Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Jataı́ (R3)Determinação da constate de Planck Aluno: Guilherme do Nascimento Ferreira Professor: Alexandre Pancotti Jataı́, Fevereiro de 2021 CleriadeLourdes Typewritten Text 9,5 Conteúdo 1 Introdução 2 2 Fundamentação teórica 2 2.1 Teoria Quântica de Planck . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2.2 Após o Efeito Fotoelétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2.3 LED . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2.4 Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3 Objetivos 5 4 Procedimento experimental 5 4.1 Materiais utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4.2 Realização do experimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 5 Resultados e discussão 6 6 Conclusão 10 1 Introdução Constante de Planck (h) é a constante usada para indicar a energia e a frequência das radiações eletromagnéticas. Ela representa o quantum, que é a quantidade de energia emitida em porções muito pequenas. Trata-se de uma das constantes mais importantes da Fı́sica Quântica. Tem esse nome em virtude de Max Planck, fı́sico que se dedicou ao estudo da teoria quântica. Antes de Max Planck, outros estudiosos tentaram entender essa relação, o que foi feito desde 1885, mas os resultados obtidos eram sempre inconsistentes. Esses estudiosos pensavam que somente seria possı́vel medir a radiação de um corpo se esse corpo absorvesse toda a energia que chegasse até ele. A mesma ficava no corpo, ou seja, não poderia ser refletida. Para que tal acontecesse, o corpo deveria ser negro, motivo pelo qual esse estudo ficou conhecido pelo nome radiação do corpo negro. Em 1900, o alemão Planck conclui que a energia é uma grandeza de porções bastante reduzidas, sugerindo, assim, a constante. Importa referir que graças a Planck, surge a Fı́sica Quântica, área que estuda a quantização da energia. Graças aos seus contributos, Planck recebeu o Prêmio Nobel da Fı́sica em 1918, [1]. 2 Fundamentação teórica 2.1 Teoria Quântica de Planck No final do século XIX muitos fı́sicos pensavam que tinham explicado todos os princı́pios mais importantes do universo e descoberto todas as leis naturais. Mas, à medida que os cientistas continuavam seus trabalhos, inconsistências que não poderiam ser facilmente explicadas começaram a aparecer em algumas áreas de estudo. Em 1901, Planck publicou sua lei de radiação. Nela, ele estabeleceu que um oscilador, ou outro sistema fı́sico semelhante tem um conjunto discreto de valores possı́veis (ou nı́veis) de energia; energia intermediária a estes valores nunca ocorre. Planck estabeleceu também que a emissão ou absorção de radiação está associada à transição ou saltos entre dois nı́veis de energia. A energia perdida ou adquirida pelo oscilador é emitida ou absorvida como um quantum de energia radiante, sendo seu valor expresso pela equação: E = hv (1) 2 onde E é a energia radiante, é a frequência da radiação e h é uma constante fundamental da natureza. A constante h tornou-se conhecida como a constante de Planck. Verificou-se, posteriormente, que a constante de Planck tinha um significado muito maior do que simplesmente relacionar a frequência e a energia da luz, portanto, tornou- se uma referência da visão quanto-mecânica do mundo subatômico. Em 1918, Planck foi agraciado com o prêmio Nobel pela sua Teoria Quântica da Luz, [2]. 2.2 Após o Efeito Fotoelétrico Após a publicação de Einstein sobre o efeito fotoelétrico em 1905 propôs-se que algum mecanismo quântico deveria estar associado à emissão de luz. É muito difı́cil investigar este mecanismo em lâmpadas incandescentes, devido à largura do espectro de emissão e flutuação térmica. Por outro lado, com o desenvolvimento dos diodos emissores de luz (Light Emitting Diodes) cujos espectros de emissão são restritos a um intervalo estreito de comprimentos de onda, ficou bem mais fácil demonstrar a existência de processos quânticos na emissão de luz. Nesta ex- periência, buscamos justamente determinar o valor da constante de Planck, com- binando informações obtidas a partir da curva caracterı́stica de corrente x tensão de LEDs de diferentes cores, [2]. 2.3 LED Os semicondutores, base para a fabricação dos LED’s, começaram a ser es- tudados a partir de 1930, com o surgimento da idéia de bandas de energia para explicar o comportamento do elétron no interior desses. Com isso foi possı́vel entender a diferença entre metais, semicondutores e isolantes. Por definição, um semicondutor é um material que conduz a eletricidade imperfeitamente e cuja re- sistividade decresce com o aumento da temperatura, ao contrário dos metais. Ao se descrever materiais sólidos através da Mecânica Quântica, devido ao caráter probabilı́stico o qual esta assume, chega-se a um modelo de bandas de energia, o qual descreve a estrutura cristalina do material através de bandas de valência e condução, separadas por uma região de energias “proibidas” as quais os elétrons não podem possuir, denominado gap de energia (Eg). O tipo de preenchimento das bandas e o tamanho do gap permitem classificar os sólidos em isolante, semi- condutor e condutor, figura 1, [2]. 2.4 Materiais Um material semicondutor pode ser definido também como um material iso- lante que se encontra, na temperatura de zero absoluto, com gap de energia da- 3 Figura 1: Representação idealizada da configuração de bandas e lacunas para um iso- lante [2] ordem de alguns eV (= 1,6x10-19). A versatilidade dos semicondutores pode ser grandemente aumentada se introduzirmos impurezas doadoras e aceitadoras de elétrons na rede cristalina, este processo é conhecido como dopagem, a qual pode ser de dois tipos: Tipo N e tipo P. Um diodo emissor de luz (LED) consiste na junção de semicondutores fortemente dopados, sendo um dopado com elétrons e outro com buracos (junção PN). Nesse tipo de junção, os elétrons em excesso da região N e buracos da região P começam a se difundir e se recombinam. Pode- mos dizer que o lado P desse semicondutor fica mais negativo na extremidade da junção, que a parte mais interna do material, o mesmo ocorrendo com o lado N que fica mais positivo, [2] Figura 2: Nı́veis de energia de uma junção pn [2] Podemos ver na Figura 2 que para os elétrons de maior mobilidade penetrarem 4 na região p a quantidade de energia máxima necessária é dada por: eVa = Eg + ∆E f (2) Quando o elétron passar para a região p, podemos ter uma recombinação entre elétrons e lacunas e como conseqüência, para cada transição teremos a emissão de um fóton com energia h Como a frequência máxima emitida pelo LED é definida pela largura da banda proibida do semicondutor podemos dizer que: hcm = Eg + ∆E f (3) Variando a tensão aplicada, nos terminais do LED, e medindo a corrente elétrica, obtemos a sua curva caracterı́stica I x V : eVo = hv = hc/λ (4) 3 Objetivos - Entender o princı́pio de funcionamento de diodos semicondutores; - determinar a constante de Planck. 4 Procedimento experimental 4.1 Materiais utilizados - 01 conjunto Tavolaro para constante de Planck; - 01 fonte de alimentação CC; - 02 multı́metros; - Cabos - 02 Led’s 4.2 Realização do experimento Ao montar o circuito no conjunto Tavolaro, foi reagulada a fonte de tensão CC para o máximo de 3 (V) (este cuidado é adotado, pois os led’s queimam muito 5 fácil), verificado o funcionamento dos multimetros, um ajustado pra verificar a tensão (V) e outro ajustado para (mA). De acordo com a variação da tensão, observa que a corrente se mantem cons- tante até um certo momento, que começa a subir de uma forma bem rapida, ob- serve a tabela 1 para a cor vermelha e a tabela 2 para cor verde. 5 Resultados e discussão Os resultados estão extremamente ligados a diferentes fatores, porém os pri- meiros resultados que se extraiu após a montagem e mediçãodos valores apresen- tados por cada LED é a construção de tabelas que agregam valores de tensão, corrente, comprimento de onda e frequência que são os valores que tornaram possı́veis determinar a constante de Planck para o experimento em questão. Vide tabela 1 e 2 , onde encontram os identificado o valor de tensão que faz com que circule corrente no circuito e que faz com que o LED vença a barreira de depleção e comece a emitir fótons. A partir dessa tabela citada, é possı́vel obter a curva caracterı́stica do LED. Tabela 1: Analise de variação, cor vermelha Tensão (V) Corrente (A) 0,32 0,00 0,90 0,00 1,34 0,00 1,57 0,02 1,60 0,06 1,63 0,15 1,65 0,25 1,67 0,47 1,68 0,56 6 Tabela 2: Analise de variação, cor verde Tensão (V) Corrente (A) 0,20 0,00 0,43 0,00 1,11 0,00 1,60 0,00 1,69 0,01 1,71 0,02 1,74 0,06 1,76 0,20 1,79 0,29 1,81 0,56 A partir desta tabela extrai-se gráficos que nos apresentam uma curva mos- trando o valor de tensão (V) versus a corrente (i), e que é denominado como curva caracterı́stica do LED. Nos gráficos 1 e 2 é possı́vel ver a curva caracterı́stica dos LED em suas respectivas cores: Figura 3: Curva V x I do LED vermelho A luz emitida por um LED não é monocromática, portanto, a banda de emissão é pequena, então os fótons emitidos terão aproximadamente a mesma frequência. Sendo essa energia diretamente proporcional a sua frequência. Geralmente essa emissão de luz ocorre quando os portadores de carga transitam entre dife- rentes estados de energia ao passarem na junção entre os dois materiais semicon- 7 CleriadeLourdes Typewritten Text E a interpolação da curva? CleriadeLourdes Typewritten Text Onde a reta corta o eixo x? CleriadeLourdes Typewritten Text Figura 4: Curva V x I do LED verde dutores diferentes que constituem o LED. A energia envolvida é convertida em fóton. Utilizando a regressão linear podemos observar uma reta tangencial a curva- tura, tanto do gráfico do led vermelho figura 3 e do led verde figura 4. Observe as figuras 5 e 6 : Figura 5: Curva V x I do LED vermelho 8 CleriadeLourdes Typewritten Text E a interpolação da curva? CleriadeLourdes Typewritten Text CleriadeLourdes Typewritten Text A idéia era verificar aonde a reta corta o eixo . Figura 6: Curva V x I do LED verde Portanto com os dados da regressão da reta, pode modela-se os valores para constante de Planck. tendo os valores de comprimento de onda, de energia forne- cida pelo circuito, valor de carga elementar e o valor da velocidade da luz cons- tante (c), utilizando a equação abaixo : h = eλV c (5) Onde: - h = Constante de Planck; - e = Carga elementar do elétron = 1,6.10-19; - V = Energia fornecida pelo circuito; - λ = Comprimento de onda; - c = Constante do valor da velocidade da luz; podemos calcular a constante de Planck para cada led, observe a tabela abaixo: 9 Figura 7: Resultados finais do experimento 6 Conclusão Concluiu-se ao analisarmos a variação da corrente em função da tensão po- demos observar a constante de Planck, analisando diodos de varias cores. Neste experimento foi anasilado somente dois comprimentos de onda, porém, foi obtido resultados satisfatorios, sendo o percentual de erro para o led vermelho de 18% e para o led verde de apenas 9%. Portanto, o experimento foi muito bem realizado, sendo os erros pequenos. Referências [1] www.todamateria.com.br/constante-de-planck [2] Geraldo Cernicchiaro, Tópicos Experimentais em Fı́sica Moderna, CBPF- MCT, 2006 10 Introdução Fundamentação teórica Teoria Quântica de Planck Após o Efeito Fotoelétrico LED Materiais Objetivos Procedimento experimental Materiais utilizados Realização do experimento Resultados e discussão Conclusão
Compartilhar