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SEDENTARISMO

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AS CONSEQUÊNCIAS QUE O SEDENTARISMO PODE ACARRETAR – REVISÃO DE 
LITERATURA 
Fabiana Dias Do Nascimento1 
Geovane Dias de Oliveira2 
Letícia Ferreira Da Silva3 
Sumaya Isabela Da Silva Duraes4 
Victória Carolina Bittencourt5 
Diógenes Alexandre Da Costa Lopes6 
RESUMO 
O objetivo do presente estudo foi verificar se as variáveis e consequências do sedentarismo, trata-se 
de uma revisão literatura não integrativa em que foram utilizadas bases de dados on-line como Google 
acadêmico, Scientific Electronic Library Online (SciELO), Periódicos Capes, PUBMED, LILACS e 
Portal Regional da BVS. Para a elaboração, foram necessários 27 artigos, além de pesquisas 
realizadas para execução do artigo. Os resultados demostraram que há associação entre sedentarismo, 
flexibilidade, falta de atividade física, as inúmeras graves consequências que o sedentarismo acarreta 
na saúde de população, em todas as faixas etárias e sua prevalência é alta, tanto em países 
desenvolvidos e subdesenvolvidos. Já a prática de exercícios físicos é um hábito que deve ser inserido 
ao cotidiano do ser humano para quem deseja melhor qualidade de vida e projetos devem ser 
realizados na sociedade para a inserção do mesmo. 
PALAVRA-CHAVE: Sedentarismo; Atividade Física; Estilo de vida; 
 
1 Acadêmica de Enfermagem, 10º Termo, Faculdade do Vale do Rio Arinos- AJES, Juara-MT, 
Brasil. 
2 Acadêmica de Fisioterapia, 9º Termo, Faculdade do Vale do Rio Arinos- AJES, Juara-MT, Brasil. 
3 Acadêmica de Enfermagem, 10º Termo, Faculdade do Vale do Rio Arinos- AJES, Juara-MT, 
Brasil. 
4 Acadêmica de Enfermagem, 8º Termo, Faculdade do Vale do Rio Arinos- AJES, Juara-MT, Brasil. 
5 Acadêmica de Enfermagem, 8º Termo, Faculdade do Vale do Rio Arinos- AJES, Juara-MT, Brasil. 
6 Professor, Mestre, Coordenador do Curso de Enfermagem da Faculdade do Vale do Rio Arinos- 
AJES, Juara-MT, Brasil. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
The objective of the present study was to verify if the variables and consequences of the sedentary 
lifestyle, it is a non-integrative literature review in which online databases such as Google academic, 
Scientific Electronic Library Online (SciELO), Capes Periodicals, PUBMED were used. , LILACS 
and VHL Regional Portal. For the elaboration, 35 articles were needed, in addition to research carried 
out for the execution of the article. The results showed that there is an association between sedentary 
lifestyle, flexibility, lack of physical activity, the numerous serious consequences that sedentary 
lifestyle has on the health of the population, in all age groups and its prevalence is high, both in 
developed and underdeveloped countries. The practice of physical exercises is a habit that must be 
inserted into the daily life of the human being for those who want a better quality of life and projects 
must be carried out in society for its insertion. 
KEYWORD: Sedentary lifestyle; Physical activity; Lifestyle; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
Os encantos da vida moderna passam despercebidamente, mas causam um decréscimo 
acentuado de atividades físicas que poderiam ser realizadas, aumentando o sedentarismo que, 
combinado a demais fatores de risco, auxilia na ocorrência de várias doenças crônicas, tais como: 
diabetes, osteoporose, câncer de colón, de pulmão e de próstata e inclusive doenças cardiovasculares 
Zaitune et al.(2007). 
Assim, temos o aumento do risco de doenças crônicas não transmissíveis também em crianças 
e adolescentes, em que a inatividade física amplia a probabilidade de adquirirem doenças que 
geralmente ocorrem na fase adulta como doenças cardíacas e diabetes Aedo & Ávila (2009). 
Em relação à atividade física, os efeitos são extremamente benéficos possuindo inúmeras 
vantagens ao ser inseridas como um estilo de vida, tais como: menor risco de hipertensão arterial 
coronariana, câncer de colón, obesidade e osteoporose. Além desta prática, melhorar os aspectos 
psicológicos como a redução do estresse, ansiedade e dos sintomas da depressão, pode favorecer no 
bem estar emocional, autoestima e satisfação pessoal Aedo & Ávila (2009). 
Apesar dos resultados positivos estarem bem documentados, em diversos países tem-se 
percebido a redução desse hábito saudável na população em geral, atingindo também o público 
infantil Aedo & Ávila (2009). 
O processo de inserção no comportamento de estilos de vida saudáveis na quebra do 
sedentarismo deve iniciar em idades mais precoces, já que é mais flexível desenvolver novos hábitos 
que serão seguidos até a fase a adulta. Dessa forma, a infância é o período apropriado para o 
desenvolvimento desses novos hábitos. A família deve participar desse processo inserindo em suas 
vidas a atividade física Aedo & Ávila (2009). 
Um treinamento de grande relevância para a diminuição do sedentarismo é a musculação, já 
que atualmente é uma das modalidades mais praticadas de exercício físico, por pessoas de diversas 
faixas etárias, de ambos os sexos e com níveis de aptidão física bem distinta. Essa adesão pode ser 
explicada pelos inúmeros benefícios que a mesma pode apresentar, incluindo modificações 
morfológicas, 10 neuromusculares, fisiológicas, comportamentais e sociais, inclusive na quebra do 
sedentarismo Dias et al (2005). Uma consequência de grande relevância desta prática relatada está no 
aumento dos níveis de força muscular, tanto em crianças quanto em adultos e idosos, de ambos os 
sexos, claro que de acordo com as características e limitações de cada idade Dias et al (2005) 
 
 
 
SILVA (2012), relata que o sedentarismo atua como indutor de doenças crônicas não 
transmissíveis, consequentemente atua no excesso de peso, é uma situação no qual os indivíduos 
criam hábitos de não realizarem a práticas de qualquer tipo de atividade física, se movimentando cada 
vez menos em atividades recorrentes. Segundo a OMS um em cada quatro adultos e quatro em cada 
cinco adolescentes não realizam atividade física de forma satisfatória, sendo que 5 milhões de casos 
de mortes poderiam ser evitadas anualmente se a população mundial fosse mais enérgica (ONU, 
2020). 
O nível de sedentarismo é variável e não apresenta as mesmas peculiaridades para todos, o 
sedentarismo muda conforme o grau de comodismo e está relacionado com os tipos de atividades 
físicas praticadas, deste modo ele é dividido em níveis: nível 01, as pessoas com este nível 
casualmente fazem algumas caminhadas e não realizam outros tipos de atividades físicas que exijam 
maior intensidade; o nível 02, está relacionado a pessoas que apresentam um pouco mais de empenho 
no dia a dia, como ir ao mercado e transportar suas sacolas, não existindo um momento exclusivo 
para a pratica de exercícios; o nível 03, é destinado a pessoas que evitam esforços físicos, evitam 
caminhadas e recorrem aos meios de condução para suas atividades diárias; e classificado como nível 
04 estão os indivíduos que evitam realizar os esforços do cotidiano, escolhendo passar o dia todo em 
posição confortável, deitado ou sentado, não tendo noção da última vez que praticou atividade física 
(ARAUJO, 2021). 
O sedentarismo quando associado a alimentação desajustada em fontes de proteínas, 
vitaminas, sais minerais, carboidratos, gorduras e relacionado a fatores genéticos e a falta de 
atividades física destina qualquer indivíduo a ficar suscetível a doenças crônicas não transmissíveis, 
considerado como principal fator de risco para a morte súbita. O sedentarismo está na maioria das 
vezes relacionado direta ou indiretamente às causas ou ao agravamento da maioria das doenças, 
proporcionando ao indivíduo menor qualidade de vida e aumento das taxas de óbitos no mundo. 
Uma das consequências do sedentarismo é a obesidade que é uma doença determinada pelo 
excesso de gordura em que o gasto energético não consegue compensar a ingestão alimentar, sendo 
considerada um desvio nutricionalcrônico causado por múltiplos fatores e tem alta prevalência na 
infância. O crescente número de obesos em todo o mundo é uma intensa preocupação de saúde 
pública, com aproximadamente 95% dos casos relacionados a hábitos sedentário e alimentares, 
fatores ambientais, psicossociais e econômicos, e aproximadamente 5% dos obesos apresentam 
 
 
 
alguma causa específica, como uma síndrome genética, doenças raras, fatores endócrinos ou resposta 
subsequente a drogas (ANS, 2017). 
O cansaço das atividades do dia a dia como o emprego, as atividades domiciliares, o 
comodismo e as tensões são fatores importantes para serem avaliados e melhorados com uma 
mudança no estilo de vida, começando com a realização de práticas de atividades físicas, a qual atua 
diminuindo o sedentarismo e suas complicações, acarretando em bem-estar geral e melhor qualidade 
de vida para o praticante (ANDRADE, 2010). 
O presente artigo teve como objetivo identificar fatores de risco e complicações que o 
sedentarismo pode trazer para a vida das pessoas, visto que esta doença se tornou caso de saúde 
pública mundialmente e vem crescendo cada vez mais, acarretando em complicações como doença 
crônicas não transmissíveis, devido a inatividade física. Esta pesquisa poderá contribuir para o 
conhecimento cientifico no âmbito da saúde, assim como para a sociedade. 
METODOLOGIA 
Trata-se de um estudo descritivo baseado em uma revisão de literatura não integrativa, 
realizado no período de 2005 a 2022, nas seguintes bases: Biblioteca Virtual em Saúde (Bireme), 
Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências 
da Saúde (Lilacs), Google acadêmico, Periódicos Capes, PUBMED, LILACS e Portal Regional da 
BVS 
Em relação às bases de dados, foram explorados artigos originais publicados nos últimos 
quinze anos que possuam Qualis, e que envolvessem seres humanos e foram excluídos aqueles que 
envolveram animais, e procedimentos cirúrgicos. Os artigos que foram apresentados em mais de uma 
base de dados pesquisada foram contabilizados apenas uma vez. 
Foram encontrados 27 documentos, que incluíam artigos, monografias, dissertações, teses, 
porém aplicando-se os critérios de inclusão e exclusão, 27 foram utilizados para o desenvolvimento 
deste estudo, no período de 2000 a 2021. Além disso, algumas literaturas foram consultadas a fim de 
complementar as definições do sedentarismo. Foram analisados os artigos que traziam em sua 
literatura a importância da atividade física em indivíduos com sedentarismo, considerando os estudos 
de intervenção, prevalência e de revisão bibliográfica. 
 
 
 
Como estratégia de pesquisa, foram utilizados os mesmos descritores em todos os bancos de 
dados. Com base nos Descritores de Ciências e Saúde (DeCS), os descritores utilizados foram: 
sedentarismo, atividade física e estilo de vida. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Segundo SILVA, FERREIRA e SEGHETO (2016), a inatividade física é um dos principais 
problemas de saúde pública, visto que mais de 62% da população não realizam as práticas de 
atividades física recomendadas e em estudos realizados com trabalhadores na área do comércio, notou 
que devido ao estilo de vida sedentário houve maior prevalência no excesso de peso em pessoas do 
sexo masculino, apresentando valores duas vezes mais elevados em relação ao sexo feminino, fato 
este que pode ser justificado pelo maior cuidado que as mulheres exercem com o corpo em relação 
aos homens. 
Em estudos realizados por TRAVAIN S, TRAVAIN C e ASSIS (2018), o quais afirmam que 
o problema da obesidade infantil além de poder ser relacionado a genética, a fisiologia e ao 
metabolismo, pode ser consequência do estilo de vida sedentário, do alto consumo de alimentos ricos 
em calorias, alimentos não saudáveis, tempos gasto com inatividades físicas, computadores, celulares, 
dentre outros fatores. 
Conforme mencionado no contexto acima, a obesidade é uma das consequências do 
sedentarismo e da falta de atividade física de forma regular tanto em adultos quanto em crianças, visto 
que a atividade física diminui na fase da infância para a adolescência, transição está onde o 
sedentarismo se destaca, aumentando as chances de desenvolvimento de obesidade e doenças 
crônicas. Em análise da prevalência de fatores de risco modificáveis que são associados ao câncer, 
foi salientado que dos adolescentes analisados, 6,2% estavam obesos, 13,8% apresentaram com 
sobrepeso, 53,1% inativos fisicamente, 96,7% classificados como altamente sedentários e 95,1% não 
realizavam alimentação saudável, associando tais hábitos a risco de câncer em fase futura (NEVES 
et al, 2021). 
As Doenças Crônicas não Transmissíveis muitas das vezes estão relacionadas a uma sociedade 
em senescência, podendo também estar relacionada a hábitos de vida não saudáveis e indevidos, tendo 
como exemplo o sedentarismo, alimentação inadequada, tabagismo, uso abusivo de bebidas 
alcoólicas e obesidade, aumentando com estes hábitos os fatores de risco para DCNT, a qual no Brasil 
se constitui com intensa magnitude e é responsável por mais de 70% de mortes (LIRA et al, 2018). 
 
 
 
DUTRA et al (2018), declara que estilo de vida sedentário e maus hábitos alimentares foram 
avaliados em 616 crianças em Pelotas, Rio Grande do Sul, dentre as avaliações pode se observar que 
70% das crianças eram sedentárias, com excesso de peso e aponta que nenhuma era muito ativa, 
quanto a alimentação foi classificada como baixa a adesão aos Dez Passos para uma Alimentação 
Saudável, criada pelo Ministério da Saúde. 
Estudos têm demonstrado que a dieta inadequada, principalmente a ingestão de gorduras 
saturadas, em conjunto com o sedentarismo, estão fortemente associados ao desenvolvimento de 
diabetes, diferentes tipos de câncer, doenças coronarianas e obesidade em todas as idades. Além disso, 
identificou-se que entre 1961 e 1988, o consumo de cereais, leguminosas e tubérculos diminuiu, e 
consecutivamente o consumo de ovos, leite e derivados aumentou, havendo ainda a substituição de 
gorduras fornecidas na banha, bacon e manteiga por óleos vegetais e margarinas, constatando uma 
diminuição dos carboidratos e um aumento de lipídios nas refeições (NOVAIS, LEITE, 2011). 
Segundo entrevista realizada pela Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças 
crônicas por inquérito telefônico (VIGITEL, 2009), o número de indivíduos sedentários vem 
aumentando gradativamente ao longo dos anos. De 2006 a 2008 houve um aumento de 4,2% no índice 
de indivíduos considerados sedentários pela quantidade insuficiente de atividade física realizada no 
dia, evidenciando que a população está cada vez mais inativa, sendo mais afetado o sexo feminino e 
pessoas acima de 55 anos. 
Em pesquisa realizada por COSTA et al (2018), em escolas públicas e privadas, investigando 
adolescentes brasileiros sobre dois fatores prejudiciais para a saúde: a ingesta de alimentos 
ultraprocessados e a associação do comportamento sedentário, pode se observar que a ingesta diária 
de alimentos ultraprocessados em um grupo foi de 39,7% dos entrevistados, e comportamento 
sedentário foi de 68,1% dos que passam mais de 2 horas por dia em atividades sentada sem gasto 
energético. Estes são fatores que podem perdurar ao longo da vida, trazendo consequências 
prejudiciais à saúde, qualidade de vida prejudicada e desencadear doenças crônicas não 
transmissíveis. 
 As consequências de um estilo de vida sedentarismo, além da alimentação inadequada, tabagismo, 
consumo excessivo de álcool, e stress, tem contribuído para o aparecimento de doenças crônicas 
degenerativas, além de a falta de atividade física se considerada um fator primário, porém 
modificável, para doença coronariana (ACSM, 2007). Porém é provável que mudanças no 
 
 
 
comportamento, alterando para um estilo de vida positivo e ativo, evitem o risco de doenças crônicas 
degenerativas e consequentemente promovamaiores benefícios para a saúde. 
 A prática de exercícios físicos bem como a adoção de um estilo de vida ativo proporciona ao 
organismo humano uma série de adaptações desejáveis a nível metabólico, cardiorrespiratório e 
músculo-ósteoarticular que promovam benefícios ao bom funcionamento geral dos sistemas 
orgânicos, proporcionando saúde e por consequência melhorando a qualidade de vida. O melhor 
procedimento para reduzir e manter os níveis de gordura corporal é realizando modificações 
comportamentais permanentes, como a combinação de uma dieta apropriada e um estilo de vida mais 
ativo (NAHAS, 2003). 
 A atividade física realizada habitualmente tem recebido notoriedade na área da saúde, não só por 
prevenção e controle de doenças cardiovasculares, mas também por induzir alteração desejável nos 
níveis de lipídeos plasmáticos. Além disso, a pratica regular de exercício físico está sendo 
recomendada como parte integrante do tratamento dessas doenças cardiovasculares, melhorando o 
perfil lipídico, em longo prazo, proporcionando a redução dos níveis plasmáticos de Triglicerídeos, 
aumento dos níveis de HDL, tendo o exercício aeróbio mais atuante, porém exercícios de flexibilidade 
e força também são recomendados (SBC, 2001). 
 Deve-se destacar que a prática regular de exercício físico promovem melhoras na sensibilidade à 
insulina em portadores de diabete tipo 2, fato que estudos têm demonstrado melhora em pacientes 
diabéticos que se exercitam regularmente, acreditando-se ser primeiramente devido à potencialização 
da ação insulínica na musculatura esquelética (SILVEIRA NETTO, 2000). 
 Uma grande quantidade de estudos com bases laboratoriais e populacionais tem apontado muitos 
benéficos de saúde e aptidão associados à atividade física e o treinamento com exercícios de 
endurance, tais como em padrões fisiológicos, metabólicos e psicológicos, assim diminuindo os riscos 
de doenças crônicas e de mortalidade prematura. O exercício e a atividade física previnem 
efetivamente as ocorrências de eventos cardíacos, reduzem a incidência de acidente vascular cerebral 
(AVC), hipertensão, diabetes mellitus do tipo 2, cânceres do cólon e da mama, fraturas osteoporóticas, 
doença vesicular, obesidade, depressão e ansiedade, além também de retardar a mortalidade (ACSM, 
2007). 
 
 
 
 Além do fato importante para a prevenção ou tratamento dessas doenças, é importante ressaltar que 
o exercício físico pode ser eficaz para o controle do peso. O excesso de peso é definido como aquela 
condição onde o peso do indivíduo excede ao da média da população, determinada segundo o sexo, 
a altura e o tipo de compleição física (POLLOCK e WILMORE, 1993). 
 O melhor procedimento para reduzir e manter os níveis de gordura corporal é realizando 
modificações comportamentais permanentes, como a combinação de uma dieta apropriada e um estilo 
de vida mais ativo (NAHAS, 2003). 
 Mudanças de hábitos alimentares e a prática regular de atividade física são modificações que 
podem melhorar de forma significativa os fatores de risco dessas doenças, sendo, além disso, 
intervenções de custo moderado, quando comparadas a tratamentos e medicamentos dependentes de 
alta tecnologia (MEIRELLES, 2002) 
 O exercício físico regular realizado pelo menos três vezes na semana com mais de 20 minutos 
pode reduzir tanto diretamente quanto indiretamente o risco de doenças cardiovasculares, tendo 
influências sobre a obesidade, resistência à insulina e hipertensão. Os benefícios para a saúde 
significativos podem ser obtidos ao iniciar um programa de atividades físicas moderada, com, por 
exemplo, 30 minutos de caminhada rápida, 15 minutos de corrida ou 45 minutos jogando voleibol, a 
maioria ou em todos os dias da semana, sendo suficientes para promover a saúde e prevenir doenças 
(OLIVEIRA-FILHO e SHIROMOTO, 2001). 
 Outros benefícios adicionais podem ser conseguidos através de maiores quantidades de 
exercício físico. É provável que pessoas que conseguir manter um programa regular de atividade com 
maior duração ou intensidade terão maiores benefícios (ACSM, 2007). 
 Programas de exercícios físicos que envolvam esforços de baixa e moderada intensidades são 
mais recomendados, uma vez que se transpõem em inúmeras adaptações fisiológicas relacionadas à 
melhoria e à manutenção do estado de saúde (SILVEIRA NETTO, 2000). 
CONSIDERAÇÃO FINAL 
Podemos verificar através das literaturas, inúmeras consequências que o sedentarismo acarreta 
na saúde da população, em todas as faixas etárias e sua prevalência é alta, tanto em países 
desenvolvidos e subdesenvolvidos e o mais alarmante é que, com o avanço da tecnologia a praticidade 
 
 
 
e conforto tornam as pessoas mais inativas involuntariamente, trazendo muitos gastos para saúde 
pública. É preciso apenas manter uma disciplina física e mental, para quem deseja melhor qualidade 
de vida. 
Como a atividade física apresenta resultados totalmente contrários ao sedentarismo, pois os 
benefícios são inúmeros, atinge os aspectos fisiológicos, psicológicos e sociais, trazendo benefícios 
para crianças, adultos, idosos, fumantes, pessoas com doenças crônicas dentre outros. A musculação 
é apresentada como uma excelente alternativa, já que contém inúmeros benefícios ao ser praticada 
pela população em geral. 
Essa modalidade esportiva possui um fator crucial através de seu método treinamento (pesos 
e máquinas) e uma prescrição correta dos exercícios, o praticante sai do sedentarismo. Mas para que 
esses benefícios atinjam toda a população, são necessárias políticas públicas através de iniciativas e 
projetos, conscientizando o público no geral. Essa conscientização tem que atingir a sociedade em 
um todo, começando pelos governantes, as comunidades, as escolas e finalmente a população, uma 
vez que a atividade física praticada regularmente só tem a oferecer saúde, bem estar e qualidade de 
vida a todos. 
 
 
 
 
 
 
 
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