Bezerril 3 
Denise Quental Callou 3 
Samila Fernandes dos Santos Anjos 3 
Edição Geral:
Hélio de Lima Ferreira Fernandes Costa 1
Simone Angélica Leite de Carvalho Silva 2
Lizia de Moraes Siqueira Peixoto 3
Legenda: 
1 Docente da Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade de Pernambuco 
2 Médico(a) assistente do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros - CISAM 
3 Médico (a) Residente em Ginecologia e Obstetrícia do CISAM 
5
Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
ÍNDICE
# OBSTETRÍCIA:
ANTEPARTO
Assistência Pré-natal de Risco Habitual
Abortamentos (tipos)
Indução do parto (protocolo da FIGO e diferentes métodos)
Gravidez ectópica
Doença trofoblástica gestacional
Incompetência ístmocervical e colo curto
7
14
15
18
20
24
TRABALHO DE 
PARTO E PARTO
Prematuridade:
• Trabalho de parto prematuro
• Rotura prematura das membranas
• Antibioticoterapia Profilática no Intraparto
• Neuroproteção fetal com MgSO4
Sofrimento fetal:
• Cardiotocografia
• Restrição de crescimento intra-uterino assimétrico
Gemelaridade
Assistência ao parto vaginal
Indicações de cesárea baseadas em evidências
25
27
28
29
30
32
34
36
39
PUERPÉRIO
Cefaléia pós-raquianestesia
Infecções puerperais:
• Mastite e abcesso mamário 
• Infecções de ferida operatória e de episiorrafia
Endometrite 
Corioaminionite
Tromboflebite pélvica séptica 
Sepse e choque séptico 
42
43
43
43
44
45
46
47
COMPLICAÇÕES 
OBSTÉTRICAS
Placenta prévia e acretismo placentário
Descolamento Prematuro da Placenta 
Hemorragia pós-parto
Transfusão e hemorragia pós-parto
Protocolo de hemotransfusão maciça
Indicações gerais de uso de hemocomponentes
Indicações de uso de hemocomponentes em pacientes com 
patologias ginecológicas
Ferroterapia
CIVD
49
51
52
53
54
56
60
61
62
COMPLICAÇÕES 
CLÍNICAS NA 
GRAVIDEZ
Hiperêmese gravídica 
Diabetes e cetoacidose diabética 
D. pulmonares (Asma, PNM, EAP)
D. cardiovasculares:
• Endocardite bacteriana e IAM
• PCR
• HASC e HASG
• Pré-Eclâmpsia e Eclâmpsia
• HELLP
Tromboembolismos
Trombofilias - SAAF
D. neurológicas (Estado de mal epiléptico)
D. psiquiátricas (Humor, Depressão, Sintoma Psicótico e Agitação)
D. urinárias (Pielonefrite)
HIV 
Sífilis 
Usuárias de Drogas Ilícitas
63
64
71
74
75
78
79
84
85
87
90
91
93
94
97
99
6
Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
# GINECOLOGIA:
GINECOLOGIA 
GERAL
Atendimento Médico às Vítimas de Violência Sexual
Contracepção
• Contraceptivos hormonais combinados
• Contraceptivos hormonais só de progesterona
• Contraceptivos intrauterinos
• Manejo dos efeitos adversos dos contraceptivos hormonais
• Contracepção de emergência
• Interação medicamentosa
• Como trocar MAC
Tumores das glândulas de Bartholin
Corrimento vaginal
Doença inflamatória pélvica
Sangramento Uterino Anormal
Sangramento uterino grave e/ou prolongado
Miomas uterinos
Pólipos cervicais 
Pólipos endometriais
Hiperplasias endometriais
Neoplasia de endométrio – rastreio e diagnóstico precoce
Endometriose pélvica
Massas anexiais
Abdome agudo em ginecologia – abordagem diagnóstica
Patologia cervical
• Patologia do colo uterino e vagina
• Patologia vulvar
• Patologia anal
• Vacinação contra HPV
101
104
105
110
113
120
122
123
126
128
130
136
140
144
148
151
151
152
153
154
160
165
168
169
173
175
177
ENDOCRINOLOGIA 
REPRODUTIVA
Amenorréia
Síndrome dos ovários policísticos
Atendimento aos homens transgênero
Propedêutica reprodutiva e tratamento de baixa complexidade
Climatério
178
187
197
198
201
UROGINECOLOGIA
Incontinência urinária
• Incontinência urinária de esforço
• Bexiga hiperativa
• Incontinência urinária mista
Prolapso dos órgãos pélvicos
208
208
210
212
215
CIRURGIA 
GINECOLÓGICA
Cuidados pré-operatórios em ginecologia
Manejo das doenças crônicas no perioperatório
Cuidados pós-operatórios
Tromboprofilaxia em cirurgia ginecológica
Endoscopia Ginecológica:
• Histeroscopia diagnóstica 
• Histeroscopia cirúrgica
Videolaparoscopia Ginecológica
221
224
228
231
234
234
236
239
Referências Bibliográficas 242
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATALDE RISCO HABITUAL
# AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL: 
OBJETIVOS: identificar fatores de risco ou doenças que possam alterar uma futura gestação
CONDUTA: anamnese e exame físico e ginecológico, além de exames laboratoriais e orientações.
• História clínica: DM pré-gestacional, HAS, cardiopatias, distúrbios da tireoide e infecções, incluindo as IST, 
uso de medicamentos, hábito de fumar e uso de álcool e drogas ilícitas.
• História familiar: doenças hereditárias, pré-eclâmpsia, hipertensão e diabetes. 
• História obstétrica: paridade e tipo de parto, nº de partos pré-termo, intervalo entre os partos, peso ao 
nascimento e complicações das gestações anteriores, como abortamento, perdas fetais e hemorragias e 
malformações congênitas.
• Exame físico: PA, peso, altura e IMC. 
• Exame clínico das mamas (ECM) e do exame preventivo do câncer do colo do útero (1x/ano e, após 2 
exames normais, a cada 3 anos, principalmente de 25 a 64 anos)
• Administração preventiva de ácido fólico: 5mg, VO/dia, durante 60 a 90 dias antes da concepção
• Registro sistemático das datas das menstruações e intervalo entre as gestações de ≥ 2 anos.
• Vacinação: tomar vacina tríplice viral, caso não seja imune, engravidar após 3 meses.
# DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ: 
• Teste Imunológico de Gravidez (TIG): > 10 dias de atraso menstrual, detecta hCG na urina
• Dosagem sérica do β-hCG: 8-11 dias pós-concepção e > 3-5 dias de atraso menstrual
• Sinais de certeza:
- Batimentos cardíacos fetais (BCF) no Sonar > 12 semanas ou Pinard > 20 semanas
- Percepção dos movimentos fetais com 18 a 20 semanas
- Ultrassonografia: saco gestacional na USG TV 4-5 semanas e a BCE com 6 semanas.
# CÁLCULO DA IG: 1ª USG, DUM ou Regra de Mac Donald (MCD: AFU x 8 ÷ 7)
# CÁLCULO DA DPP: DUM + 280 dias ou 40 semanas ou Regra de Näegele + 7 DIAS e 9 MESES. Se os dias somados 
forem maiores que os dias do mês, passe para o mês seguinte, e adicione 1 ao mês.
# INTERVALO DE CONSULTAS PRÉ-NATAL: no mínimo 6 consultas.
Quando o parto não ocorre até a 41º semana, é necessário encaminhar a gestante para a maternidade para avaliação 
do bem-estar fetal, avaliação do líquido amniótico e monitoramento cardíaco fetal.
Não existe alta do pré-natal. O pré-natal é finalizado com parto, e posteriormente, a consulta puerperal.
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
# CLASSIFICAÇÃO DE RISCO GESTACIONAL: 
PERMITEM MANTER PN BAIXO RISCO: 
Fatores relacionados às características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis
• Idade < 15 e > 35 anos; 
• Situação familiar ou conjugal insegura e não aceitação da gravidez, especialmente adolescente; 
• Baixa escolaridade (< 5 anos de estudo regular) ou condições ambientais desfavoráveis; 
• Altura menor do que 1,45m ou IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade. 
• Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes 
físicos, químicos e biológicos, estresse; 
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: 
• Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado ou Macrossomia fetal; 
• Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; 
• Intervalo interpartal < 2 anos ou > 5 anos ou nuliparidade e multiparidade (≥ 5 partos); 
• Cirurgia uterina anterior ou ≥ 3 cesarianas. 
ENCAMINHAR AO PN ALTO RISCO: 
Fatores relacionados às condições prévias: 
• Cardiopatias ou HAS e/ou uso de anti-HAS (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de IG); 
• Nefropatias graves (IRC transplantados)ou pneumopatias graves (incluindo asma brônquica); 
• Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo); 
• Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia); 
• Doenças neurológicas (como epilepsia) ou psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, 
depressão grave etc.) ou dependência de drogas lícitas ou ilícitas;
• Doenças autoimunes (LES, outras colagenoses) ou antecedente de TVP ou embolia pulmonar; 
• Alterações genéticas ou ginecopatias (malformação uterina, miomas, tumores anexiais); 
• Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG 
com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma); Hanseníase; Tuberculose;
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: 
• Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente de causa desconhecida; 
• História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção 
prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI); 
• Abortamento habitual ou esterilidade/infertilidade. 
Fatores relacionados à gravidez atual: 
• Restrição do crescimento intrauterino ou Malformações fetais ou arritmia fetal; 
• Polidrâmnio ou oligoidrâmnio ou Gemelaridade; 
• Distúrbios hipertensivos da gestação (HASC, HASG ou transitória) 
• Evidência laboratorial de proteinúria; 
• Infecção urinária de repetição ou ≥ 2 episódios de pielonefrite; 
• Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso; 
• Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual; 
• DM gestacional ou desnutrição materna severa ou baixo peso ou obesidade mórbida;
• NIC III ou Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-rads III ou mais
• Adolescentes com fatores de risco psicossocial.
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
# ROTEIRO DA PRIMEIRA CONSULTA: 
Anamnese: guia é o cartão PN, começar o PN o mais precoce possível, antes de 12 semanas.
1º. Pesquisar os aspectos socioepidemiológicos, os antecedentes familiares, os antecedentes pessoais gerais, 
ginecológicos e obstétricos, e situação da gravidez atual. 
• data precisa da última menstruação e regularidade dos ciclos; 
• paridade e detalhes de gestações prévias e gemelaridade anterior; 
• intercorrências clínicas, obstétricas e cirúrgicas; 
• hospitalizações anteriores e reações alérgicas e vacinações prévias; 
• fatores socioeconômicos e exposição ambiental ou ocupacional de risco;
• história prévia de DST e história de violências; atividade sexual;
• uso de medicações e anticoncepcionais; uso de tabaco, álcool ou outras drogas;
• história pessoal ou familiar de doenças hereditárias/malformações; 
2º. Pesquisar sintomas: náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação, cefaleia, síncope, sangramento ou 
corrimento vaginal, disúria, polaciúria e edemas.
3º. Informações sobre alimentação, hábito intestinal e urinário, movimentação fetal, assim como presença de 
corrimentos ou outras perdas vaginais ajudam a identificar situações de risco. 
Exame físico geral: 
1º. Inspeção da pele e das mucosas; palpação da tireoide, região cervical, supraclavicular e axilar;
2º. Ausculta cardiopulmonar; exame do abdome e dos membros inferiores; pesquisa de edema;
3º. Sinais vitais: aferição do pulso, FC, FR, Temp axilar; Medida da pressão arterial; 
4º. Antropometria e Cálculo do IMC; avaliação do estado nutricional e ganho de peso estacional.
Exame físico específico (gineco-obstétrico): 
1º. Palpação obstétrica; Medida e avaliação da AFU; Ausculta dos BCF; Registro dos MF
2º. Exame clínico das mamas e ginecológico (inspeção dos genitais externos, exame especular, coleta de material 
para exame colpocitopatológico, toque vaginal). 
Solicitar exames complementares: 1ª consulta ou 1º trimestre
1º. Tipagem sanguínea e fator Rh; Coombs indireto (se gestante Rh negativo);
2º. Hemograma e Glicemia de jejum; 
3º. Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR;
4º. Teste rápido de diagnóstico anti-HIV e Anti-HIV 
5º. Sorologias para hepatite B (HbsAg);
6º. Exame de urina e urocultura/antibiograma; 
7º. USG obstétrica, para verificar a IG e TN, 11sem-13s6d, preferencialmente 12sem; 
8º. Citopatológico de colo de útero (SN) e Exame da secreção vaginal e EPF (se indicação clínica); 
9º. Eletroforese de hemoglobina (sea gestante for negra, tiver antecedentes familiares de anemia falciforme 
ou apresentar história de anemia crônica).
Orientações: 
1º. Orientação sobre a atualização situação vacinal e atendimento odontológico.
2º. Prescrever sulfato ferroso 200mg/dia (40mg Fe elementar/dia) e ácido fólico 400mcg/dia;
3º. Orientação sobre as consultas subsequentes, as visitas domiciliares e as atividades educativas. 
Voltar ao índice | 10
Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
# ROTEIRO DAS CONSULTAS SUBSEQUENTES: 
Anamnese: guia é o cartão PN
1º. Pesquisa das queixas mais comuns na gestação e dos sinais de intercorrências clínicas e obstétricas, com 
o propósito de se reavaliar o risco gestacional e de se realizar ações mais efetivas; 
Exame físico geral: 
1º. Exame físico direcionado (deve-se avaliar o bem-estar materno e fetal); 
2º. Verificação do calendário de vacinação;
3º. Deve-se avaliar o resultado dos exames complementares; 
4º. Devem ser feitas a revisão e a atualização do Cartão da Gestante e da Ficha de Pré-Natal.
Exame físico específico (gineco-obstétrico): 
1º. Cálculo e anotação da IG; 
2º. Determinação do peso e cálculo do IMC: avaliação do gráfico do peso.
3º. Medida da PA e pesquisa de edema;
4º. Exame clínico das mamas para observação do mamilo e ginecológico. 
5º. Palpação obstétrica; Medida e avaliação da AFU; Ausculta dos BCF; Registro dos MF.
Solicitar exames complementares: 
2º trimestre:
1º. Teste Oral de Tolerância à Glicose 75g (jejum, 1h e 2h após glicose – realizar 24-28sem);
2º. Coombs indireto (se gestante Rh negativo): 
se negativo, repetir a cada 4 semanas, a partir de 24sem;
se positivo: sensibilizada, deve encaminhar ao PNAR;
3º. USG obstétrica morfológica com doppler das aa. uterinas e avaliação da medida do colo uterino por via TV, 
20-24sem, preferencialmemnte 22sem;
3º trimestre:
1º. Coombs indireto (se for Rh negativo);
2º. Hemograma e Glicemia de jejum; 
3º. VDRL/RPR;
4º. Anti-HIV;
5º. Sorologias para hepatite B (HbsAg); 
6º. Exame de urina e urocultura/antibiograma; 
7º. Bacterioscopia de secreção vaginal, > 37 sem; 
8º. USG obstétrica com dopplerfluxometria, 34-36sem;
Orientações: 
1º. Interpretação dos dados da anamnese e do exame clínico/obstétrico e resultados de exames; 
2º. Prescrever sulfato ferroso 200mg/dia (40mg de ferro elementar/dia);
3º. Orientação sobre a atualização situação vacinal e atendimento odontológico.
4º. Incentive o aleitamento materno exclusivo até os seis meses; 
5º. Oriente a gestante sobre os sinais de risco e a necessidade de assistência em cada caso; 
6º. Orientação sobre as consultas subsequentes, as visitas domiciliares e as atividades educativas. 
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
# AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E GANHO DE PESO ESTACIONAL:
Avaliação do estado nutricional da gestante segundo o IMC por semana gestacional
Ganho de peso recomendado em kg na gestação segundo o estado nutricional inicial:
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
#VACINAÇÃO:
Vacina 1ª dose 2ª dose 3ª dose Reforço
Vacina dupla bacteriana adulto – 
dT (difteria e tétano)
precoce em não 
vacinadas ou >10anos 
30-60dias após a 
1ª dose
30-60dias após a 
2ª dose
5-10 anos após a 
data da última dose
Vacina tripla bacteriana adulto – 
DTPa (difteria e tétano)
uma dose de 20 semanas até 36 semanas por gestação
Vacina contra a influenza uma dose no período da campanha anual
Vacina contra a hepatite B
após o 1º trimestre de 
gestação
30 dias após a 
1ª dose
180 dias após a 
1ª dose
5 anos após a data 
da última dose
VACINA DUPLA BACTERIANA ADULTO – DT (DIFTERIA E TÉTANO)
Contraindicações: A vacina está contraindicada nas seguintes situações: 
• Ocorrência de hipersensibilidade após dose anterior ou História de hipersensibilidade aos componentes 
de qualquer um dos produtos ou choque anafilático após vacina; 
• Sínd. de Guillain-Barré nas 6 semanas após a vacinação anterior contra difteria e tétano. 
VACINA TRIPLA BACTERIANA ADULTO – DTPa (DIFTERIA, TÉTANO e COQUELUCHE)
A gestante pode fazer 2 doses dT e 1 dose DTPa, de > 20 semanas de gestação até 45 dias pós- parto.
VACINA CONTRA INFLUENZA (FRAGMENTADA) 
Contraindicações: 
• História de alergia severa à proteína do ovo e seus derivados, ou componente da vacina; 
• Pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a doses anteriores da vacina. 
VACINAÇÃO CONTRA HEPATITE B (RECOMBINANTE) 
Na impossibilidade de realizar a sorolodia anti-HBs completar o esquema vacinal.
Voltar ao índice | 13
Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
#ORIENTAÇÕES GERAIS: 
• Aparecimento de estrias: O fator genético é uma variável importante, oriente evitar o ganho excessivo de 
peso e manter a hidratação sistêmica adequada com creme ou óleo hidratantes.
• Depilação e drenagem linfática: liberadas, não há evidências de danos na gravidez. 
• Tintura para cabelo e escova progressiva: contraindicados durante a gravidez, pela presença de amônia e 
benzeno, que podem alterar alguns setores do organismo materno, como a tireoide e o SNC, se absorvidos 
pelo couro cabeludo. Após o 1º trimestre, estão liberadas colorações que não contenham chumbo ou amônia. 
Mechas, luzes e o uso de hena estão liberadas após a 1ª metade da gestação. 
• Varizes: repouso com as pernas elevadas ao longo do período de vigília. Recomenda-se o uso de meias elásticas 
de média compressão, vestindo-as ao acordar, antes de levantar da cama.
• Cloasma: evitar a exposição solar de 10-16 horas, usar cremes fotoprotetores (fator de proteção solar, FPS 
30 a 35, reaplicado pelo menos 3x/dia, mesmo sem exposição ao sol), chapéu, sombrinha. 
• Dentes e gengivas: estimular a escovação e o uso do fio dental, além de orientar a possibilidade de hipertrofia 
gengival (épulis) e a facilidade de sangramento gengival. Se houver necessidade, deve ser avaliada por 
um dentista e, se preciso realizar algum procedimento, recomendar a utilização de anestésico local sem 
vasoconstritor e exames radiológicos, com proteção do avental de chumbo.
• Exercícios físicos: são seguros. Os exercícios mais aconselhados são caminhada, natação, hidroginástica, ioga 
e alongamento. Devem ser evitados exercícios como a musculação por flexão de coluna e por impacto. A OMS 
recomenda a prática de exercícios moderados, por 30 minutos/dia.
• Amamentação: deve-se investir na parte pedagógica do valor da amamentação em todos os sentidos, entre 
outros, os aspectos nutricionais e de relacionamento com o recém-nascido. Depois que a gestante compreender 
a importância da amamentação, ficará mais fácil aceitar as medidas de preparo das mamas para o aleitamento: 
exposição diária das mamas à luz solar ou à luz artificial de 40 watts (por 20 minutos/dia, à distância de 20 cm). 
Atenção também para mamilo invertido ou plano. Nesses casos, estão indicados os exercícios de Hoffman 
para forçar a extrusão mamilar. Evitar amamentar durante a gravidez e usar óleos, cremes ou pomadas na 
região aréolo-mamilar.
• Trabalho de parto e parto vaginal: para gestantes na 2ª metade da gravidez.
• Viagens: As viagens terrestres estão permitidas (incluindo a direção de veículos), desde que com a movimentação 
frequente dos membros inferiores para evitar a formação de trombos.Deve-se incentivar a gestante a usar 
sempre o cinto de segurança de quatro pontos. Não há restrição de viagens aéreas até a 34a semana de 
gravidez.
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ABORTAMENTOS
# AMEAÇA DE ABORTAMENTO: 
EXAMES: USG endovaginal
CONDUTA: Sintomáticos ± Progesterona micronizada 200mg, VV, 2x/dia, ≤ 10 sem (se insuf lútea?)
# ABORTAMENTO COMPLETO:
EXAMES: USG endovaginal (se necessária) + Classificação sanguínea (se necessária)
CONDUTA: Orientação e Sintomáticos
# ABORTAMENTO INCOMPLETO:
EXAMES: USG endovaginal (se necessário) + Classificação sanguínea (se necessário)
CONDUTA:
IG Colo ECO endom Conduta
< 12sem
fechado
< 15mm Expectante: repetir USG TV em 4sem
≥ 15mm < 9 sem: Misoprostol 600mcg VV dose única≥ 9 sem: AMIU + ATBprofilaxia*
aberto --- AMIU + ATBprofilaxia*
≥ 12 sem --- --- Cureta 
*AMIU: sempre fazer Doxiciclina 200mg VO dose única, antes do procedimento
# ABORTAMENTO INEVITÁVEL:
EXAMES: USG endovaginal (se necessário) + Classificação sanguínea (se necessário)
CONDUTA: Se ≤ 12 semanas: AMIU + Doxiciclina 200mg VO dose única, antes do procedimento
Se > 12 semanas: vide conduta de aborto retido em tabela FIGO
# ABORTAMENTO INFECTADO:
EXAMES: USG endovaginal (se necessário) + Classificação sanguínea (se necessário)
CONDUTA:
• Antibioticoterapia sem sepse:
Clindamicina 900mg (SF0,9% 100ml) EV 8/8h + Gentamicina 240mg (SF0,9% 100ml) EV 1x/dia
• Antibioticoterapia com sepse:
Esquema sem sepse + Ampicilina 01g EV 6/6h
• Curetagem uterina após início da antibioticoterapia
- Suspender ATB 48h após ausência da última evidência clínico-laboratorial de infecção
- Alta hospitalar após suspensão do ATB
CRITÉRIOS DE SEPSE: Foco identificado ou presumido, mais 2 dos critérios abaixo:
1. FC > 90
2. FR > 20 ou PCO2 (gasometria) < 32
3. Temp > 38,2 ou < 35
4. Leucograma > 12mil ou < 4mil ou bastão > 10%
*Obs: Nos critérios 2, 3 e 4, não precisa de todos os itens para pontuar.
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INDUÇÃO DO PARTO
AVALIAÇÃO PRÉ-INDUÇÃO DE FETO VIVO: 
• Recalcular IG pela 1ª USG, DUM ou Regra de Mac Donald (MCD: AFU x 8 ÷ 7);
• avaliar apresentação e estimar peso fetal;
• examinar cérvix com TV e calcular Bishop (tabela abaixo);
• avaliar padrão de freqüência cardíaca fetal - CTG.
Índice de Bishop:
PONTUAÇÃO 0 1 2 3
Altura da apresentação - 3 - 2 - 1 / 0 ≥ + 1 
Dilatação do colo 0 1-2 cm 3-4 cm ≥ 5 cm
Apagamento (%) 0-30 40-50 60-70 ≥ 80
Posição do colo Posterior Intermediária Anterior --
Consistência do colo Firme Intermediário Amolecido --
MÉTODOS:
1. Misoprostol: 
Dose: 25mcg, vaginal, 6/6h. Máximo 8 comp. Na ausência de resposta, reexaminar a paciente:
• Se colo favorável (BISHOP > 6) – ocitocina
• Se colo desfavorável (BISHOP ≤ 6) – considerar falha de indução e indicar de cesárea
Contra-indicações:
• Gemelaridade.
• Cicatriz uterina por cesárea anterior ou cirurgia uterina corporal prévia.
• Paciente asmática.
• Placenta prévia.
• Uso concomitante com ocitocina.
• Contra-indicações ao parto vaginal.
2. Sonda Vesical de Demora
USO: Realizar EE e introduzir no canal cervical após assepsia, uma sonda vesical de demora nº 16 e insuflar 
o balão com 30ml (Máx 80ml) de água destilada (ou solução fisiológica). Tracionar a sonda e auscutar 
BCF a cada 2 horas até expulsão. Ao expulsar a sonda, reavaliar o colo. 
Ou se após 12h da introdução da sonda, não houver expulsão, retirar a sonda e reavaliar o colo:
• Se colo favorável (BISHOP > 6) – ocitocina
• Se colo desfavorável (BISHOP ≤ 6) – considerar falha de indução e indicar de cesárea
Indicação: Uma cesárea anterior
Contra–indicação: Rotura prematura de membranas, placenta de inserção baixa (CI relativa)
3. Amniotomia precoce: 
Indicação: Só se a cabeça estiver bem oposta ao colo do útero
Complicações: ruptura de vasa prévia e prolapso do cordão umbilical
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4. Ocitocina: 
Dose: 01 ampola + SF 0,9% 500ml IV 8 gotas/minuto (ou 24ml/h em BIC). 
- Dobrar o gotejamento, gradualmente, a cada 30 min, até 32 gotas/minutos (ou 96ml/h em BIC) até obtenção 
de contração eficaz. Sempre reavaliar para continuar/descontinuar ou aumentar /reduzir o uso da 
ocitocina.
Efeitos colaterais: Taquissistolia (> 5 contrações em 10 minutos)
Falha de indução: ocitocina por > 12h após a amniotomia sem DU efetiva e alteração cervical.
AVALIAÇÃO PRÉ-INDUÇÃO DE FETO MORTO: 
• Recalcular IG pela 1ª USG, DUM ou Regra de Mac Donald (MCD: AFU x 8 ÷ 7);
• avaliar apresentação e estimar peso fetal;
• examinar cérvix com TV e calcular Bishop (tabela abaixo);
• avaliar cicatriz uterina anterior.
MÉTODOS:
1. Misoprostol: Vide tabela da FIGO a seguir
2. Sonda Vesical de Demora:
USO: semelhante ao feto vivo
• Se colo favorável (BISHOP > 6) – ocitocina
• Se colo desfavorável (BISHOP ≤ 6) – avaliar outro método de indução (considerar uso de misoprostol, 
lembrar de fazer metade da dose se > 26 sem)
Indicação: Cicatriz uterina
3. Amniotomia precoce: 
Indicação: Só se a cabeça estiver bem oposta ao colo do útero
Complicações: ruptura de vasa prévia 
4. Ocitocina: 
Dose: semelhante ao feto vivo.
Efeitos colaterais: Taquissistolia (> 5 contrações em 10 minutos)
Falha de indução: ocitocina por > 12h após a amniotomia sem DU efetiva e alteração cervical.
* Regra de SICCA-BLANCO para infusão de ocitocina para esvaziamento uterino: 
Calcular a IG pela Regra de Mac Donald e infundir ocitocina abaixo:
• 16-22 sem → 16 ampolas
• 22-28 sem → 8 ampolas
• 28-32 sem → 4 ampolas Iniciar 8 gotas/minuto
• 32-36 sem → 2 ampolas
• > 36 sem → 1 ampola
Lembrar de suprimir a lactação com Cabergolina 1,0 mg (2 comprimidos de 0,5 mg) VO em dose única (a partir do 
2º trimestre, se necessário).
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INDUÇÃO COM MISOPROSTOL (FIGO, 2017)
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GRAVIDEZ ECTÓPICA
# TRATAMENTO EXPECTANTE:
Critérios de inclusão:
1. Imagem anexial < 5 cm
2. Ausência de batimentos cárdio-embrionários
3. Níveis de β-hCG inferiores a 200 mIU/ml
4. Sem líquido livre na cavidade, hemodinamicamente estáveis e assintomáticas ou com sintomatologia mínima.
- Em regime de internamento com repetição dos exames após 48 horas. 
• Caso tenha havido redução de pelo menos 15% dos níveis de β-hCG, sem sinais de rotura ao USG, podem 
receber alta e continuar o seguimento ambulatorial semanal com USG e β-hCG.
* Obs: O tratamento expectante é restrito a pacientes orientadas e com fácil acesso ao serviço hospitalar, caso 
haja alguma complicação.
# TRATAMENTO CLÍNICO:
Critérios de inclusão:
1. Níveis de β-hCG inferiores a 5000 mIU/ml
2. Massa anexial com diâmetro < 3,5 cm
3. Ausência de batimentos cárdio-embrionários, sem líquido livre na cavidade
4. Hemodinamicamente estáveis e assintomáticas ou com sintomatologia mínima
5. Sem doença hepática ou renal prévia ou supressão da medula óssea. 
6. Exames pré-QT: TGO, TGP, Tempo de Protrombina, Hemograma com plaquetas e Creatinina.
- Monitoriza-se o β-hCG no dia “4” e no dia “7”. 
• Queda > 15% do β-hCG entre esses dias (no D7) indica o sucesso do tratamento e a alta hospitalar pode ser 
concedida, com acompanhamento através do β-hCG e USG semanais. 
• Queda < 15% do β-hCG, uma nova dose do Metotrexato deverá ser realizada. 
• Aumento do β-hCG, indica-se cirurgia.
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# TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR:
Critérios de inclusão:
1. Em pacientes ainda desejosas de engravidar, estando a GE íntegra
2. Contra-indicação ou falha do tratamento clínico
3. Na ectópica rota, quando a trompa não está excessivamente danificada pode-se tentar realizar o tratamento, 
preservando-se a trompa.
Salpingostomia linear (padrão): realiza-se uma incisão longitudinal de 1-2 cm na face anti-mesosalpingeal 
com remoção do tecido trofoblástico. 
- A hemostasia deve ser realizada cuidadosamente, com bisturi elétrico micro-bipolar, e a sutura dos 
bordos é desnecessária.
- A persistência do trofoblasto pode ser reduzida com a administração de metotrexato profilática, em 
dose única, no pós-operatório na dose de 50 mg/m2 IM. 
- A via laparoscópica é a preferida, se houver, profissionais habilitados. 
# TRATAMENTO CIRÚRGICO RADICAL:
Critérios de inclusão:
1. Quando a paciente tiver a prole definida
2. Quando o dano tubário tiver sido extenso.
Salpingostomia total (opção): impõe-se estabilizar hemodinamicamente a paciente, presente o colapso 
circulatório, e proceder de imediato a laparotomia.- O cirurgião remove os coágulos, aspira o sangue derramado e, após assegurar a hemostasia, considera-
se a conduta mais adequada para cada caso.
- Nas grandes multíparas, a esterilização tubária está indicada pelo risco aumentado de gravidez ectópica 
subsequente.
Na ausência do comprometimento hemodinâmico, a via laparoscópica deve ser preferida.
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DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL
Fatores de risco para efeito de estadiamento:
1. hCG > 100.000 mIU/ml
2. Duração da doença superior a seis meses
TRATAMENTO DO ABORTAMENTO MOLAR (INTERNAMENTO DE URGÊNCIA) 
Feito o diagnóstico de mola hidaditiforme, o tratamento cirúrgico será procedido de uma das formas:
1. Curetagem uterina: a maioria das pacientes, exceto aquelas candidatas a histerectomia.
• Antes de curetar, colher sangue para dosagem do β-hCG e solicitar reserva de sangue.
• O procedimento deve ocorrer com gotejamento de ocitocina diluída em soro glicosado. 
• Dilatar com vela de Hegar o colo até 8mm para depois iniciar o esvaziamento uterino através de vácuo-
aspiração, (aspirador elétrico ou aspiração manual- AMIU), se possível. 
• A aspiração deverá ser OBRIGATORIAMENTE seguida da curetagem com curetas fenestradas e/ou rombas.
• Todo material colhido deve ser enviado para estudo histopatológico.
2. Histerectomia de urgência (excepcional), justificável nos seguintes casos:
• Como primeira opção nas pacientes com prole definida e/ou idade ≥ 38 anos e sem condições de 
acompanhamento posterior.
• Hemorragia de grande vulto + ameaça à vida da paciente e de elevado risco para curetagem.
• Mola invasora com sangramento peritoneal.
3. Quimioterapia profilática: CONTROVERSA.
• Dificuldade para o seguimento
• Quando se faz curetagem por via alta
• Quando ocorre perfuração uterina
• Fatores de risco presentes (β-hCG plasmático > 100.000 mUI/mL, idade > 40 anos)
• Quando indicado histerectomia
SEGUIMENTO AMBULATORIAL:
A paciente receberá alta hospitalar no dia seguinte ao esvaziamento uterino, desde que lóquios normais, pequeno 
volume ovariano e uterino e bom estado geral. 
Conscientização da gravidade da doença e em uso de contracepção hormonal combinada oral. 
Durante internamento, solicitar RX de tórax em PA e perfil, ecografia pélvica/transvaginal, hemograma completo, 
dosagem de β-hCG. 
O follow-up ambulatorial consistirá de:
• Prescrição de método contraceptivo hormonal oral (pílula combinada) durante todo o seguimento. Não 
indicar DIU.
• Exame ginecológico mensal.
• RX do tórax mensal, até negativar o hCG.
• Dosagem de β-hCG plasmático (vide figura abaixo)
Uma vez indicada a quimioterapia durante o seguimento ambulatorial, a paciente será reinternada e os níveis de 
hCG serão solicitados semanalmente. 
Solicitar acompanhamento da Oncologia clínica.
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SEGUIMENTO PÓS MOLAR – β-hCG
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA NEOPLASIA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL
1. O platô de β-hCG persiste por 4 dosagens ao longo de 3 semanas ou mais (dias 1, 7, 14 e 21)
2. Aumento de β-hCG em 3 dosagens semanais consecutivas ou com intervalo maior ao longo de 2 semanas 
ou mais (dias 1, 7, 14)
3. β-hCG se mantém elevada por 6 meses ou mais
4. Diagnóstico histológico de Coriocarcinoma
SISTEMA PROGNÓSTICO MODIFICADO DA OMS ADAPTADO PELA FIGO:
PONTOS 1 2 3 4
Idade (anos) < 40 ≥ 40 - -
Gravidez anterior Mola Aborto A Termo -
Meses de intervalo da 
gestação índice < 4 4 – 6 7 – 12 >12
β-hCG sérico pré tratamento < 10 3 10 3 < 10 4 10 4 < 10 5 ≥ 10 5
Maior tamanho do tumor 
(incluindo o útero) < 3 cm 3 – 4 cm ≥ 5 cm -
Local de matástases - Baço, Rim GI Fígado, Cérebro
Nº de metástases - 1– 4 5– 8 > 8
QTX sem êxito anterior - - 1 ≥ 2
• BAIXO RISCO: 0 A 6
• ALTO RISCO: ≥ 7
ESQUEMA QUIMIOTERÁPICO DE ELEIÇÃO
Monoquimioterapia com o methotrexate (MTX) é o agente antineoplásico de eleição na dose de 1mg/Kg peso/dia/ 
IM em associação com o ácido folínico (citrovorum fator, FC) na dose de 0,15 mg/kg de peso/dia / IM.
Antes de se iniciar a quimioterapia, fazer avaliação laboratorial com o hemograma completo (HC), contagem de 
plaquetas (PL), dosagem de uréia (U), creatinina (C) e aminotransferases (TGO).
Quando existir alteração laboratorial, é preferível dar doses menores do quimioterápico do que interromper ou 
prolongar os intervalos entre os ciclos. 
Para tanto, usar os critérios de Brucker, 1978/9/81 e Grego, 1981, para modificação da dose:
Laboratório x Dose 100% da dose 75% da dose 50% da dose Esperar 1 sem
Leucócitos > 4.000 3.000-4.000 2.500-3.000 < 2.500
Plaquetas >150.000 100.000-150.000 75.000-100.000 < 75.000
Cr ( de ... da 1ª dosagem) 0,6 mg 0,6-0,8 mg 0,8-1,2 mg > 1,2 mg
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
A quimioterapia será feita conforme o esquema abaixo (Bagshawe KD, Wilde CE, 1964, primeiros a utiliza-la na NTG 
com o intuito de reduzir a toxicidade):
DIA HORA Avaliar EXAMES HORA DROGA DOSE
1 08 HC, PL, UC, TGO 16 MTX 1,0 mg/kg/IM
2 08 --- 16 ácido folínico 0,12 mg/kg/IM
3 08 HC, PL, UC, TGO 16 MTX 1,0 mg/kg/IM
4 08 --- 16 ácido folínico 0,12 mg/kg/IM
5 08 HC, PL, UC, TGO 16 MTX 1,0 mg/kg/IM
6 08 --- 16 ácido folínico 0,12 mg/kg/IM
7 08 HC, PL, UC, TGO 16 MTX 1,0 mg/kg/IM
8 08 --- 16 ácido folínico 0,12 mg/kg/IM
Os efeitos colaterais mais comuns do Methotrexate são a estomatite, mieolodepressão, náuseas e vômitos, hepato 
e nefrotoxidade, dermatite e alopecia.
O nível sérico de hCG é determinado semanalmente após cada curso de quimioterapia, e a curva de regressão de 
HCG serve como base primária para determinar a necessidade de tratamento adicional. 
Após o primeiro curso de tratamento:
1. A quimioterapia adicional é suspensa, desde que o nível de hCG esteja caindo progressivamente
2. A quimioterapia adicional com agente único não é administrada em qualquer intervalo de tempo 
predeterminado ou fixo.
UM SEGUNDO CURSO DE QUIMIOTERAPIA SERÁ ADMINISTRADO, SE:
1. O nível de hCG se estabilizar por > 3 semanas consecutivas, ou aumentar novamente.
2. O nível de hCG NÃO diminuir em 1 log dentro de 18 dias após todo o primeiro tratamento.
- Se necessário um segundo curso de MTX-AF, a posologia de MTX é inalterada, se a resposta ao primeiro 
tratamento for adequada (queda de 1 log em 18 dias, após um curso de quimioterapia).
- Se a resposta ao primeiro curso de tratamento for inadequada, a dose deverá ser aumentada para 
1,5mg/Kg peso/dia. Se a resposta a 2 cursos de tratamento for inadequada, a paciente será considerada 
resistente ao MTX e a actinomicina D (12 mcg/kg/dia/IV) deverá substituir o MTX. A Actinomicina D, que 
é um antibiótico antitumoral, na dose de 12 mg/kg/dia/IV durante 5 dias consecutivos.
- Se os níveis de hCG não diminuírem em 1 log após o tratamento com actinomicina D, a paciente também 
é considerada resistente a actinomicina D. 
• Realizar US de rotina após 72 horas de curetagem uterina. 
• Em caso de ecos intracavitários, recuretar e repetir a US em igual período. 
• Se houver continuação do sangramento até após 7 dias, recuretar, mesmo com US normal.
# METÁSTASES
• Vagina = 30%
• Hepática = 10% daquelas com metástases disseminadas
• Cérebro = 10% dos casos avançados.
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
Se o exame pélvico e RX de tórax forem negativos, são raras as metástases para outros órgãos.
Cursos de tratamento com MTX como agente único. 
Respostas:
• das 185 pacientes tratadas 87,6% (162 pacientes) houve remissão completa. 
• 81 % dessas pacientes (132 pacientes) necessitaram de apenas um curso de MXT e ácido folinico para 
atingerem a remissão completa.
• O MTX e acido folinico, induziu a remissão completa em 90,2% das 167 pacientes com doença no estagio I 
(147 pacientes).
• O MTX e acido folinico, induziu a remissão completa em 68,2% das 22 pacientes com doença no estagio II 
e III (15 pacientes).
Histerectomia: Malogrodo tratamento quimioterápico. 
MONITORAMENTO PÓS-TRATAMENTO
• BAIXO RISCO: dosagem semanal de β-hCG até indetectável por 3 semanas consecutivas. 
A seguir, dosagens mensais até permanecer indetectável por 12 meses para conceder alta.
• ALTO RISCO: são acompanhadas por 24 meses por maior risco de recidiva.
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INCOMPETÊNCIA ISTMO-CERVICAL E COLO CURTO
Baseado: Diagnóstico Conduta
Na história
≥ 2 perdas consecutivas no 2º tri, cada vez 
mais precoces, associadas a uma dilatação 
cervical relativamente indolor 
OU
≥ 3 partos prematuros precoces < 34s 
(sem causas justificada)
1. Cerclagem ELETIVA 12 a 14sem
2. Progesterona micronizada 100 a 200mg/
dia VV entre 16 e 36sem 
*Obs: não há indicação de USG para 
mensuração de colo
Na história e 
USG
1 perda anterior no 2º trimestre ou 1 
ou 2 partos prematuros (sem causas 
justificada)
*Obs: Se perda de 2º trimestre com 
história típica, a critério clínico, realizar 
cerclagem.
1. Progesterona micronizada 100 a 200mg/
dia VV de 16-36 semanas
2. Seriar comprimento cervical (CC) iniciando 
com 14-16semanas até 24sem:
- Se CC ≥ 30mm, USG a cada 2 semanas; 
- Se CC 26-29mm, USG semanal;
- Se CC ≤ 25 mm, realizar cerclagem
No exame 
físico
Alterações cervicais avançadas no exame 
físico < 24 semanas
1. Cerclagem de EMERGÊNCIA (a depender 
do julgamento clínico)
*Obs: > 24sem não se recomenda cerclagem.
No Colo Curto Mulheres sem parto prematuro prévio
2. USG entre 18 e 24sem
- Se CC ≤ 25mm: Progesterona micronizada 
100-200mg/dia VV até 36sem
PRÉ-OPERATÓRIO:
1. USG para avaliação fetal + TN
2. Excluir infecção, sangramento, RPM e TPP
PÓS-OPERATÓRIO:
1. USG para documentar viabilidade fetal e LA antes da alta
2. Analgésicos de baixa potência, se necessário
3. Orientações gerais sobre perda de LA e TPP
TÉCNICA CIRÚRGICA:
1. De McDonald
2. Deixa a sutura 1,5 a 2 cm do fio ao OCE
3. Usar fio inabsorvível e deixar ponta longa (aproximadamente 3 cm)
SEGUIMENTO:
1. Corticoterapia entre 24 e 34 sem.
2. Pré-natal em ambulatório de Alto Risco
3. Retirada da cerclagem: ambulatorialmente entre 36-37s, podendo ser postergado para um parto normal 
planejado, ou no momento de uma cesárea eletiva.
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
TRABALHO DE PARTO PREMATURO
EXAMES
1. Hemograma e Sumário de urina 
2. Urocultura
3. Exame especular e Exame a fresco da secreção vaginal
4. USG obstétrica
5. Cardiotocografia fetal anteparto, se IG > 32 semanas 
6. Coleta da CSV para estreptococos B
CORTICOTERAPIA: entre 24-34 semanas
Droga de escolha: Betametasona – 12mg IM, 1x/dia, e repete após 24h.
Opção: Dexametasona – 6mg IM, 12/12h, por 2 dias, sendo 4 doses. 
* Obs: no caso de recidiva do trabalho de parto prematuro dentro de 15 dias, e quando a administração foi 
IG < 28 semanas, repetir a corticoterpia (1 ciclo completo).
ANTIBIOTICOTERAPIA: TPP com ou sem bolsa rota, de 24-36 sem
Droga de escolha: Ampicilina Dose de ataque 2g EV // Manutenção 1g EV 4/4h, até o parto / inibição
TOCOLÍTICO (inibição): entre 24 a 34 semanas, mesmo com dilatação avançada.
Na dúvida do diagnóstico, observar durante 1hora para confirmação do diagnóstico do trabalho de parto prematuro, 
durante esse período pode ser usado Buscopam®.
Contra-indicações do tocolítico:
1. Feto morto
2. Corioamnionite
3. Sofrimento fetal agudo
4. Sangramento genital intenso
Drogas:
1. NIFEDIPINA (primeira droga de escolha)
Dose de ataque: 30mg VO // Dose de manutenção: 20mg 4/4h VO, iniciar 4h após o ataque.
Duração do tratamento: 24h (mínimo) – 48h (máximo)
Momento da suspensão da droga: se 6 – 12h sem dinâmica. Observar 24h após suspender a droga
Contra-indicação à Nifedipina: HAS
Outras drogas (Falha do tratamento ou contra-indicação à Nifedipina)
2. IG < 32 semanas - Indometacina 100mg VR (ataque) + 25mg VO 6/6h por 48h (manutenção)
3. IG > 32 semanas - Atosiban* (resumo a seguir)
ORIENTAÇÃO PARA ALTA
Repouso físico relativo e sexual 
Retorno ao pré-natal de alto risco com 7-15 dias.
Progesterona natural micronizada 200mg/dia, VV, até 36 semanas, se:
- antecedente de parto prematuro em gestação anterior 
- colo uterino curto (< 2,5cm)
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
*APLICAÇÃO TERAPÊUTICA DE ATOSIBAN
Forma farmacêutica
ATOSIBAN está disponível na concentração de 7,5 mg/ml de acetato de atosiban acondicionado em:
Frasco-ampola com 0,9 ml para injeção em bolus IV (solução para injeção).
Frasco-ampola com 5 ml para infusão IV (solução concentrada para infusão).
Dose e administração
Curso completo: 1 frasco-ampola de 0,9 ml, mais 4 frascos-ampola de 5,0 ml, durante um período total de 18 horas.
Injeção inicial
Uma injeção em bolus inicial de 6,75mg (correspondente a 1 ampola com concentração de 7,5mg/ml x 0,9ml). Ou 
seja, injeção IV em bolus lento 0,9 ml de Tractocile Sol. de Injeção (7,5mg/ml) em 1min.
Infusão rápida: Seguida por infusão contínua alta dose igual a 300 mcg/min (taxa de 24 ml/hora) durante 3 horas.
Infusão lenta: Manter infusão a uma taxa de 8ml/h, por no máximo 45 horas.
# Fluxograma de Assistência ao Trabalho de Parto Prematuro:
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
ROTURA PREMATURA DAS MEMBRANAS (RPM)
1. Admissão (Rastreio infeccioso): Hemograma, PCR e Sumário de urina
2. Leucograma e Exame especular 3/3 dias
• Exame a fresco da secreção vaginal 3/3 dias
• Teste da cristalização – colher o L.A do FSP, colocar em lâmina. Secar e fazer a leitura. Teste positivo = 
formam-se folhas de samambaia.
• Teste de fenol vermelho – introduzir um chumaço de algodão no FSP e deambular. Após 20 minutos, pingar 
o corante fenoftaleína no algodao. Teste Positivo = se róseo-avermelhado.
3. Coleta da CSV para estreptococos B
4. USG obstétrica semanal – avaliar volume de líquido amniótico (VLA)
5. Cardiotocografia fetal anteparto, se IG > 32 semanas 
CONDUTA CONSERVADORA: Se 24-36sem
1. Dieta livre com maior aporte hídrico
2. Corticoterapia: Betametasona 12mg IM, 1x/dia, e repete após 24h. 
3. Inibir TPP 24-34sem pra fazer CE; não inibir, se >34sem ou CE já administrado + RPMO. 
4. Azitromicina 1g VO dose única
5. Ampicilina 2g IV 6/6h por 2 dias. A seguir, 500mg VO por 5 dias.
Critérios de alta hospitalar com Controle semanal no PNARD, só se todos os itens abaixo:
Se na USG: VLA normal (Manning > 2) + Sem perda, inclusive no EE + Término do Protocolo 7d
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
ANTIBIOTICOTERAPIA PROFILÁTICA NO INTRAPARTO
INDICAÇÕES (CDC, 2010):
1. Gestação com TPP com ou sem bolsa rota
2. RPM > 18h
3. Temperatura materna > 38ºC intraparto
4. Bacteriúria por Streptococcus beta-hemolítico do grupo B na gestação atual
5. Filho de gestação anterior com doença neonatal por Streptococcus beta-hemolítico do grupo B
ESQUEMA INTRAPARTO
1. Primeira escolha – Penicilina cristalina
Dose de ataque – 5.000.000UI + SF 0,9% 100ml EV 
Manutenção – 2.500.000UI + SF 0,9% EV 4/4h, até o parto
2. Alternativa: Ampicilina 
Dose de ataque – 2g EV 
Manutenção – 1g EV 4/4h, até o parto
3. Alergia à Penicilina – baixo risco de anafilaxia – Cefazolina
Dose de ataque – 2g EV 
Manutenção – 1g EV 8/8h, até o parto
4. Alergia à Penicilina + alto risco de anafilaxia + Streptococcus não resistente à Clindamicina ou 
Eritromicina
Clindamicina – 900mg EV 8/8h, até o parto 
Eritromicina – 500mg 6/6h, até o parto
5. Alergia à Penicilina + alto risco de anafilaxia + Streptococcus resistentes à Clindamicina ou Eritromicina 
ou sensibilidade desconhecida - Vancomicina
Vancomicina – 1g EV 12/12h
ESQUEMA NA CESÁREA (Profilaxia para endometrite)
1. Cefazolina – 2g EV dose única antes da indução anestésica
2. Fazer Cefazolina, mesmo que tenha feito Penicilina Cristalina
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
NEUROPROTEÇÃO FETAL COM MgSO4
INDICAÇÕES:
1. IG > 23 semanase < 32 semanas +
2. TPP com dilatação ≥ 4cm com ou sem bolsa rota
CONTRA-INDICAÇÕES:
1. Pré-eclâmpsia grave
2. Óbito fetal
3. Anomalia fetal incompatível com a vida
4. Contraindicações maternas ao Sulfato de Magnésio (Miastenia gravis, falência renal, etc)
ESQUEMA:
• Ataque: MgSO4 50% 12ml (6g) + SF 0,9% ou SRL 100ml EV em 20-30 minutos.
• Manutenção: MgSO4 50% 24ml (12g) + SF 0,9% ou SRL 500ml em BIC (84ml/h) 6/6h.
Tempo de uso:
1. Até o parto (quando não se consegue inibir)
2. Caso seja inibido, suspender imediatamente
3. Iniciar, no mínimo, até 4h antes da interrupção eletiva
Início do tratamento:
A INFUSÃO DEVE SER INICIADA NA SALA DE PARTO
Junto com o tocolítico (Nifedipina) ou sem, quando o parto for irreversível.
REPETIÇÃO DA DOSE:
1. Ataque + manutenção, se > 6h do esquema inicial e persistência do risco de PP iminente
2. Manutenção, se < 6h do esquema inicial e persistência do risco de PP iminente
MONITORIZAÇÃO: 
Ao término de cada fase avaliar parâmetros: FR, FC, PA, diurese, reflexos
TRANSFERÊNCIA PARA O ALTO RISCO:
1. Paciente sem contrações
2. Ao término da infusão do Sulfato de Magnésio
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
CARDIOTOCOGRAFIA
# Fluxograma de indicação da CTG:
# AVALIAÇÃO ANTEPARTO
Objetivo: Ver a atividade (antes do estímulo sonoro) e reatividade (após estímulo sonoro)
Como fazer:
1. Tocodinamômetro – fixar no fundo uterino (sem gel). Ajustar no tono de 10 (fisiológico)
2. Sonar – fixar no foco de ausculta com a cinta elástica
3. Orientar a paciente a pressionar a cigarra a cada movimentação fetal
4. Iniciar registro gráfico
5. Após 10 minutos, fazer estímulo sonoro suprapúbico com buzina por 5 seg e registrar + 10min.
INTERPRETAÇÃO:
• Antes do estímulo sonoro:
PARÂMETRO NORMAL PONTOS Total: 5 pontos
LINHA DE BASE (BCF ou FCF) 110-160 1
Feto ativo: 4-5 
Feto hipoativo: 2-3 
Feto inativo: 0-1
VARIABILIDADE
ausente; 
mínima (<6bpm); 
normal (6-25bpm);
marcada/saltatória (> 25bpm)
6-25 bpm 1
ACELERAÇÃO TRANSITÓRIA (AT)
(IG>32sem): aumento de ≥ 15bpm na FCF por ≥ 15” ≥ 1 2
DESACELERAÇÃO*
≥15bpm abaixo da linha de base com duração 15” a 2´ AUSENTES 1
* Desaceleração: 
Tipo 1 – a desaceleração > 15bpm que dura < 15 segundos entre o início e o nadir (fisiológica)
Tipo 2 – a desaceleração > 15bpm que dura > 30 segundos entre o início e o nadir (patológica)
Variáveis: não complicadas (rápidas) e complicadas (< 70bpm e duração > 60 segundos)
• Após estímulo sonoro: 
Realizar nos fetos hipoativos e inativos
o Feto reativo: se presentes todos os parâmetros
o Feto hiporreativo: se ausente 01 parâmetro
o Feto inativo: ausentes todos os parâmetros
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
# AVALIAÇÃO INTRA-PARTO
Recomendado apenas em gestações de alto risco
• Categoria I:
FCF entre 110-160bpm, variabilidade moderada, presença de desacelerações ocasionais moderadas não 
complicadas ou precoces e acelerações espontâneas.
• Categoria II: 
taquicardia ou bradicardia durante 30-80 segundos, desacelerações variáveis não complicadas repetidas, 
desacelerações tardias ocasionais ou desaceleração prolongada única < 3 minutos ou/e ausência de 
aceleração ao estímulo do couro cabeludo.
• Categoria III:
taquicardia ou bradicardia, desacelerações variáveis complicadas ou tardias recorrentes, ou ausência de 
acelerações, variabilidade mínima por mais de 80 segundos, variabilidade marcada ou saltatória por mais 
de 10 minutos, ou padrão sinusoidal.
* Reanimação intrauterina – hidratação venosa com SRL, posição materna em DLE, oxigenoterapia, suspensão 
de drogas uterotônicas.
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
RESTRIÇÃO DE CRESCIMENTO INTRA-UTERINO ASSIMÉTRICO
PERFIL HEMODINÂMICO FETAL MODIFICADO (PHFM)
OBS 1: Oligoâminio sem perdas: fazer doppler semanal.
OBS 2: Oligoâminio severo com Manning < 2cm sem perdas, sem CIUR e Doppler normal, interromper com 34 
semanas.
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
INTERVALOS DE REFERÊNCIA DE PESO FETAL
Adaptado de: FP Hadlock, RB Harrist, J Martinez-poyer. In utero analysis of fetal growth: 
A sonographic weight standard. Radiology 1991;181:129-33
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
GEMELARIDADE
INTERRUPÇÃO:
- Dicoriônica/Diamniótica (sem complicações): 38s0d a 38s6d
- Monocoriônica/Diamniótica: 36s0d a 36s6d
- Monocoriônica/Monoamniótica: 32s0d a 34s0d
VIA DE PARTO:
AP:
- Cefálico/Cefálico: parto vaginal;
- Cefálico/Não-cefálico: cesariana de ambos os fetos. 
* Opções: 
1) parto vaginal do 1º feto, seguido de versão podálica interna com extração pélvica do 2º feto;
2) VCE do 2º feto;
- Pélvico/Cefálico: cesariana;
- 1º não-cefálico: cesariana;
Placenta/ LA:
- Monocoriônica/Monoamniótica: cesariana;
- Monocoriônica/Diamniótica: via de parto definida pela apresentação fetal;
CONTRAINDICAÇÃO À EXTRAÇÃO PÉLVICA DO 2º FETO:
- 2º gemelar com PFE ≥ 20% do 1º gemelar;
- 2º período de parto prolongado ou bossa serossanguinolenta do 1º gemelar;
- IG < 28s ou PFE < 1500g: cesariana de ambos.
GESTAÇÃO GEMELAR E CESÁREA ANTERIOR: 
Prova de trabalho de parto, desde que entrem em TP espontâneo, com monitorização fetal continua (sinal inicial 
mais comum de rotura uterina: alteração dos batimentos fetais). Se a monitorização continua não for possível, é 
preferível a cesariana.
PARTICULARIDADES NO MANEJO:
- Clampeamento imediato após nascimento do 1º gemelar Monocoriônico;
- Clampeamento com 30-60s após nascimento do 1º gemelar Dicoriônico;
- Evitar amniotomia precoce do 2º gemelar até ajuste da apresentação fetal; 
- Ausculta intermitente não é prática e pode não distinguir com segurança um gemelar do outro;
CONDUTA NO ÓBITO DE UM DOS GEMELARES:
- Dicoriônico: interrupção se a condição subjacente afetar ambos os fetos (ex.: corioamnionite, PE)
- Monocoriônico: >26s + morte iminente/óbito de um dos fetos: interrupção
SÍNDROME TRANSFUSÃO FETO-FETAL: 
• Monocoriônicas
• Assintomáticas ou sintomas devido ao polidramnio;
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
Classificação de Quintero
Estágio I Sequência oligo / polidrâmnio.Discordância entre os líquidos amnióticos.
Estágio II
Sequência oligo / polidrâmnio. 
Não visualização da bexiga do doador. 
Doppler normal.
Estágio III
Sequência oligo / polidrâmnio. 
Não visualização da bexiga do doador.
Doppler anormal, em qualquer um dos gêmeos.
Estágio IV Hidropsia em um ou ambos os fetos.
Estágio V Morte de um ou ambos os fetos.
MANEJO:
- Estagio I (oligossintomática) + colo > 25mm: Expectante. Doppler semanal. Se estável, interrupção com 
36-37s;
- Estágio I polissintomática ou colo < 25mm: Ablação por Laser se 16s- 26s. Amniorredução > 26s. Doppler 
semanal. Interrupção com 36-37s se ausência de complicações;
- Estágio II-IV e 16-26s: Laser ablação
- Estágio II-IV e > 26s: Amniorredução seriada
- Estágio V: manejo como óbito de gemelar Monocoriônico.
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
ASSISTÊNCIA AO PARTO VAGINAL
ORIENTAÇÕES DE HUMANIZAÇÃO:
1. Priorizar o aspecto emocional, ouvindo a parturiente e só intervir se realmente necessário. 
2. Não basta criar técnicas, é preciso criar laços afetivos, ser mais humano.
3. Proteger a sua dignidade, privacidade e confidencialidade, para evitar danos e maus tratos, com respeito 
à sua autonomia e com apoio contínuo em todas as fases do trabalho de parto.
4. Toda intervenção só pode ser realizada com recomendação baseada nas evidências científicas. 
QUANDO INTERNAR TP: 
Se gestante com gravidez de alto risco com TP: Contrações rítmicas (no mínimo duas de 40 segundos ou três de 
30 segundos a cada 10 minutos) mais 4 a 6 cm de dilatação cervical.
Se gestação de baixo risco, regular transferência pela central de leitos: 0800 2813 555 (CISAM 35). 
ROTINA NA ADMISSÃO:
1. Anexar ao prontuário a 1ª USG para estimar IG, ou DUM, ou regra de MCD: AFU x8 ÷ 7
2. Anexar ao prontuário cartão de pré-natal para antecedentes pessoais e obstétricos, consultas de PN (se 
HASC / HASG) e exames como glicemias, sorologias e CS.
3. Verificar sinais vitais como PA, FC e respiratória, temperatura e peso. 
4. Solicitar exames de rotina como teste rápido de HIV, HBsAg e VDRL e CS. 
5. Preencher documentos da internação, evitando campos vazios.
6. Oferece-se banho de chuveiro e depois troca das vestes por avental simples.
7. A parturiente é encaminhada para o Centro Obstétrico, onde ficará nos períodos do parto.
Períodos do Parto: qualquer intervenção deve ser explicada e discutida com a paciente.
# PRIMEIRO PERÍODO: DILATAÇÃO: início do trabalho de parto até a completa dilatação. 
1. EXAME VAGINAL: em intervalos de 4 horas, se conduta expectante, e 2h, se conduta ativa. 
2. DIETA: baixo risco para cesárea, ingestão de líquidos e alimentos leves
3. APOIO EMOCIONAL: pessoa em quem confia e com quem se sinta à vontade: parceiro, mãe, melhor amiga 
ou uma doula. Consiste de elogios, reafirmação, medidas para aumentar o conforto materno, contato físico, 
como friccionar as costas da parturiente e segurar as mãos, dar as informações e explicações que esta 
deseje e necessite. 
4. POSIÇÃO E MOVIMENTO: Respeitar a preferência da paciente. Estimular a deambulação, exercícios 
respiratórios e técnicas de relaxamento. Se deitada, em decúbito lateral esquerdo. 
5. CONTROLE DA DOR: 
Não farmacológico: liberdade para posição, no leito ou não; posturas verticalizadas, sentada, em pé, ou 
deambular; toques, massagens, compressas quentes, banho de chuveiro ou de imersão; respiração ritmada, 
música e relaxamento, que desviam a atenção da dor.
Farmacológico: bloqueios regionais: 
• Raquianestesia: apenas no expulsivo (bloqueio da musculatura e perda da prensa abdominal).
• Peridural contínua: permite intervenção logo no início do TP (modulação do nível analgésico para cada 
fase, sem interferir com a motricidade da paciente, se necessária uma cesariana de urgência, basta 
completar a dose do anestésico sem a necessidade de nova punção espinhal). 
• Raquianalgesia com opióide (sufentanil, 5 a 7,5 mg, ou fentanil): uma analgesia imediata, não induz 
alterações hemodinâmicas significativas e nem na dinâmica uterina. Ela pode deambular (sem bloqueio 
motor). Pode associar ao cateter peridural para complementar a analgesia. 
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
6. PARTOGRAMA: obrigatório preenchimento por lei, faz parte do prontuário, só deve ser iniciado quando a 
dilatação cervical for ≥ 6 cm e DU efetiva.
7. AMNIOTOMIA: Quando houver discinesia uterina e indicação de abreviar o parto.
8. MECÔNIO: Não recomendar cesariana apenas pela eliminação isolada de mecônio no TP.
• Líquido amniótico tinto de mecônio: um alerta para o SFA - BCFs entre 15/15 ou 30/30 minutos. 
• Mecônio espesso: relação com SFA e asfixia perinatal (aspiração de mecônio) – CTG.
9. MONITORAMENTO DA VITALIDADE FETAL: a cada 30min até 10cm, e a cada 5min no expulsivo. Por 1 
minuto; se BCF alterado (nl: 110-160 bpm), auscultar na contração uterina e continuar por pelo menos 30 
segundos depois para registrar acelerações e desacelerações. 
10. OCITOCINA: somente se diagnóstico preciso de hipoatividade uterina.
• Ocitocina 1amp + SG 5% 500ml EV em BIC, iniciando com 24 ml/h (8 gotas/min). 
• Após 30min sem resposta, gotejamento poderá ser duplicado para 48 ml/h (16 gotas/min).
• Após 30min sem resposta, gotejamento será duplicado na dose máxima de 96 ml/h (32 gotas/min).
11. ANTIESPASMÓDICOS: O uso de agentes antiespasmódicos (atropina) para prevenir o TP prolongado ou 
facilitar a dilatação do colo não é recomendado. 
# SEGUNDO PERÍODO: EXPULSÃO: dilatação completa até desprendimento do feto. 
1. POSIÇÃO: A mulher deve ser incentivada verticalizar ou qualquer posição que ela achar mais confortável. 
Deve-se desencorajar a posição supina ou semi-supina, decúbito dorsal horizontal.
2. AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL: A cada 5 minutos antes, durante uma contração uterina e continuar 
por pelo menos 30 segundos depois.
3. PUXOS: Nada de puxos dirigidos. Encorajadas e apoiadas nos puxos voluntários. 
4. PROTEÇÃO DO PERÍNEO: Compressas mornas e proteção do períneo são recomendadas. 
5. EPISIOTOMIA: 
• O uso rotineiro ou liberal de episiotomia não é recomendado para parto vaginal espontâneo. 
• Indicações de episiotomia abreviar o parto por diagnóstico de SFA. Com tesoura ou bisturi, preferência 
pelas incisões médios-laterais e só após a rotação interna da cabeça fetal.
• Quando indicada a episiotomia, faz-se a antissepsia da região perineal, das coxas e hipogástrico. Fazer 
uma infiltração em leque com anestésico local sem vasoconstrictor. 
6. KRISTELLER: NUNCA FAZER, dar preferência ao fórcipe de alívio ou vácuo extrator.
7. DESPRENDIMENTO DO CONCEPTO:
• Após o desprendimento da cabeça, limpar boca e nariz do feto com gazes/compressas, s/n. 
• Se o desprendimento dos ombros não se der espontaneamente, a cabeça fetal é segura com ambas 
as mãos e tracionada delicadamente para baixo, juntamente com uma flexão e abdução máxima dos 
membros inferiores da parturiente a fim de liberar o ombro anterior; em seguida, uma leve tração para 
cima desprenderá o ombro posterior.
• Logo após o desprendimento o recém-nascido deve ser entregue à sua mãe para estabelecer o contato 
pele a pele, se ambos estiverem estáveis clinicamente. 
# TERCEIRO PERÍODO: DEQUITAÇÃO: expulsão do feto até expulsão da placenta. 
A dequitação fisiológica se dá entre 5 a 10 minutos após expulsão fetal. 
1. UTEROTÔNICOS: prevenção da hemorragia pós-parto (HPP) é para todos os partos.
• A ocitocina 10 UI, IM/IV (2amp de 5UI). 
• Mais uterotônicos injetáveis (ergometrina/metilergometrina) ou retal (misoprostol 600µg). 
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
2. CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL: 
• É tardio, depois de cessada a pulsação do cordão, cerca de 3 a 4 minutos. 
• O MS recomenda clampeamento precoce no casos de HIV, sífilis e hepatites viras. 
• Para acelerar a dequitação e diminuir a perda sanguínea no pós-parto, realizar a drenagem placentária, 
até a dequitação. 
3. TRAÇÃO CONTROLADA DO CORDÃO Só se necessário reduzir do 3º período. 
4. MASSAGEM UTERINA: Não é recomendada.
5. EXAME DA PLACENTA Minuciosa inspeção dos anexos.
6. SUTURA DAS LACERAÇÕES E EPISIORRAFIA: Devem ser suturadas as lacerações musculares com categute 
cromado 00 e os demais tecidos com categute simples 00. 
# QUARTO PERÍODO: 1ª hora após a expulsão da placenta.
Observar os sinais vitais, o grau de contratura uterina (globo de segurança de Pinard) e a presença ou não de 
hemorragia vaginal. 
1. CUIDADOS COM O RECÉM-NASCIDO ASPIRAÇÃO NASAL OU ORAL DE ROTINA: Em neonatos nascidos 
com líquido amniótico claro que começam a respirar por conta própria, a aspiração da boca e do nariz 
não deve ser realizada.
2. CONTATO PELE A PELE: Todas, mesmo se mãe HIV + (nesse caso, não oferecer o peito).
3. ALEITAMENTO: Todos os recém-nascidos, incluindo os com baixo peso ao nascer e/ou prematuros, que 
estejam clinicamente estáveis, devem ser colocados no peito logo que possível após o nascimento. 
4. VITAMINA K: Todos os RN devem receber vitamina K 1mg IM logo após o nascimento. 
5. BANHO E OUTROS CUIDADOS IMEDIATOS: 24 horas após o nascimento, exceto nos casos de gestantes HIV+ 
cujo banho do RN deve ser imediato, associado ao uso de AZT oral, quando recomendado, preferencialmente 
ainda na sala de parto. Se isto não for possível devido a razões culturais, o banho deve ser atrasado por 
pelo menos seis horas. Roupas apropriadas do bebê para a temperatura ambiente são recomendadas. Isso 
significa de uma a duas camadas de roupas mais do que os adultos e o uso de chapéus / bonés. A mãe e o 
bebê não devem ficar separados e devem permanecer no mesmo quarto 24 horas por dia. 
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
INDICAÇÕES DE CESÁREABASEADAS EM EVIDÊNCIAS
(em casos de fetos vivos) - Fonte: FEBRASGO, 2018 (adaptado)
A cesariana deve ser praticada rotineiramente
Indicação Grau de evidência
Qualidade da 
evidência
Apresentação pélvica a termo A Boa
Cesárea prévia (= 2 cicatrizes uterinas) B Razoável
Crescimento intrauterino restrito (só se diástole zero ou reversa da artéria umbilical) D Pobre
Descolamento prematuro da placenta B Pobre
Gravidez gemelar com 1o feto não cefálico D Razoável
Gravidez gemelar (sabidamente) monoamniótica B Pobre
Herpes genital ativo no momento do parto B Boa
Herpes genital (infecção primária) no 3o trimestre D Razoável
HIV+ (carga viral > 1000 cópias/mL ou desconhecida) A Boa
Estimativa de peso fetal > 4.500g D Razoável
Placenta prévia total e parcial D Pobre
Placenta prévia com distancia < 2cm entre o bordo placentário e o orifício interno do colo D Razoável
Prolapso de cordão B Razoável
A cesariana NÃO deve ser praticada rotineiramente
Indicação Grau de evidência
Qualidade da 
evidência
Cesárea a pedido B Razoável
Cesárea prévia (1 cicatrize uterina) B Boa
Cesárea prévia (2 cicatrizes uterinas com parto vaginal prévio) D Razoável
Circular de cordão B Razoável
Crescimento intrauterino restrito após 34 semanas D Razoável
Descolamento prematuro da placenta com feto morto D Pobre
Gravidez gemelar com 1o feto cefálico A Pobre
Hipertensão/pré-eclâmpsia B Razoável
HIV+ (carga viral < 1000 cópias/mL) B Razoável
Estimativa de peso fetal > 4.000g B Razoável
Prematuridade extrema (<28 semanas) B Razoável
TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO
Um termo de consentimento informado deve ser obtido de todas as mulheres que sejam submetidas a cesariana. 
Quando a decisão pela cesariana for tomada, devem ser registrados os fatores que a influenciaram na decisão e qual 
deles foi o mais influente. Igualmente, é recomendada a obtenção de um termo de consentimento pós-informação 
para um parto vaginal na presença de uma ou mais cicatrizes de cesárea anterior.
COMENTÁRIOS CONFORME A SITUAÇAO MATERNA OU FETAL:
• Acretismo placentário: um exame ecográfico com doppler é recomendado em mulheres com cesariana prévia 
e suspeita de placenta de inserção baixa entre 32-34 semanas para investigação de acretismo placentário. 
Caso o diagnóstico de placenta acreta seja sugerido, é recomendada RNM com a finalidade de investigar 
a extensão da invasão. Acretismo placentário é recomendado programar a cesariana com a presença de 
2 obstetras, além do anestesista e pediatra, e com tipagem sanguínea e reserva de hemoderivados para 
eventual necessidade durante o procedimento. 
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
• Apresentação pélvica: gestantes a termo com apresentação pélvica, a cesariana é recomendada devido à 
redução da mortalidade perinatal e morbidade neonatal. Deve-se aguardar o termo completo (pelo menos 
39 semanas) e preferentemente o desencadeamento do trabalho de parto.
• Cesariana a pedido: a informação sobre cesariana, o procedimento, seus riscos e repercussões para 
futuras gestações deve ser clara e acessível respeitando as características socioculturais e individuais da 
gestante. Se não há indicação médica, deve-se discutir as razões da preferência por cesariana. É recomendado 
que a gestante converse antes do início do trabalho de parto, sobre sua preferência com os profissionais 
(anestesista, outro obstetra, enfermeiras obstétricas, obstetrizes). Em caso de ansiedade relacionada ao parto 
ou partofobia, é recomendado apoio psicológico multiprofissional. Se após informação (e apoio psicológico, 
quando indicado) a gestante mantiver seu desejo por cesariana, o parto vaginal não é recomendado. Quando 
a decisão pela cesariana for tomada, devem ser registrados os fatores que a influenciaram na decisão, e qual 
deles é o mais influente. A cesariana programada não é recomendada antes de 39 semanas de gestação. 
• Cesariana prévia: a via de parto em gestantes com cesariana prévia deve considerar as preferências e 
prioridades, os riscos e benefícios de uma nova cesariana, de um parto vaginal após uma cesariana, e 
o risco de uma cesariana não planejada. As mulheres com 3 ou mais cesáreas anteriores devem saber 
do aumento do risco de ruptura uterina com o parto vaginal, porém deve ser pesado contra os riscos de 
iteratividade. Trabalho de parto e parto vaginal em mulheres com cesariana prévia é recomendado na 
maioria das situações. De maneira geral, a cesariana é recomendada em mulheres com 3 ou mais cesarianas 
prévias, exceto em situação de óbito fetal. O trabalho de parto e parto vaginal não é recomendado para 
mulheres com cicatriz uterina longitudinal de cesariana anterior. E em mulheres com cesariana prévia 
pode ser realizado independentemente do intervalo interpartal. Para as gestantes que desejam um parto 
vaginal após cesariana é recomendada a monitorização fetal intermitente e assistência que possibilite 
acesso imediato à cesariana. É recomendado o uso prudente de balão cervical ou ocitocina para indução 
de trabalho de parto em gestantes com uma cesariana prévia, apenas se houver indicação médica, não se 
devendo realizar indução eletiva por conveniência do médico ou da gestante. O misoprostol para indução 
do parto em mulheres com cicatriz de cesárea anterior, não é recomendado.
• Fetos com restrição do crescimento intra-uterino: a cesariana não é recomendada de rotina.
• Gestação múltipla: em gestação gemelar não complicada cujo primeiro feto tenha apresentação cefálica, 
a cesariana não é recomendada de rotina. No caso de gestação gemelar não complicada cujo primeiro feto 
tenha apresentação não cefálica, a cesariana é recomendada.
• Hepatite B/C: a cesariana programada não é recomendada para prevenir a transmissão vertical em gestantes 
com infecção pelo vírus da hepatite B/C. Ela é recomendada para prevenir a transmissão vertical do HIV e 
Hepatite B/C em mulheres com esta co-infectadas HIV/hepatite.
• Herpes simples: a cesariana é recomendada nas mulheres com infecção primária do vírus do Herpes 
simples ativa (visível clinicamente) durante o momento do parto por reduzir risco de infecção neonatal 
do HSV, considerando, no entanto que a bolsa deve estar íntegra ou não possuir tempo de rotura > 4h. A 
cesariana não é recomendada de rotina para mulheres com infecção ativa recorrente do vírus do Herpes 
simples. Em casos de dúvida da origem da lesão ativa (se primária ou recidiva) recomenda-se a cesárea 
(exceto se a bolsa estiver rota > 4h). 
• Infecção pelo HIV: a cesariana não é recomendada para prevenir transmissão vertical, em gestantes HIV 
positivas quando a gestante faz uso de antirretroviral (TARV) com carga viral < 1000 cópias/mL. A cesariana 
é recomendada nas gestantes HIV positivas sem uso de antirretrovirais ou com carga viral > 1000 cópias/
mL ou desconhecida, ainda que em início de trabalho de parto, com bolsa íntegra e com 3 cm ou menos de 
dilatação cervical. Nesta situação, é recomendado iniciar a profilaxia EV com antirretroviral (AZT) 3 horas 
antes do procedimento.
• Obesidade: a cesariana programada não é recomendada de rotina para mulheres obesas. 
• Placenta prévia: a cesariana programada é recomendada nas plac. centro-total ou centro-parcial. 
• Preditores da falha de progressão do trabalho de parto por desproporção cefalopélvica: altura 
materna e estimativa de tamanho fetal (clínica ou ecográfica) não são recomendados para predizer a falha 
de progressão de trabalho de parto.
• Trabalho de parto pré-termo: a cesariana não é recomendada de rotina.
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Protocolo de Urgências Ginecológicas e Obstétricas
TÉCNICA DA CESÁREA
Recomenda-se a cirurgia minimamente invasiva acompanhada do uso de antibiótico profilático, que juntas associam-
se a menores riscos de complicações como hemorragia e infecção, e consiste em: 
• Antibiótico profilático: Cefazolina ou Cefalotina 1-2 g IV é recomendada antes da incisão na pele na intenção 
de reduzir infecção materna. A escolha destes antibióticosdá-se por serem efetivos para endometrite, 
infecção urinária e infecção de sítio cirúrgico. 
• Técnica: recomenda-se preferencialmente a de Misgav-Ladach que consiste em:
1. incisão da pele de Joel-Cohen (transversa e retilínea, pouco acima da Pfannenstiel),
2. acesso â cavidade abdominal por dissecção romba (digital),
3. histerotomia por divulsão bidigital,
4. remoção da placenta por tração controlada do cordão e não por remoção manual,
5. histerorrafia contínua em camada única e não fechamento dos peritônios, útero intrapélvico,
6. sutura da aponeurose, ligadura/hemostasia de tecido adiposo (não é recomendada de rotina em 
gestantes com < 2 cm TCS), sutura da pele.
• Aleitamento materno: é recomendado suporte adicional para a mulher que foi submetida à cesariana 
para ajudá-las a iniciar o aleitamento materno tão logo após o parto. 
• Esterilização tubárea: a cesariana não é recomendada para realização de laqueadura tubária. Entretanto 
naquelas que tenham indicação de esterilização cirúrgica ou tenham solicitado livremente e respeitado os 
critérios da Lei, a ligadura tubaria deve ser realizada na cesárea.
ASSISTÊNCIA AO NEONATO:
É recomendada a presença de médico treinado em reanimação neonatal em qualquer cesárea. Recomenda-se o 
cuidado térmico para o recém-nascido (RN) de cesariana. É recomendado clampeamento tardio do cordão umbilical 
para o RN a termo com ritmo respiratório normal, tônus normal e sem líquido meconial. Nos casos de mães 
isoimunizadas, ou portadoras dos vírus HIV, HBV, HCV ou HTLV, o clampeamento deve ser imediato. Colocar o RN 
em contato pele a pele, nos primeiros 5 minutos, por pelo menos 01 hora (orientar o uso do TOP).
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CEFALÉIA PÓS-RAQUIANESTESIA
CONDUTA
1. Internamento com repouso sem travesseiro e sem elevação de decúbito
2. Hidratação vigorosa: SRL ou SF 0,9% 3.000ml EV em 24h
3. Analgesia
4. Cafeína 100mg 1 comp (ou 10ml de suspensão 10mg/ml) VO 6/6h por 3 dias
5. Prednisona 20mg 1 comp VO 12/12h por 3 dias.
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INFECÇÕES PUERPERAIS
# MASTITE
1. Exames: Hemograma e USG mamária
2. Direcionar ao banco de leite e Esvaziamento manual
3. Antibioticoterapia: Cefalexina 500mg VO 6/6h por 7 a 10 dias
• Alérgicas à cefalosporinas – Eritromicina 500mg VO 6/6h por 7 a 10 dias
# ABCESSO MAMÁRIO
1. Exames: Hemograma e USG mamária
2. Drenagem e Colocação de dreno de Penrose se abscesso de grandes dimensões
3. Direcionar ao banco de leite e Esvaziamento manual
4. Antibioticoterapia
• Cefalotina 01g EV 6/6h por 48 assintomática + Cefalexina 500mg VO 6/6h por 7 dias
# INFECÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA
1. Parecer da CCIH ou equipe de curativo do Hospital.
2. Com celulite = Drenagem S/N + Cefalotina 01 EV 6/6h 
Sem celulite = Drenagem
3. Ressíntese na CCIH, se necessário + CURATIVO:
• PRONTOSAN – Solução de irrigação e limpeza de feridas, uso contínuo e repetido.
• Alginato de Cálcio – nos casos de muita exudação e/ou sangramento.
• Alginato de Cálcio com Prata – nos casos de alto risco de infecção e exsudato de moderado a alto.
• Gaze PHMB – nas lesões clinicamente infectadas/altamente colonizadas, com alto risco para infecção.
• Malha de Poliéster – promove a cicatrização, protege os tecidos, em estágio de granulação e epitelização, 
além de aliviar a dor do paciente.
• Malha de Poliéster c/ Prata – com sinais clínicos de Infecção, antibacteriano, atraumático, promove 
cicatrização.
• Fibra Hidrodesbridante – curativo de aderência suave, absorve exudação, drena as bactérias.
• Fibra Poliabsorvente com Prata – nos casos de feridas exsudativa com risco ou com sinais de infecção 
local, em estágio de desbridamento.
• Espuma c/ Prata – casos de muita exudação, absorve e retém a secreção com barreira antimicrobiana.
• Hidrogel – nos casos de necrose, esfacelo, preenchimento.
• Colágeno – nos casos de ferida superficial, sem necrose/infecção e acelera o processo de cicatrização.
# INFECÇÃO DE EPISIORRAFIA
1. Coleta de material para cultura de secreção da área 
2. Abertura e limpeza com Solução de limpeza composto por composto Biguanida e Betaína (PHMB)
3. Antibioticoterapia (casos mais graves) – Cefalotina 01g EV 6/6h
4. Cicatrização por segunda intenção
5. Comunicar a CCIH
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ENDOMETRITE
CRITÉRIO DIAGNÓSTICO
1. Temperatura ≥ 38º C em 2 ou + dias dos primeiros 10 dias pós parto, excluindo as 24h.
2. Outros sintomas: dor abdominal, sensibilidade uterina, lóquios purulentos.
CRITÉRIOS DE GRAVIDADE MATERNA
CRITÉRIO ACHADO
PAS < 90 OU > 160
PAD >100
FC <50 OU >120
SAT O2 <95
OLIGÚRIA, mL/h por 2h <35
CONSCIÊNCIA AGITAÇÃO, CONFUSÃO, SEM RESPOSTA
EXAMES
1. Hemograma
2. Hemocultura, se sepse
3. Sumário de urina
4. USG TV
CONDUTA
1. Venóclise + Hidratação
2. Curetagem uterina se restos placentários
3. Antibioticoterapia inicial:
* Clindamicina 900mg (SF0,9% 100ml) EV 8/8h + Gentamicina 240mg (SF0,9% 100ml) EV 1x/dia
4. SE, terapia > 48h:
- Piora do quadro – USG TV + HMG + associar Ampicilina 01g EV 6/6h
- Se piora do quadro após administração de Ampicilina – suspeitar de tromboflebite pélvica ou abscesso 
pélvico. 
- Melhora do quadro – suspender antibiótico 48h após melhora dos sintomas. Alta hospitalar com 24 horas 
da suspensão do ATB. 
- Em casos de sepse, fazer antibioticoterapia oral para casa por 7 dias, de acordo com resultado da 
hemocultura.
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CORIOAMNIONITE
EXAMES:
• Hemograma com plaquetas
• Gasometria arterial (casos mais graves ou suspeita de quadro séptico)
DIAGNÓSTICO - CLASSIFICAÇÃO DO TRIPLO I:
TERMINOLOGIA CARACTERÍSTICAS
Febre materna isolada 
(documentada)
TAx materna ≥ 39ºC em qualquer ocasião ou 
TAx materna ≥ 38ºC em + 2 ocasiões
Triplo I suspeito
Febre sem outro foco claro + 1 ou mais dos seguintes achados:
• Taquicardia fetal persistente por + 10 min
• Leucocitose > 15.000 na ausência de corticóide
• Saída de LA purulento pelo OCE
Triplo I confirmado
Todos os acima + achados laboratoriais confirmatórios para 
infecção:
• GRAM positivo no LA
• Cultura positiva no LA
• Evidência histopatológica de infecção ou inflamação da 
placenta, membranas fetais ou cordão umbilical
CONDUTA
INDICAÇÃO: NO TRIPLO I SUSPEITO
1. Antibioticoterapia – iniciar no pré-operatório
• Gentamicina 240mg + SF 0,9% 100ml EV ao dia +
• Ampicilina 2g EV 6/6 horas +/-
• Clindamicina 900mg + SF 0,9% 100ml EV 8/8 horas (se a interrupção for por cesárea)
2. Tempo de uso do antibiótico – até paciente se apresentar afebril por 48h
3. Via de parto: vaginal – preferencial
4. Se Cesárea: Cuidados - proteger a cavidade com compressas, lavar cavidade peritoneal, realizar sutura com 
pontos separados, trocar luvas após dequitação.
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TROMBOFLEBITE PÉLVICA SÉPTICA
DIAGNÓSTICO: é de exclusão. Não há exame específico diagnóstico.
Suspeita-se quando paciente persiste com febre após antibioticoterapia. 
EXAMES
1. Hemograma + Coagulograma (TPAE, INR, TTPA, TS, TC)
2. Não existe exame de imagem com boa acurácia para seu diagnóstico. A TC e RNM podem auxiliar nos casos 
de tromboflebite da veia ovariana.
3. Parecer do vascular
CONDUTA
1. Admissão em UTI
2. Manter antibioticoterapia EV
3. Associar heparinização plena como teste terapêutico
• Heparina não fracionada
o Dose de ataque: 5000 a 10.000 EV em bolos
o Dose de manutenção: 16 a 18U/Kg até TTPA 1,5 a 2 vezes o valor basal
OU
• Enoxaparina – 1mg/Kg SC 12/12h
4. Duração da heparinização
• Sem evidência radiológica de trombose- até paciente permanecer 48h afebril
• Com evidência de trombose – enoxaparina por 2 semanas
• Com evidência de embolia séptica ou evidência radiológica de trombose extensa (envolvendo veia 
ovariana, veia ilíaca ou veia cava) – enoxaparina ou wafarin por 6 semanas e avaliação

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