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Metabolismo de Fármacos e Excreção

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Por Breno C. Vizzoni 
METABOLISMO DOS FÁRMACOS 
As reações metabólicas produzem metabólitos 
inativos polares que são prontamente excretados do 
corpo, no entanto, o organismo pode produzir 
metabólitos com atividade biológica potente ou 
tóxica. 
Qual o objetivo da biotransformação 
farmacológica? 
Transformar fármacos em metabólitos hidrofílicos 
para facilitar sua eliminação. 
Reações de fase 1 
São catabólicas e seus produtos geralmente são 
quimicamente mais reativos. 
Funcionalização: introdução de um grupo reativo à 
molécula do fármaco. 
Isso serve de ponto de ataque para que o sistema de 
conjugação ligue um substituinte. 
Enzimas microssômicas hepáticas (CYP) realizam 
essas reações de fase 1, quando os fármacos 
atravessam a membrana plasmática. 
Sistema mono-oxigenase P450 
Enzimas do citocromo P450 são hemeproteínas da 
superfamília de enzimas relacionadas – CYP. 
→ Grupo heme ligado não covalentemente à 
cadeia polipeptídica. 
 
Obs.: hidrólise ocorre no plasma. Tanto ligações 
éster como amida são suscetíveis à hidrólise. 
Alguns fármacos podem agir como indutores ou 
inibidores das enzimas microssômicas hepáticas. 
 
Indutor 
Aumenta atividade de CYP, a velocidade do 
metabolismo, de excreção e reduz a concentração 
do substrato no sangue. 
⸫ induz a metabolização adequada e favorece a 
excreção. Diminui o tempo de ação farmacológica 
do indutor. 
 
Inibidor 
Reduz a atividade de CYP, a velocidade do 
metabolismo, de excreção e aumenta a 
concentração do substrato no sangue. 
⸫ inibe a metabolização adequada e diminui a 
excreção. Causa efeitos farmacológicos 
prolongados, porque permite maior disponibilidade 
da droga-mãe, e, eventualmente, maior 
toxicididade. 
 
Reações de fase 2 
São sintéticas, anabólicas e incluem a conjugação, 
que ocorrem principalmente no fígado resultando 
em produtos inativos. 
Adicionam substrato como ácidos glicurônico, 
acético, sulfúrico ou aminoácidos para 
transformação de compostos polares. 
O conjugado resultante é quase sempre 
farmacologicamente inativo e altamente 
hidrossolúvel. 
Pró-fármacos 
Compostos farmacologicamente inativos que são 
ativados quando metabolizados, por hidrólise de 
éster ou amida. Só possuem efeito farmacológico 
se forem ativados. 
Cinética de primeira ordem 
A quantidade de fármaco metabolizado é 
proporcional à sua concentração plasmática e a 
fração do fármaco removido por metabolismo é 
constante. 
Cinética de ordem zero 
Capacidade metabólica é saturada com 
concentrações geralmente alcançadas e o 
metabolismo atinge zero. 
Ou seja, uma quantidade invariável de fármaco é 
metabolizada por unidade de tempo. 
Também ocorre com concentrações tóxicas à 
medida que a metabolização se satura. 
Enzimas biotransformadoras induzíveis 
Principais sistemas de metabolização 
farmacológica! 
Os fármacos que atuam como substratos em 
comum para uma enzima metabolizante podem 
interferir no metabolismo de outros. 
EXCREÇÃO 
Processo pelo qual os produtos residuais do 
metabolismo e outros materiais sem utilidade são 
eliminados do organismo. 
Renal – principal! 
Envolve filtração glomerular, secreção tubular 
ativa e reabsorção tubular passiva. 
Filtração glomerular 
Passagem de fármacos de baixo peso molecular e 
fármacos livres. 
Não é influenciada por lipossolubilidade e pH! 
Secreção tubular ativa – 80% da excreção farmacológica! 
Permite passagem de fármacos de alto peso 
molecular e que não foram filtrados no glomérulo. 
São secretados da corrente sanguínea para o líquido 
tubular proximal por proteínas de transporte ativo. 
Reabsorção tubular passiva 
Fármacos lipossolúveis retornam à corrente 
sanguínea. 
Fármacos hidrossolúveis permanecem no túbulo e 
são excretados pela urina. 
Essa excreção depende da taxa de filtração 
glomerular e da extensão da ligação plasmática do 
fármaco – somente a fração livre é filtrada. 
A reabsorção tubular depende do pH da urina. Se 
for alcalino, os ácidos fracos são excretados mais 
rápida e amplamente; se for ácido, bases serão 
melhor excretadas. 
A acidificação do plasma aumenta a concentração 
dos ácidos fracos no SNC, enquanto a alcalinização 
reduz essa concentração. 
Biliar e fecal 
Os fármacos são secretados na bile por 
transportadores presentes na membrana calicular 
do hepatócito. 
Podem ser reabsorvidos no TGI, formando o ciclo 
êntero-hepático. 
Esse ciclo pode prolongar a permanência de um 
fármaco ou toxina e seus efeitos no organismo 
antes da eliminação por outras vias. 
Fármacos não reabsorvidos são eliminados pelas 
fezes enquanto os reabsorvidos permanecem no 
organismo e têm sua meia vida aumentada. 
PERFIL FARMACOCINÉTICO 
 
 
 
TEMPO DE MEIA-VIDA 
Tempo necessário para que a concentração 
plasmática de um fármaco atinja a sua metade. 
É um valor relativamente constante para cada 
fármaco e varia apenas de acordo com parâmetros 
do indivíduo medicado. 
É inversamente proporcional à sua depuração e 
diretamente proporcional ao seu volume de 
distribuição. 
Qualquer fator que aumente o volume de 
distribuição de um fármaco, aumenta sua meia 
vida. 
Administração oral em doses repetidas 
Precisa ser coerente com a meia vida; prediz o 
tempo necessário para um esquema posológico 
atingir o equilíbrio de concentração plasmática. 
DEPURAÇÃO TOTAL – Clearance 
É a remoção completa do soluto de um volume 
específico de sangue na unidade de tempo. 
É a medida da capacidade do organismo em 
eliminar uma substância. 
𝐶𝐿𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶𝐿𝑟𝑒𝑛𝑎𝑙 + 𝐶𝐿ℎ𝑒𝑝á𝑡𝑖𝑐𝑜 + 𝐶𝐿𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 
CL: Clearance. 
É um dos parâmetros para planejamento 
posológico racional. 
É expresso como volume do líquido biológico que 
precisa estar livre do agente por unidade de tempo. 
REGIME TERAPÊUTICO – posologia 
“Quanto do fármaco é preciso para alcançar a 
janela terapêutica?” 
Biodisponibilidade e volume de distribuição. 
“Depois de quantas horas é necessário repetir a 
dose para manter a janela terapêutica?” 
Depuração e meia vida. 
 
 
 
 
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