Resumo Piometra

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Piometra
A piometra é uma infecção intrauterina, um distúrbio comum na clínica de pequenos animais por apresentar uma grande
ocorrência, principalmente em cadelas na sua fase adulta e idosa, destaca-se por ser a principal patologia que acomete o
sistema reprodutor das fêmeas caninas, sendo raramente diagnosticadas nas demais espécies de animais de companhia.
Causas
A piometra é um estágio após a Hiperplasia Endometrial Cística (aumento do endométrio + cistos) associada à presença de bactérias. 
 Esta infecção bacteriana provocada por hormônios pode ocorrer em qualquer estágio do ciclo estral (cio), ocorre geralmente em cadelas
não castradas e aparentemente não há nenhuma predisposição racial para essa patologia. Possui duas classificações, onde se é dividido
fêmeas jovens das idosas, fêmeas de meia idade até os 6 anos e a que ocorre em fêmeas idosas a partir dos 7 anos. 
Uma causa comum são as famosas “vacinas anti cio”, que na verdade são hormônios que inibem a ovulação.
Métodos contraceptivos também podem causar tumores, infecções, diabetes e até o óbito do animal.
Nove a cada dez cadelas submetidas a usar esse medicamento irão desenvolver a piometra.
 
Manifestacões clínicas
Aumento do volume do útero e consequentemente, aumento palpável no abdômen;
Diarréia e vômito;
Desidratação;
Anorexia;
Poliúria; (eliminação de urina em excesso)
Polidipsia; (excesso de sede)
dentre outros, como o caso de secreção vaginal, apenas em piometra com a cérvix aberta.
Algumas das manifestações clínicas, sinais que o animal pode estar com piometra são:
@medvett_ana
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Diagnóstico
A primeiro momento exame físico e posteriormente exames complementares como exames laboratoriais e ultrassonografia.
No exame físico é comum encontrar aumento do tamanho do útero através da palpação abdominal, além de sensibilidade nessa área, desidratação e
animal apático, depressivo. Em casos mais severos podemos identificar o animal hipotérmico e com dificuldade de se movimentar devido a dor.
Dentre os exames laboratoriais que podem ser solicitados estão: hemograma, função renal e hepática e urinálise. As anormalidades bioquímicas
podem se dar em função da desidratação e da dificuldade de alimentação do animal neste período de enfermidade. Já na ultrassonografia, pode-se
observar as dimensões, grau de espessamento da parede, presença ou não de cistos e de conteúdo no interior do útero, também pode-se
observar o estado dos rins. A importância da ultrassonografia nesse caso também está associada ao fato de que a piometra pode ser confundida
com uma vulvovaginite, infecção da vulva e da vagina, por também apresentar secreção vaginal, como na piometra de cérvix aberta, porém na
ultrassonografia dessa enfermidade, o útero não apresenta alterações.
Tratamento
Existem em algumas literaturas, maneiras de fazer o tratamento através de medicamentos, por ser uma forma mais arriscada e apenas
poder ser realizada em animais jovens com útero totalmente saudável e na fase inicial da doença, não é uma maneira que é utilizada
geralmente. Esse tipo de tratamento é feito em fêmeas jovens reprodutoras que possuem grande valor aos tutores. Mas a forma mais
utilizada é o tratamento cirúrgico, chamado de ovariosalpingohisterectomia (castração, retirada do ovário e útero), por ser um método
definitivo e satisfatório. Deve-se ter muito cuidado na cirurgia pois dependendo do grau da distensão uterina, o órgão pode se romper
com facilidade e consequentemente atingir outros órgãos. O animal pode ir a óbito se o tratamento não for feito a tempo, ou se
houverem complicações.
Prevencão:
A melhor maneira de prevenção da piometra e outras doenças uterinas e ovarianas é a cirurgia de
ovariosalpingohisterectomia, que deve ocorrer antes do primeiro cio e a partir do sexto mês de vida
do animal.
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