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FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 2019 Prof. Robson Lourenço Cavalcante GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 O processo de eletrização por indução é uma das formas que usamos para eletrizar um corpo neutro aproximando um corpo eletrizado e conectando o corpo neutro à terra. Mas também podemos fazer uma separação das cargas no corpo neutro sem conectá-lo à erra. Considere um bastão carregado positivamente, que se aproxima dos corpos neutros A e B. Qual será a configuração das cargas distribuídas? a) (X) b) ( ) c) ( ) d) ( ) e) ( ) NDA Solução: De acordo com o Princípio da Eletrostática de atração e repulsão das cargas elétricas, cargas de sinais contrários se atraem e cargas de sinais iguais se repelem, então quando o bastão carregado positivamente se aproxima da esfera neutra, ele atraí as cargas negativas e repele as cargas positivas, isto é, ocorre a separação de cargas e elétricas, conforme ilustra a figura a seguir. Desta forma perceba que a alternativa “A” representa corretamente a situação tratada. FONTE: O autor 3 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 2 A blindagem eletrostática é o fenômeno observado quando a gaiola de Faraday opera para bloquear os efeitos do campo elétrico externo em seu interior, de modo a fazer com que materiais dentro dela estejam em segurança. Qual é o tipo de material que deve constituir essa gaiola? a) ( ) Borracha. b) (X) Metal. c) ( ) Papelão. d) ( ) Plástico. e) ( ) N.D.A. Solução: Perceba que entre as alternativas, apenas o metal é um mate- rial condutor, pois a blindagem eletrostática ocorre quando o excesso de cargas em um condutor distribui-se uniformemente em sua super- fície e o campo elétrico em seu interior fica nulo. Por tanto, a resposta correta está na alternativa “B”. 3 As cargas na placa condutora são mantidas por uma fonte de tensão. A esfera condutora é inicialmente carregada positivamente e é anexada a um ponto fixo por um fio não condutor. Para onde a esfera vai se deslocar? a) ( ) Esquerda. b) (X) Direita. c) ( ) Não sairá do lugar. d) ( ) Para cima. e) ( ) N.D.A. 4 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II Solução: De acordo com o Princípio da Atração e Repulsão, cargas de mesmo sinal se repelem, e as cargas de sinais opostos se atraem, por tanto, a esfera de carga positiva vai se deslocar para o lado direito. TÓPICO 2 1 Quando realizamos experimentos com resistores, um dos objetivos é testar a Lei de Ohm, estudar resistores em série e paralelos e aprender o uso correto de amperímetros e voltímetros. Ohm descobriu que a relação de tensão para corrente em um resistor metálico é constante, desde que a temperatura seja mantida constante. Essa relação é chamada de resistência. Para pequenas variações de temperatura, a resistência pode ser considerada essencialmente constante. A lei de Ohm é geralmente escrita em qual forma? a) (X) V = R. i b) ( ) V = R² . i c) ( ) V = R . i² d) ( ) V = R / i e) ( ) V = R + i Solução: De acordo com a Primeira Lei de Ohm, um condutor ôhmico mantido à temperatura constante, a intensidade (i) de corrente elétri- ca será proporcional à diferença de potencial (V) aplicada entre suas extremidades. Desta forma, a resposta que relaciona a Primeira Lei de Ohm está na alternativa “A”. 2 Para que um amperímetro meça a corrente que flui através de um resistor, ele deve ser conectado em série com o resistor, de modo que a mesma corrente flua através de ambos. Já um amperímetro ideal tem resistência zero, de modo que a corrente que flui em cada trecho de um circuito não é afetada pela sua presença. Com isso, um amperímetro real deve ter quais características? 5 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II a) (X) Tem uma resistência muito pequena em comparação com as outras resistências no circuito para que o efeito de sua presença no circuito possa ser negligenciada. b) ( ) Tem uma resistência muito grande em comparação com as outras resistências no circuito para que o efeito de sua presença no circuito possa ser negligenciada. c) ( ) Tem uma resistência muito pequena em comparação com as outras resistências no circuito para que o efeito de sua presença no circuito não possa ser negligenciada. d) ( ) Tem uma potência muito pequena em comparação com as outras potências no circuito para que o efeito de sua presença no circuito possa ser negligenciada. e) ( ) Tem uma resistência igual às outras resistências no circuito. Solução: O amperímetro real é aquele utilizado no dia a dia. Ele não é perfeito: apresenta uma resistência elétrica, mesmo que muito baixa, isto é, esse amperímetro possui uma capacidade pequena de opor- se à corrente elétrica. Por isso, ao conectá-lo ao circuito, é necessário certificar-se de que sua resistência seja muito menor que a resistência do circuito, para que as medidas realizadas não sejam alteradas pela presença do amperímetro. Sabendo do comentado, vamos analisar as afirmações: a) O amperímetro apresenta uma resistência elétrica, mesmo que muito baixa, em comparação com as outras resistências no circuito para que as medidas realizadas não sejam alteradas ela presença do amperímetro. Portanto, o item “A” corresponde à alternativa correta. b) O amperímetro apresenta uma resistência elétrica muito baixa, em comparação com as outras resistências no circuito. Portanto, a alternativa está incorreta. c) Tem uma resistência muito pequena em comparação com as outras resistências no circuito para que o efeito de sua presença no circuito possa ser negligenciada. Então, a alternativa está incorreta. d) Tem uma resistência muito pequena em comparação com as outras resistências no circuito para que o efeito de sua presença no circuito possa ser negligenciada. Portanto, “D” está incorreta. e) O amperímetro tem resistência muito baixa em comparação às outras resistências no circuito. Então, “E” também é incorreta. 6 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 3 Quando uma bateria é conectada a um circuito que consiste de fios e outros elementos de circuito, como resistores, as tensões podem se desenvolver através desses elementos e as correntes podem fluir através deles. O que ocorre com a tensão nos resistores quando estão conectados em paralelo? a) ( ) Ela é diferente em todos. b) ( ) Ela é a mesma em alguns e diferente nos outros. c) ( ) Ela é nula em todos. d) ( ) Ela diminui com o tempo em todos. e) (X) Ela é a mesma em todos. Solução: Quando os resistores estão associados em paralelo, dizemos que estão ligados pelos mesmos pontos, de modo a ficarem submetidos à mesma d.d.p., veja a representação no esquema. Por tanto, a resposta correta está na alternativa “E”. TÓPICO 3 1 (ENADE, 2017) Um eletroímã pode ser construído enrolando- se um fio de cobre esmaltado ao redor de um cilindro de ferro, conforme a figura a seguir. As extremidades do fio de cobre são ligadas uma em cada polo de uma associação de pilhas em série. Clipes espalhados sobre uma superfície são atraídos pelo dispositivo, que se comporta analogamente a um ímã. A intensidade do campo magnético gerado pelo dispositivo pode variar pela substituição do cilindro de ferro por outros materiais de diferentes permeabilidades magnéticas, como o cobre (material diamagnético). FONTE: Acesso em: 3 jun. 2019. A partir das informações do texto, avalie as afirmações a seguir. 7 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II I- Se as pilhas forem ligadas em paralelo, então a intensidade do campo magnético produzido pelo eletroímã será maior do que se estiverem associadas em série. II- Se o número de voltas (espiras) de fio de cobre for duplicado e o distanciamento entre as espiras também for duplicado, sem se sobreporem, então o campo magnético resultante permanecerá inalterado. III- Se o cilindro for de cobre, seus domínios magnéticos serão alinhados em oposição ao campo magnético produzido no dispositivo, resultandoem um campo magnético de maior intensidade. É correto o que se afirma em: a) ( ) I, apenas. b) (X) II, apenas. c) ( ) I e III. d) ( ) II e III. e) ( ) I, II e III. Solução: Analisando cada afirmação: I– Falsa. Quando as pilhas são ligadas em paralelo a corrente elétrica que percorre o circuito é dividida entre os geradores, de forma que a corrente elétrica total é a soma das correntes que são liberadas por cada gerador, isto é, a corrente será menor. II– Verdadeira: Perceba que o eletroímã é um solenoide e ao analisar a equação do campo magnético de um solenoide, , se dupli- carmos N (número de espiras) e duplicar também o distanciamento entre as espiras, estaremos duplicando L (comprimento do solenoide) ficando assim , então vemos que campo magné- tico resultante permanecerá inalterado. III – Falsa. Se o cilindro for de cobre, que não é um material ferromagnético, a intensidade do campo magnético gerado será de menor intensidade, se comparado ao ferro. O ferro é um material ferromagnético e tem no seu interior um conjunto de ímãs infinitesimais reunidos em pequenas regiões chamadas domínios magnéticos. A orientação dos ímãs varia de um domínio para outro, de modo que no volume a magnetização total é nula. 8 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II A aplicação de um campo magnético na amostra de ferro faz com que todos os domínios se orientem na direção do campo aplicado resultando em uma magnetização. No interior do eletroímã, o campo total será a soma do seu próprio campo, originado pela corrente elétrica nas espiras, com o campo gerado pelo ferro, que é proporcional à magnetização. Portanto, somente a afirmativa II está correta. 2 As linhas de campo magnético ajudam na visualização do vetor campo magnético ao redor de um ímã, saindo do polo norte e chegando ao polo sul. As linhas próximas aos polos do ímã têm a densidade mais alta (são as mais próximas), então o campo magnético é mais intenso nessas regiões. Qual dos desenhos a seguir representa a correta orientação das linhas de campo magnético? Solução: Lembramos que numa região onde há um campo magnético, as linhas de força saem do polo norte para o polo sul. Então perceba que, a figura da alternativa “A”, representa corretamente a orientação das linhas de campo magnético. 3 Quando estudamos o tema do eletromagnetismo, nos deparamos com uma das leis mais importantes, chamada Lei de Faraday, que basicamente descreve os principais pontos que levam à geração prática de eletricidade ou indução eletromagnética. A lei foi proposta no ano de 1831 por um físico e químico experimental chamado Michael Faraday. Então você pode ver de onde vem o nome da lei. Dito isso, a lei de Faraday ou as leis de indução eletromagnética são basicamente os resultados ou as observações dos experimentos que Faraday realizou. O que descreve a sua lei? 9 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II a) (X) Quando um condutor é colocado em um campo magnético variável, há a geração de uma tensão induzida. Se o circuito condutor estiver fechado, também é induzida uma corrente que é chamada de corrente induzida. b) ( ) Quando um condutor é colocado em um campo magnético constante, há a geração de uma tensão induzida. Se o circuito condutor estiver fechado, também é induzida uma corrente que é chamada de corrente induzida. c) ( ) Quando um condutor é colocado em um campo gravitacional variável, há a geração de uma tensão induzida. Se o circuito condutor estiver fechado, também é induzida uma corrente que é chamada de corrente induzida. d) ( ) Quando um condutor é colocado em um campo magnético variável, há a geração de uma tensão induzida. Se o circuito condutor estiver fechado, não há o aparecimento de nenhuma corrente. e) ( ) Quando um condutor é colocado em um campo magnético variável, não há a geração de nenhuma tensão. Se o circuito condutor estiver fechado, não há o aparecimento de nenhuma corrente também. Solução: A Lei de Faraday, também conhecida como lei da indução eletromagnética, afirma que a variação no fluxo de campo magnético através de materiais condutores induz o surgimento de uma corrente elétrica. Sabendo do comentado, vamos analisar as afirmações: a) Quando ocorre a variação no fluxo de campo magnético através de materiais condutores, há a geração de uma tensão induzida. Se o circuito condutor estiver fechado, também é induzida uma corrente que é chamada de corrente induzida. Portanto, o item “A” corresponde à alternativa correta. b) Quando um condutor é colocado em um campo magnético variável, há a geração de uma tensão induzida. Se o circuito condutor estiver fechado, também é induzida uma corrente que é chamada de corrente induzida. Portanto, a alternativa está incorreta. c) Quando um condutor é colocado em um campo magnético variável, há a geração de uma tensão induzida. Se o circuito 10 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II condutor estiver fechado, também é induzida uma corrente que é chamada de corrente induzida. Então, a alternativa está incorreta. f) Quando um condutor é colocado em um campo magnético variável, há a geração de uma tensão induzida. Se o circuito condutor estiver fechado, há o aparecimento de corrente induzida. Portanto, “D” está incorreta. g) Quando um condutor é colocado em um campo magnético variável, há a geração de uma tensão induzida. Se o circuito condutor estiver fechado, há o aparecimento de nenhuma corrente também. Então, “E” também é incorreta. UNIDADE 2 TÓPICO 1 1 Um raio de luz é refletido por dois espelhos paralelos (1) e (2) nos pontos A e B. O raio faz um ângulo de 25° com o eixo dos dois espelhos. Qual é o ângulo de reflexão no ponto de incidência B? a) ( ) 750 b) ( ) 850 c) ( ) 450 d) (X) 250 e) ( ) N.D.A Solução: Se a superfície refletora do espelho é plana, chamamos esse tipo de espelho, de espelhos planos. A luz sempre tem uma reflexão regular nos espelhos planos, isso significa que o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão. Por isso, o ângulo de reflexão no ponto de incidência B será igual a 25⁰. 11 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 2 Um periscópio tem duas superfícies refletoras no interior para mudar a direção da luz. A luz que cai sobre um espelho pode ser refletida por diferentes superfícies e forma várias imagens, o que afeta a qualidade da imagem formada. Por outro lado, a luz refletida pela reflexão interna total tem toda a energia da luz refletida em uma única superfície e produz uma imagem de alta qualidade, que é nítida e brilhante. Com isso, qual é a inclinação que os espelhos devem ter dentro do periscópio? a) ( ) 550 b) ( ) 150 c) (X) 450 d) ( ) 350 e) ( ) N.D.A. Solução: Um periscópio básico utiliza dois espelhos paralelos, a certa distância um do outro. Os espelhos devem estar num ângulo de 45⁰, pois, caso contrário, a imagem não ficará perfeita. Os raios luminosos atingem o primeiro espelho, que os reflete para o segundo espelho; daí são novamente refletidos para o visor. O trajeto completo da luz possui a forma aproximada da letra "Z", onde por uma das extremi- dades a luz refletida pelos corpos a serem observados entra, e pela outra ela atinge os olhos do observador, possibilitando que este veja o que, a princípio, estaria fora do seu alcance de visão. 12 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 3 Como mostrado na figura a seguir, uma camada de água cobre uma placa de material X em um béquer. Um raio de luz viajando para cima segue o caminho indicado. Usando as informações da figura, encontre o índice de refração do material X e o ângulo que a luz faz com o normal no ar. Dados: nágua = 1,33 e nar = 1,00 a) (X) n = 2,34 e θ = 82° b) ( ) n = 2,84 e θ = 52° c) ( ) n = 1,34 e θ = 82° d) ( ) n = 1,84 e θ = 42° e) ( ) N.D.A. Solução: Inicialmente aplicando a Lei de Snell, iremos calcular o índi- ce de refração do material X. n₁ . sen i = n₂ . sen r Ao identificara trajetória do raio de luz, vemos que o raio sai no material X, que chamaremos de meio 1, e sofre refração na água, que é o meio 2. De acordo com a Lei de Snell, o produto do índice de refração do material X, vezes o seno do ângulo entre o raio incidente e a reta normal deve ser igual ao índice de refração da água vezes o ângulo formado entre o raio de luz refratado e a reta normal. Perceba que o ângulo entre o raio de luz incidente e a reta normal é igual a 25°. 13 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II Então, substituindo os valores na equação temos: Veja que o índice de refração do material X é igual à 2,34. Agora, vamos calcular o ângulo que a luz faz com a normal no ar. Perceba que o raio de luz sai da água e é refratado no ar. Traçando a reta normal, vemos que o ângulo entre o raio incidente e a reta nor- mal é igual à 48°. 14 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II Novamente, utilizando a Lei de Snell, e substituindo os valo- res na equação temos: n₁ . sen i = n₂ . sen r 1,33 . sen 48⁰ = 1,00 . sen x sen⁻¹ =81,25° Então, 81,25° é o ângulo que a luz faz com o normal no ar. Por tanto, a alternativa correta é a letra “A”. 4 Qual das afirmativas a seguir é verdadeira para os raios de luz refletidos de uma superfície? I - O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão para reflexões regulares. II - O ângulo medido entre a superfície e o raio é o mesmo valor que o ângulo de reflexão. III - O ângulo de incidência é encontrado medindo o ângulo feito com a reta normal à superfície. Assinale a alternativa correta: a) ( ) I e II. b) (X) I e III. c) ( ) Apenas II. d) ( ) I apenas. e) ( ) N.D.A. Solução: Analisando cada afirmação: I – Verdadeira. De acordo com as Leis da reflexão em condições em que há reflexão regular, o ângulo de incidência é sempre igual ao ângulo de reflexão. II - Falsa. O ângulo de incidência dos raios de luz, em relação à reta normal, é igual ao ângulo de reflexão. III - Verdadeira. Para encontrar o ângulo de incidência de um raio de luz, basta medir o ângulo entre a reta normal e a superfície. Portanto, somente as afirmativas I e III estão corretas. 15 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II TÓPICO 2 1 Os espelhos esféricos côncavos têm uma importância muito grande em muitas aplicações tecnológicas. Esse tipo de espelho forma imagem que tem características diferentes da imagem no espelho plano, dentre elas temos que a imagem pode ter tamanho diferente do objeto. Os raios que incidem paralelamente ao eixo central desse espelho côncavo são refletidos passando pelo foco dele, como na figura apresentada a seguir. Foco ou distância focal é a metade do raio de curvatura do espelho. Os raios que incidem no foco refletem paralelamente ao eixo central. Com essas informações, onde se localizará a imagem quando o objeto estiver sobre o ponto C? a) ( ) Localizar-se-á entre o ponto C e o ponto F. b) ( ) Localizar-se-á entre o ponto F e o vértice V. c) ( ) Localizar-se-á no ponto F. d) (X) Localizar-se-á no ponto C. e) ( ) N.D.A. Solução: Perceba que ao colocar o objeto no ponto C e traçar os dois raios notáveis, verificamos que a imagem formada localizar-se-á no ponto C, sendo uma imagem real, igual e invertida. 16 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 2 Um espelho convexo é muitas vezes identificado como um espelho divergente devido a sua capacidade de tirar a luz de um ponto e divergir. A figura a seguir apresenta dois raios incidentes que emanam de um ponto e incidem em direção a um espelho convexo. Eles refletirão cada um de acordo com a Lei da Reflexão. Após a reflexão, os raios de luz divergem; subsequentemente, eles nunca se cruzarão no lado do objeto do espelho. Por esse motivo, como se chamam as imagens formadas por esse tipo de espelho? a) (X) Espelhos convexos produzem imagens virtuais situadas em algum lugar atrás do espelho. b) ( ) Espelhos convexos produzem imagens reais situadas em al- gum lugar atrás do espelho. c) ( ) Espelhos convexos produzem imagens virtuais situadas em algum lugar na frente do espelho. d) ( ) Espelhos convexos produzem imagens reais localizadas em algum lugar na frente do espelho. e) ( ) N.D.A. Solução: Os espelhos convexos são como a superfície externa de uma calota refletora. Esses espelhos só conjugam imagens virtuais, que são aquelas que são formadas atrás dos espelhos. Esse tipo de imagem será sempre conjugado na mesma orientação que os seus objetos e independentemente da posição em que se encontra o objeto da ima- gem, as imagens conjugadas pelos espelhos convexos serão sempre menores que seus objetos. Sabendo do comentado, vamos analisar as afirmações: a) Os espelhos convexos só conjugam imagens virtuais, que são aquelas que são formadas atrás dos espelhos. Portanto, a alterna- tiva está correta. 17 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II b) Espelhos convexos produzem imagens virtuais situadas em algum lugar atrás do espelho. Então, a alternativa está incorreta. c) Espelhos convexos produzem imagens virtuais situadas em algum lugar atrás do espelho. Portanto, “C” está incorreta. d) Espelhos convexos produzem imagens virtuais localizadas em algum lugar na atrás do espelho. Então, “D” também é incorreta. 3 Com uma lente de aumento (convergente), um estudante conseguiu acender um fósforo situado a 10 cm da lente, aproveitando a luz solar. Qual é a distância focal da lente? a) (X) f = 0,10 m. b) ( ) f = 0,40 m. c) ( ) f = 0,50 m. d) ( ) f = 0,01 m. e) ( ) f = 0,25 m. Solução: Numa lente convergente, o foco é real e sempre forma uma imagem real, invertida e igual. Por tanto a distância focal da lente será de 10 cm ou 0,1 m. 18 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 4 Quando se olha a luz branca de uma lâmpada incandescente ou fluorescente, refletida por um CD, pode-se ver o espectro contínuo de cores que compõem essa luz. Esse efeito ocorre nos CDs devido à: a) ( ) Difração dos raios refratados nos sulcos do CD, que funcionam como uma rede de interferência. b) ( ) Polarização dos raios refletidos nos sulcos do CD, que funcionam como um polarizador. c) ( ) Reflexão dos raios refratados nos sulcos do CD, que funcionam como um prisma. d) (X) Interferência dos raios refletidos nos sulcos do CD, que funcionam como uma rede de difração. e) ( ) Refração dos raios refletidos nos sulcos do CD, que funcionam como uma rede de prismas. Solução: A face refletora de um CD funciona como uma rede de difração. Uma rede de difração consiste em um grande número de fendas paralelas muito finas. Quando a luz incide em uma grade, a luz de cada fenda difrata e interfere com a luz das outras fendas, fazendo com que haja o fenômeno da interferência. Quando as condições de interferência construtiva para um dado comprimento de onda são satisfeitas, essa cor é aumentada e, portanto, pode ser observada em um anteparo. Por tanto, perceba que é correto o que se afirma na alternativa “D”. 19 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II TÓPICO 3 1 (ENADE, 2008) Em uma experiência de interferência entre duas fendas iguais, utilizou-se um feixe de luz monocromática, de comprimento de onda L = 500 nm, incidindo perpendicularmente ao plano que contém as fendas. O padrão de interferência observado no anteparo, posicionado a uma distância L = 1,0 m do plano das fendas está representado na figura a seguir com a intensidade I em função da posição x. Considerando-se os dados apresentados, qual é a distância d entre as duas fendas? a) ( ) 1,70 cm. b) ( ) 0,85 cm. c) ( ) 1,50 mm. d) (X) 0,30 mm. e) ( ) 0,15 mm. Solução: A situação descrita na questão retrata o clássico experimento de Young que permitiu modelar a interferência de dois feixes luminosos coerentes de comprimento de onda λ provenientes de duas fendas sepa- radas por uma pequena distância d como mostra na figura da questão. 20 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II Nessas condições, numanteparo localizado a uma distância L das fendas, forma-se uma figura de interferência envolta por uma figura de difração, como mostrada na segunda figura da questão. As faixas claras correspondem às posições cuja interferência é constru- tiva, sendo sua posição dada por dsenθ = mλ, em que m = 0, 1, 2,... representa a ordem do máximo. Em que: m= é o n° de franjas a partir da franja central λ = comprimento de onda Veja que a figura fornecida no enunciado, permite identificar com relativa clareza que o terceiro máximo de difração ocorre a 0,5 cm do máximo central. Levando em conta a distância de 1 m entre as fendas e o ante- paro, pode-se considerar que o ângulo correspondente a esse terceiro máximo é pequeno e, portanto, pode-se considerar que tgθ ≅ de modo que θ ≅ = 0,005 rad. Perceba que: x = 500nm = 0,5 cm L = 1,0 m = 100 cm Pelo mesmo motivo senθ ≅ θ e a relação para a posição angu- lar dos máximos na interferência de fenda dupla pode ser aproxima- da por dθ = mλ. Assim sendo, tem-se para d o valor: d = = 3 x 10⁻⁴m = 0,30 mm. Por tanto, a alternativa correta é a letra “D”. 21 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 2 A luz que passa através de uma única fenda forma um padrão de difração um pouco diferente daqueles formados por fendas duplas ou redes de difração. A figura mostra um padrão de difração de uma única fenda. Note que o máximo central é maior do que aqueles em ambos os lados, e que a intensidade diminui rapidamente em ambos os lados. A luz visível do comprimento de onda de 550 nm cai em uma única fenda e produz seu segundo mínimo de difração em um ângulo de 45º em relação à direção incidente da luz. Qual é a largura D da fenda e em que ângulo o primeiro mínimo é produzido? a) (X) D = 1,56 µm e θ1 = 20,70 b) ( ) D = 2,56 µm e θ1 = 30,70 c) ( ) D = 1,56 µm e θ1 = 10,70 d) ( ) D = 3,56 µm e θ1 = 20,70 e) ( ) D = 1,56 µm e θ1 = 50,70 Solução: Primeiro iremos calcular a largura D da fenda. Sabendo o ângulo entre o centro da figura e o segundo mínimo, podemos utilizar a condição de interferência destrutiva para a fenda de largura D. Lembrando que sendo o segundo mínimo temos m = 2. De acordo com o enunciado, a luz tem um comprimento de onda de 550 nm, então substituindo e rearranjando: 22 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II O ângulo em que o primeiro mínimo é produzido. Por tanto, perceba que a alternativa “A” é a correta. 3 As ondas possuem muitas propriedades interessantes. Uma delas se refere à capacidade de contornar obstáculos ou passar por um orifício quando são parcialmente interrompidas por eles. Esse fenômeno físico ocorre com qualquer tipo de onda, como por exemplo, com as ondas sonoras e com os raios de luz. De qual propriedade estamos falando? a) (X) Difração. b) ( ) Refração. c) ( ) Dispersão. d) ( ) Reflexão. e) ( ) Nenhuma das alternativas. Solução: Difração é um fenômeno que acontece quando uma onda encontra um obstáculo. Em física clássica, o fenômeno da difração é descrito como uma aparente flexão das ondas em volta de pequenos obstáculos e também como o espalhamento, ou alargamento, das on- das após atravessar orifícios ou fendas. Por tanto, a resposta correta está na alternativa “A”. 23 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 4 (SERWAY, 2009) O laser de um CD player deve seguir com precisão a trilha em espiral, ao longo da qual a distância entre um loop e o próximo é de aproximadamente apenas 1,25 µm. Um mecanismo de feedback informa ao reprodutor se o laser saiu da pista, para que o reprodutor possa direcioná-lo de volta. A figura a seguir mostra como uma grade de difração é usada para fornecer informações que mantenham o raio na pista. A luz do laser passa por uma grade de difração antes de chegar ao disco. A parte central do padrão de difração é usado para ler as informações na faixa de perfuração. Os dois máximos do lado da primeira ordem são usados para guiar. A grade é projetada de modo que os máximos de primeira ordem sejam formados em superfícies planas em ambos os lados da trilha de informações. Ambos os raios laterais são refletidos em seus próprios detectores. Enquanto ambos os raios são refletidos em superfícies lisas sem perfurações, eles são detectados com uma alta intensidade constante. Em qualquer caso, se o feixe principal sair da pista, um dos raios laterais começará a afetar as perfurações da pista de informação e a luz refletida será reduzida. Essa alteração é usada por um circuito eletrônico para guiar o feixe de volta ao local desejado. Suponha que a luz do laser tenha um comprimento de onda de 780 nm e que a grade de difração seja colocada a 6,90 µm do disco; também que as vigas de primeira ordem devem colidir com o disco a 0,400 µm em ambos os lados faixa de informações. Qual deve ser o número de ranhuras ou fendas por milímetro na grade? a) ( ) 84,2 ranhuras/mm. b) ( ) 14,2 ranhuras/mm. 24 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II c) ( ) 34,2 ranhuras/mm. d) (X) 74,2 ranhuras/mm. e) ( ) Nenhuma das alternativas. Solução: Considerando o seguinte esquema: Sabendo o ângulo θ, podemos utilizar a condição de interferência destrutiva para a fenda de largura D. Dsen (θ)=mλ Dsen (3,32)=1.780x 10⁻⁹ D≅13,5 µm Desta forma, o número de ranhuras por milímetro será dado por Por tanto, a alternativa correta é a letra “D”. 25 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 (ENADE, 2011) Quando a radiação eletromagnética interage com a matéria, pode ocorrer a transferência da energia do fóton, ou de parte dela, para as partículas que compõem o meio material. Alguns dos principais tipos de interação da radiação eletromagnética com a matéria são: efeito fotoelétrico; espalhamento Compton e produção de pares, que se diferenciam entre si pelas características do meio material; energia do fóton incidente; energia transferida e situação do fóton após a interação (absorção total ou espalhamento com perda de energia do fóton). Entre os mecanismos de interação da radiação eletromagnética com a matéria, o Efeito fotoelétrico ocorre: a) ( ) Quando o fóton incidente interage com o núcleo atômico do átomo do material atenuador, cedendo toda a sua energia e originando um par de partículas. b) (X) Quando o fóton incidente é totalmente absorvido por um elétron livre de um metal e este é ejetado do material. c) ( ) Quando o fóton de raios X ou gama é desviado por um elétron das camadas mais externas, transferindo a esse elétron parte de sua energia. d) ( ) Mais predominantemente quando a energia do fóton incidente é muito maior que a energia transferida às partículas produzidas na interação. e) ( ) Independentemente da energia do fóton incidente e do número atômico do meio Solução: O efeito fotoelétrico ocorre quando um elétron é ejetado de um material devido à absorção total da radiação eletromagnética incidente. Observa-se que, no equacionamento do efeito fotoelétrico, mesmo que se trate dos elétrons menos ligados, ditos “elétrons livres”, eles de fato não são livres, pois a energia de ligação destes à rede não pode ser desprezada. Como o elétron possui uma energia de ligação bem definida, o fóton necessita ter uma energia no mínimo igual à função trabalho do meio material; o excesso de energia do fóton é transformado em energia cinética do elétron ejetado. 26 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II A seguir, explica-se por que as alternativas A, C, D e E são incorretas: a) Esta alternativa fala sobre a formação de um par partícula-anti- partícula, e não sobre efeito fotoelétrico. b) Quando o fóton cede parte de sua energia a um elétron, caracteri- za-se o Espalhamento Compton e, neste espalhamento, o elétron é considerado livre. c) Somente o efeito conhecido como “produção de par”, e não o fo- toelétrico, gera partículas na interação d) A energia do fóton incidente deve ser no mínimo igual à energia de ligação do elétron à rede para que ocorrao efeito fotoelétrico. 2 (ENADE, 2011) A respeito dos resultados experimentais, que culminaram com a descrição do Efeito fotoelétrico por Einstein, avalie as afirmações a seguir. I- A energia dos elétrons emitidos depende da intensidade da ra- diação incidente. II- A energia dos elétrons emitidos é proporcional à frequência da radiação incidente. III- O potencial de corte para um dado metal depende da intensidade da radiação incidente. IV- O resultado da relação carga-massa (e/m) das partículas emitidas é o mesmo que para os elétrons associados aos raios catódicos. É correto apenas o que se afirma em: a) ( ) I e II. b) ( ) I e II. c) (X) II e IV. d) ( ) I, III e IV. e) ( ) II, III e IV. Solução: Analisando cada afirmação: I - Falsa. A energia dos elétrons (E) depende, proporcionalmente, da frequência (f): E = hf, em que h é a constante de Plack. II - Verdadeira. A energia dos fotoelétrons depende da frequência da radiação incidente. III - O potencial de corte (V0) depende da frequência, veja que: (f). v0= 27 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II IV - Verdadeira. O resultado da relação carga-massa (e/m) das par- tículas emitidas é o mesmo que para os elétrons associados aos raios catódicos. Portanto, é correto apenas o que se afirma em II e IV. 3 (ENADE, 2011) Avalie as seguintes afirmações envolvendo as origens e fundamentos da Física Quântica. I - A explicação do Efeito Compton baseia-se unicamente nas Leis de Newton. II - O ato de fazer uma medida não influencia o sistema. III - O modelo de Bohr consegue prever raios de órbitas e energia relacionadas a essas órbitas para elétrons em átomos do tipo hidrgenoides (1 elétron e número qualquer de prótons no núcleo). IV - O corpo negro é assim chamado por não emitir nenhuma radiação. V- As hipóteses de Louis de Broglie foram verificadas diretamente por meio da observação de padrões de interferência com feixes de elétrons. Está correto apenas o que se afirma em: a) ( ) I e III. b) ( ) II e IV. c) (X) III e V. d) ( ) I, II e IV. e) ( ) III, IV e V Solução: Analisando cada afirmação: I – Falsa. Compton interpretou seus resultados experimentais postulando que o feixe de raios X incidente não era tratado com uma onda, mas como um conjunto de fótons (quanta de luz) que colidiam com elétrons livres do alvo, sendo, então, o processo de espalhamento tratado pela teoria quântica, e não pela teoria ondula clássica. Qualitativamente, uma vez que o fóton incidente transfere parte de sua energia para o elétron com o qual colide, o fóton espalhado deve ter uma energia menor; portanto, ele deve ter uma frequência mais baixa, o que implica comprimento de onda 28 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II maior. Quantitativamente, as equações para o efeito Compton para conservação de energia e momento são tratadas relativisticamente. As Leis de Newton não explicam o efeito Compton. II – Falsa. Quando queremos “enxergar” um elétron, por exemplo, incidimos sobre ele um fóton com momento h/λ. Na colisão haverá uma alteração do momento do elétron que é quase da mesma ordem de grandeza do momento do fóton. O ato de medida introduz uma incerteza Δp ≈ h/λ no momento do elétron. III – Verdadeira. Em 1913, Bohr propôs um modelo para o átomo de hidrogênio que combinava os trabalhos de Planck, Einstein e Rutherford e que permitia prever a posição das linhas do espectro do átomo de hidrogênio. Bohr afirmou que o momento angular eletrônico era quantizado. Ao relacionar essa quantização com a força centrípeta do elétron e com a força coulombiana, calculou os raios quantizados das órbitas eletrônicas. Na equação para os raios das camadas eletrônicas, há uma relação com o menor raio possível da órbita de um elétron no átomo de hidrogênio, o chamado raio de Bohr, a₀ , em que a₀ = 0,529 x 10⁻¹⁰ m. O modelo de Bohr apresenta bastante concordância quantitativa com alguns dados espectroscópicos e funciona igualmente bem quando aplicado ao caso de um átomo ou íon hidrogenoide, em que há apenas um elétron. Para mais de um elétron já não se aplica, uma vez que as repulsões entre os elétrons deveriam ser levadas em conta nos cálculos. IV – Falsa. Na verdade, o corpo negro é assim chamado porque absorve integralmente toda a radiação eletromagnética nele incidente e, na temperatura ambiente, irradia no infravermelho. Independente de sua composição, todos os corpos negros com a mesma temperatura emitem radiação eletromagnética com o mesmo espectro. V – Verdadeira. Em 1924, Louis de Broglie propôs em sua tese de doutorado que o dualismo onda-partícula, até então conhecido no caso de ondas eletromagnéticas, era também uma propriedade de partículas com massa e, em especial, dos elétrons. Na hipótese de Louis de Broglie, é atribuída ao elétron e a todos os corpúsculos, uma natureza dual análoga à do fóton, para dotá-los de um aspecto ondulatório e de um aspecto corpuscular interligados pela constante de Planck, hipótese que 29 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II abre espaço para a chamada Mecânica Ondulatória. Em 1927, Davisson e Germer confirmaram a hipótese de Louis de Broglie ao produzirem figuras de interferência, uma característica de fenômenos ondulatórios, usando feixes de elétrons. Por tanto, é correto apenas o que se afirma em III e V. 4 (ENADE, 2008) A radiação térmica emitida por estrelas pode ser modelada como semelhante à de um corpo negro. A radiância espectral do corpo negro é máxima para uma frequência ou comprimento de onda. A Lei de Wien estabelece uma relação entre esse comprimento de onda λmáx e a temperatura absoluta T do objeto, através de uma constante determinada, experimentalmente, como igual a 2,9 x 10-3 m.K. Usando a Lei de Wien para a estrela Polar, com λmáx= 350 nm, qual a temperatura absoluta dessa estrela, em milhares de kelvins? a) ( ) 1,7. b) ( ) 3,9. c) ( ) 5,7. d) (X) 8,3. e) ( ) 11,0. Solução: A energia irradiada por um corpo negro relaciona-se com a temperatura de um corpo T e o comprimento de onda λ. Quando a temperatura se eleva, a energia emitida aumenta e o pico de distribui- ção desta energia se desloca para comprimentos de ondas menores. Wien, a partir da experimentação, estabelece que o produto entre a temperatura absoluta T e o comprimento de onda máximo λmáx, que corresponde ao pico da distribuição de energia, é igual a 2,9 x 10⁻³ mk, ou seja, Tλmáx = 2,9 x 10⁻³ mk. Usando esse modelo matemático, para o comprimento de onda dado, λmáx = 350 nm, determina-se que a temperatura absoluta dessa estrela, em milhares de kelvins, é 8,3. Por tanto, a alternativa “d” está correta. Tλmáx = 2,9 x 10⁻³ mk 30 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 5 (ENADE, 2008) Hertz, no experimento em que evidenciou a existência das ondas eletromagnéticas, notou que a descarga elétrica no sensor era mais facilmente percebida quando este era iluminado com luz de frequência acima de um certo valor. A explicação de Einstein para este efeito, denominado fotoelétrico, considera que: a) (X) O aumento da intensidade da luz implica um aumento do número de fótons de mesma energia que incide sobre o sensor. b) ( ) O intervalo de tempo entre a chegada da luz ao sensor e a emissão dos elétrons é diferente de zero. c) ( ) A luz se comporta como onda no momento em que ocorre o efeito. d) ( ) A energia dos elétrons que saem do sensor depende diretamente da intensidade de luz incidente. e) ( ) A energia do fóton incidente é igual à energia cinética do elétron atingido. Solução: Analisando cada afirmação: a) Um aumento na intensidade da luz implica um aumento no número de fótons. Isso promove um aumento no número de interações desses fótons com os elétrons da placa e, portanto, um aumento no número de elétrons arrancados. Portanto, o item “B” corresponde à alternativa correta. b) Considera -se que o efeito fotoelétrico, por ser quântico, não tem tempo definido para sua ocorrência, sendo instantâneo.Portanto, a alternativa está incorreta. c) O efeito fotoelétrico é justam ente um fenômeno que envolve a expulsão de elétrons superficiais de metais, o que sugere que os fótons têm momento linear e, portanto, comportam -se como partículas. Então, a alternativa está incorreta. d) A quantidade dos elétrons liberados pela radiação está relacionada com a intensidade da radiação luminosa incidente, enquanto a energia desses elétrons tem relação com a frequência da luz incidente e com a função trabalho do metal. Portanto, “D” está incorreta. e) Uma parte da energia do fóton incidente é utilizada para extrair o elétron de sua órbita atômica, e somente a parte restante é transformada em energia cinética. Então, “E” também é incorreta. 31 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 6 (ENADE, 2005) Ao incidir em uma superfície metálica, a radiação eletromagnética pode produzir a emissão de elétrons. Esse fenômeno, conhecido como Efeito fotoelétrico, foi explicado por Einstein, em 1905. A equação por ele proposta para esse efeito pode ser escrita como: eVF = hf – W Em que: VF = potencial de freamento; e = carga do elétron; h = constante de Planck; f = frequência da radiação; W = função trabalho do metal; A partir de uma experiência, obteve-se o valor do potencial de freamento, VF, em função da frequência f da radiação que incide sobre a superfície de um determinado metal, como representado no gráfico abaixo. Dado: h = 4,1.10⁻¹⁵ eV.s A partir do gráfico, o valor de W, em eV, é: a) ( ) 1,0 ± 0,1. b) (X) 2,1 ± 0,2. c) ( ) 3,5 ± 0,1. d) ( ) 4,8 ± 0,5. e) ( ) 6,0 ± 1,0. 32 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II Solução: Utilizando a equação: eVF = hf – W E após, escolhendo um ponto do gráfico, temos: VF = 0,75 V V = 700 x 10¹² Hz Substituindo na equação: eVF = hf – W e . 0,75 = 4,1 x 10⁻¹⁵ . 700 x 10¹² – W Perceba que não substituímos o valor da carga do elétron, pois o exercício quer a resposta em eV (elétron-volt). 0,75 = 2,87 – W W = 2,12 eV 7 Um corpo negro é definido como um excelente emissor e absorvedor de radiação. A uma certa temperatura e comprimento de onda especificados, nenhuma superfície pode emitir mais energia do que ele. Ele também é um emissor difuso, o que significa que emite radiação uniformemente em todas as direções. Essa radiação emite energia por unidade de tempo e por área de superfície unitária pode ser determinada pela Lei de Stefan- Boltzmann. Qual das expressões a seguir está relacionada com a Lei de Stefan-Boltzmann? a) (X) E = σT⁴ em que σ = 5,68.10⁻⁸ W / m² K⁴ . b) ( ) E = σT³ em que σ = 5,68.10⁻⁸ W / m² K⁴ . c) ( ) E = σT² em que σ = 5,68.10⁻⁸ W / m² K⁴. d) ( ) E = σT⁵ em que σ = 5,68.10⁻⁸ W / m² K⁴. e) ( ) Nenhuma das alternativas. Solução: O único fator que determina quanta energia é emitida por um corpo negro é sua temperatura. A intensidade da energia irradiada por um corpo negro aumenta de acordo com a quarta potência de sua temperatura absoluta. Esta relação é chamada de Lei Stefan- Boltzmann. Por tanto, a resposta correta está na alternativa “A”. 33 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II TÓPICO 2 1 (ENADE, 2014) No ensino de Física, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm sido muito utilizadas com o intuito de promover a aprendizagem. Ao usar simulações computacionais, o estudante é colocado diante de situações e cenários que modelam um aspecto da realidade, permitindo modificar parâmetros, executar o modelo e observar resultados. Nesse contexto, avalie as afirmações a seguir. I- A utilização de simulações pelos alunos permite que eles levantem e testem hipóteses, explorando os limites dos modelos físicos. II- O processo ensino-aprendizagem ganha novos contornos com a utilização das simulações, se elas forem incorporadas à atividade docente como uma estratégia didática. III- A simulação pode dar significado a objetos abstratos, ou seja, torná-los reais, constituindo-se como recurso sem limitações, uma vez que é a representação real e completa de um fenômeno. IV- A utilização das simulações como recurso didático cria expectativas no campo do ensino de Física, porque elas têm o potencial de transformar a escola atual, em razão do seu potencial de substituir as atividades de laboratório. É correto apenas o que se afirma em: a) ( ) I. b) ( ) IV. c) (X) I e II. d) ( ) II e III. e) ( ) III e IV. Solução: Analisando cada afirmação: I - Verdadeira. As simulações permitem que os estudantes explorem diversos modelos computacionais, modificando parâmetros e observando os resultados previstos. Ainda, o recurso permite ao estudante explorar diferentes variáveis que em um sistema real não seria possível. II - Verdadeira. A afirmação está correta, já que a realização de simulações auxilia a compreensão de determinadas situações físicas quando incorporadas a um processo de ensino e aprendizagem adequado, mesclando entre diferentes recursos didáticos. 34 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II III - Falsa. Dificilmente conseguimos alcançar uma situação real com a utilização de modelos. A modelização por meio da simulação computacional é uma ferramenta que auxilia a visualização de diversos fenômenos físicos, porém, ela é limitada e não é capaz de representar a realidade. IV - Falsa. Embora o uso de simulações seja capaz de auxiliar o professor nas aulas, a simulação não substitui atividades de laboratório, uma vez que a física é uma ciência intrinsicamente experimental. Por tanto, é correto o que se afirma em I e II. 2 (ENADE, 2011) Em um experimento de eletromagnetismo, os terminais de um solenoide são conectados aos de uma lâmpada formando um circuito fechado, colocado próximo a um ímã. Podemos movimentar tanto o ímã quanto o solenoide e, como resultado dessa ação, observa-se variação da luminosidade da lâmpada. Simulador Laboratório de Eletromagnetismo de Faraday. Disponível em: http://phet.colorado. edu/pt_BR/get-phet/one-at-a-time. Com base nessa situação, avalie as seguintes afirmações. I- A luminosidade da lâmpada será tanto maior quanto maior for a velocidade do ímã, correspondendo a uma maior variação do fluxo magnético através do circuito. II- A corrente induzida devido ao movimento do ímã em relação ao solenoide pode ser explicada pela força de Lorentz sobre os elétrons livres da espira. III- O ato de empurrar o ímã na direção do solenoide produz uma corrente induzida no solenoide cujo campo magnético atrai o ímã. É correto o que se afirma em: a) ( ) I, apenas. b) ( ) III, apenas. c) (X) I e II, apenas. d) ( ) II e III, apenas. e) ( ) I, II e III. Solução: Analisando cada afirmativa: 35 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II I - Verdadeira. Quanto maior a velocidade do imã em relação ao solenoide, maior será a variação fluxo magnético dentro do solenoide no tempo e, portanto, maior será a força eletromotriz induzida. II - Verdadeira. Na escala microscópica, é a força de Lorentz a responsável pela maior concentração dos elétrons livres numa extremidade do que na outra. III - Falsa. De acordo com a Lei de Lenz, o sentido da corrente induzida é tal que se opõe à causa que lhe deu origem, ou seja, quando aproximarmos o imã do solenoide, este terá uma corrente induzida que criará um campo magnético induzido que irá repelir o imã. Por tanto, é correto o que se afirma em I e II, apenas. 3 (ENADE, 2017) A simulação computacional ou virtual promove a diversificação das aulas de Física e, por meio da interatividade, permite a realização de atividades conceituais, que podem favorecer o processo de ensino-aprendizagem. Com relação às simulações dos fenômenos físicos aplicados ao ensino de Física, avalie as afirmações a seguir. 36 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II I- A aprendizagem mediada por computador, como o uso de simu- lações, é fator de motivação para os estudantes, por apresentar uma perspectiva de mudança na estrutura de aula devido à pos- sibilidade de observação defenômenos abstratos, e por contribuir para a formação de novos conceitos relacionados à estrutura cog- nitiva do aprendiz. II- A simulação do tipo demonstração é composta pelas fases de pre- paração, apresentação, aplicação e verificação da aprendizagem. III- Se, no simulador mostrado na figura, a intensidade da luz for au- mentada de 40% para 60%, a inclinação da curva no gráfico da corrente versus a intensidade da luz também aumentará. IV- No simulador mostrado na figura, o valor da corrente elétrica não se alterará enquanto o cursor que controla o valor do comprimen- to de onda estiver sendo movido para a direita. É correto apenas o que se afirma em: a) (X) I e II. b) ( ) I e IV. c) ( ) III e IV. d) ( ) I, II e III. e) ( ) II, III e IV. Solução: Analisando cada afirmativa: I - Verdadeira. A simulação computacional torna o aprendiz parte ativa no processo de ensino e aprendizagem, pois proporciona interatividade que permite que o aluno realize atividades concei- tuais que levam à aquisição do conhecimento. II- Verdadeira. A simulação do tipo demonstração é composta pelas fases indicadas. III - Falsa. Lembre-se que a corrente de fotoelétrons aumenta com o aumento da intensidade da radiação, e a energia dos elétrons emitidos é proporcional à frequência da radiação incidente. IV - Falsa. Neste caso, a corrente irá se alterar, pois, a corrente de fo- toelétrons aumenta com o aumento da intensidade da radiação, e a energia dos elétrons emitidos é proporcional à frequência da radiação incidente. Por tanto, é correto apenas o que se afirma em I e II. 37 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II 4 A pesquisa na área de ensino vem crescendo muito ultimamente e isso fez com que houvesse uma mudança nos procedimentos de ensino. Porém, com as dificuldades experimentais que muitas escolas possuem, muitos trabalhos de mestrado e doutorado nessa área têm mostrado que as atividades realizadas com simulações do PhET Interactive realmente ajudam os alunos a construir uma compreensão conceitual da ciência. O criador deste canal de simulações deu a possibilidade de os professores trabalharem com novas ferramentas, saindo desta forma um pouco do tradicional, levando-o a ganhar um prêmio Nobel. Qual é o nome do criador e quando ele criou o site? a) (X) Laureate Carl Wieman, 2002. b) ( ) Laureate Carl Einstein, 2002. c) ( ) Laureate Salvador, 2002. d) ( ) Laureate Carl Wieman, 2003. e) ( ) Laureate Max, 2002. Solução: Fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman, o pro- jeto PhET Simulações Interativas da Universidade de Colorado cria simulações interativas gratuitas de matemática e ciências. Então, per- ceba que a resposta correta estão na alternativa “A”. TÓPICO 3 1 (ENADE, 2014) Pelas leis de Faraday e Ampère, combinadas, é possível transmitir e captar informações entre duas espiras. Um circuito RLC, constituído por uma fonte, um resistor, um solenoide e um capacitor, têm em seu funcionamento os aspectos fundamentais do processo de captação desses sinais. Esse sistema, circuito RLC, é um oscilador elétrico onde ora a energia magnética armazenada no campo magnético do solenoide é convertida em energia elétrica armazenada no campo elétrico do capacitor, ora ocorre o inverso, com uma frequência natural de oscilação. Quando o circuito é forçado a oscilar com essa frequência, a resposta acontece em fase com a excitação, como 38 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II ocorre em qualquer oscilador forçado. Nessas condições, o sistema encontra-se em ressonância. Observe o circuito representado na figura abaixo. Considerando que o circuito da figura se encontra em ressonância, avalie as afirmações a seguir. I - A frequência da fonte de 100 V é de 1000 kHz. II - Quanto menor o valor da resistência R, maior a resposta do circuito em termos de corrente elétrica, que, nesse caso, tem amplitude igual a 1,25 A. III - De acordo com a lei de Ampère, quando o capacitor se descarrega, surge uma força contra-eletromotriz nos terminais do solenoide, que tende a se contrapor à variação da corrente, e a corrente passa a fluir no sentido contrário, de modo a carregar novamente o capacitor. É correto o que se afirma em: a) (X) II, apenas. b) ( ) III, apenas. c) ( ) I e II, apenas. d) ( ) I e III, apenas. e) ( ) I, II e III. Solução: Analisando cada afirmativa. I – Falsa. Considerando-se que o circuito está em ressonância, conforme enunciado, a frequência da fonte deverá ser igual à frequência natural de oscilação, dada por: 39 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II nas quais L e C são os valores da indutância do indutor e da capaci- tância do capacitor, respectivamente. A Eq. (1) fornece a frequência em radianos por segundo (rad/s) e a Eq. (2) em Hertz (Hz). Sabe-se que a indutância vale L = 0,1 mH e a capacitância vale C = 10 nF, logo pode-se facilmente encontrar o valor da frequência de ressonância para esse circuito RLC. Utilizando a Eq. (1), tem-se: ou nas quais L e C são os valores da indutância do indutor e da capaci- tância do capacitor, respectivamente. A Eq. (1) fornece a frequência em radianos por segundo (rad/s) e a Eq. (2) em Hertz (Hz). Sabe-se que a indutância vale L = 0,1 mH e a capacitância vale C = 10 nF, logo pode-se facilmente encontrar o valor da frequência de ressonância para esse circuito RLC. Utilizando a Eq. (1), tem-se: Portanto a afirmação I é incorreta, pois a frequência de resso- nância é 1000 k rad/s e não 1000 kHz, como indicado nesta alternativa. Por meio da Eq. (2) percebe-se claramente que será encontrado um valor menor do que 1000 kHz. II – Verdadeira. Para o cálculo de amplitude de corrente em circuito que trabalha com tensão alternada, é fundamental o conceito de Impedância (Z) que, em linhas gerais, representa a “oposição” Eq. (1) Eq. (2) 40 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II que um circuito elétrico faz à passagem de corrente quando uma tensão é aplicada sobre ele. Matematicamente, o módulo da impedância é dado por: na qual R é a resistência elétrica, ωL é a reatância indutiva e 1/ωC é a reatância capacitiva. Observa-se que as reatâncias são dependentes da frequência ω de oscilação do circuito. Quando o circuito é forçado a oscilar na frequência natural (circuito em ressonância), a reatância indutiva é numericamente igual à reatância capacitiva e a impedância resultante é puramente resistiva, Z = R. A amplitude da corrente é dada por I = , onde é a tensão do gerador. No caso do circuito ressonante, I = , Eq. (4) Substituindo os valores de ε e R fornecidos no enunciado, obtém-se que a corrente tem amplitude de: É possível perceber por meio da Eq. (4) que, para uma mesma tensão e, os valores de resistência R e corrente elétrica I são inversa- mente proporcionais. Sendo assim, quanto menor o valor da resistên- cia, maior será o valor da corrente elétrica. III – Falsa. A lei de Ampère, no eletromagnetismo clássico, permite calcular o campo magnético a partir de uma distribuição de den- sidade de corrente elétrica J ou de uma corrente elétrica i. A lei na qual a afirmativa refere-se é a de Faraday-Lenz. Portando, a alternativa correta é a “A”. 2 (ENADE, 2017) Deseja-se simular o comportamento transitório de um circuito elétrico composto por capacitores, indutores e resistores, tendo como entrada uma fonte de tensão constante. As constantes de tempo deste circuito são dadas por τ₁ = 0,1 s, τ₂ = 0,01 s e τ₃ = 0,001 s. Para esta simulação, dispõe-se de um simulador cujo passo de integração mínimo é 0,001s. Nessas condições, tem-se: Eq. (3) 41 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II Esta simulação pode ser efetuada com sucesso desde que o modelo do circuito seja convenientemente escalonado no tempo. PORQUE O modelo é linear e invariante no tempo. Analisando estas afirmações, conclui-se que: a) (X) As duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. b) ( ) As duas afirmações são verdadeiras e asegunda não justifica a primeira. c) ( ) A primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. d) ( ) A primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. e) ( ) As duas afirmações são falsas. Solução: O sistema a ser testado deve avaliar um conjunto de res- trições e características que se deseja modelar, desta forma, as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 3 Em um típico circuito RLC em série, a reatância capacitiva é simbolizada como XC e a indutiva é XL. A reatância total se comporta da seguinte maneira: começando em uma frequência muito baixa, XC é alto e XL é baixo, e dizemos que o circuito se comporta predominantemente capacitivo. À medida que a frequência é aumentada, XC diminui e XL aumenta até que um valor seja alcançado, em que XC = XL e as duas reatâncias se cancelam, tornando o circuito puramente resistivo. À medida que a frequência aumenta ainda mais, XL se torna maior que XC e o circuito se comporta predominantemente indutivo. Com esta descrição do comportamento das reatâncias, qual fenômeno aparece quando o circuito se apresenta com XC = XL? a) (X) Ressonância elétrica. b) ( ) Curto circuito. c) ( ) Supercondutividade. d) ( ) Impedância capacitiva. e) ( ) Impedância indutiva. 42 FÍSICA EXPERIMENTAL PARA O ENSINO II Solução: É a ressonância elétrica, um fenômeno característico de sistemas oscilatórios sujeitos à uma perturbação periódica. Quando a frequência desta perturbação se aproxima de uma das frequências preferenciais de oscilação do sistema, observa-se um significativo aumento da amplitude de oscilação. As frequências para as quais observa-se aumento na resposta do sistema são chamadas de frequências de ressonância.
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