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Corpo e Movimento

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CORPO E 
MOVIMENTO 
E-book 1
José Mauricio Conrado
Neste E-book:
Introdução ���������������������������������������������������� 3
O que pode um corpo? ����������������������������4
Entendendo um pouco a relação entre Corpo, 
músculo e física �����������������������������������������������11
Corpo e Mente ��������������������������������������������������18
O erro de René Descartes ���������������������������������20
Logo, um movimento nosso é a relação entre 
mente e corpo ��������������������������������������������������24
O movimento como comunicação do corpo ������25
Considerações finais�������������������������������28
Síntese ���������������������������������������������������������30
2
E-book 
1
CORPO E MOVIMENTO
E-book 
1
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Neste primeiro módulo, você aprenderá sobre o papel 
dos movimentos para a atuação do corpo na vida. 
Apresentaremos algumas ideias iniciais sobre como 
o corpo foi entendido em alguns momentos da histó-
ria. Também discutiremos o papel da linguagem cor-
poral para nossa vida social. Para entendermos estas 
questões iniciais, vamos conhecer alguns filósofos, 
cientistas e pesquisadores que estão discutindo o 
papel do corpo na vida humana.
3
O QUE PODE UM 
CORPO?
Contextualizando-se dentro dos debates que discu-
tem – no fim do século 20 e início do século 21 – a 
emergência da chamada Neurociência, esta disciplina 
considera que discutir o corpo e seus movimentos 
é um debate reflexivo que também depende do en-
tendimento da relação homem/tecnologia. Nos dias 
atuais, a presença da tecnologia no cotidiano é algo 
muito habitual e se faz necessário, portanto, também 
pensar em como nos movimentamos em meio ao 
uso de nossos celulares, etc.
Para esta discussão, esta disciplina parte de alguns 
estudos das ciências cognitivas, uma área do co-
nhecimento surgida em meados do século 20, com 
o objetivo de descobrir e construir uma ciência geral 
do funcionamento da mente/cérebro. Para mais in-
formações sobre esta ciência, sugiro que você leia o 
livro de Jean-Pierre Dupuy: Nas origens das ciências 
cognitivas.
O corpo é, sem dúvida, uma das grandes questões 
de atenção neste mundo em que vivemos. O tempo 
todo, presenciamos – na televisão, nas redes so-
ciais, nos jornais impressos, na publicidade, enfim, 
em um número gigantesco de fontes e mídias – o 
corpo sendo representado e mostrado. Mas, o que 
realmente significa o corpo para nós? O que significa 
o corpo e seus movimentos para nossa existência? 
4
O filósofo Baruch Spinoza (1632-1677) pergunta: O 
que pode um corpo?
A resposta parece ser simples: sem movimentar o 
corpo, não faríamos nada do que conquistamos. Seja 
em nível individual ou coletivo. É pelos movimentos 
do corpo que que chegamos a um lugar que ainda 
não conhecemos. É pelos movimentos do corpo que 
construímos um objeto, como um carro, por exemplo. 
É pelos movimentos do corpo que escrevemos ou 
interpretamos um texto. É pelo movimento do cor-
po que praticamos esportes e fazemos atividades 
lúdicas e artísticas, como dançar, interpretar uma 
peça teatral ou obra cinematográfica. Como se pode 
perceber, a discussão sobre o Corpo e seus movimen-
tos passa por todos os aspectos de nossas vidas, 
desde questões cotidianas – como trabalhar – até 
questões mais específicas – como se exercitar ou 
praticar atividades no campo da arte.
Assim, neste primeiro módulo, vamos iniciar o deba-
te e a reflexão sobre o Corpo e Movimento a partir, 
primeiramente, do que seja o movimento, quem está 
habilitado a investigar seus conceitos e como a área 
da educação pode utilizar a discussão para ampliar 
a qualidade da discussão pedagógica.
A área da educação precisa debater várias questões 
que emergiram no século 21. Há questões como o 
surgimento de tecnologias da informação e da co-
municação – como as redes sociais –, há um avanço 
considerável da neurociência e das ciências cogni-
tivas que têm revelado novas questões sobre como 
5
nosso corpo aprende novas informações (e um movi-
mento diferente é uma nova informação que precisa 
ser aprendida pelo corpo, por exemplo), e há também 
novas questões culturais que influenciam o modo 
como lidamos com o corpo e como o corpo cria e re-
cria seus próprios movimentos. Redes sociais, como 
o Facebook ou o Instagram, por exemplo, podem até 
parecer estar distantes da discussão sobre o corpo 
e movimento, no entanto, essas tecnologias afetam 
bastante a forma como lidamos com a questão, e 
acabam por influenciar, também, as questões edu-
cacionais presentes neste contexto.
Nesse sentido, o papel do corpo é fundamental, 
pois ele está relacionado a processos culturais e 
comunicacionais que, no mundo contemporâneo, 
altamente povoado por tecnologias, ganha outras 
complexidades, como argumenta o autor argentino 
Néstor Canclini:
O corpo sempre foi portador de cultura: posi-
ções e atitudes, vestuário e formas de pintá-lo 
identificavam a etnia ou o grupo a que se per-
tencia, mesmo que viajássemos a outras pa-
ragens. Mas as tecnologias da comunicação 
aumentaram a portabilidade cultural. [...] O ce-
lular torna os jovens independentes dos pais, 
porque estes deixam de saber exatamente 
onde aqueles estão e o que fazem com seus 
corpos. Para os jovens, torna-se um recurso 
para novas experiências corporais e de comu-
nicação. Mais do que a localização, importam 
6
as redes. Mesmo sentado, o corpo atravessa 
fronteiras (CANCLINI, 2008, pp.43-44).
O que podemos entender é que o corpo – e seus mo-
vimentos – é algo importante no processo de cons-
trução de novos sentidos para a sociedade. Sendo 
assim, é preciso representar visualmente nosso co-
tidiano. Até o fato de desenhar ou fotografar tem a 
ver com o corpo e seus movimentos.
Uma das necessidades básicas da humanida-
de sempre foi a de representar visualmente 
questões que mexem com seus sentimentos 
profundos e complexos. Como atestam as pin-
turas de manadas encontradas em cavernas, 
desde a pré-história, o ser humano registra 
em traços aquilo que considera importante. 
A cartografia, ciência e arte de elaborar ma-
pas, cartas e planos, é uma das mais antigas 
manifestações da cultura. (LEÃO, 2002, p.15).
Para pensarmos nas possibilidades de representar 
o corpo e seus movimentos é importante também 
considerar que estamos evoluindo com rapidez que 
cada vez maior, e as novas tecnologias entram no 
cotidiano e modificam nossos próprios movimen-
tos. Assim, a internet é também um ambiente que 
inaugura outras possibilidades de evolução das in-
formações. Isso não significa instalar previamente 
um julgamento de valor do tipo “bom” ou “mau” para 
7
tal evolução, mas, sim, outras estratégias para que o 
corpo possa criar e recriar seus movimentos.
Como mais uma rede, a internet é um ambiente em 
que sistemas de informações trabalham com a noção 
de interatividade, compreendida como possibilidade 
de extensão do corpo e de seus sentidos no espaço-
-tempo: podemos estar em casa e, simultaneamente, 
conversando e vendo alguém que esteja em outro 
lugar.
No entanto, sabemos ainda muito pouco sobre ou-
tros mapas e futuras possibilidades do que possa 
vir a acontecer com nossa sociedade, e precisamos 
estar atentos para a questão de como nosso corpo 
vai se movimentar em relação às novas tecnologias 
que podem surgir.
Assim, se antes da internet nos movimentávamos 
de determinada forma em nosso cotidiano, depois 
da rede mundial de computadores, passamos a criar 
outros tipos de movimento corporal. Basta pensar-
mos que existem desde obras de arte, agências ban-
cárias, supermercados, filmes, e toda uma gama de 
objetos off-line que passaram a coexistir com suas 
versões on-line. A conexão entre as instâncias “on” e 
“off-line” cria uma rede de sucessivas possibilidades 
de movimentação para o corpo. 
Somos uma espécie que tem aptidão para dar senti-
do e significado para o mundo e para nós mesmos. 
E tais significados, além de ser uma singularidade 
complexa, que marca a identidade do homem em 
relaçãoàs demais espécies, é também uma espécie 
8
de contrato social. Estar vivo numa sociedade su-
blinha “assinar” esses contratos: nossa existência 
depende dos sentidos que construímos ao longo da 
vida – seja pessoalmente, seja coletivamente.
Você já parou para pensar que, metaforicamente, o 
útero materno é um “portal” que nos prepara para 
a vida? Que, ao nascermos, estamos começando 
nossa caminhada de construção de sentidos? Nascer 
sublinha as noções de dentro e fora.
A vida de uma célula também enfatiza tais noções. 
Uma célula tem dobras que marcam sua identidade, 
no entanto, há permeabilidade nessas membranas 
que enfatizam a correlação e o continuum entre o 
dentro e o fora, e, consequentemente, as transforma-
ções desta célula: componentes de fora e de dentro 
da célula são constantemente trocados. Assim, a 
própria noção de vida significa a criação de identida-
des que, pelo jogo incessante entre interior e exterior, 
experimenta constantes processos de metamorfoses 
e coevoluções.
Identidades em constante processo de mudanças 
colocam em movimento nossos olhos e alertam para 
o fato de que o padrão de ser um mero espectador do 
mundo não seja uma verdade. Pela inevitável marcha 
da reavaliação do conhecimento que criamos hoje, 
percebemos muita coisa que antes julgávamos não 
existir.
Em 1981, Heinrich Rohrer e Gerd Bining, do 
laboratório de pesquisa da IBM de Zurich, in-
9
ventaram o microscópio de escaneamento 
por tunelamento (STM, do inglês Scanning 
Tunneling Microscope), o qual “olhou” pela 
primeira vez a topografia dos átomos, que 
não podia ser vista anteriormente (Binning & 
Roher 1999). Com essa invenção a era do ima-
terial foi verdadeiramente inaugurada (VESNA; 
GIMZEWSK, 2002, p. 281).
Assim, do “lado de fora”, a cultura e seus “contratos 
sociais” são metaforicamente um continuum do úte-
ro. A Sociedade e a cultura continuam gestando nos-
so corpo. O que estamos analisando, o tempo todo, 
são os significados e desdobramentos que podemos 
encontrar no processo de estar vivo e produzir movi-
mentos. Movimentos que dão sentido a nós mesmos 
e que participam da vida social. Movimentos do cor-
po que também passam a ter novos entendimentos 
a partir das novas descobertas da ciência.
O corpo é também uma mídia?
Harry Pross, comunicólogo alemão, desenvolveu 
uma teoria da mídia que estabelece que o corpo é 
a mídia primária da comunicação; é o corpo quem 
produz cheiros, sons, imagens – como os sonhos. 
Amplificações do emissor para o receptor – livros, 
por exemplo – são mídias secundárias. Aparatos 
eletrônicos que amplificam tanto o receptor quanto 
o emissor no espaço – como televisores – são mídia 
terciárias, caso também da internet.
10
Entendendo um pouco a 
relação entre Corpo, músculo e 
física
Segundo Okuno e Fratin:
Os músculos do corpo humano, ao exerce-
rem forças, podem colocar um objeto em 
movimento ou mesmo alterar seu estado de 
movimento. Além disso, as forças também 
causam deformações de corpos, muitas vezes 
invisíveis a olho nu. Forças de muitos tipos 
controlam todos os movimentos do universo 
(OKUNO; FRATIN, 2007, p.15).
A partir dessa ideia inicial, é possível refletir que es-
tamos movimentando nossos corpos o tempo todo, 
o que, por sua vez, produz efeitos sobre nós mesmos 
e sobre os ambientes onde estamos.
E, mesmo que o objetivo desta disciplina não seja dis-
cutir as especificidades da fisiologia do movimento, 
alguns conceitos iniciais desta área serão importan-
tes para que possamos enriquecer nossas reflexões 
sobre como o corpo cria e recria movimentos em 
diversos contextos. Ainda segundo Okuno e Fratin:
A postura corporal incorreta adotada no dia 
a dia acarreta forças imensas na coluna, que 
são, em geral, a causa de dores lombares. As 
forças que atuam no quadril durante o cami-
11
nhar também são muito grandes. Modelos 
simplificados podem ser usados para o 
cálculo das forças envolvidas. Os princípios 
que orientam esses cálculos são as condições 
de equilíbrio estático do corpo ou de partes 
dele (OKUNO; FRATIN, 2007, p.129).
O assunto sobre o corpo e seus movimentos é bas-
tante discutido pela ciência e popularizado, também, 
em produtos editoriais.
Fique atento
Leia o artigo A máquina do eterno movimento 
e perceba como o movimento está presente em 
tudo. Até no ato de você ler e estudar este conte-
údo, por exemplo.
Disponível em: https://super.abril.com.br/
saude/a-maquina-do-eterno-movimento.
Podcast 1 
Inúmeras pesquisas da neurociência – área impor-
tante para a discussão e entendimento das questões 
sobre corpo e movimento – revela que produzimos 
inúmeras imagens sobre nosso próprio corpo em 
nosso cérebro. Para essas pesquisas, as imagens 
corporais dizem respeito ao modo como “imagina-
mos” nós mesmos e o mundo, e que este imaginar 
12
https://super.abril.com.br/saude/a-maquina-do-eterno-movimento/
https://super.abril.com.br/saude/a-maquina-do-eterno-movimento/
https://famonline.instructure.com/files/43007/download?download_frd=1
– ou seja, criar imagens mentais – está em constante 
mudança, de maneira ativa em contato com aquilo 
que vem da realidade interna do nosso corpo, em 
diálogo com a realidade externa de nosso corpo – 
os ambientes pelos quais transitamos, por exemplo.
Estes entendimentos provenientes da neurociência 
nos ajudam a esclarecer algumas questões sobre a 
locomoção do corpo, e como criamos movimentos. 
Vamos “imaginar” o que a existência das realidades 
internas do corpo pode contribuir para que entenda-
mos o que significa o corpo criar movimentos.
Quando estamos na internet, estaríamos nos movi-
mentando também?
 A internet apresenta peculiaridades para a locomo-
ção. Esta operação refere-se a como o movimento 
se correlaciona com a capacidade do cérebro criar 
imagens sobre as ações que realizamos. “Andar” ou 
“navegar” pela internet envolve algumas questões 
estudadas pelas ciências cognitivas, no que diz res-
peito a como o organismo cria relações entre a nossa 
imaginação e um gesto “real”.
É preciso lembrar que o uso da internet significa es-
tar “parado”, no senso comum. Daí, ficar sentado na 
frente de um computador pode ser algo que “atrofia” 
nosso sistema sensório-motor. Mas, as coisas não 
são bem assim. Não se pensa em locomoção na 
internet como atividade motora complexa – como 
a dança, por exemplo –, pois, basicamente, mover-
-se pelo ciberespaço significa articular o movimento 
das mãos e braços para utilizar o teclado e o mouse 
13
ou a ponta dos dedos, no caso de estarmos usando 
celulares conectados à internet. Mas, ao navegarmos 
pela internet – ou jogarmos futebol de salão, ou em 
qualquer outra circunstância que envolva habilidades 
cognitivas –, estarão presentes a alta complexidade 
da comunicação interna do corpo e a capacidade 
de o cérebro criar imagens que acompanham essas 
ações.
Contextualizando que a imaginação se relacione 
com esta realidade interior do corpo, a produção de 
imagens internas cria correlações entre imaginar 
um movimento corporal e realizar este movimen-
to. Qualquer tipo de movimento ocasiona situações 
bastante complexas e que envolvem a questão da 
imaginação corporal. Se temos enfatizado o corpo e 
suas singularidades em relação ao ambiente, expli-
citando que é impossível separá-los, também argu-
mentamos – com base nos estudos neurocientíficos 
–, que imaginar um movimento e realizá-lo sejam 
coisas impossíveis de separação.
Assim, há pesquisas que analisam o funcionamento 
do nosso corpo em relação às imagens corporais 
(conteúdos imaginados), sublinhando que a orga-
nização de um gesto envolve a imaginação corpo-
ral, criando conteúdos virtuais em outras partes do 
corpo, imperceptíveis para o próprio indivíduo. “Se 
quero esticar meu braço à frente, o primeiro músculo 
a entrar em ação, antes mesmo que meu braço se 
mexa, será o músculo da panturrilha, antecipando a 
desestabilização que o peso do braço irá provocar” 
(GODARD, 1999, p. 15).
14
Reflita
Em relação à comunicação internanão ser per-
ceptível pelo corpo em seu estado de vigília, ou 
seja, quando estamos conscientes, vale ressaltar 
que, mesmo que não estejamos percebendo os 
acontecimentos internos do corpo, eles ocorrem 
e mantêm nossa vida. A comunicação interna das 
sinapses, por exemplo, seria um exemplo de coi-
sas microscópicas que acontecem internamente 
e que não “vemos”, mas que são fundamentais 
para nossas ações. 
Consciência e inconsciente
Sigmund Freud (1859-1939), criticando a raciona-
lização excessiva da sociedade, nos fala sobre o 
inconsciente, no início do século 20. Quando Freud 
formulou o conceito de inconsciente, ele estava que-
rendo dizer que “o homem é um enigma”, já que ainda 
estamos tentando nos entender e entender nosso 
papel na sociedade e na natureza. No entanto, não 
vamos falar do conceito de inconsciente formulado 
por Freud. Quando discutimos a consciência, nos 
referimos aos conceitos da neurociência.
Assim, a maior parte de nosso pensamento e ações 
corporais é exercida sem que precisemos organizá-
-los conscientemente. Há instruções internalizadas 
inconscientemente e que coordenam nossos movi-
mentos sem a necessidade de nosso permanente 
estado de vigília.
15
Para andarmos, por exemplo, precisamos conscien-
temente decidir pela ação. Mas, não precisamos ficar 
dando “ordens” às nossas pernas para que elas se 
movam. Há “ordens inconscientes” para isso. Além 
disso, mesmo em casos de pessoas com deficiência 
física, o cérebro pode conservar a representação 
dos padrões motores e, com a ajuda de próteses e 
extensões corporais, as ações deste corpo podem 
reinventar os próprios movimentos corporais. É dessa 
forma que alguém que precise de uma prótese na 
perna, por exemplo, consegue desenvolver sua ca-
pacidade de caminhar, mesmo que este movimento 
seja diferente do movimento de outras pessoas.
Assim como acontece quando sonhamos que esta-
mos correndo e nos “movimentamos” durante o sono, 
imaginar-se conscientemente nesta ação também 
aciona nosso sistema sensório-motor, sem que seja 
necessário que esta corrida aconteça “realmente”.
O sistema sensório-motor é formado pelo cérebro, 
pelo sistema nervoso e pelos músculos. Para as 
pesquisas recentes em neurociência, toda vez que 
realizamos uma ação, juntamente com ela, também 
pensamos e imaginamos esta ação. Por isso, dize-
mos que imaginar e “fazer” o movimento são coisas 
que acontecem juntas. É claro que podemos imaginar 
um movimento (correr pelo parque, por exemplo) e 
não “realizá-lo” na prática. Mesmo nessas condições, 
já estamos acionando nosso sistema sensório-motor.
A pesquisadora Raquel Zuanon, em sua dissertação 
de mestrado, “Coevolução entre corpos – uma inves-
16
tigação com sinais cerebrais” (2001), investiga que, 
ao imaginar-se dançando, estaríamos acionando 
regiões cerebrais responsáveis pela coordenação 
do movimento, lugares do cérebro que guardam pa-
drões motores. A autora defende que “o cruzamento 
de domínios subjetivos e sensório-motor, presentes 
no ato de imaginar a execução de um movimento, 
garante então que as informações necessárias para 
que o movimento ocorra independente do movimento 
ocorrer” (Op. cit., p. 22).
O que se pode perceber, nesta breve introdução à 
importância da relação entre o corpo, seus músculos 
e seus movimentos, é que as perspectivas da ciência 
são importantes para o início das nossas reflexões. 
Pense em todos os movimentos que você faz duran-
te seu dia: imagine o quanto a ação dos músculos 
do seu corpo provoca alterações em você mesmo e 
nos ambientes em que você está. Pense em como 
a ação de todos os indivíduos da sociedade – fato 
que passa pela ação das forças musculares – afeta, 
e muito, nossa vida e do nosso planeta. Esta é uma 
boa forma de começarmos a reflexão sobre Corpo e 
Movimento: pensando nas realidades quase invisíveis 
da fisiologia do corpo e chegando à visibilidade das 
performances corporais em nosso dia a dia.
 
17
Figura 1: O Homem Vitruviano, de Leonardo Da Vinci, é uma das gran-
des obras do Renascimento que buscavam entender o corpo e sua 
capacidade de movimento. Fonte: https://commons.wikimedia.org/
wiki/File:Homem_Vitruviano_-_Da_Vinci.jpg
Corpo e Mente
Hoje, em muitas situações, o corpo é visto como 
objeto a ser manipulado. Há muitos padrões impos-
tos que fazem do corpo um objeto de manipulação. 
No entanto, há uma abertura maior para se debater 
que o corpo é mais do que um objeto manipulável. 
O corpo é um contexto que influencia diretamente 
a vida em sociedade, uma vez que entender o papel 
18
e os limites do corpo pode ajudar na construção de 
uma sociedade mais consciente de si mesma.
Nesse sentido, se, atualmente, há um novo movimen-
to por parte da ciência para se perceber o corpo de 
uma forma mais humana, nem sempre o corpo es-
teve iluminado dessa forma. Se estudar as relações 
entre Corpo e Movimento requer perceber as inter-
-relações entre os movimentos que o corpo produz e 
seus efeitos nos ambientes – da mesma forma que 
os ambientes exercem influência sobre o corpo –, por 
muito tempo, achou-se que o corpo era um contexto 
sem a mesma importância que a alma.
Segundo Ghiraldelli (2007), o filósofo René Descartes 
(1596-1650) foi um dos grandes responsáveis pelo 
entendimento do corpo como objeto manipulável. 
Para esse filósofo, corpo e mente são contextos com-
pletamente separados e incomunicáveis.
René Descartes formulou a ideia de que a Res cogi-
tans (a alma) está separada da Res extensa (a ma-
téria). Segundo Paul Churchland:
Para Descartes, o você real não é seu corpo 
material, mas sim uma substância pensan-
te e não-espacial, uma unidade individual da 
coisa-mente, totalmente distinta de seu corpo 
material (CHURCHLAND, 2004, p. 27).
Descartes está certo de que possamos existir pelo 
pensamento, por isso, ele duvida sempre de seu 
corpo material. Já a alma, argumenta Descartes, 
19
pode ser conhecida, ao contrário “do corpo”. Para 
Descartes, os movimentos que o corpo poderia 
exercer e modificar os ambientes – assim como os 
sentidos que possuímos e que nos ajudam a perce-
ber o mundo e a nós mesmos – era algo com valor 
negativo. O que isso quer dizer? Descartes despre-
zava o corpo, seus sentidos e as possibilidades de 
percepção do mundo advindas daí.
O erro de René Descartes
Muitos cientistas – dentre eles neurocientistas que 
têm investigado a forma como nosso corpo também 
é importante para o pensamento que criamos – têm 
criticado a forma como René Descartes lidava com a 
noção de corpo. Dentre esses neurocientistas, é no-
tório o papel de António Damásio, cujos livros O Erro 
de Descartes (1997) e O Mistério da Consciência 
(2004) têm sido importantes instrumentos para dis-
cutirmos as relações entre corpo e movimento e, 
sobretudo, como aprendemos com os movimentos 
que o corpo cria.
20
Figura 2: O Filósofo René Descartes em pintura de Frans Hals. O pen-
samento cartesiano foi o responsável pela separação entre razão e 
emoção, corpo e mente. Mas, hoje, a neurociência tem mostrado que 
não há separação radical entre tais contextos: somos razão e emoção, 
corpo e mente ao mesmo tempo. Fonte: https://pt.wikipedia.org/
wiki/Ficheiro:Frans_Hals_-_Portret_van_Ren%C3%A9_Descartes.jpg
Durante o dia – o tempo todo –, infinitas imagens 
emergem à nossa consciência, também trazendo 
consigo muita coisa a nosso respeito. Damásio 
(2004) aponta a consciência como um processo de 
21
representações e criação de imagens. Ou seja, para 
qualquer movimento que o corpo realiza, há imagens 
correspondentes em nossa consciência. As sinapses 
em nosso cérebro, por menores que sejam essas 
estruturas, estão em constante processo de conexão 
entre si. Estas conexões das sinapses estão intima-
mente envolvidas na produção dos movimentos que 
observamos.
Para o homem, o sentido de self é um processo que 
diz respeito a se ter conhecimento dessas imagens 
e de suas linguagens e, sobretudo, que se existe no 
mundo: trata-se de uma consciência de altonível ou 
do “sentido de saber que se sabe”. Para Damásio, 
o self é uma espécie de interface entre a realidade 
interna e a realidade externa do corpo, o que cor-
responde a toda a riqueza da vida de nosso mundo 
mental. A consciência seria um fenômeno que torna o 
homem capaz de perceber-se como um nó de fluxos 
em permanente mudança, assinalando que a ação 
de conhecer está presente e em pleno movimento. 
Trata-se de uma espécie de “filme”, como define o 
próprio autor. Esse “filme” passa em nossa mente e 
narra quem somos, nos lembra que sonhamos, com 
quem nos relacionamos, algo estranho ou diferen-
te que esteja acontecendo conosco, as coisas que 
criamos. Estar consciente é perceber o cruzamento 
de milhares de mapas imagéticos em nossa mente. 
Mapas que contam e criam e recriam nossa história:
Como tomamos conhecimento de que esta-
mos vendo determinado objeto? Como nos 
22
tornamos conscientes no sentido pleno da 
palavra? Como o sentido do self é implantado 
na mente no ato de conhecer? Só visualizei 
o caminho para uma possível resposta às 
questões sobre o self depois que comecei a 
ver o problema da consciência em função de 
dois atores principais, o organismo e o objeto. 
E em função das relações que esses atores 
mantêm durante suas interações naturais. O 
organismo em questão é aquele dentro do 
qual a consciência ocorre; o objeto em ques-
tão é qualquer objeto que vem a ser conhecido 
no processo de consciência; e as relações 
entre organismo e objeto são os conteúdos 
do conhecimento que denominamos consci-
ência. Vista desta perspectiva, a consciência 
consiste em construir um conhecimento sobre 
dois fatos: um organismo está empenhado 
em relacionar-se com algum objeto, e o objeto 
nessa relação causa mudança no organismo 
(DAMÁSIO, 2000, p. 38).
Dos sonhos à nossa consciência desperta, estamos o 
tempo todo tentando conhecer – através de imagens. 
Esse conceito do sentido do self apontado aqui enfa-
tiza a consciência de um corpo imerso em uma busca 
incessante pelo conhecimento, um corpo imerso em 
coisas que já viu ou ainda não está vendo. Conhecer 
é lidar com as imagens criadas nesses percursos. 
23
Logo, um movimento nosso é a 
relação entre mente e corpo
A complexidade singular da consciência, sua capa-
cidade de gestar o conhecimento que adquire e de 
se refazer a partir desse conhecimento têm possi-
bilitado a recriação do universo da imagem. Nesse 
sentido, há espaços em que identificamos a criação 
da imagem, sobretudo pela criatividade em sua utili-
zação. Desde as recentes – porém restritas – tecno-
logias de simulação de realidade e óculos de imersão 
em realidade virtual e até hologramas, refletem as 
diversas possibilidades complexas da tecnologia 
contemporânea de criar imagens.
A dança também já experimenta o espaço do com-
putador. Como argumenta a critica de dança Helena 
Katz, a dança e seus movimentos são uma forma de 
pensamento do corpo, significando, dentre outras 
características, um corpo em processo de exploração 
do espaço.
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Figura 3: Espetáculo de Debora Colker. A dança é uma das manifes-
tações artísticas mais representativas do corpo e seus movimentos. 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cia_de_Dan%C3%A7a_
Deborah_Colker.jpg
O movimento como 
comunicação do corpo
As perfomances do corpo também são complexas 
e diversas. A noção de performance utilizada aqui 
não se refere apenas ao sentido artístico, como es-
tudado por Renato Cohen, em seu livro Performance 
como Linguagem (1980). Nesta obra, o autor diz que 
a performance é também uma linguagem artística 
híbrida que utiliza fundamentalmente o corpo.
Além do sentido artístico, é possível utilizar a pa-
lavra performance com o sentido de um indivíduo 
que cria e recria variadas ações, um gesto ou olhar, 
em um espaço também em movimento e que as-
sim pode promover perfomances/atuações neste 
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https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cia_de_Dan%C3%A7a_Deborah_Colker.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cia_de_Dan%C3%A7a_Deborah_Colker.jpg
ambiente. Uma ação pode ser entendida como uma 
performance que diz respeito aos deslocamentos que 
um corpo faz. Não se trata necessariamente de um 
corpo da arte. Um corpo em seu cotidiano constrói 
performances o tempo todo.
Por exemplo, um corpo que percorre algum ambiente 
vai correlacionar suas perfomances a este espaço 
e às modificações que este próprio espaço realiza. 
Esse argumento parte da premissa de que corpo e 
ambiente são processos em permanente processo 
transformação. As performances também podem ser 
entendidas como os movimentos que criamos e que, 
por sua vez, recriam a nós mesmos e aos próprios 
ambientes: frequentar uma academia é modificar o 
corpo. Este corpo modificado vai promover modifi-
cações nos ambientes (um corpo com maior massa 
muscular precisa de mais alimentos, por exemplo).
Além disso, como podemos perceber pelos estudos 
de António Damásio, dentro do corpo há diversos 
processos de comunicação acontecendo.
Saiba mais
Não estamos sozinhos na natureza. Até mesmo 
quando o assunto é comunicação corporal. Leia 
a reportagem abaixo e saiba que o movimento é 
uma forma de linguagem e comunicação em di-
ferentes espécies da natureza.
Disponível em:  https://super.abril.com.br/
ciencia/expressao-corporal/
26
Podcast 2 
Reflita 
A linguagem corporal é algo muito importante 
para nossa espécie e para outras espécies tam-
bém. A fala é importante para o dia a dia, mas 
o corpo tem muitos gestos que emitem men-
sagens. Há fases em nossa vida em que ainda 
não utilizamos a fala, e os gestos e expressões 
corporais são importantes. Pense em como uma 
criança que ainda está desenvolvendo a capaci-
dade de falar e escrever depende de seus gestos 
e expressões faciais para se comunicar com o 
mundo.
Faça uma leitura da reportagem sobre o papel da 
linguagem corporal na educação infantil relacio-
nando as ideias apresentadas até aqui.
Disponível em:  https://br.blastingnews.com/
educacao/2017/02/o-lugar-da-linguagem-corpo-
ral-na-educacao-infantil-001470874.html
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https://famonline.instructure.com/files/43008/download?download_frd=1
CONSIDERAÇÕES 
FINAIS
Apresentamos aqui uma breve introdução às refle-
xões sobre movimento, comunicação e expressão 
corporal como algo oriundo das relações entre corpo 
e movimento. Estudamos, também, que o debate 
sobre o corpo tem espaço na filosofia e na ciência. 
Essas áreas são importantes para a discussão sobre 
corpo e movimento e, sobretudo, sobre a relação 
desse contexto para a educação.
Assim, este módulo ajudou a esboçar algumas 
evidências:
• Sociedade e cultura estão em pleno processo de 
desenvolvimento. E a forma como lidamos e enten-
demos nosso corpo e seus movimentos são impor-
tantes para o desenvolvimento pessoal e também 
social. 
• Os ambientes não são uma “coisa”, um mero obje-
to, mas são contextos dinâmicos. Assim, as mudan-
ças nos ambientes vão gerar mudanças nas formas 
como nos movimentamos. No caso do movimento 
– uma dança, por exemplo –, as mudanças no am-
biente impactam. Podemos dançar em um espaço 
com muita ou pouca luz, e isso já cria modificações 
em nosso corpo. A questão é: como o corpo cria mo-
vimentos e pode se relacionar com o novo ambiente?
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• O próprio corpo é também algo em constante 
processo, desenhado pelo trânsito de informações 
entre mente e sistema sensório-motor. Locomover-
se cria uma rede de informações corporais inter-
nas em correlação com as realidades externas do 
ambiente. Esta articulação confere ao corpo suas 
singularidades. 
29
Síntese
Referências 
Bibliográficas 
& Consultadas
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ZUANON, Raquel. Co-evolução entre corpos: uma 
investigação com sinais. Dissertação de mestrado, 
PUC/SP. 2001.
	Introdução
	O que pode um corpo?
	Entendendo um pouco a relação entre Corpo, músculo e física
	Corpo e Mente
	O erro de René Descartes
	Logo, um movimento nosso é a relação entre mente e corpo
	O movimento como comunicação do corpo
	Considerações finais
	Síntese
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